segunda-feira, 30 de novembro de 2015

ENTÃO, ELE ENSINOU...

ENTÃO, ELE ENSINOU...

"Então, ele os ensinou: Quando orardes, dizei: Pai, santificado seja o teu nome; venha o teu reino; o pão nosso cotidiano dá-nos de dia em dia; perdoa-nos os nossos pecados, pois também nós perdoamos a todo o que nos deve; e não nos deixes cair em tentação." Lucas 11:2-4

Pensamento: Em vez de orações compridas, ornamentadas e elevadas, Deus quer que nos aproximemos dele como Pai e falemos com Ele sobre as questões mais básicas das nossas vidas!

Oração: Querido Pai, obrigado por ser um Deus santo que também está próximo a nós. Por favor, faça a Sua vontade na minha vida e use-me para a Sua glória. Em nome de Jesus. Amém.
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VEDE QUE GRANDE AMOR

VEDE QUE GRANDE AMOR

"Vede que grande amor nos tem concedido o Pai, a ponto de sermos chamados filhos de Deus; e, de fato, somos filhos de Deus. Por essa razão, o mundo não nos conhece, porquanto não o conheceu a Ele mesmo." 1 João 3:1

Pensamento: Que privilégio é poder ser chamado de filho de Deus !!! Como é maravilhoso pensar que Deus nos coloca em igualdade a Cristo, que é o filho primogênito de Deus. Fomos chamados para ser um só corpo com Cristo Jesus, e no céu seremos todos uma única família, repletos do amor inexplicável de Deus. E além de tudo, somos herdeiros de todas as coisas que Deus criou.

Oração: Pai querido obrigado pelo Seu amor revelado nesta palavra, que maravilhoso é poder ser chamado de Seu filho. Obrigado também porque foi o Senhor que me escolheu, e me convidou para fazer parte dessa grande família. Obrigado por ter enviado Jesus Cristo para me salvar e livrar de todo de pecado, para que eu possa morar no céu. Eu oro em nome de Jesus. Amém.
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domingo, 29 de novembro de 2015

AGORA VEJO

AGORA VEJO

"O texto para a mensagem de hoje está contido no Evangelho segundo São João 9:1-7 "Caminhando Jesus, viu um homem cego de nascença. E os seus discípulos perguntaram: Mestre, quem pecou, este ou seus pais, para que nascesse cego? Respondeu Jesus: Nem ele pecou, nem seus pais; mas foi para que se manifestem nele as obras de Deus. É necessário que façamos as obras daquele que me enviou, enquanto é dia; a noite vem, quando ninguém pode trabalhar. Enquanto estou no mundo, sou a luz do mundo. Dito isso, cuspiu na terra e, tendo feito lodo com a saliva, aplicou-o aos olhos do cego, dizendo-lhe: Vai, lava-te no tanque de Siloé (que quer dizer Enviado). Ele foi, lavou-se e voltou vendo."

Comecemos analisando o verso um: "Caminhando Jesus, viu um homem cego de nascença." Lá estava o pobre homem, nascera cego, crescera cego, vivera a vida toda cego. Não importa o motivo da sua cegueira, o fato é que estava ali. Hoje, pelo menos, os cegos têm oportunidade de crescer, e se desenvolver. Um cego, pode tranqüilamente ser cientista, professor, psicólogo ou o que desejar. Os cegos não estão mais privados de nada. Graças à leitura no sistema Braille, hoje o cego pode se desenvolver como qualquer outra pessoa. E graças a Deus pela oportunidade que os cegos físicos estão tendo hoje. Mas, naqueles tempos, não havia a leitura no sistema Braille. A sociedade não se preocupava com os cegos. Ao contrário, quando uma criança nascia cega, a sociedade pensava: está pagando por algum pecado. Vocês dirão: "mas como pode ter pecado, uma criança que recém nasceu?" Os judeus, naquela época, acreditavam nos pecados pré-natais. Acreditavam na punição por causa do pecado dos pais, avós e bisavós. Então, se ela estava pagando pelos pecados, que sofresse. Para que estender a mão? Para que ajudar? Para que fazer crescer? Um pecador tinha que pagar pelo seu pecado. Assim somos os seres humanos, implacáveis! Julgamos e condenamos, não concedemos outra oportunidade para as pessoas!

Um cego, nos tempos de Cristo, não ía à escola, não aprendia a ler, não podia trabalhar. Então, o que se poderia esperar de um cego? Ele acabava a vida pedindo esmolas. Esta era a situação daquele pobre homem. Estendia a mão para viver da caridade das pessoas. Ali, num canto, jogado, chutado, desprezado. Se alguém tivesse piedade, daria um centavo. Se não, todos passariam indiferentes sem olhar para ele.

Mas o texto bíblico diz: "Caminhando Jesus, viu um homem cego de nascença." João 9:1. Ao vê-lo, Jesus parou. Isto é maravilhoso, meu amigo! Em meio à multidão, Jesus viu aquele pobre cego. Você está aí, diante da TV, num cantinho, na penumbra, no leito de um hospital ou na cela de uma prisão. Pode pensar que ninguém se lembra de você, que ninguém pode entender seus problemas. Entre, por exemplo, às quatro ou cinco da tarde, no Metrô de São Paulo e você vai se sentir preso como numa lata de sardinhas. Fique parado, ao meio-dia, na esquina da Av. Rio Branco com a Rua Sete de Setembro, no Rio de Janeiro e você vai ver a multidão entrando e saindo, passando, correndo, subindo, atravessando a rua. Você fica ali, parado, mas ninguém olha pra você. Ninguém presta atenção. Você pode estar morrendo de fome, quem se importa? Pode ter perdido a família, quem se importa? Pode estar sem emprego, quem se interessa? Ninguém olha para ninguém. Neste mundo as pessoas vivem sozinhas, sobrevivem sozinhas. Ou, na melhor das hipóteses, cuidam das pessoas que estão perto delas, da sua família e de mais ninguém.

Mas, o que me impressiona do texto bíblico é que Jesus passava e viu um homem cego de nascença, rejeitado, desprezado, solitário. Jesus o viu. Ah! Jesus não vê multidões. Jesus vê indivíduos. Para Jesus não existe massa, existem pessoas.

Neste momento, Jesus está aí e pode ver você. Ele sabe a cor da roupa que você veste, sabe as lutas íntimas de seu coração. Conhece as lágrimas que você derrama e que ninguém compreende. Sabe as angústias que o perturbam. Sabe as indecisões em que você vive. Enfim, Ele compreende você.

Alguma esposa maltratada pelo marido, desprezada pelos filhos, menosprezada, explorada, humilhada, está me assistindo? Você não tem para onde ir? Onde está o marido que, um dia, jurou amor eterno? Onde estão os filhos a quem você dedicou a vida e hoje nem sequer lembram de você? Sente-se murchando na vida, enrrugada pelo tempo? Acabada? E você pensa assim: "estou sozinha, ninguém pode entender o meu mundo, ninguém pode entender minha lágrima."

