sexta-feira, 30 de setembro de 2016

TUDO QUANTO FIZERDES...


TUDO QUANTO FIZERDES...
"Tudo quanto fizerdes, fazei-o de todo o coração, como para o Senhor e não para homens, cientes de que recebereis do Senhor a recompensa da herança. A Cristo, o Senhor, é que estais servindo;" Colossenses 3:23-24

Pensamento: Sempre nossas ações devem honrar a Deus, por isso devemos buscar a excelência em tudo o que fazemos, dando bom testemunho e de maneira alguma deixar impressões negativas do nosso comportamento. Devemos cuidar para que a intenção do nosso coração seja agradar acima de tudo a Deus, pois se não for assim cometemos pecado. Há ainda o fato de que muitas vezes na intenção de agradar as pessoas, esperamos o reconhecimento e a recompensa e nos decepcionamos. Quando fazemos para o Senhor isso nunca acontece, porque ele é fiel e justo para nos dar muito mais do que pensamos ou desejamos.

Oração: Pai querido, me ajuda a sempre dar bom testemunho nas minhas ações para que as pessoas reconheçam em mim marcas do caráter de Cristo, que eu sempre possa estar disposto e com a mão estendida para cumprir o meu dever e ajudar quem precisa. Perdoa as vezes que minha intenção foi agradar as pessoas ao invés de agradar ao Senhor, e sem saber cometi idolatria colocando as pessoas acima do Senhor. Sei que posso fazer todas as coisas com excelência pois o Senhor tudo vê, e no tempo certo vai trazer minha recompensa. Amém.

quinta-feira, 29 de setembro de 2016

TODAS AS COISAS SÃO PURA.

TODAS AS COISAS SÃO PURAS.
"Todas as coisas são puras para os puros, mas nada é puro para os contaminados e infiéis; antes o seu entendimento e consciência estão contaminados." Tito 1:15

Pensamento: Se você conhece alguém que não consegue confiar em ninguém, acha que todo mundo está mentindo, fica só julgando as outras pessoas, vê pecado em tudo, pensa que tudo é proibido, e diz que tudo pertence ao inimigo, então é bem provável que esta pessoa esteja com sua consciência contaminada. As pessoas que carregam estes fardos cada vez mais pesados, fazem isso porque se deixam dominar pela ideia de que o amor de Deus precisa ser conquistado. Ninguém é merecedor do amor do Pai, mesmo assim Ele nos ama, e manifestou Sua Graça e Seu amor através de Jesus Cristo.

Oração: Pai querido eu entendo que não há nada que eu possa fazer, ou que eu precise fazer para conquistar o Seu amor. Obrigado porque o Senhor me amou primeiro, e derramou a Sua graça sobre mim. Ajuda-me a ser santo, mas sem hipocrisia e falso moralismo. Eu oro em nome de Jesus. Amém.

quarta-feira, 28 de setembro de 2016

SÓ TÚ ÉS O SENHOR

SÓ TÚ ÉS O SENHOR.
"Só tu és o Senhor. Fizeste os céus, e os mais altos céus, e tudo o que neles há, a terra e tudo o que nela existe, os mares e tudo o que neles existe. Tu deste vida a todos os seres, e os exércitos dos céus te adoram." Neemias 9:6

Pensamento: Deus é o Criador! A vida é definida nele e por ele. As multidões dos céus O louvam e O adoram. Para mim, isso significa duas coisas muito importantes. Primeiro, devo prestar a Ele louvor do meu coração. Segundo, quando eu louvo a Deus, estou fazendo algo eterno. Você e eu não levaremos muita coisa desta vida para a próxima. Mas dentre essas coisas, está o nosso louvor ao nosso Deus e Pai. Louvado seja o nosso Deus, não somente agora, mas para sempre!

Oração: Obrigado, querido Deus, por criar o universo em sua grande expansão incompreensível. Obrigado, Santo Pai, por ter me re-criado em Cristo para que eu pudesse compartilhar na sua glória. Obrigado, Todo-poderoso Senhor, por criar a vida que dura para sempre. Anseio aquele Dia quando eu O verei face a face, e Lhe louvo com as multidões do céu. No nome de Jesus eu louvo. Amém.
..................................
Deus te abençoe, tú,  que lês essa mensagem.

terça-feira, 27 de setembro de 2016

QUE ME ABENÇOEIS.

QUE ME ABENÇOEIS

"Oh! Que me abençoes muitíssimo e me alargues as fronteiras, que seja comigo a tua mão e me preserves do mal, de modo que não me sobrevenha aflição!" 1 Crônicas 4:10

Pensamento: Jabes foi o mais ilustre de seus irmãos, foi abençoado, teve seu pedido respondido. Ele simplesmente orou. Duas coisas que devemos praticar com fé: Orar e pedir. Há várias formas de oração, aquela que adora, aquela que agradece, aquela que pede... Focamos na terceira; todos os dias precisamos de algo, então porque não pedir? Quando fazemos a vontade de Deus é como se depositássemos na poupança celestial e a qualquer momento podemos sacar. Vamos então ser ousados como Jabes e pedir as bênçãos que nos pertence, quebremos todas as maldições, iniciemos uma nova História, com Deus no controle. Se pedirmos Ele dá, se batermos a porta se abrirá, lembremos que todo o que pede recebe.

Oração: Senhor, dá-me sabedoria e inteligência. Dá-me ousadia e simplicidade. Dá-me o Fruto do Espírito e revesti-me com a armadura de Deus. És Santo e bom, justo e fiel. Como criança não tenho medo de pedir, pois, como um pai presente, o Senhor sempre me atende. Obrigada por me abençoar, por abrir os meus caminhos, por estar sempre comigo, por me ajudar a fugir do mal, me livrando da aflição, por seu filho Jesus e pelo Espírito Santo.

segunda-feira, 26 de setembro de 2016

EM VERDADE VOS AFIRMO.

EM VERDADE VOS AFIRMO
"Porque em verdade vos afirmo que, se alguém disser a este monte: Ergue-te e lança-te no mar, e não duvidar no seu coração, mas crer que se fará o que diz, assim será com ele. Por isso, vos digo que tudo quanto em oração pedirdes, crede que recebestes, e será assim convosco." Marcos 11:23-24

Pensamento: Deus é nosso Pai e quer nos dar o melhor, então quando estamos orando não devemos duvidar nunca de que Deus é capaz e Ele pode fazer qualquer coisa que pedimos em oração. Muitas vezes oramos e não somos atendidos na hora por causa da soberania de Deus, só Ele é capaz de determinar qual o tempo certo em que vamos estar preparados pra receber tal coisa que pedimos. Então sempre devemos orar e pedir sabendo que Deus é poderoso, e capaz de fazer muito mais do que pensamos.

