domingo, 1 de fevereiro de 2015

SOCORRO E SOLIDARIEDADE

SOCORRO      E     SOLIDARIEDADE
LEITURA: LUCAS 10:30 – 37

          Você vai me perguntar. Porque que vamos meditar nessa palavra? Já nem me lembro de quantas dezenas de vezes já vi pregarem em cima desta mesma palavra. Pois bem. Fazemos aquilo que agrada a Deus. Estou na obediência.
Vejamos no verso 30. Nele há três verbos, um substantivo e um adjetivo.

1. Cair nas mãos: Quem que nunca caiu nas mãos de um agiota, de um banco, de um difamador, de ladrões ou seqüestradores?
Isso é muito chato e preocupantes. Pois o homem da parábola caiu nas mãos de ladrões e saqueadores. E qual o objetivo dos ladrões e saqueadores. Jesus mesmo nos falou disso em Jo 10:10: “O ladrão vem para roubar, matar e destruir e eu vim para tenham vida e vida em abundância”.

2. Despojar. Quem que não teve em sua vida dias ou momentos de despojamento? Seja na perca de uma mãe, de um pai, de um irmão. A morte é um despojamento, pois ela vem, e tira de nós coisas, seres ou pessoas que tanto gostávamos de tê-las junto de nós. E um grande homem, Francisco de Assis, ainda chamava a morte de “irmã morte”. Há despojamento de coisas que nos tiram em um assalto, seja um carro, carteira, coisas, dinheiro... Somos sempre despojados de alguma coisa.

3. Salteadores. Sabem! O homem da parábola não teve nome, observaram?  Porque, hem? Porque ele é cada um de nós. Quem são os salteadores que o espancaram o deixando quase morto?  Imaginem! Pensou certo quem diz que é o pecado, o tentador e as outras tantas situações que nos envolvemos nos caminhos da vida.
Podemos até ir lá em 1Co 10:12 que o apóstolo Paulo  diz: “Quem está de pé, olhe (cuide-se) para não cair”.

4. Meio morto. Ainda bem que na estrada da vida quando a gente caiu ainda estava meio morto. Porque se tivéssemos mortos, literalmente, não teria mais jeito. Ainda bem que estávamos em condições de sermos cuidados, restaurados e curados. Melhor ainda, encontrado por uma mão generosa, misericordiosa, boa... senão poderiam acabar de nos matar.
          
Pois bem, amados. O homem estava meio morto. Vi um pregador dizer uma vez, que esse negócio de meio é muito vago pra ser verdade, está mais para o lado do mais ou menos. Não há meio rico e nem meio pobre, Nem meio feio e nem meio bonito. Nem meio branco e nem meio negro.  Nem meio baixo e nem meio alto. Nem meio crente e nem meio do mundo. Nos anteriores não vou opinar, mas neste último eu vou. 