Ah, querido, Jesus é capaz de parar e olhar você e saber até quantos cabelos você tem. Ele diz, na Sua Palavra: "Até os cabelos da vossa cabeça todos estão contados." Lucas 12:7

Ele é capaz de saber o dia do seu aniversário. Saber que você, antes de ligar a televisão, brigou com o marido ou com a esposa. Saber que você convidou o seu filho, para assistir o programa, mas ele não quis. E você está triste porque gostaria que seu filho mudasse de vida. Diga-me: qual o drama que você vive, qual é a angústia que bate em seu coração? O que arranca lágrimas dos seus olhos? Jesus conhece tudo. Ele estava lá e de repente, no meio da multidão, viu um cego e parou. Neste momento também, Jesus pára perto de você e conhece a história de sua vida. Sabe que neste momento você está orando em seu coração: "Senhor, opera um milagre na minha vida", porque você traiu o Senhor Jesus. Você falhou, entrou em lugares que não devia ter entrado. Fez coisas que nunca devia ter feito. Você manchou o nome de Jesus, jogou seus princípios no chão. Ninguém viu, ninguém sabe, mas você sabe. A consciência o perturba. Não está feliz com esta situação. Não quer viver deste jeito, não aceita este estado de coisas, mas não tem força. Luta para se libertar e não pode.

Clama a Deus por um milagre e o milagre não acontece. Ao ligar a TV e assistir a este programa, no fundo do seu coração, você está clamando por um milagre. E Deus conhece a história de sua vida e se dirige a você, quer lhe mostrar onde está o segredo de uma vida feliz, cheia de paz. Não importa quem é você, nem onde está. Talvez deitado num leito de hospital, pensando que ninguém se lembra de você, que está perdido, no anonimato. Jesus pára e olha nos seus olhos.

Está você ouvindo na cela de uma prisão, pagando o preço da vida errada que você viveu? Jovem ainda, cheio de vida e condenado a dez, quinze, vinte anos de prisão? Ninguém se lembra de você? Ninguém, neste país, sabe que você existe? Mas, Jesus vem e atravessa as paredes da prisão e o encontra aí sentado, com um aparelho ligado, assistindo a esta mensagem. E isto, meu amigo, não é teoria. Não estou pregando o que me ensinaram na faculdade de Teologia. Não estou ensinando o que li em algum livro, estou falando o que Jesus significa para mim.

Eu era uma criança pobre que nasceu e cresceu numa cidade pequena, no interior do meu país, o Peru. Uma cidade pobre que não tinha sequer luz elétrica, nem água potável, nem esgoto. Uma criança que andava sem sapatos, mas clamou em seu coração pelo poder de Deus e hoje você pode me ver aqui na TV! Como poderia imaginar que Deus ía olhar para uma pequena cidade perdida entre as montanhas e enxergar a vida de uma criança que fez uma oração em seu coração? Então, eu não estou falando o que eu aprendi na Faculdade de Teologia, mas porque um dia o olhar maravilhoso de Deus me alcançou, me resgatou, me abriu os olhos. Retirou-me daquela cidadezinha e me fez cidadão do mundo. Hoje, quando vou de um lugar para o outro, quando vejo a multidão reunida para ouvir a Palavra de Deus, milhares de pessoas sentadas em frente à televisão assistindo ao programa "Está Escrito", louvo o nome de Deus, porque aquela criança, clamou um dia e Jesus parou e olhou para ela e lhe deu as oportunidades da vida.

Estou falando, neste momento, para um jovem que terminou o Segundo Grau e não consegue passar no vestibular? Quer estudar na Universidade e não tem dinheiro? Estou falando para alguém que sonhava ser médico e já está ficando velho e não consegue realizar seu sonho? Anda fazendo biscates para sobreviver e vê as outras pessoas crescendo e progredindo e você não consegue? Sente-se insignificante, sozinho, anônimo, perdido no meio da multidão? Clame a Jesus agora, aí onde você está e Jesus parar e olhar para você. Ele vai lhe dar a grande oportunidade que você está precisando. Você não tem o direito de sentir-se esquecido. Não importa quanto você está sofrendo ou quanto as pessoas têm maltratado você.

Espere um momento! Tudo isto pode acontecer nesta vida, mas, Jesus parou e olhou para aquele cego e os discípulos fizeram a pergunta: "... Mestre, quem pecou, este ou seus pais...? Respondeu Jesus: Nem ele pecou nem seus pais; mas foi para que se manifestem nele as obras de Deus." João 9:2 e 3

Eu li este texto quando eu era um garoto de quinze anos e meu coração ficou revoltado porque pensei assim: este rapaz nasceu cego para que as obras de Deus se operassem na vida dele? Que tipo de Deus é esse que o faz nascer cego só para Ele ter a oportunidade de mostrar o Seu poder? Quer dizer que nós somos cobaias nas mãos de Deus?

Ah, se Deus fosse assim, não merecia que eu O reconhecesse como Deus, que O amasse, que confiasse nEle. Como confiar em alguém que para mostrar Seu poder, tem que fazer sofrer as pessoas? Este pensamento me perturbou muito, até que um dia, entrei na Faculdade de Teologia, para estudar a Bíblia em hebraico, em grego, que são as línguas originais da Bíblia. São Paulo não falava português, falava grego. Mateus escreveu em grego. O grego é uma língua poderosa, uma língua expressiva, diz muita coisa em poucas palavras. E em grego, o texto diz assim: "Nem ele pecou, nem seus pais, mas para que nele fossem feitas as obras de Deus, ele nasceu assim." Só que este "para que nele", em grego, é a preposição inã que quer dizer "para que" ou "por causa de".

Então, literalmente, este verso diz: "Este cego não pecou, seus pais também não pecaram, mas inâ as obras de Deus se realizarão nele." Quer dizer: "já que nasceu cego, já que está assim, por causa desta situação, o poder de Deus vai se manifestar." Em outras palavras, Deus vai aproveitar esta situação adversa para operar seus milagres. Ele não tem culpa, os pais não têm culpa, Deus não tem culpa. Mas já que está assim, Deus vai operar um milagre. Isto sim é coerente com o caráter de Deus.

Querido, ouça isto: o sofrimento, a dor, a morte, a tragédia, a desgraça não foram criadas por Deus. Este mundo saiu perfeito das mãos de Deus. As rosas não tinham espinhos. Não existiam pernilongos. A cobra não era um bicho nojento que se arrasta e pica, era um ser perfeito. Não havia briga, egoísmo, inveja, dor, enfermidade, morte. Este mundo era perfeito. Mas, nós, os seres humanos, representados em Adão e Eva, vendemos este mundo para o diabo. E o vendemos barato. Por um minuto de curiosidade, por um minuto de prazer.

Hoje, este mundo pertence ao inimigo de Deus. Talvez esta idéia não lhe agrade. Talvez você não queira aceitar o fato de que este mundo hoje pertence ao inimigo. Porém, este mundo pertence tanto ao inimigo que quando Jesus esteve nesta Terra, o Diabo se atreveu a ir dizer a Jesus. Vejamos o que a Bíblia diz em Mateus 4:8 e 9: "Levou-o ainda o diabo a um monte muito alto, mostrou-lhe todos os reinos do mundo e a glória deles, e lhe disse: Tudo isso te darei se, prostrado me adorares."

Este mundo não era do inimigo, era de Deus, Ele nos confiou, mas nós arruinamos tudo. Nós o vendemos barato. Agora, ele se deleita em colocar doença, pobreza, miséria, egoísmo e morte. É por isso que nascem crianças enfermas e cegas. É por isso, por causa do egoísmo que entrou no mundo, que hoje nos deleitamos em crescer pisando as pessoas. É por isso que hoje existe inveja, ciúme. É por isso que hoje o caráter das pessoas está distorcido. Que você machuca as pessoas que mais ama e depois se arrepende, sofre, dói e pede perdão. Mas, já machucou, não tem mais remédio, abriu uma ferida que, às vezes, nem o tempo pode fechar.