Oração: Pai querido como é bom saber que o Senhor pode todas as coisas, e que sua mão está estendida a nosso favor, pronto para nos guardar de todo mal e fazer com que nossa vida seja cheia de graça e abundante. Perdoa-nos as vezes que esquecemos do seu poder e duvidamos em nosso coração e nas orações deixamos de pedir aquilo que gostaríamos. Ajuda-nos a orar com o coração sincero sem duvidar, mas crendo que a oração de um justo pode muito em seus efeitos. Amém.

domingo, 25 de setembro de 2016

A SEGURANÇA DA MONTANHA.

A SEGURANÇA DA MONTANHA

Pr. Vanderman

"As pessoas sempre sentiram um anseio para conquistar as alturas, explorar o desconhecido. Parecemos incuravelmente curiosos, os picos espirituais nos atraem. Os altíssimos locais que escondem os mistérios de Deus nos fascinam, as alturas das grandes experiências espirituais nos chamam, ecoam como um apelo intrépido. Mas aqui, no "mundo de verdade", a vida espiritual pode parecer muito distante, o próprio Deus pode parecer inacessível. Em nossos estreitos caminhos duvidamos: será que posso vencer as barreiras? Conseguirei chegar acima das nuvens?
Muitas pessoas são atraídas para a vida espiritual, mas sentem que a escalada é muito alta. Os "cristãos vitoriosos" podem intimidar um pouco. Os testemunhos de gloriosas experiências daqueles que atingiram o topo às vezes nos assustam. Presumimos que tais coisas estão fora do nosso alcance.
Podemos olhar com admiração para aqueles que conquistaram as alturas. Grandes missionários, santos notáveis, pastores eloqüentes. Mas muitos de nós estamos inclinados a pensar que os grandes sucessos espirituais pertencem a uns poucos escolhidos. As pessoas dizem: "se ao menos eu tivesse esse tipo de fé..."
Homens e mulheres de fé. É assim que chamamos esses heróis espirituais. Em Hebreus, capítulo 11, encontramos uma enorme lista de heróis bíblicos, pessoas que deixaram tudo pela terra prometida, atravessaram o Mar Vermelho, conquistaram exércitos estrangeiros, e aceitaram o martírio. E fizeram isso tudo pela fé. Todos os seus grandes feitos aconteceram pela fé. É assim que as coisas acontecem na vida cristã. A fé é o combustível que impulsiona a espiritualidade.
Os escritores do Novo Testamento são muito claros a respeito disso. Eles nos dizem que somos salvos pela fé, perdoados pela fé, justificados e santificados pela fé e entusiasmados pela fé. Eles nos dizem que Cristo habita em nosso coração pela fé, que venceremos o mundo pela fé, que caminhamos no Espírito pela fé. Tudo acontece pela fé.
Todas aquelas frases religiosas que por vezes nos mistificam, tais como: "purificados pelo sangue, cheios do Espírito", estão relacionadas com a fé. Portanto, é verdade: a fé é a chave para o crescimento na vida espiritual, para o sucesso na escalada da montanha. Porém, não é verdade que a fé é um dom apenas para uns poucos escolhidos, a fé não é algo que somente uma elite obtém.
Eu gostaria de esclarecer alguns conceitos errados que muitas pessoas têm a respeito da fé, e analisar com você como a fé funciona de fato. Vamos descobrir que a fé é uma reação muito natural e que o progresso na vida espiritual também é um processo muito natural. Faremos isso examinando o modo como se escala as montanhas de verdade.
Bem, o primeiro conceito errado que as pessoas têm é o de que a fé é um empreendimento muito superficial, como um salto em pleno ar. Pensam que precisam fechar os olhos ao que se vê para tornar o que não se vê mais real, ou imaginam que a fé é uma desesperada tentativa para realizar o improvável. Mas ouça, o alpinista não salta, ele dá passos bem cuidadosos. Seus olhos estão bem abertos. Ele se concentra em cada borda e fenda da montanha.
A fé funciona do mesmo modo. Em primeiro lugar há uma forma correta de olhar, de se concentrar na coisa certa e então dar os passos apropriados. A fé não é uma conquista vaga e mística; mas é tão somente olhar. A Bíblia nos manda olhar para Jesus. Logo após o capítulo onze de Hebreus, o famoso capítulo da fé, vem a descrição de como disputamos a corrida cristã: "Olhando firmemente para Jesus, o autor e consumador da fé... " Hebreus 12:2.
Como conseguimos progresso? Olhando para Jesus e nos concentrando nEle. Colossenses 3:1 nos diz: "Buscai as coisas que são de cima, onde Cristo está..." Em II Coríntios 3:18 lemos: "E todos nós com o rosto desvendado, contemplando, como por espelho, a glória do Senhor, somos transformados... na sua própria imagem..."
Somos transformados contemplando a Cristo e nos concentrando nEle. Essa é a essência da fé: olhar para Jesus. É simplesmente isso.
Muitas pessoas pensam que precisam gerar fé suficiente para fazer a vida cristã funcionar. Estão sempre lamentando o fato de parecerem não ter fé suficiente; elas se concentram em sua fé e se esforçam para obter mais. Mas não nos é pedido que olhemos para a nossa fé, é pedido que olhemos para Jesus. A essência da fé é não olhar para nós mesmos, mas para Cristo.
Sabe, nós não temos que ter fé na fé; temos que ter fé em Cristo, que é fiel. A fé é o resultado natural da concentração em Cristo, que é confiável. Ela não tem que ser gerada artificialmente.
Vamos voltar agora para a montanha. O alpinista sobe a rocha prendendo a corda de modo firme aos ganchos e movimentando-se em direção a eles. Ele tem que se prender à montanha. Na verdade, ele está usando a força da própria montanha para escalar um de seus lados. Ele está dependendo desse pico imóvel para apoiar seu peso. A possibilidade de o alpinista derrubar a montanha, é claro, é absurda. Ele confia que o pico permanecerá firme.
Sabe, é assim que a fé nos ajuda a subir também. Ela nos prende firmes à montanha, a Deus. E se estivermos presos, Sua força é transferida para nós. Sua confiabilidade nos dá a alavanca.
O alpinista é cuidadoso ao pregar os ganchos em intervalos regulares para que a corda fique firmemente presa à montanha. Aqui novamente está outra lição. Precisamos nos prender a Deus a intervalos regulares. Como? Passando algum tempo concentrados nEle, olhando para Ele. Precisamos de horários regulares para lermos e meditarmos sobre o caráter de Cristo. Precisamos absorver a vida do Espírito em Sua palavra, e precisamos abrir o coração a Cristo em oração.
Esse tipo de olhar cria a fé. Você quer mais fé? Então olhe mais para Jesus. Não há substituto para esse olhar devocional que nos prende à montanha. Quando desprezamos esse apego vital, caímos e podemos nos ferir. Mas isso não significa que a montanha nos abandonará. Não, Deus nos segura através da medida de fé que temos. Quando caímos, precisamos entrar em contato com a montanha outra vez, precisamos nos prender de novo e nos agarrar firmemente a ela. Existe uma coisa interessante a respeito de um mecanismo usado no alpinismo, chamado "amigo". Você logo saberá por que ele tem esse nome. O alpinista o segura e o puxa para trás enfiando-o em seguida a uma fenda na montanha. Depois, prende a corda nele e o abre. Sabe como ele fica agarrado à rocha? Quando a corda é puxada, as peças são forçadas a abrir. O mecanismo se alarga e se prende cada vez mais firme de modo que quanto mais se pressiona o "amigo", mais firmemente ele prende.
Nossa fé também se expande com a pressão. Quanto mais dependemos dela, mais peso lhe confiamos, de modo que mais forte ela se torna. A fé cresce através do exercício.
Suponhamos que alguma coisa o esteja preocupando demais. Eu o desafio a colocar conscientemente o problema nas mãos de Deus. Diga-Lhe que confia nEle para ajudá-lo na solução, e assim, veja o que acontece. Você descobrirá que pode confiar na ajuda e sua fé crescerá.