Não há meio crente. Ou é ou não é. É errado quando alguém diz.
Fulanos já esta um meio crente. Por quê? Ah! Ele fumava dois maços de cigarro por dia e agora só fuma um. Ele tomava todas da nº1 a 51, e agora está só na cerveja. Ele tinha três amantes mais a esposa, agora ele só tem a matriz e uma filial. Corta essa! Ou é ou não é.  Ou se tornou de fato ou ainda não é.
Descia pelo caminho. Verso 31.
Olhem bem. O que somos todos nós? Viajantes que caminham rumo a algum lugar. No nosso caso, nós os crentes, convertidos a Jesus, caminhamos rumo ao céu, a casa do Pai. Não é isso que vemos em Lucas 15: 11-24 na volta do filho pródigo? O que nos diz o verso 18 e 19? “Irei ter com meu Pai, e dir-lhe-ei: Pai pequei contra o céu e contra ti, já nem sou digno de ser chamado teu filho”. Já existem alguns, já bem focados lá na casa do Pai, conhecendo a salvação, mas não querendo se preocupar com isso. E há outros que estão esperando que alguém lhes fale dessa graça sem par, que nos trouxe o Cristo na Cruz.
Porém, nesta estrada, nunca estaremos livres dos ataques do inimigo. Podemos ser pegos de surpresa e não termos subsídios espirituais, unções bastantes em nós, naqueles dias ou naquelas horas. Foi por isso que Jesus disse em Mt 26:41: “Vigiai e orai, para não cairdes em tentações, mesmo que o espírito esteja preparado, mas a carne é fraca”. Ou então meditemos mais uma vez na parábola das dez virgens, cinco néscias e cinco pudentes, como vemos em Mateus 25: 1-13. Na estrada da parábola desciam pelo caminho, três classes de pessoas.
1º um sacerdote.  Um homem muito preocupado com o templo e com os seus trabalhos no templo, com a religião. Não podia perder tempo com um pobre miserável, ferido, quase morto na beira do seu caminho. Disse consigo mesmo, isso não é comigo. E seguiu o seu caminho.
2º um levita. Era ele um auxiliar do sacerdote no templo. Ele sabia que de acordo com a lei, com a religião, ele não podia tocar em um cadáver, ou mesmo num ferido que estivesse sangrando. Disse também, isso não é comigo. E seguiu em frente.
3º um samaritano.  Aí fechou o tempo!  O cara que estava ali, ferido, desmaiado, quase morto, na beira da estrada era um inimigo declarado dos samaritanos. Notem bem, não era o samaritanos inimigo do ferido. O ferido pertencia ao grupo dos que odiavam os samaritanos. Vinha o samaritano, em seu burrico, vê o sulista, um judeu, dos remanescentes da tribo de Judá e Levi, que teve no passado, como sede o reino do Sul, em Jerusalém. No passado, eles se tornaram inimigos dos israelitas, reino do norte, onde vivia os descendentes das dez tribos de Israel, sediados em Samaria. Chegando perto do ferido, o samaritano desce de seu burrico. Observemos que Jesus não diz que o sacerdote e o levita vinham montados.
O samaritano teve uma compaixão profunda! Condoeu-se, teve pena do ser humano ali caído, independente de ser judeu ou não. Desce, vai até a sua cela, pega um frasco de vinho e outro com azeite. Rasga parte de suas vestes (dele ou do ferido), faz um chumaço, embebe de vinho e vai passando sobre os ferimentos. Pega o azeite e vai pingando sobre as feridas limpas, e com isso alivia a dor daquele homem ferido. Depois, pega o homem o coloca sobre a sua montaria e vai estrada afora puxando o burrico até achar uma pousada de beira de estrada. Isso irmãos, mesmo sendo um socorro a uma pessoa acidentada, aquele samaritano é por demais solidário! Olhem bem, irmãos. Não podemos deixar de ir para o campo da realidade que Jesus Cristo quis nos ensinar nesta parábola do Bom Samaritano.
Se agente for lá em Cl 2:13 veremos que o apóstolo Paulo nos fala: “Quando vocês estavam mortos nos vossos pecados, na incicursisão de vossa carne, ele vos vivificou juntamente com ele, perdoando-nos de todas as ofensas”.  Daí, esse bom samaritano, é de fato a figura do próprio Jesus. E esse homem, ultrajado, assaltado, ferido, machucado e semimorto é de fato cada um de nós. Não foi assim que a maioria de nós foi encontrada e salva por Jesus? Muitos de vocês nasceram em lares já cristãos.
Há! Como que Jesus é bom, irmãos! Desce de sua montaria de Rei da Glória, encontra-nos em farrapos, feridos, doentes, por causa dos nossos pecados e nos salva.  O próprio Jesus nos diz em Lc 5:31-32: “Não são os que estão sãos que precisam de médicos, mas sim os enfermos. Não vim chamar os justos, mas, sim os pecadores ao arrependimento”.
Voltemos ao curativo. O vinho, que ele lavou as nossas feridas, é o símbolo da alegria. Logo, ele veio, nos trazer de novo, a alegria, o riso, a vontade de viver, que o pecado, com suas nojeiras, já tinha feito que perdêssemos. O vinho também é simbolizado pelo seu sangue, sangue pisado de dor, que ele verteu lá no sacrifício da cruz, por cada um de nós. O azeite é o bálsamo do Espírito Santo, que tomou conta de nosso ser que estava tão ressentido, tão pra baixo, tão sem graça. Pra nos consolar de todos os sofrimentos das trevas do pecado Ele coloca em nós o Espírito Santo, fazendo já, o nosso primeiro encontro com ele, o Consolador. Lembremos o que Ele nos diz em Jo 14h16min”: “Eu rogarei ao Pai, e ele vos enviará outro Consolador, para que fique convosco para sempre”. Com isso, Jesus nos afirma que desde o momen to de nosso resgate, das trevas, do pecado e, aceitamos Ele como Senhor e Salvador, já tínhamos o Espírito Santo em nós. 