Foi o inimigo que colocou isto no mundo. Agora, Jesus disse: "Já que o mundo está estragado, já que esta pobre criança está cega porque o diabo colocou a mão, por causa disto, o poder de Deus vai se manifestar. Eu vou resolver este problema. Vou operar atos maravilhosos, para mostrar aos seres humanos, que a única saída sou Eu. Então se aproximou do cego e colocou barro em seus olhos. E disse: Filho "... Vai, lava-te no tanque de Siloé." João 9:7

Eu pergunto: hoje, este Jesus que teve poder até para ressucitar Lázaro, para fazer andar o paralítico, para transformar água em vinho, este Jesus todo-poderoso, não tinha poder para dizer simplesmente "Vê", e o cego ficaria vendo? Claro que podia. E por que não o fez? Porque, mais uma vez, Ele queria a participação humana. Ele não pode fazer nada sem o consentimento do homem. Jesus pode operar um milagre em sua vida, mas não vai entrar pela força. Não vai derrubar a porta e entrar.

Ele diz somente: "Segue-Me." E você tem que segui-Lo. É você que tem que tomar a decisão. Quem é você? Qual é a grande luta que você está tendo em sua vida? O que quer mudar em sua vida? De onde você quer que Jesus tire você? Qual é o socorro que você precisa? Qual é o drama que você vive? Que milagre você quer que Deus opere sua vida?

Clame a Jesus, porque a voz dEle é clara: "Filho, vem, segue-Me. Toma Tua cruz e segue-Me." E sabe qual é a maior cruz que temos que tomar? Renunciar a nós mesmos, renunciar à idéia de lutar sozinhos. Aprender a depender, a sentir-nos crianças, a extender a mão, e dizer: "Senhor, entrego-Te minha vontade porque eu sozinho estou perdido."

Abra seu coração a Jesus agora, não importa onde e como esteja
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 Pr Alerjandro Bullon

ORAÇÃO
Pai querido, vem, abre os nossos olhos para vermos a fragilidade de nossas decisões. Por favor, estende Teu braço poderoso e muda nosso coração operando o milagre que precisamos neste momento, agora. Onde Teus filhos estiverem, responde com misericórdia e com poder, em nome de Jesus. Amém.

sexta-feira, 27 de novembro de 2015

ESTUDO TEOLÓGICO Nº 26

Estudo do Livro Fundamentos da Fé Cristã  Nº 26
     Um manual de Teologia ao alcance de todos.
         Autor: James Montgomery Boice
      Postado por: Erleu Fernandes da Cruz
                    CAPÍTULO 16


A DOUTRINA FUNDAMENTAL DA RESSURREIÇÃO.
     O que é mais importante para a teologia cristã: a morte de Jesus Cristo ou a Sua ressurreição? Não há resposta para essa pergunta. Embora a principal missão de Jesus tenha sido morrer pelos pecados da humanidade, não podemos desconsiderar a importância histórica da ressurreição como evidência para a afirmação que Ele fizera a respeito da sua identidade como Messias e Filho de Deus. Foi apenas por causa da ressurreição que o evangelho da cruz pôde ser entendido e, então, preservado a transmitido ao longo dos séculos, até que chegasse a nós.
     A importância da ressurreição é percebida desde os primeiros momentos da era cristã. De certa forma, os discípulos sempre creram em Jesus como o Cristo. Um exemplo dessa imatura, mas genuína fé foi, o testemunho de Pedro: “Tu és o Cristo, o filho de Deus vivo” (Mt 16:16b). Entretanto, a fé dos seguidores de Jesus foi profundamente abalada pela crucificação, ao ponto de fazer com que eles, imediatamente depois da morte do Cordeiro, abandonassem tudo e retornassem para o lugar de onde tinham vindo.
     O mesmo Pedro que, no Evangelho de Mateus, havia afirmado com total segurança que Jesus é o Cristo acabou negando-o três vezes na noite em que Ele foi preso, ainda antes da ressurreição.
     Embora tivessem acreditado na pregação de Jesus, Seus discípulos não foram fortes o suficiente para continuarem crendo em Sua identidade como Messias depois de testemunharem a prisão e morte dele. Todavia, três dias depois da ressurreição, eles tiveram a fé fortalecida, e saíram para anunciar o evangelho do Salvador que havia vencido a morte.
     A morte e ressurreição de Jesus foram o cerne da mensagem de Seus seguidores. Ele já tinha revelado aos discípulos o que aconteceria na noite da ressurreição, a fim de prepará-los por meio da Palavra:
     “Então, abriu-lhes o entendimento para compreenderam as Escrituras. E disse-lhe: Assim está escrito, e assim convinha que o Cristo padecesse e, ao terceiro dia, ressuscitasse dos mortos; e, em seu nome, se pregasse o arrependimento e a remissão dos pecados, em todas as nações, começando por Jerusalém. E dessas coisas sois vós testemunhas”. (Lucas 24:45-48).
     Mais tarde, Paulo descreveu a natureza simples da pregação apostólica, dizendo que havia transmitido aos coríntios apenas o que ele havia recebido:
     “Porque primeiramente vos entreguei o que também recebi que Cristo morreu por nossos pecados, segundo as Escrituras, e que foi sepultado, e que ressuscitou ao terceiro dia, segundo as Escrituras, e que foi visto por Cefas e depois pelos doze. Depois, foi visto, mais uma vez, por mais de quinhentos irmãos, dos quais vivem ainda a maior parte, mas alguns já dormiram também. Depois, foi visto por Tiago, depois, por todos os apóstolos e, por derradeiro de todos, me apareceu também à mim, como um abortivo”. (1ª Cor. 15:14-18).
     Em Atos 2:27, Pedro afirmou que Davi fizera, no versículo 10 do Salmo 16, menção à ressurreição de Cristo: “Pois não deixarás a minha alma no inferno, nem permitirá que seu Santo veja a corrupção”.
     Outros pregadores do Evangelho fizeram a mesma coisa. De acordo com muitos estudiosos contemporâneos das primeiras pregações, a morte e ressurreição de Cristo sempre tiveram no centro das mensagens anunciadas pelos apóstolos (DODD, The Apostolic Preachingand its Developments, p. x).
     A ressurreição provou que Jesus Cristo é quem Ele alegou ser e que cumpriu o que alegou ter vindo a terra para realizar. O evangelista Reuben A. Torrey disse: “A ressurreição de Cristo é o Gibraltar das evidências cristãs, o Waterloo da infidelidade”. Ela é a base histórica sobre a qual todas as demais doutrinas cristãs estão edificadas e diante da qual todas as dúvidas devem fracassar.
     Se é mesmo possível mostrar que Jesus de Nazaré ressuscitou dentre os mortos, como alegam as Escrituras, então a fé cristã de baseia sobre um fundamento sólido. Se, essa doutrina o sustentar, as outras também sustentarão. Por outro lado, se não estiver bem fundamentada, as outras acabarão perdendo credibilidade. Desta forma o apóstolo Paulo escreveu:
     “E, se Cristo não ressuscitou, logo é vã a vossa fé. E assim somos também considerados como falsas testemunhas de Deus, pois testificamos de Deus, que ressuscitou a Cristo, ao qual porém, não ressuscitou, se, na verdade, os mortos não ressuscitam. Porque se os mortos não ressuscitam também Cristo não ressuscitou, é vã a vossa fé, e ainda permanecereis em vossos pecados. E também os que dormiram em Cristo estão perdidos”.  (1 Cor. 15:14-18).