Digamos que você vê alguém em necessidade. Peça a Deus força interna para ajudar tal pessoa. Vá e estenda a mão. Você verá Deus atuar por seu intermédio e sua fé crescerá. A fé não cresce em um vazio. Ela não chega até aqueles que ficam sentados esperando por ela. A fé surge para aqueles que escalam a montanha. Você quer mais fé? Use a que você tem. Siga avante por ela. O passo da fé não é um passo em direção ao nada; é um passo dado enquanto você se segura na corda, confiando na força de Deus. Assim, por favor amigo, segure firme. Segure com toda a sua força, porque quanto mais firme segurar, mais firme você se sentirá.
Há uma maravilhosa liberdade em estar seguramente preso ao Pai Celeste. Paisagens inspiradoras se abrem àqueles que aprenderam a olhar e se concentrar em Jesus. A disciplina de uma vida devocional regular abre muitas novas possibilidades para nós. É emocionante descobrir quão confiável é de fato o Senhor.
Confie em Cristo. Há uma paz maravilhosa em uma vida baseada nisso. Muitas pessoas pensam na fé como algo totalmente passivo, como um último recurso após todos os esforços terem falhado. Quando nada funciona, você "deixa correr" e tem fé de que as coisas de algum modo vão melhorar. Esforçar-se e ter fé são vistos quase como opostos. Você pode fazer um ou o outro mas não ambos. Bem, ouça o conselho que o apóstolo Paulo deu ao seu jovem discípulo Timóteo: "Combate o bom combate da fé". I Timóteo 6:12.
O bom combate da fé. Isso parece passivo? Ouça, a fé é um princípio dinâmico e ativo. É o alicerce de todo esforço frutífero. É verdade que haverá ocasiões em que tudo o que podemos fazer é ficar pendurados. Há ocasiões em que a nossa fé deve simplesmente segurar a mão de Deus e esperar. A vida não é uma longa subida ininterrupta. Mas quando formos capazes de seguir para cima, a fé deve ser uma parte vital de nossos esforços. Portanto vamos olhar mais de perto agora como a fé e o esforço interagem.
Pense de novo na frase de Paulo: "O bom combate da fé." Note que ele não disse "o bom combate ao pecado", ou "o bom combate da justiça". Não, o bom combate que Paulo recomenda relaciona-se à fé. E em que consiste a fé? Olhar para Jesus. Eu creio que Paulo está dizendo que nossa luta principal deve ser a de manter o olhar em Jesus. Manter aquela comunicação regular ativa, manter a vida devocional intacta. Esse é o combate da fé.
Se nosso combate for dirigido primeiramente contra o pecado, teremos dificuldade em progredir. Se nos concentrarmos no pecado, nos problemas, será fácil desanimar e tropeçar. Existem incontáveis pessoas sinceras que vivem terrivelmente frustradas por estarem olhando para os pecados. Elas querem superá-los, elas querem adquirir boas qualidades, mas sua fé, seu foco de atenção, está mal direcionado. Se pudéssemos apenas colocar os melhores esforços na concentração em Jesus, poderíamos realizar muitas coisas. Ele é a força motivadora por trás de todo o nosso progresso.
É verdade que somos aconselhados a "buscar sempre a justiça". E é verdade que existem vezes em que devemos lidar com o pecado. Mas temos sempre que olhar para essas coisas através de Jesus, nunca separados dEle. Só poderemos lutar quando estivermos firmemente presos à montanha.
Veja como um alpinista se move montanha acima. Ele certamente não é passivo. Ele não é empurrado para cima. O alpinista está totalmente envolvido. Existe um esforço verdadeiro produzido por ele. Mas seu esforço é primeiramente direcionado para uma coisa: permanecer agarrado à montanha. Ele se concentra na montanha e a corda o prende firmemente a ela. Quanto mais perto ele fica da montanha, mais seguramente ele segue para cima.
Aqui, portanto, está o equilíbrio entre a fé e o esforço. Estamos seguramente presos à fé pela força da montanha. E estando firmemente seguros podemos seguir para cima. Nós nos escondemos na "fenda da rocha", como a Bíblia diz, todavia progredimos dentro dela. Dependemos totalmente da confiabilidade de Deus e ao fazer isso, tornamo-nos fortes também.
O esforço é importante, mas existe o que podemos chamar de esforço bom e esforço ruim; esforço frutífero e esforço inútil. Existe um bom combate e um combate estéril. A diferença é a fé. A fé nos dá segurança, sabemos que somos aceitos por Deus incondicionalmente; temos uma corda para segurar.
Ninguém pode crescer, ninguém pode progredir sem esse senso de aceitação de Deus. Esforços sem Ele são inúteis. Sem essa segurança as pessoas se esforçam para ser boas a fim de serem aceitas. Isso é como tentar escalar o lado de uma montanha para se prender a ela. Impossível! Temos que nos prender primeiro. Temos que colocar a fé na aceitação incondicional de Deus primeiro. Aí a fé nos dará a alavanca.
Ao olharmos para Jesus começamos a absorver Suas qualidades; passamos a partilhar de Sua força. Percebemos quão confiável Ele é e achamos mais fácil caminhar na fé, apoiar-se na montanha e subir. A fé nos dá a alavanca. Por isso Judas pôde dizer as seguintes palavras em sua pequena carta: "Edificando-vos na vossa fé santíssima..." (Judas 20)
Sem essa alavanca os esforços acabarão em frustração. Ao tentar subir com nossas próprias forças, escorregaremos constantemente. É como tentar escalar a montanha olhando para os pés o tempo todo. Se não nos concentrarmos na montanha, não conseguiremos nos prender a ela. Não sou lá um grande alpinista, mas já escalei até quatro mil e quinhentos metros numa das maiores montanhas do mundo. Estou falando hoje sobre um assunto do qual entendo um pouco e talvez isso nos ajude a entender um pouco melhor a fé.
A fé nos dá segurança e apoio - duas coisas essenciais para escalar a montanha. E o mais maravilhoso é que estes dois ingredientes reforçam um ao outro. Quanto mais seguros nos sentirmos, mais usaremos a montanha como alavanca e quanto mais alavanca usarmos, mais seguros nos sentiremos.
A vantagem em crescer na fé é que não nos afastamos de Deus ao nos aproximar do pico. Aqueles que tentam escalar sozinhos, enfrentam esse problema. Quanto mais superficial for a justiça obtida, menos se sente a necessidade de depender de Deus. E quanto menos se depende dEle, mais superficial se torna a integridade.
Mas aquele que escala pela fé, fica cada vez mais junto da montanha ao se aproximar do pico. Sua concentração aumenta e ele ganha mais experiência no uso de cada fenda, de cada fissura. Cada passo para cima ensina como depender mais de Deus e como conquistar mais. Quando nosso apego a Deus se torna tão intenso assim, tão íntimo, descobrimos que, na fé, podemos fazer até o impossível.
Sim, a fé pode nos levar diretamente ao topo. Cada um de nós pode progredir espiritualmente na vida. Tudo que precisamos é manter o apego à montanha. Jamais se esqueça disso.
Você vai se empenhar no bom combate da fé? Vai dedicar tempo todos os dias concentrando seu olhar em Jesus? Não há substituto para isso. Não há outro caminho para tornar nossos esforços verdadeiramente frutíferos.
Você pode experimentar, através de um contato íntimo com Cristo a maravilhosa verdade da declaração de João: "E esta é a vitória que vence o mundo, a nossa fé".
Oração
Querido Pai, obrigado por tornares a fé tão simples. Obrigado por haver tanta força em apenas olhar para Jesus. Ajuda-me a concentrar o olhar nEle. Ajuda-me a dedicar um tempo cada dia para essa disciplina tão essencial. Mantenha-me firmemente preso a Ti ao seguir rumo ao topo da montanha. Amém.

