TIAGO-13
AULA DE E.B.D. –
13/17.
EDITADA NOS SÁBADOS – REFERENTE
AO DIA 03/05/2014.
TÍTULO: O PERIGO DA
AUTO CONFIANÇA.
Texto Básico: Tiago 4:
13-17.
Texto devocional:
Salmo 27: 1-14.
Versículo-chave:
“Não abandonei, portanto a vossa confiança; ela tem grande
galardão” (Hb 10:35).
INTRODUÇÃO
O compromisso que
gera credibilidade é descrito na Bíblia como uma grande virtude cristã, sendo
mesmo a essência da própria fé (MT 23:23; Rm 3:3; Gl 5:22; Tt 2:10) e a base da
doutrina cristã saudável, descrita como algo em que devemos crer e confiar (1Tm
1:19; Gl 1:23). Por outro lado, a auto confiança é vista como suspeita por ser
acompanhada, não raras vezes, pelo fermento da jactância , que segundo o
dicionário Houaiss é a atitude de alguém que se manifesta com arrogância e tem
alta opinião de si mesmo; uma atitude de quem conta bravatas, movido pela
pretensão de bravura ou busca de altos méritos e conquistas.
Segundo Tiago,
confiar em si mesmo é ilusão, pois não podemos saber o que nos trará o amanhã.
Melhor é nos submetermos a Deus e
buscar na sua vontade a direção de nossa vida. O cristão deve procurar conhecer
a vontade de Deus e cumpri-la, pois não fazendo assim, está pecando. Arrogância,
busca pelo sucesso mundano, pretensa de decidir o futuro é atitude maligna,
pois leva o ser humano ao orgulho.
I-A TENTAÇÃO DA
PROSPERIDADE NOS NEGÓCIOS. ( 1Tm 6:10).
Tiago é um dos escritores mais judaicos do Novo Testamento e
elemento de transição do pensamento judaico do Antigo Testamento para o
pensamento cristão do Novo Testamento.
Segundo J.B. dos Santos Júnior, a prosperidade material é uma
força de dois pólos: pode ser bênção e pode ser maldição. É sempre uma prova. É
antes de tudo uma prova de caráter porque a prosperidade requer muita energia e
força de caráter. É difícil ganhar dinheiro. Mais difícil ainda é defendê-lo
daqueles que o desejam obter de qualquer jeito.
No pensamento cristão revelado pelo NT, os bens materiais são
vistos como origem terrena e iníqua, a serviço de um sistema mundano,
secularizado. Contudo o cristão pode fazer feles motivo de bênção e regozijo
espiritual, através da mordomia cristã (Lc 16: 9-13).
II-SE EU QUISER OU SE O
SENHOR QUISER? (Jo 7: 17-18).
Como cristão penso que o grande dilema da nossa fé, hoje,
consiste em compreendermos a vontade de Deus para a nossa vida em cada dia. O
que o Senhor quer que eu faça? Qual é mesmo a vontade do Senhor para mim? È
fácil ocultar o problema sob uma profissão de fé vazia de obediência ao Senhor
e ocultar a revolta e a desobediência em uma vida de aparências religiosas,
como sucedeu com os líderes dos judeus, os sacerdotes, os anciãos do povo e os
fariseus, denunciados por Jesus na parábola dos dois filhos (Mt 21:28-32). Quem
fez a vontade do Senhor? Enquanto líderes fingiam estar trabalhando na vinha do
Senhor, os pecadores, como os publicanos e as meretrizes, recebiam o reino de
Deus com alegria, arrependiam-se
sinceramente e obedeciam. Estavam prontos para fazer a vontade do
Senhor. Lembremos: para Jesus a vontade de Deus era a Sua comida e bebida (Jo
4: 31-34).
III-O PECADO DA
SONEGAÇÃO DO BEM.
Em Tiago, o conceito de fazer o bem tem um sentido prático: “Se um irmão ou uma irmã estiverem carecidos de roupa, e
necessitados do alimento cotidiano, e qualquer dentre vós lhes disser: ide em
paz, aquecei-vos, e fartai-vos, sem, contudo, lhes dar o necessário para o
corpo, qual é o proveito disso”? (Tg
2:15-16). Desta forma Tiago faz coro com a igreja primitiva que usava a
necessidade com oportunidade para os cristãos desenvolverem a solidariedade e o
dom do socorro (At 4:34-35; 20:35).
Algumas igrejas locais têm falhado nesse aspecto da diaconia
cristã, ao utilizar-se de organizações para-eclesiática, que lhes prestam
serviços. Essas organizações são, quase sempre, impessoais; ou ainda empresas
que captam recursos para igrejas, mas com suas próprias
administrações (não eclesiásticas). Ao deter o controle financeiro, há a
tendência de se julgarem mais poderosas e com poder de decisão maior que a
própria igreja. Tal modelo foge ao conceito bíblico e neotestamentário, no qual
o calor humano favorece o crescimento saudável da igreja. Entregamos a uma
instituição a tarefa de fazer o bem, que é da igreja!
A natureza do pecado a que se refere Tiago está ligada à idéia
de errar o alvo, entre as outras idéias de pecado que aparecem na carta, tais
como: cobiça (1:15), fazer acepção de pessoas (2:9) e acumular uma porção de
erros (5:15,16,20) nos relacionamentos mútuos.
CONCLUSÃO
Se a carta aos Hebreus nos exorta a confiarmos no Senhor, por
meio da fé, o mesmo não ocorre com a auto confiança, sobre a qual recai a
suspeita de ser tomada por uma espécie de jactância, o mesmo orgulho que transformou
o estrelismo do querubim celeste em queda do reino dos mortos e transformou o
portador da luz (Lúcifer) em anjo das trevas (Is 14:12-15). É uma jactância
maligna!
O povo de Tiago, os israelitas, eram nômades desde o exílio da
Babilônia. Poucos voltaram para o assentamento na Palestina segundo Esdras 2 e
Neemias 7. Famílias citadas nominalmente de judaístas, benjamitas e levitas,
formaram o remanescente da reconstrução. Os demais se tornam homens de negócio
que mudavam de cidade à procura de lucros. Muitos se esqueceram de Deus ou O
trocaram pela comodidade dos negócios. Foram eles, segundo o judeu francês
Jacques Attali, que inventaram o comércio, o dinheiro, as letras de cãmbio, o sistema bancário, etc. Tiago,
vendo o risco dos cristãos procederem do mesmo modo, diz: “devíeis dizer: se o
Senhor quiser”. Já no Antigo Testamento está escrito: “se as vossas riquezas
prosperam, não ponhais nelas o coração” (Sl
62:10).
..............................
Reflexão de: Erleu
Fernandes.
E.B.D. 13/17 editada
aos sábados.
E-mail:
erleu_cruz@hotmail.com
0 comentários:
Postar um comentário