         O SELO SOBRE A EXISTÊNCIA DE DEUS
      Que outras doutrinas são sustentadas pela veracidade da ressurreição? A primeira é que existe um Deus e a de que somente o Deus da Bíblia é o verdadeiro. Mas será que existe mesmo um Criador? Se existe, que tipo de Deus Ele é?  Essas são as primeiras e mais importantes perguntas que qualquer mestre religioso deve responder. Entretanto, a diversidade de opiniões entre os teólogos é muito grande. Como podemos ter certeza de quais teorias estão corretas, se é que alguma está? Somente a ressurreição de Jesus Cristo, por si, só, proporciona-nos esse segurança.
     “Todo efeito deve ter uma causa adequada. No caso da ressurreição de Cristo, essa única causa é o Deus da Bíblia. Como qualquer pessoa conhecedora da história da vida de Jesus sabe, nosso Senhor andou por toda a terra proclamando o Deus de Abraão, Isaque e Jacó, como gostava de declarar, o Deus tanto do Antigo Testamento como do Novo. Ele disse que os homens o levaria à morte por meio de crucificação, e deu detalhes sobre a forma como tudo aconteceria. Além disso, Jesus disse que, depois que Seu corpo fiçasse enterrado durante três dias, Seu Pai, o Deus de Abraão, Isaque e Jacó, o Senhor da Bíblia, o Deus do antigo e do Novo Testamento, levantaria ele dentre os mortos. Essa foi uma declaração e tanto. Jesus, aparentemente, referia-se a algo impossível. Durante séculos, homens chegaram e partiram, viveram e morreram e, no que diz respeito ao conhecimento humano,  que é alicerçado sobre observações e experiências claras, esse foi o fim deles. Mas esse homem, Jesus, não hesita em declarar que Sua experiência irá de encontro às uniformes experiências de longos e longos séculos.
     “Isso foi, sem dúvida, uma prova da existência de Deus que Ele pregava, pois esse havia passado no teste, fazendo exatamente o que havia dito que faria, mesmo parecendo, a princípio, que aquilo era irrealizável. Desse modo, o fato de Jesus ter sido milagrosamente trazido de volta da morte torna evidente que o Deus que fez isso existe de fato, sendo, assim, o verdadeiro Deus”. (TORREY, 1965, p. 70-71).

         O SELO SOBRE A DIVINDADE DE CRISTO
      A Ressurreição de Cristo estabelece também a doutrina da divindade de nosso Senhor. Quando viveu pela terra, Jesus declarou não apenas que Deus o trairia de volta da morte três dias depois da crucificação, mas também que Ele era igual a Deus.
     Se estivesse errado quanto à isso, Sua alegação seria ou um delírio de homem perturbado ou uma blasfêmia. Por outro lado, se Jesus estivesse certo, a ressurreição seria a maneira de Deus confirmar aquela declaração. Ele a confirmou? Jesus se levantou dos mortos? Sim, levantou. Portanto, a ressurreição é o selo de Deus sobre a declaração de Cristo acerca de Sua divindade.
     Paulo, que sabia que Jesus tinha ressuscitado, afirmou que Cristo é o declarado Filho de Deus em poder, segundo o Espírito de santificação, pela ressurreição dos mortos (Rm 1:4). Ele deixou de fora muitos argumentos que incluiria se dependesse, aqui, apenas da lógica humana para nos convencer a crer no que pregava.
     Aprendemos nas aulas de álgebra do ensino médio que, para chegar a resposta final, os alunos sem mais experiência no processo de resolução das equações nem sempre precisavam ater-se a cada etapa delas. Por exemplo, para chegar ao resultado da equação 2a – 10 =10, um aluno menos experiente poderia seguir pelo caminho mais trabalhoso (2a – 10=10; 2a = 10+10; 2a =20; a = 10), enquanto um estudante familiarizado com os termos poderia ver de imediato, que, se 2a – 10=10, então a = 10, não sendo necessário, para tal resolver os passos intermediários.
     Isso é parecido com o que Paulo fez nos primeiros versículos de Romanos. Ele argumentou que a ressurreição de Cristo foi suficiente para provar Sua divindade. Contudo, se ele tivesse de explicar a sua lógica em detalhes ele diria algo assim:
     1º. Jesus declarou ser o Filho de Deus de uma maneira especial. Ele argumentou que Deus era Seu Pai (Jo 5:18) e disse que Este o tinha enviado ao mundo para salvar a humanidade. Afirmou que, quando partisse daqui, retornaria para a presença do Altíssimo (Jo 16:28). Cristo afirmou que quem quer que o tivesse visto tinha visto o Pai (Jo 14:9). Todas essas declarações de divindade, e, por causa delas, os líderes religiosos o mataram.
     2º. Só há duas possibilidades: tais declarações ou eram falsas, ou verdadeiras. Jesus não podia ser Deus apenas em parte. Ou Ele é quem dizia ser ou é um mentiroso.
     3º. Se as declarações de Jesus eram falsas, eram também enganosas e blasfemas.
     4º. Se eram blasfemas, não é possível que Deus pudesse honrar quem as declarou.
     5º. Mas Deus honrou a Jesus, ressuscitando-o dentre os mortos, Deus justificou as declarações dele.
     6º. Por essa razão, Jesus é o unigênito Filho de Deus.
     Tal análise não feita apenas com base no texto de Romanos 1:4, visto que essa evidência aparece em outras partes da Bíblia.  Paulo simplesmente reproduziu esse ensinamento.
     O próprio Jesus usou esse argumento quando, para justificar Seu caráter divino, apelou para o sinal do profeta Jonas. Ele demonstrou uma autoridade única em seus ensinamentos e milagres, mas muitos do que o ouviram não acreditaram. Quando os governantes pediram provas que corroborassem, Suas afirmações, “Jesus respondeu que: o único sinal dado seria aquele do profeta Jonas, pois como Jonas esteve três dias e três noite no ventre da baleia, assim estará o Filho do Homem três dias e três noites no seio da terra” (Mt 12:40).
     Depois que isso acontecesse, Cristo ressuscitaria, e Sua autoridade única seria justificada. Da mesma forma, que no dia de Pentecostes e outros sermões registrados em Atos, os primeiros discípulos usavam a ressurreição para provar a divindade de Cristo.
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     Glórias sejam dadas a Deus, nosso Pai, por termos chegados até aqui. Com certeza foi a vontade imperiosa de Deus que nos tem dado ânimos para prosseguirmos com esse estudo. Nosso próximo estudo, na aula 26, ainda continuando no Capítulo 16 será:
          O SELO SOBRE A JUSTIFICAÇÃO

     Fiquem com as bênçãos que suplico ao Pai sobre cada um dos seguidores de nosso blog: Jerusalém É Aqui.


DEUS VOS ABENÇOE! AMEM?

O REINO DOS CÉUS

O REINO DOS CÉUS

"O reino dos céus é também semelhante a um que negocia e procura boas pérolas; e, tendo achado uma pérola de grande valor, vende tudo o que possui e a compra." Mateus 13:45-46

Pensamento: Amado, Deus planeja que a Sua pérola seja achada por aqueles que estejam obcecados por possuí-Lo. É como se estivesse dizendo: "A Minha pérola está disponível unicamente àqueles que colocam grande valor nEle". Assim, o negociante nessa parábola representa uma porção muito pequena de crentes de hoje. Tais servos encontraram em Jesus a resposta para todas as necessidades e clamores do coração. Ele se tornou o foco central de suas vidas. Tais pessoas se determinaram a buscar esse prêmio com tudo que está ao seu alcance. E vão se apropriar dEle a qualquer custo.