sábado, 24 de setembro de 2016

ESTUDO DE TEOLOGIA Nº 69

      Estudo Fundamentos da Fé Cristã Nº 69              
      Manual de Teologia ao alcance de todos.
      Autor: James Montgomery Boice.
      Postado por: Erleu Fernandes da Cruz.
      Capítulo 11 –  A VIDA NO CORPO
      No início da parte 2, listei três características que diferenciam  a Igreja de qualquer outra instituição, seja no período do Antigo, seja no Novo Testamento. São elas: (1). Ter sido fundamentada em Jesus Cristo; (2). Ter sido chamada à existência pelo Espírito Santo; e (3). Abrigar pessoas de culturas diferentes que se tornam, a partir daí, um novo povo sob as vistas de Deus.
      Os primeiros quatro capítulos desta seção estudaram as primeiras características. Os próximos três capítulos vão tratar da segunda, porém a última característica deve ser considerada agora mesmo.
      A igreja, desde os seus primórdios, foi formada por povos diferentes. Isso, sem dúvida, causou impacto nas pessoas que observavam aquilo tudo de fora. O mundo antigo era dividido por nações, povos e religiões. “Todavia, no cristianismo, desde o começo, Partos, Medos, Elamitas e os que habitavam na Mesopotômia, e Ponto, e a Ásia, e a Frígia, e Panfília, Egito, e parte da Líbia, e cretenses e árabes entraram na Igreja como iguais, experimentaram uma vida de comunhão juntos, como um só povo” (Atos 2:9-11).
      E não era apenas uma união organizacional. Era bem mais que isso. Os membros da Igreja estavam conscientes de serem novas criaturas de Cristo. Barreiras que antes os dividia haviam sido quebradas. Eles eram uma só família, ou, como observou Paulo, eram um só corpo em Cristo.
      “Porque ele [Jesus Cristo] é a nossa paz, o qual de ambos os povos fez um; e, derribando a parede de separação que estava no meio, na carne, desfez a inimizade, isto é, a lei dos Mandamentos, consistia em ordenanças, para criar em si mesmo dos dois um novo homem, fazendo a paz”. (Efésios 2:14-15).
      “Assim que já não sois estrangeiros, nem forasteiros, concidadãos dos santos e da família de Deus”. (Efésios 2:19).
      Mais adiante, na mesma carta, o apóstolo coloca essa ideia em prol de uma meta:
      “Mas, segundo a verdade em amor, cresçamos em tudo naquele que é a cabeça, Cristo, que em todo corpo, bem ajustado e consolidado pelo auxílio de toda junta, segundo a justa operação de cada parte, efetua o seu próprio aumento para a edificação de si mesmo em amor”. (Efésios 4:15,16 – ARA).
      VIDA EM COMUNHÃO.
      Vida em comunhão continua sendo uma meta da Igreja de Cristo, embora ela seja muito alcançada desde o início da Igreja. A palavra grega para comunhão é koinonia, que, por sua vez, esta baseada no substantivo grego koinos, que significa comum. Ela diz respeito às coisas que as pessoas compartilham.
      Um sócio ou um parceiro é um koinonos. A língua grega da época de Jesus e dos apóstolos era chamada de koiné porque ela era falada por muitos povos diferentes. Então a comunhão ou koinonia está baseada no que temos em comum.
      Em muitas igrejas está difícil reconhecer que os cristãos tem alguma coisa em comum, a não ser que esse reúnem para adorar num determinado horário aos domingos. Fora isso, sua vida caminha em direção diferentes. Os cristãos não oram uns pelos outros e não ajudam uns aos outros. Muitas vezes, sequer se conhecem, ainda que freqüentem a mesma igreja.
      Como mostra Ray Stedmam:
      “O que está terrivelmente faltando é a experiência da vida no Corpo (igreja); aquela comunhão calorosa de cristãos com cristãos que o Novo Testamento chama de Koinonia, e que era uma parte essencial do cristianismo primitivo”. (STEDMAM, 1972. P. 107).
      É possível que muitas coisas estejam erradas. Primeiro, pode ser o caso de que os têm participado dos cultos da igreja não sejam realmente cristãos. Eles podem ter um “pedigree” cristã. Seus pais podem ter sido cristãos. Contudo, eles próprios não o são, e por o serem, de verdade, não é de se espantar que a verdadeira comunhão cristã esteja faltando. A comunhão cristã genuína implica muitas coisas, entretanto, em seu âmago, é uma experiência comum da graça de Deus em Jesus Cristo. Se uma pessoa não é cristã de verdade, não compartilha disso.
      Um segundo problema pode ser o pecado na vida dos cristãos envolvidos. Não me refiro ao fato de que todos somos pecadores. Eu me refiro de forma específica que o pecado não confessado, que, em primeiro lugar, destrói a comunhão do cristão com Deus e, em seguida, destrói a comunhão com os outros cristãos. O apóstolo João falou de uma comunhão em duas vias, com Deus e de uns com os outros:
      “O que vimos e ouvimos, isso vos anunciamos, para que também tenhais comunhão conosco; e a nossa comunhão é com seu Filho Jesus Cristo”. (1João 1:3).
      Em seguida, o apóstolo mostra como essa comunhão pode ser rompida:
      “Se dissermos que temos comunhão com Ele e andamos em trevas, mentimos e não praticamos a verdade. Mas, se andamos na luz, como Ele na luz está, temos comunhão uns com os outros, e o sangue de Jesus Cristo, seu filho, nos purifica de todo pecado”. (1João 1:6,7).
      O pecado levanta uma barreira entre nós e Deus. Se isso acontecer, a solução será confessar o pecado, limpar o coração e restaurar a comunhão primeiro com Deus, depois com os outros.
      A falta de comunhão pode ser resultado também da maneira como a igreja está organizada. Ela pode ser formal demais, pode ser tão grande que as pessoas não conseguem conhecer-se. John Stott reconheceu esse problema na sua igreja relativamente grande em Londres. Ele escreveu:
      “Há sempre alguma coisa não natural e subumana nas multidões. Multidões tendem a ser aglomerados, em vez de congregação – aglomerados de pessoas que não se conhecem. Quanto maiores eles são, menos os indivíduos que fazem parte dele se conhecem e relacionam-se uns com os outros. Sem dúvida, as multidões podem, na verdade, perpetuar o isolamento,     em vez de curá-lo” (STOTT, 1969, p. 70).
      O problema da grandeza pode ser combatido de várias maneiras. Primeiro, dividindo a igreja em duas ou mais igrejas. Isso ocorre algumas vezes e deveria ser feito com mais freqüência. Todavia, uma divisão é difícil de executar e nem sempre é desejável. Com certeza seria lamentável se todas as grandes igrejas se dividissem em unidades menores, já que grandes igrejas pode conseguir coisas que igrejas menores não podem. Elas podem lançar projetos pioneiros, por exemplo. Sob o “guarda-chuva” de uma igreja grande, outras igrejas menores podem dar certo.
      Outro jeito de promover comunhão numa grande congregação é subdividir a igreja em grupos pequenos de comunhão. Essa foi a solução que consideramos a mais eficiente na Décima Igreja Presbiteriana de Filadélfia. Tentamos fazer três coisas de uma só vez. Primeiro, tentamos dividir a congregação de acordo com a idade dos membros. Desta forme teremos uma escola dominical muito setorizada, e nos níveis mais alto criamos grupos para estudantes universitários, estudantes de pós-graduação, jovens casais outras turmas de adultos, e encontros variados dos membros idosos. Em segundo lugar, tentamos dividir a congregação geograficamente.