Que maravilha! Mas, no momento em que recebemos o nosso batismo (seja por aspersão, (como os presbiterianos) ou por imersão, como os batistas) temos em nós, para sempre o Paráclito, o Consolador, o Doce Refrigério da Alma, o Espírito Santo. Pois o que nos simboliza o batismo? Não é um novo nascimento. Desde o momento em que fomos mergulhados nas águas da Piscina Batismal, (no lago, no rio ou no mar) naquele momento, morremos com Cristo, ressuscitamos com Ele e, recebemos um novo título: passamos a ser chamados Filhos e filhas de Deus.

Irmãos, não há dúvidas, no momento em que aceitamos Jesus, que temos nosso primeiro encontro com ele, o Espírito Santo se apossa de nós. E no instante em que professamos Jesus como nosso Senhor e Salvador, através de nossa profissão de fé, passamos a tê-lo, definitivamente em nós. Podemos confirmar isso lendo em 1Co 12:3b: “Ninguém pode dizer Jesus é o Senhor, senão pelo Espírito Santo”.
Voltando ao texto; a ação de colocar o enfermo sobre a sua montaria e levá-lo até uma pousada, nos leva a crer que Jesus quando nos encontra, nos toma no colo, e do jeito que estivermos ele nos leva até uma igreja, a uma Betel, a uma casa de oração, a uma casa do pão da palavra. Ali, durante algum tempo, ele cuida de nós com o alimento da sua palavra.
Vejamos aqui, irmãos, a responsabilidade de um pastor com os convertidos, sejam os novos, ou já antigos. Vamos rever, no texto, V. 35, o que diz o samaritano ao dono da estalagem: “partindo, tirou dois dinheiros e deu ao hospedeiro, e disse-lhe: - Cuida dele; e tudo o que demais gastares eu te pagarei quando voltar”. Vemos aí que os dois dinheiros são referentes a dois dias de trabalho de uma pessoa.

Ouçam, meus amados pastores, Deus colocou sobre vossos ombros responsabilidades, fardos, pesados por demais! Cada convertido que tens, no teu rebanho, novo ou antigo, é pra você, pelo menos deveria ser, como a um filho que nasceu de seu casamento com a igreja do Senhor.
Cabe a você, amado pastor, como anjo da igreja, cuidar dos novos convertidos, ou dos membros antigos com todo jeito paternal. Sabendo amar, compreender e perdoar. Pois lhe é exigido uma postura de coerência com o evangelho de Jesus Cristo na condução de sua igreja.
Recordemos a parábola da ovelha perdida, em Mt 18:12-14.
Eram cem ovelhas, que o pastor tinha...  ( Cantar, caso seja permitido)
Se a gente for lá e ler o final do V. 14 veremos Jesus dizendo: “Que nenhum destes pequeninos se perca”. Pra Jesus, seremos sempre aquele piá, aquele guri, aquele moleque, que precisa de atenções, cuidados e conselhos.
O que vemos em Mt 18:3: ”Se não vos fizerdes como crianças, de modo algum entrarei nos reino dos céus”.
Mas bem dura é a cobrança que Jesus deixa para o hospedeiro, ao pastor, no final deste texto: “Tudo o que demais gastares eu lhe pagarei quando voltar”. Esse pagamento é, o famoso galardão, que a Bíblia fal: “Alegrai-vos naquele dia e exultai, porque grande é o vosso galardão no céu” (Lc 6:23)..  um prêmioque ganharemos no céu.  Jesus está dizendo isso para o diácono, para o presbítero, para o novo convertido que já passou pelo discipulado e foi batizado; mas Ele esta dizendo, (para os hospedeiros), os pastores, os responsáveis de cuidar e curar as ovelhas a eles entregues.

Mas, cada um de nós, irmãos, é um pedacinho da pessoa do pastor. Ele nos instrui, e nós falamos o que o rebanho precisa ouvir, na qualidade de diáconos, de presbíteros ou de professor de classe na EBD. Se falamos ou pregamos o que Jesus nos manda estaremos sendo porta-vozes da pessoa do pastor. Só temos que louvar e agradecer ao Senhor por termos tido este discernimento com relação à Parábola do Bom Samaritano. Graças a Deus! No entanto, tomemos cuidado. Não vamos proceder como o sacerdote e o levita. Mas arregacemos as mangas e socorramos os que estão já quase mortos em seus pecados e vamos trazê-los para Deus.
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Fazer convite.... Há alguém?
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Encerro aqui, desejando a todos os irmãos e visitantes muita unção no Espírito Santo e muita fé na caminhada rumo ao céu. Amem, irmãos?

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