Oração: Pai querido, o valor do Reino dos Céus é algo incomparável, quero fazer de tudo para obter esta pérola, que é Cristo Jesus. Quero entregar tudo o que tenho, a começar pelo meu coração, minha mente, meu tempo, meus planos, minhas ações... Ajuda-me a estar mais próximo do Senhor a cada dia. Eu oro em nome de Jesus. Amém.
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quinta-feira, 26 de novembro de 2015

BEM-AVENTURADO

BEM-AVENTURADO

"Bem-aventurado o homem que suporta a tentação; porque, quando for provado, receberá a coroa da vida, a qual o Senhor tem prometido aos que o amam." Tiago 1:12

Pensamento: Esta bem-aventurança vem do irmão de Jesus. Ele a havia experimentado! Tiago sabia que valia à pena ficar firme e perseverar quando era atacado. Ele afirmou que Deus nos ama e que Ele fez promessas incríveis referentes ao que nos espera no futuro. Ele sabia que nosso período de provação logo se tornaria um período de grandes bênçãos.

Oração: Querido Senhor e Pai, obrigado por todas as vezes em que o Senhor me fortaleceu quando eu estava sendo atacado, e me sustentou quando eu estava fraco e pronto a desisitir. Escreva “perseverança” bem fundo na minha alma, e dê-me um espírito de tenacidade, para que eu possa servi-Lo, independente do que possa acontecer na minha vida. No nome Poderoso de Jesus eu oro. Amém.
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terça-feira, 24 de novembro de 2015

O SENHOR CORRIGE A QUEM AMA.

O SENHOR CORRIGE A QUEM AMA

"Filho meu, não menosprezes a correção que vem do Senhor, nem desmaies quando por ele és reprovado; porque o Senhor corrige a quem ama e açoita a todo filho a quem recebe." Hebreus 12:5-6

Pensamento: As tribulações e dificuldades que se apresentam diante de nós muitas vezes não são compreendidas, mas o Senhor permite que sejamos provados para que nosso caráter seja moldado, para que estejamos mais próximos do Senhor, e para que tenhamos uma vida melhor logo após sermos corrigidos. Por isso, não precisamos murmurar em meio a tribulação, vamos adorar ao Senhor em todos as circunstâncias e certamente haverá recompensa.

Oração: Pai querido, obrigado pelas correções e pelas provações que fazem aproximar mais do Senhor. Ajuda-me a suportar sem murmurar e louvando ao Senhor em toda circunstância. Sei que minha vida lhe pertence, meus caminhos estão nas suas mãos, e o Senhor é pai e jamais deixaria seus filhos desamparados. Por isso guarda meu coração de toda tristeza, medo e amargura. Eu oro em nome de Jesus. Amém.
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NOS DEU A VIDA

NOS DEU VIDA

"E estando nós mortos em nossos delitos, nos deu vida juntamente com Cristo." Efésios 2:5

Pensamento: Eis o grande mistério !!! Eis a grande obra de Jesus Cristo nosso Senhor e Salvador !!! A salvação que Ele nos trouxe, o direito à vida eterna, vida plena e abundante, vida para quem estava morto, e agora pode ter a alegria de ter uma nova vida juntamente com Cristo. Muitas vezes esquecemos de que fomos salvos, de que a graça de Deus nos alcançou, e tudo isso porque Deus nos amou primeiro, amor incondicional, mesmo que não sejamos merecedores, mesmo assim, nosso Pai nos amou. Por isso vamos nos alegrar, vamos colocar nossos olhos para o alto, vamos deixar um pouco de lado a dureza da vida, e vamos olhar para as coisas que nos aguardam na vida eterna.

Oração: Pai querido, obrigado pela salvação, porque eu entendo, que se não fosse através de Jesus, eu jamais teria acesso a vida eterna. Obrigado pelo seu amor, derramado sobre minha vida. Ajuda-me a entender e a lembrar a cada momento, que o dom da salvação, este que o Senhor já nos deu, é maior do que qualquer outra necessidade, e maior que qualquer outro dom. Perdoa, pelas vezes que eu tenho murmurado, quando eu olhei somente para as coisas deste mundo, e esqueci de contemplar o Seu Reino
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domingo, 22 de novembro de 2015

ENTÃO, ELE ENSINOU....

ENTÃO, ELE ENSINOU

Então, ele os ensinou: Quando orardes, dizei: Pai, santificado seja o teu nome; venha o teu reino; o pão nosso cotidiano dá-nos de dia em dia; perdoa-nos os nossos pecados, pois também nós perdoamos a todo o que nos deve; e não nos deixes cair em tentação." Lucas 11:2-4

Pensamento: Em vez de orações compridas, ornamentadas e elevadas, Deus quer que nos aproximemos dele como Pai e falemos com Ele sobre as questões mais básicas das nossas vidas!

Oração: Querido Pai, obrigado por ser um Deus santo que também está próximo a nós. Por favor, faça a Sua vontade na minha vida e use-me para a Sua glória. Em nome de Jesus. Amém.
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sábado, 21 de novembro de 2015

AMAS-ME?

AMAS-ME?

"A mensagem escolhida para esta palestra, encontra-se em João 21:15-17: "Depois de terem comido, perguntou Jesus a Simão Pedro: Simão, filho de João, amas-Me mais do que estes outros? Ele respondeu: Sim, Senhor, Tu sabes que Te amo. Ele lhe disse: Apascenta os meus cordeiros. Tornou a perguntar-lhe pela segunda vez: Simão, filho de João, tu Me amas? Ele lhe respondeu: Sim, Senhor, Tu sabes que Te amo. Disse-lhe Jesus: Pastoreia as minhas ovelhas. Pela terceira vez Jesus lhe perguntou: Simão, filho de João, tu Me amas? Pedro entristeceu-se por Ele lhe ter dito, pela terceira vez: tu Me amas? E respondeu-lhe: Senhor, Tu sabes todas as coisas, Tu sabes que eu Te amo. Jesus lhe disse: Apascenta as minhas ovelhas."

O texto acima possui quatro pensamentos que quero desenvolver. O primeiro pensamento: Ninguém vai se perder porque alguma vez caiu na vida espiritual. Se alguém se perder, será porque tendo caído, não quis levantar de novo.

O segundo pensamento: se você quer recomeçar sua vida com Cristo, se quer uma nova chance, você tem que estar apaixonado por Jesus, porque sem amor, não se pode construir uma vida cristã saudável.

Terceiro pensamento: o grande problema da vida espiritual, que nos leva muitas vezes a cair, é que carregamos em nós a maldita natureza pecaminosa que nos acompanhará até o dia da glorificação, quando Cristo voltar.

E o quarto pensamento: o segredo para permanecer firme na fé, é o serviço, o envolvimento com a Igreja, o envolvimento com a missão de Cristo na Terra. Agora deixem-me desenvolver estes quatro pensamentos.