      A Décima Igreja ocupa uma área metropolitana grande e dispersa. Alguns membros tem que dirigir 30 ou 40 quilômetros para chegar lá. Reuniões no meio da semana enviáveis para a maioria. Portanto, estabelecemos mais de 60 reuniões de estudos bíblicos, onde as pessoas podem encontrar-se durante a semana com os membros de seu bairro. Elas se encontram para estudar a Bíblia, trocar ideias juntas. Esses grupos têm  uma estrutura minúscula, porém, apesar disso, têm sido a atividade mais estimulante e eficaz da igreja.
      Por fim, começamos a dividir a igreja por afinidade profissional. Há grupos de artistas, músicos, tem um coral e uma orquestra de câmara, estudantes da área médica e enfermeiras, e aspirantes ao ministério junto com jovens pastores.
      A experiência de nossa igreja é semelhante à de All Souls, de Londres. Stott escreveu sobre o que acontece na All Souls:
      “O valor do pequeno grupo é que ele pode se tornar uma comunidade de pessoas que se relacionam; e neles os benefícios da afinidade pessoal não se perdem, nem seu desafio é evitado. [...) Não considero um exagero afirmar que os chamados pequenos grupos, família cristã ou grupos de comunhão são indispensáveis para nosso crescimento na direção da maturidade espiritual”. (STOTT, 1969, p. 70, 73).
      UNS AOS OUTROS.
      Formar pequenas igrejas ou pequenos grupos não resolve o problema de falta de comunhão cristã. Devemos voltar-nos para o ensinamento bíblico específico sobre esse assunto. Os muitos versículos que usam a palavra uns aos outros no ensinam como os nossos relacionamentos com os outros devem ser.
      1º - Devemos amar uns aos outros. Esta demanda é enfatizada na maioria das vezes, e, em certo sentido, inclui tudo o mais que pode ser relacionado. Encontramos isso em João 13, onde Jesus deu Seu novo mandamento:
      “Um novo mandamento vos dou: que vos ameis uns aos outros; como eu amei a vós, que também vós uns aos outros vos ameis. Nisto todos conhecerão que sois meus discípulos, se vos amardes uns aos outros”. (João 13:34,35).
      Ele é repetido duas vezes nesse evangelho:
      “O meu mandamento é este: Que vos ameis uns aos outros, assim como eu vos amei”. (João 15:12).
      “Isso vos mando: que vos ameis uns aos outros”. (João 15:17).
      Em Romanos, Paulo disse:
      “A ninguém devais coisa alguma, a não ser o amor com que vos ameis uns aos outros; porque quem ama aos outros cumpre a lei”. (Romanos 13:8).
      Paulo mencionou como ele orava pelos tessalonicenses:
      “E o Senhor vos faça crescer e aumentar no amor uns aos outros e para com todos, como também nós para convosco”. (1 Tessalonicenses 3:12).
      E escreveu:
      “Vós mesmos estais instruídos por Deus que vos ameis uns aos outros”. (1 Tessalonicenses 4:9).
      Em 1 João, o mandamento para amar uns aos outros aparece cinco vezes (3:11,23; 4:7, 11:12), e aparece de novo em 2 João 1:5.
      Esse amor não é um simples sentimento, menos ainda uma declaração apenas por palavras. Ele deve “ser por obra a em verdade”, como João afirma em 1João 3:18. Deve ser exercitado em assuntos da vida prática como oferecer dinheiro a irmãs da igreja que estiverem passando necessidades (1João 3:17),
      Nosso amor deve romper as barreiras raciais e culturais. Francis Schaeffer escreveu:
      “Na igreja de Antioquia, os cristãos incluíam judeus e gentios e, em termo classes sociais, desde o irmão adotivo de Herodes até escravos. E os autênticos e soberbos cristãos gregos, os gentios da mesopotâmia, demonstraram uma comovente preocupação ao abrirem seus bolsos para ajudar financeiramente os cristãos judeus de Jerusalém. O amor prático e visível entre os verdadeiros cristãos que o mundo tem direito de observar em nossos dias deveria expressar-se sem reservas para além das nacionalidades, línguas e fronteiras, idade, cor da pele, dos níveis de educação, situação financeira, do sotaque, da linhagem, classes sociais, do vestiário, cabelo curto ou comprido, andar calçado ou descalço, das diferenças culturais, ou mesmo da adoração mais ousada ou mais tradicional”. (SCHAEFFER, 1970, p. 140).
      A expressão de comunhão ao longo todo de toda essa diversidade é tão importante que Jesus a considerou como um sinal pelo qual o mundo conheceria que somos, efetivamente. Seus discípulos.
      2º - Devemos servir uns aos outros. Paulo disse que o serviço é um desdobramento do amor. “Porque vós, irmãos, fostes chamados à liberdade; porém não useis da liberdade para dar ocasião à carne; sede, antes, servos uns dos outros, pelo amor. (João 5:13).
      Nosso exemplo é Jesus, que demonstrou o caráter de amor do servo ou despojar-se de Seus trajes, vestir a roupa de um servo, e abaixar-se para lavar os pés poeirentos de cada um de seus discípulos. “Porque eu vos dei o exemplo, para que, como eu vos fiz, façais vós também”. (João 13:15).
      A comunhão do Senhor Jesus Cristo com Seus discípulos expressa na cerimônia de leva-pés demonstra ser servos em tempo integral, ou seja, em todos os lugares e de todas as maneiras. E cabe aos diáconos dirigir esse serviço. Como pequenos grupos, podemos servir junto ao apoiar uma atividade cristã na região da cidade onde reunimos, ajudando em projetos especiais da igreja, visitando os enfermos, fazendo rodízio para ajudar os idosos carentes, ajudando na mudança de membros da igreja, e em situações semelhantes.
      Depois de falar de alguns desses projetos e de como foram conduzidos em sua igreja, Stott escreveu: “Certamente, sem algum serviço ou mobilização de ordem prática, a comunhão de qualquer grupo cristão está mutilada”. (STOTT, 1969, p. 87)
      3º - Devemos levar os fardos uns dos outros. Paulo escreveu aos Gálatas: “Levai as cargas uns dos outros e assim cumprireis a lei de Cristo” (Gl 6:2). É demonstração de amor aliviar o peso que está sobrecarregando nosso irmão cristão. Pequenos grupos são importantes porque podem fazer isso de forma afetiva. Podemos levar as cargas uns dos outros quando há um relacionamento afetivo entre os irmãos que nos permite saber quais as suas necessidades.
      É claro que muitos problemas podem emergir nesse ponto, um dos quais a nossa relutância natural em compartilhar nossos problema e confessar o que de fato nos está preocupando. Se tivermos dificuldades na escola ou no trabalho, ou em casa com os filhos, hesitaremos em revelar porque, se tudo ali der errado, ficaremos vulnerável. Ficamos preocupados com que os outros vão pensar.
      Se tivermos dificuldades conjugais, aí é que não vamos admitir o mesmo! Engolimos tudo até que os problemas cheguem a uma situação insolúvel. No entanto, como cristãos, devemos aprender a compartilhar nossos problemas. A maneira mais fácil é pelo crescimento natural de aceitação e da confiança no ambiente de um pequeno grupo.
      4º - Devemos perdoar uns aos outros. São muitos os textos do Novo Testamento que demonstram essa orientação imprescindível da verdadeira koinonia. A razão disso é que erramos com muita freqüência, ou somos vítimas de erros, e por isso devemos perdoar e ser perdoados:
      “Toda amargura, e ira, e cólera, e gritaria, e blasfêmia, e toda malícia seja tirada do meio de vós. Antes, sede uns para com os outros benignos, misericordiosos, perdoando-vos uns aos outros, como também Deus vos perdoou em Cristo”. (Efésios 4:31,32).
      E também:
      “Revesti-vos, pois, como eleitos de Deus, santos e amados, de entranhas de misericórdia e benignidade, humildade e mansidão suportando-vos uns aos outros, se algum tiver queixa contra outro; assim fazei vós também”. (Colossenses 3:12,13).
      E ainda:
      “Rogo-vos, pois, eu, o preso do Senhor, que andeis como é digno da vocação com que fostes chamados, com toda a humildade e mansidão, com longanimidade, suportando-vos uns aos outros em amor, procurando guardar a unidade do Espírito pelo vínculo da paz”. (Efésios 4:1-3).
      Aprendemos com esses versículos que embora a Igreja primitiva tivesse um alto grau de comunhão verdadeira, tinha também momentos conturbados, nos quais a amargura e a ira tomaram conta, e a paz da Igreja ficava ameaçada. Os cristãos tinham que aprender a ser pacientes uns com os outros e perdoar as faltas.
      5º - Devemos confessar os nossos pecados uns aos outros. Como exortou Tiago em sua carta pastoral: “Confessai as vossas culpas uns aos outros e orai uns pelos outros, para que sareis; a oração feita por um justo pode muito em seus efeitos”. (Tiago 5:16).
      Em oposição à doutrina de confissão da Igreja Católica, na qual a confissão é feita a um padre e a absolvição ou remissão dos pecados é recebida dele, os protestantes estabeleceram  que o modelo bíblico correto é a confissão a Deus e uns aos outros. Um cristão pode confessar seus pecados à Deus e a um irmão e estar seguro de que Deus perdoou e justificou-o por intermédio de Cristo.
      Essa doutrina reformada do sacerdócio universal e todos os cristão é um conceito muito importante. No entanto, a confissão desse tipo é mais teórica do que prática em nosso meio. A dura realidade é que a maioria dos evangélicos passa pela vida sem ter confessado coisa alguma a ninguém. Pelo discurso, as pessoas de fora devem pensar que nunca pecamos e nunca temos problemas.
      Como isso é diferente da verdadeira comunhão! Veja o que escreveu Ray Stedmam:
      “Costuma-se ir ao extremo para passar a imagem de cristão perfeito, uma vez que muito de nós acreditam que serão rejeitados se admitirem seus erros e falhas. Mas, nada pode ser mais destrutivo para a comunhão do cristão do que a prática, muito comum hoje em dia, de fingir que não se tem problemas. É muitas vezes verdadeiro que os lares cristãos estão cheios de brigas, discussões, explosões de raiva, e até agressões físicas de um membro da família contra o outro, e, no entanto, nenhuma palavra sobre isso a alguém da igreja, preferindo cultivar a imagem de uma família cristã ideal, sem problemas, e que de forma alguma precisa de ajuda.
      Para tornar as coisas ainda piores, esse tipo de conspiração do silêncio é festejado como uma atitude correta, e a hipocrisia que se apresenta aos outros e aos próprios membros da família é considerada com parte do testemunho da família para o mudo. Como seria saudável se um dos membros dessa família, de preferência o pai, admitisse com honestidade num encontro de irmão que sua família está passando por dificuldades de relacionamento, e que precisa muito de oração e de conselhos a tal zona de turbulência. O membro da família descobrirá de imediato pelo o menos duas coisas: 1. que todos os irmãos da reunião se identificaram com o seu problema e que passaram a admirá-lo mais do que nunca por causa de sua honestidade e fraqueza; e 2. Que um baú de conselhos úteis esta abrindo-se para ele, da parte dos que passaram por lutas semelhantes e aprenderam preciosas lições com elas. Além disso as orações dos cristãos de sua igreja desejosos em ajudá-lo a carregar seu fardo liberariam grande poder espiritual sobre a situação, fazendo com que os membros da família pudessem enxergar com muito mais clareza as questões a serem resolvidas e pudessem suportar com paciência e amor as fraquezas dos outros”. (STEDMAM, 1972, p. 110 e 111).
      O apóstolo Tiago almejou esse resultado. Ao encorajar-nos a confessar nossos pecados uns aos outros, ele vinculou o ato à oração, e prometeu que haveria poder derramado: “confessai as vossas culpas uns aos outros e orai uns para os outros, para que sareis; a oração feita por um justo pode muito em seus efeitos” (Tiago 5:16).
      6. Devemos instruir uns aos outros. Se não conhecemos a Palavra de Deus e não andarmos em comunhão com Ele, não podemos fazer isso. No entanto, se conhecemos a Escritura e estivermos próximos de Deus, será verdadeiro para nós o que Paulo disse dos cristãos de Roma:
      “Eu próprio, meus irmãos, como estou, a respeito de vós, que vós membros estais cheios de bondade, cheios de todo conhecimento, podemos admoestar-vos uns aos outros”. (Romanos 15:14).
      Em uma comunhão de pequeno grupo aprendemos com os irmãos.
      7. Por fim, devemos consolar uns aos outros. Paulo falou disso aos cristãos de Tessalônica, onde tinha havido alguns óbitos entre eles. Surgira uma discussão sobre a doutrina da segunda vinda de Cristo, e Paulo lhes escreveu para explicar o que a nova vinda de Cristo afetaria tanto a eles como os que já haviam morrido. Jesus voltaria, e aqueles que tivessem morrido em Cristo ressuscitariam primeiro em seu novo corpo à semelhança dele (Jesus). Revestidos de seu corpo ressurreto, eles se uniriam aos cristãos ainda vivos. “Portanto, consolai-vos uns aos outros com estas palavras”. (1 Tessalonicenses 4:18).
      O PODER DE DEUS.
      Um ponto final. Sempre que falamos em comunhão, por mais que tentemos ser práticos e objetivos, nossas palavras são sempre filtrada pela ideia branda de comunhão que a maioria de nós ainda, não vive. Comunhão, é alguma como nos sentarmos juntos em volta de uma lareira num dia de muito frio. Esse conceito deixa de lado uma coisa importante: a natureza radical da verdadeira comunhão bíblica. Longe de ser branda e passiva, ela é, na verdade, uma coisa ativa e flamejante.
      Uma descrição maravilhosa disso aparece no último estudo da Igreja de Elton Tueblood chamado “The Incendiary Fellowsheep [A Comunhão Explosiva]. Ele mostra que no Antigo Testamento a palavra fogo tinha conotação de julgamento. Entretanto, no Novo Testamento ela se tornou um símbolo da natureza contagiante e expansiva do Evangelho de Jesus e da comunhão da Igreja.
      João Batista afirmou que quando Jesus viesse, Ele batizaria com fogo (Lc 3:16). Jesus falou dos discípulos sendo salgados como fogo (Mc 9:49). No Pentecostes, os apóstolos viram línguas repartidas, como que de fogo, as quais pousavam sobre cada um deles (At 2:3).
      “Trueblood lembra que uma coisa é certa sobre a comunhão da Igreja primitiva: ela era intensa. Aqueles que foram batizados com fogo por Jesus e que mantiveram a chama pelo contato próximo entre si de forma literal incendiaram o mundo” (TRUEBLOOD, 1967, p. 100-121). Veremos isso em nossos dias quando a vida no Corpo se tornar uma realidade.
      ..............................
      Todo dia, em cada momento, como uma TV que para funcionar tem de estar plugada na tomada, devemos estar plugados em Deus, em oração. Assim, como diz um ditado chinês: [...] aquele mestre chinês diz ao seu discípulo, depois de mantê-lo por quase um minuto com a sua cabeça mergulhada nas águas do lago: “O que mais você precisou nesse tempo da cabeça mergulhada” e o discípulo respondeu: “Ar mestre, ar”; daí o mestre lhe respondeu: “busque a Deus como tu buscas o teu próprio ar”.
      Daí irmãos, busquemos a Deus em cada momento, [estejamos sempre plugados nele, em oração]. Que Ele mantenha sempre acesa em cada um de nós a chama do Espírito Santo. Amém, irmãos e amigos?
      ..............................
      Nosso próximo tema a ser estudado, em nossa postagem nº 70, é:
                 A GRANDE COMISSÃO.