Primeiro: Ninguém vai se perder porque alguma vez caiu na vida espiritual; se alguém se perder será simplesmente porque, tendo caído, não tentou se levantar e continuar a caminhada com Cristo. O texto bíblico relata o encontro de Jesus com Pedro após a ressurreição. Pedro era um homem que confiava em suas próprias forças e antes de Jesus ser crucificado, ele olhou para Jesus e disse: "...Ainda que me seja necessário morrer Contigo, de nenhum modo Te negarei." (Marcos 14:31)

Pedro era o "membro de Igreja" que achava que outros poderiam cair, mas ele, nunca. Outros poderiam trair o Senhor Jesus, mas ele nunca. Querido, nunca confie nas forças humanas, nós não passamos de barro. Não somos nada sem Cristo. "Eu Sou a videira, vós os ramos. Quem permanece em Mim, e Eu, nele, esse dá muito fruto; porque sem Mim nada podeis fazer."(João 15:5)

Paulo repete a lição de outra maneira: "Tudo posso naquele que me fortalece." (Filipenses 4:13)

Nós não somos nada, nosso sustento é Cristo, nossa segurança é Cristo, nossa garantia de salvação é Cristo. A nossa força, o nosso conhecimento da Bíblia, a nossa participação na Igreja, os anos que já estamos na vida cristã, tudo isso é nada. A coluna vertebral do cristianismo é Cristo. Pedro se esqueceu disso e caiu. Caiu feio, beijou o pó. Desceu lá no fundo do poço, traiu. Retornou à sua vida passada, falhou, pecou, abandonou o seu Mestre.

O texto bíblico escolhido traz um pensamento interessante: Se, como muitos cristãos sinceros acreditam, Pedro foi o primeiro Papa, então os Papas também caem, os Papas também falham. Ninguém é infalível! Pedro caiu, falhou e falhou feio.

Queridos, não há coisa mais triste na vida espiritual que a consciência do culpado. O grande problema com o pecado não é que Deus não possa nos perdoar. Ele nos perdoa. O grande problema com o pecado é que a consciência do pecador não aceita, as vezes, o perdão.

Será que você é alguém atormentado pelo peso da culpa? É alguém que há anos e anos vem carregando o fardo de uma consciência culpada?

Em nome de Deus, tomo minha Bíblia para lhe dizer uma coisa: Este livro está cheio de promessas maravilhosas! Não importa o seu passado, não importa o seu presente, não importa como você viveu, não importa o que você fez. Há perdão para você e ninguém vai se perder porque um dia caiu; se alguém se perder será simplesmente porque caindo, não quis acreditar de novo, não tentou levantar-se, não tentou continuar a caminhada.

Na Bíblia, encontro dois tipos de cristãos: Enoque, cuja biografia está contida em apenas catorze palavras. Na vida de Enoque não encontramos um pecado, foi uma vida impecável, uma vida correta, uma vida perfeita. Por mais que eu procure na Bíblia um erro na vida de Enoque, não encontro. Tudo que encontro é que: "Andou Enoque com Deus, e ... Deus o tomou para Si."(Gênesis 5:24)

Deus quer Enoques na Sua Igreja. Deus pode fazer de você um Enoque moderno. A Bíblia está cheia de promessas: veja no livro do Apocalipse algumas promessas: "O vencedor será assim vestido de vestiduras brancas, e de modo nenhum apagarei o seu nome do livro da vida." (Apocalipse 3:5) Veja mais adiante, outra promessa: "Ao vencedor, dar-lhe-ei sentar-se Comigo no Meu trono, assim como também Eu venci e Me sentei com Meu Pai no Seu trono." (Apocalipse 3:21)

Se a Bíblia fala tanto de vitória é porque a vitória não é uma utopia, não é algo irreal, a vitória é possível! Existe um Deus que pode fazer você vitorioso. Você pode viver uma vida sem cair, como Enoque.

Nas minhas horas de meditação pessoal, eu peço a Deus: Senhor, como gostaria de ser como Enoque, mas se não posso ser como ele, pelo menos dá-me a alegria de ser como Davi que conheceu o outro lado da vida, que caiu, fracassou, que foi derrotado, mas em meio à miséria do pecado, levantou o rosto para o céu em desespero e correu como louco no meio da noite. Caiu numa cova escura, de joelhos, e aí escreveu o Salmo 51. Veja que palavras maravilhosas: "Eu nasci na iniqüidade, e em pecado me concebeu a minha mãe... Cria em mim, ó Deus, um coração puro, e renova dentro em mim um espírito inabalável. Não me repulses da tua presença, nem me retires o teu Santo Espírito." (Salmos 51:5, 10 e 11) E então Davi se levantou vitorioso.

Meu amigo, se não pudermos ser como Enoque, pelo menos sejamos como Davi, ou sejamos como Pedro, que depois de ter sido "ancião de Igreja", depois de ter sido um "pastor", depois de ter sido um "líder", caiu. O inimigo veio e disse: "Pedro, você está acabado. Olhe, Judas já se enforcou... O que você está esperando para se enforcar também?" Pedro, porém, acreditou no Senhor Jesus, levantou-se, correu, solitário ajoelhou-se e chorou amargamente sua derrota. Ele clamou desesperado: "Senhor, eu sou pó, não presto, sou mau! Podes me restaurar, podes me fazer de novo?" Jesus o levantou e agora aqui está Pedro diante Dele, pedindo uma segunda chance: "Senhor, dá-me uma nova oportunidade. Por favor, acredita em mim, dá-me uma segunda chance!"

Você é alguém que quer uma segunda chance com Jesus? Você quer que Jesus lhe dê uma segunda oportunidade? Você gostaria que seu passado fosse esquecido, como se nascesse de novo?

Chegamos, então, à segunda parte do tema desta palestra: se você quer recomeçar sua vida com Cristo, se você quer uma nova chance, se você quer construir uma nova experiência com Cristo, você tem que estar apaixonado por Jesus, porque sem amor, não se pode construir uma vida cristã saudável.

Jesus virou-se para Pedro e disse: "Pedro, você quer uma nova oportunidade? Então vou lhe fazer uma pergunta: você Me ama?" E o texto bíblico diz que ele respondeu rápido: "Claro, Senhor, que Te amo!" Jesus disse: "Pedro, você não entendeu. Estou perguntando: Pedro, você Me ama?" A resposta foi: "Senhor, eu Te amo!" E Jesus insistiu: "Pedro, você ainda não entendeu: Eu estou perguntando se você Me ama." O texto bíblico diz que desta vez Pedro ficou triste porque Jesus perguntara pela terceira vez. Então Pedro pensou: "Ah, Senhor, que motivos tens para acreditar que eu Te amo?"

Pergunto: "Jesus tem algum motivo para crer que você O ama?" Como é fácil amar com palavras! Ah, queridos, dizer "eu te amo", tem se tornado tão vulgar, hoje em dia. Dizer: "eu gosto de você" tem se tornado tão vazio, tão sem significado. Amor, amor de verdade, não é amar de boca. Amor significa renuncia. Amor também significa lágrimas. Amor significa negar-se a muitas coisas. Este mundo está cheio de amor barato. Pedro estava contagiado de amor barato. Que fácil é dizer: "Te amo, te amo, te amo...". Jesus ia perguntar um milhão de vezes e ele ia continuar dizendo "Te amo, Te amo". Jesus só parou de perguntar porque Pedro ficou triste, porque Pedro entendeu que o Mestre não tinha nenhum motivo para acreditar que ele O amava.