     

quinta-feira, 22 de setembro de 2016

DAI, E DAR-SE-VOS--A

DAI, E DAR-SE-VOS-Á
"Dai, e dar-se-vos-á; boa medida, recalcada, sacudida, transbordante, generosamente vos darão; porque com a medida com que tiverdes medido vos medirão também." Lucas 6:38

Pensamento: Deus estabeleceu o princípio de plantio e colheita em todos os sentidos da vida, na natureza é muito evidente, podemos ver o plantio de uma semente e o modo como ela nasce e se multiplica dando seu fruto. O mesmo princípio vale para os recursos que o Senhor nos deu para administrar e também para compartilhar. A generosidade é um dom de Deus, quando abençoamos alguém estamos praticando o amor, Deus se alegra disso e derrama sobre nós uma boa medida, sacudida, recalcada e transbordante !!!

Oração: Pai querido, ensina-me a abençoar a vida das pessoas ao meu redor, mostra-me como devo abençoar estas pessoas, derrama sobre mim o Espírito Santo para que eu tenha o dom para compartilhar e o dom para amar. Perdoa-me pelo apego que muitas vezes eu tenho tido pelas coisas materiais, que pertencem a este mundo, e não tem significado eterno e verdadeiro. Quero a partir de hoje ser um abençoador do Senhor, um instrumento nas Suas mãos, quero ser usado por Ti, para alcançar outras vidas através do Seu amor. Eu oro em nome de Jesus. Amém.

quarta-feira, 21 de setembro de 2016

HÁ UM SÓ CORPO E UM SÓ ESPÍRITO

HÁ UM SÓ CORPO E UM SÓ ESPÍRITO
"Há um só corpo e um só Espírito, como também fostes chamados em uma só esperança da vossa vocação; Um só Senhor, uma só fé, um só batismo; Um só Deus e Pai de todos, o qual é sobre todos, e por todos e em todos vós." Efésios 4:4-6

Pensamento: Paulo ao escrever este texto a Igreja que estava em Éfeso, queria transmitir a mensagem do evangelho de que não haveria mais distinção entre judeus e gentios, pois cristo morreu por TODOS que o confessarem como Senhor e Salvador, independentemente de sua denominação. Grande engano há nas pessoas até nos dias de hoje, mas o corpo é um só, a igreja é uma só, a questão é que a igreja não se trata dos templos, da denominação, da doutrina, etc... mas cristo refere-se a igreja como Seu corpo, e todo aquele que crê, é batizado e permanece fiel a Cristo até a morte, pertence a igreja de Jesus e será salvo.