Agora, diga-me: O que você está renunciando por amor a Jesus? Está renunciando a algum tipo de música por amor a Cristo? Está renunciando a algum programa de televisão por amor a Cristo? Está renunciando a um emprego por amor a Cristo? Está renunciando algum vício por amor a Cristo? Está renunciando a quê, por amor a Cristo? Que motivos tem Cristo para acreditar que você O ama? Ele deixou tudo no Céu, veio para sofrer a morte de um marginal, porque o amava.

Veja que mensagem maravilhosa o apóstolo Paulo escreveu aos filipenses: "Tende em vós o mesmo sentido que houve também em Cristo Jesus, pois Ele, subsistindo em forma de Deus não julgou como usurpação o ser igual a Deus; antes a Si mesmo Se esvaziou, assumindo a forma de servo, tornando-Se em semelhança de homens..." (Filipenses 2:5-6) E ele segue dizendo: "A Si mesmo Se humilhou, tornando-Se obediente até a morte, e morte de cruz."(Filipenses 2:8) O que você deixou para servir a Jesus?

Estarei, neste momento, me dirigindo a uma senhora cujo marido a persegue por causa de Cristo? Ele sempre resmunga quando você se dedica às coisas de Deus? Ou será que você é um jovem que não pode ingressar na Universidade por ser fiel aos princípios de Cristo? Será você um jovem que renunciou a um trabalho, a uma carreira, por causa de Cristo? Que motivos tem Cristo para acreditar que você O ama?

Querido, vivemos dias perigosos. A Mídia, formada pela televisão, rádios, revistas, jornais; bombardeia nossa juventude com a nova moral, amor sem compromisso, sexo sem compromisso. O casamento já é história, hoje não se ama, se "fica"! Hoje não existe mais compromisso! A juventude vive sendo bombardeada. Os jovens ligam a televisão e vêem garotas de treze anos praticando sexo. Ligam a TV e assistem a namorada do garoto com o pai do menino. A Mídia, bate, bate e bate. Quatro horas de televisão, um minuto de Bíblia. Claro que a Mídia vai fazer sua cabeça! Claro que, de repente, você vai sentir que a Igreja está errada, que a Palavra de Deus passou de moda, que a Igreja tem que se atualizar. A moda hoje é sexo sem compromisso, amor sem compromisso, amor sem casamento. Pode-se ter quatro, cinco mulheres, está tudo bem, está tudo maravilhoso! O jeito é aproveitar a vida que é curta! A Mídia consegue o que quer.

Estamos renunciando a cultura moderna para seguir a Cristo? Que motivos tem Jesus para acreditar que você O ama? Jesus olha para Pedro e diz: "Pedro, você quer começar uma vida nova Comigo? Uma nova experiência? Vou lhe perguntar: Você Me ama?"

O terceiro pensamento é apresentado na pergunta de Jesus a Simão: "Simão, filho de João". "Simão, filho de João" ... o que aconteceu com Jesus? Por que perguntou tantas vezes, "Simão, filho de João"? Sabe o que Jesus está querendo dizer? Simão, filho do homem, filho da carne. Simão, ser humano, lembre-se que você é filho de João. Você quer Me seguir, quer começar uma nova experiência Comigo? Então lembre-se de que você é filho de João, que você não é Deus. Você é homem, você é carne.

Querido, sabe por que fracassamos na vida espiritual? Porque esquecemos que somos "filhos de João". O que acontece quando uma pessoa levanta pela manhã, escova os dentes, toma um banho e sai correndo como um louco para a luta do dia? O que esta pessoa está dizendo para Jesus? Está dizendo: "Senhor, sabes por que não separo tempo para orar, para estudar a Bíblia? Sabes por que estou saindo como um louco? Porque eu não preciso de Ti para vencer nesta vida, eu me viro sozinho." Mas quando você se ajoelha de manhã e abre sua Bíblia antes de sair, está dizendo: "Senhor, sabes por que estou ajoelhado aqui? Porque sou filho de João, sou um pobre e fraco pecador. Estou sozinho e perdido. Antes de sair, preciso passar um tempo Contigo, porque eu não posso esquecer que eu sou filho de João."

Meu amigo, esta é a grande lição que eu tive de aprender, a golpes, nesta vida. Você me vê pregando, no entanto, talvez não tenha uma oportunidade de chegar perto de mim para conviver um pouco, para ver como sou em casa, como sou na minha vida diária. Eu só imagino que você olha pra mim e pensa: "Ah, Deus usa o Pastor Bullón." Mas quero dizer-lhe uma coisa: Eu não sou nem um pouquinho melhor do que você, tenho as mesmas lutas que você tem, sou tentado tanto quanto você, tenho tristezas e sonhos! As vezes sinto-me sozinho como você. A única diferença, talvez, é que minhas próprias derrotas nesta vida ensinaram-me a entender que sou "filho de João", que não sou ninguém sem Cristo. Minhas derrotas ensinaram-me a entender que se eu soltar a mão de Jesus, não serei nada nesta vida.

Você pode me ver aqui pregando, mas não me vê ajoelhado, sozinho. Por que eu busco ao meu Deus? Porque eu sou "filho de João", não sou nada. Sem Ele não passo de um pobre pecador. Ele é a minha segurança, Ele é a minha certeza de salvação, Ele é o meu escudo. Não quero mais viver sem Ele, porque já soube o que é estar sem Cristo. Já soube o que é o vazio da alma.

O quarto pensamento é o segredo para permanecer firme na fé: é o envolvimento com a Missão de Cristo na Terra. Depois de perguntar três vezes se Simão O amava, Jesus pela terceira vez pediu: "... Apascenta as minhas ovelhas." (João 21:17)

Sabe por que? Porque não há maneira de você permanecer firme na Igreja, se você não se comprometer com as ovelhas do Senhor. Pregue o Evangelho, testifique, ganhe almas. Não há maneira de você permancer firme na fé se não estiver comprometido com a vida da Igreja. Por favor, não fique na torcida organizada, fique no campo, vista a camisa, sue. Este "jogo" não dura somente 90 minutos, este "jogo" dura até a vinda de Cristo. Pregue o Evangelho, busque almas, comprometa-se com a Igreja.

Talvez você esteja morto na vida espiritual. Tente lembrar-se. Sabe quando começou a sua desgraça espiritual? Quando você não aceitou o cargo que a Igreja lhe ofereceu. Quando você deixou de cantar no coral. Cristianismo não é levantar aos sábados às dez da manhã, assistir ao culto e sair. Cristianismo é compromisso com a vida da Igreja. "Simão, filho de João, quer começar de novo?" "Quero, sim, Senhor!" "Então, comprometa-se com a Igreja. Envolva-se com a Missão que deixei nesta Terra."

Outro dia participei de um batismo no Chile onde um velhinho de oitenta anos se batizava. Ele me abraçou e disse: "Pastor, fui batizado quando tinha 17 anos. Saí da Igreja aos 20. Passei 60 anos fora da Igreja. Conheci tudo o que este mundo tem, até que uma enfermidade tocou o meu corpo. Eu não tenho muito tempo de vida. Mas eu não queria morrer sem retornar aos braços de Jesus." Entrou no tanque do batismo carregado por dois pastores. Que pena! Sessenta anos de vida desperdiçados. Mas, que alegria, antes da morte ele lembrou-se de Jesus.