Oração: Senhor Deus obrigado porque o Senhor me chamou a fazer parte deste corpo, me deu entendimento, e mostrou que o templo e a denominação que eu frequento é apenas um lugar para reunir os membros do corpo, da igreja, e um local para recebermos alimento espiritual e louvar ao Senhor. E agradeço também porque esta denominação que frequento nunca se posicionou como a Igreja única e salvadora, porque se assim o fizera eu a consideraria herege, pois estaria se colocando no lugar de Cristo que é o único Senhor e Salvador. Obrigado Pai. Em nome de Jesus. Amém.

terça-feira, 20 de setembro de 2016

DESPOJAI0VOS

DESPOJAI-VOS
"Agora, porém, despojai-vos, igualmente, de tudo isto: ira, indignação, maldade, maledicência, linguagem obscena do vosso falar." Colossenses 3:8

Pensamento: Sejamos íntegros perante os homens e perante o Senhor. Quem pratica estas coisas a que se refere o versículo, não pode ser considerado uma testemunha de Cristo. Ainda que todos nós tenhamos falhas, tais coisas não devem ser praticadas porque devemos ser exemplo para aqueles que ainda não conhecem ao Senhor. Além do que, aqueles que não conseguem controlar a própria lingua, sofrem as consequências do seu modo de agir.

Oração: Pai querido, ensina-me o dominio próprio pois eu quero falar somente aquilo que te agrada. Unge minha lingua para que o meu falar seja abençoado pelo Senhor. Quero que as pessoas percebam a presença de Cristo em minha vida e sejam edificadas através das minhas palavras. Eu oro em nome de Jesus. Amém.

segunda-feira, 19 de setembro de 2016

VINDE, DIZ O SENHOR.

VINDE, DIZ O SENHOR.
"Vinde, pois, e arrazoemos, diz o SENHOR; ainda que os vossos pecados sejam como a escarlata, eles se tornarão brancos como a neve; ainda que sejam vermelhos como o carmesim, se tornarão como a lã." Isaías 1:18

Pensamento: É errado pensar que somente pessoas "boas" chegam ao céu e que as "más" vão para o inferno. Nem bons nem maus vão para o céu, mas somente aqueles que receberam a justiça de Deus pela graça e confessaram Jesus como Senhor e Salvador. Somente o Filho de Deus, Jesus Cristo, tem o poder de perdoar pecados. Só Ele pode tirar nossa culpa e tomar sobre Si os pecados de todos os homens porque só Ele é o Filho de Deus, só Ele é sem pecado, só Ele é justo e morreu em nosso lugar para que tenhamos a vida eterna.

Oração: Pai querido, ainda que eu esteja tão contaminado pelo pecado e envolvido com coisas terríveis, ainda que eu esteja vivendo uma vida totalmente desviada do Seu caminho, e por pior que seja a minha condição de vida, ainda assim o Senhor me ama e perdoa meus pecados. Por isso eu lhe agradeço verdadeiramente, e clamo a ti para que torne minhas vestes brancas como a neve, quero santificar minha vida e permanecer exatamente no centro da Sua vontade. Eu oro em nome de Jesus. Amém.

domingo, 18 de setembro de 2016

A GENUÍNA CURA PELA FÉ.

A GENUÍNA CURA PELA FÉ!

Tiago, um dos escritores do Novo Testamento, explicou de que maneira os crentes podem reagir a uma doença pessoal. Ele nunca teve o propósito de que isso representasse a única resposta, nem que fosse a única exigência de Deus para curar alguém.
Tiago escreveu seu livro para pedir com insistência aos cristãos que dessem aplicação prática as verdades espirituais que estavam aprendendo. Mas isso envolvia fazer mais que simplesmente esperar que o doente se recuperasse. Preste bastante atenção nas palavras a seguir:

Entre vocês há alguém que está sofrendo? Que ele ore. Há alguém que se sente feliz? Que ele cante louvores. Entre vocês há alguém que está doente? Que ele mande chamar os presbíteros da igreja, para que estes orem sobre ele e o unjam com óleo, em nome do Senhor. E a oração feita com fé curará o doente; o Senhor o levantará. E se houver cometido pecados, ele será perdoado. Portanto, confessem os seus pecados uns aos outros e orem uns pelos outros para serem curados. A oração de um justo é poderosa e eficaz. Tiago 5:13-16

Passo 1: Chame os anciãos ou presbíteros da igreja (v14). 
Diferentemente do outro termo, a palavra grega traduzida por doente significa ‘estar sem forças’, ‘estar debilitado’, ‘estar fragilizado’. Refere-se a alguém debilitado por um mal físico. Essa pessoa é incentivada a avisar os líderes de sua igreja. O sofrimento pode não ser aliviado nem terminar rapidamente, mas ninguém deve sofrer sozinho.

Passo 2: Os presbíteros respondem fornecendo ajuda médica (v14).
O que Tiago quer destacar é simples e óbvio. Não substitua assistência médica por oração. Seguir o conselho de um profissional da área médica, usar remédios com sabedoria, e aplicar procedimentos médicos adequados não sugerem que a pessoa não tem fé em Deus. Ele deu conhecimento médico à humanidade como um ato de graça, concedeu a alguns homens e mulheres habilidade maior para entender e aplicar esse conhecimento. Embora ele tenha chamado esses homens e mulheres para serem os meios pelos quais realiza a sua cura, é Deus quem realiza a cura!

Passo 3: Submeta a doença à vontade de Deus em oração (v14). 
O processo de cuidar dos que estão fisicamente aflitos devem incluir a oração. A tradução literal de Tiago 5.15: ‘E a oração de fé salvará o cansado’. Expresse seu sincero desejo de completa restauração daquele sofre. Ore para que a pessoa sinta menos dor e seja poupada dos efeitos debilitantes do medo. Ore para que a doença dê lugar a benefícios surpreendente e inesperados. Mas submeta os seus pedidos ao cuidado soberano de Deus, na completa confiança de que ele é perfeitamente bom e está infalivelmente certo.
Jesus, o maior de todos!
“Mas Jesus foi ultrapassado por causa das nossas transgressões, foi esmagado por causa das nossas iniquidades: o castigo que nos trouxe paz esta sobre ele, e pelas suas feridas fomos curados” ( Is 53:5).
...........................................
Fonte: Devocional diário.