A coisa mais linda que Jesus tem é que Ele acredita em você, Ele o ama. Não importa por quais caminhos você transitou, Ele nunca deixou de amar você. Não importa quantas vezes você O traiu, Ele nunca deixou de amá-lo. Não importa que as pessoas digam que você não presta. Para Jesus, você presta, você vale muito. Ele não quer que você continue naquela "vidinha" espiritual medíocre. Ele quer que você acorde, que você desperte. Ele quer que você reaja. Quer que você agora clame, do fundo do seu coração, e diga: "Senhor, eu não sou nada! Eu não posso, mas eu acredito em Teu poder e Contigo posso tornar-me um gigante."

Onde estiver, peça em seu coração que Jesus ouça o seu pedido em oração.
ORAÇÃO

Querido Pai, Tu sabes, Tu vês o que os olhos humanos não podem ver. Tu podes ver a decisão maravilhosa de cada coração e podes ouvir o clamor silencioso de cada pessoa. Concede-nos, com Tua paz, nascermos em Teu Reino aqui neste mundo. Neste momento Tua graça maravilhosa nos lava completamente e também, neste momento o Teu Espírito nos enche de poder, poder para viver como Enoque, poder para acreditar, poder para vencer. Ó Pai, quando Cristo voltar dá-me a alegria de abraçar todos estes amigos no Reino dos Céus. Em nome de Jesus, amém.
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PR. ALEJANDRO BULLÓN
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ESTUDO DE TEOLOGIA Nº 25

Estudo do Livro Fundamentos da Fé Cristã - Nº 25
     Um manual de Teologia ao alcance de todos.
         Autor: James Montgomery Boice
      Postado por: Erleu Fernandes da Cruz

CAPÍTULO 15 – AMOR INESGOTÁVEL - CONTINUAÇÃO DA  GRANDEZA DO AMOR DE DEUS NO Nº 24.
                     
                    AMOR INESGOTÁVEL
     
     Em segundo lugar, a Bíblia ensina que o amor de Deus é infinito. Isso não é a mesma coisa que dizer que ele é grande: a característica diferenciada é a sua capacidade de não se extinguir. Ele não pode ser esgotado, nem mesmo completamente compreendido.
     Paulo captou essa ideia quando orou para que aqueles a quem estava escrevendo pudessem compreender, com todos os santos, [...] a largura, e o comprimento, e a altura, e a profundidade e conhecer o amor de Cristo, que excede a todo entendimento, para que [fossem] cheios de toda a plenitude de Deus (Ef 3:18,19).
     Analisando longamente, as palavras do apóstolo são contraditórias, visto que ele orou para que os cristãos pudessem conhecer o incognoscível. Essa foi a maneira encontrada por Paulo para enfatizar seu desejo de que eles se aprofundassem mais no conhecimento do infinito amor de Deus.
     Como podemos conhecer esse amor ilimitado? Podemos conhecê-lo, mas apenas em parte.  Temos sido tocados por ele, mas sua plenitude continuará sempre fora do alcance de nosso entendimento, assim como o infinito do universo se estende para além do que o olho humano pode enxergar.
     Há um hino que coloca esse aspecto do amor de Deus uma linguagem memorável. Inicialmente escrito por F. M. Lehman, teve sua estrofe final (que é, talvez, a melhor de todas) acrescentada mais tarde, depois de ter sido encontrada na parede do quarto de um asilo, escrita por um homem considerado insano, mas que, obviamente, conheceu o amor de Deus.

O amor de Deus é muito superior
Ao que a língua e a caneta pode expressar;
Ele ultrapassa a mais alta estrela,
E chega ao mais profundo inferno.

A culpa curvou-se com cuidado,
Deus deu Seu Filho para vencer;
Seus filhos errantes Ele reconciliou,
E resgatou do pecado.

Oh, como o amor de Deus é rico e puro!
Como é sem medida e forte!
Durará para sempre –
A canção dos anjos e dos santos.

Podemos encher o oceano com tinta?
E poderia o céu ser como um pergaminho?
Poderiam todos os caules da terra ser penas de escrever.
E todo homem um escriba de ocupação,
Para escrever acerca do amor de Deus?
Se assim fosse, os oceanos secariam,
Os pergaminhos não poderiam conter sua totalidade,
Ainda que esticado céu a céu.
     Esta é a canção de todos aqueles que, por intermédio de Jesus Cristo, conheceram o infinito amor do Pai.

                    A DÁDIVA DO AMOR
     Em terceiro lugar, Deus também nos fala que Seu amor é uma dádiva. Esse é o ponto principal de João 3:16: “Deus amou o mundo de tal maneira que deu o seu Filho Unigênito...” A natureza do amor de Deus é dar, e quando Ele nos dá algo, não é apenas uma ninharia, mas o melhor.
     Em Os Quatro Amores, C. S. Lewis diferencia o amor-dádiva do amor-necessidade; indicando que é o primeiro, amor-dádiva que caracteriza o amor do Senhor.
     “O amor divino é amor-doação. O Pai entrega ao Filho tudo o que Ele tem. O Filho se entrega ao Pai e se entrega ao mundo e ao Pai pelo mundo, e com isso também resgata o mundo (nele mesmo) para o Pai”. (Lewis, 2005, p. 2).
     Em nenhum outro lugar pode-se enxergar melhor esse fato do que a dádiva de Jesus para a nossa salvação.
     O amor dádiva do Senhor pode ser visto na morte de Jesus de duas maneiras. Em primeiro lugar, Cristo é o melhor que o Pai tinha para dar, porque não existe ninguém que se compare ao Filho do homem. Segundo, ao oferecer Jesus, Deus ofereceu a Si mesmo e não existe nada maior que pudesse ser oferecido por alguém do que isso.
      Certa vez, um sacerdote estava conversando com um casal que enfrentava dificuldades no casamento. Havia muita amargura e dor entre eles, além de uma aguda falta de compreensão. A certa altura da conversa, o marido disse com visível irritação: “Tenho dado tudo a você”, afirmou referindo-se à esposa. “Dei a você uma casa nova, um carro novo e todas as roupas que pudesse usar. Dei a você...” E a lista continuou. Quando ele terminou a esposa disse com tristeza: “Tudo isso é verdade, João. Você me deu tudo, exceto a si mesmo”!
      Não podemos dar a ninguém mais valoroso do que a própria vida. Qualquer outro presente se torna relativamente insignificante diante deste. Deus deu a si mesmo em Jesus.

                  AMOR SOBERANO
     Em quarto lugar, o amor de Deus é soberano. Por ser Senhor, Ele não deve satisfação a ninguém, sendo livre para amar a quem escolher. Assim, Ele declara: “Amei Jacó e aborreci Esaú (Rm 9:13) e, em relação a Israel, diz: 
     “O SENHOR não tomou prazer em vós, nem vos escolheu, porque a vossa multidão era mais do que a de todos os outros povos, pois vós éreis menos em número do que todos os povos, mas porque o SENHOR vos amava; e, para guardar o juramento que jurara aos vossos pais, o SENHOR vos tirou com mão forte e vos resgatou da casa de servidão, da mão de Faraó, rei do Egito” (Dt 7:7,8).
     Se Deus é soberano em Seu amor significa, que Ele não pode ser influenciado por nada que se refira à criatura. Sendo assim, isso equivale a dizer que a razão do amor do Senhor se encerra nele mesmo: Ele ama a quem quer.
     Podemos perceber isso claramente nos textos citados no parágrafo anterior. No caso de Jacó e Esaú, não é que Jacó fosse mais cativante e, por isso, Deus o tenha amado mais do que a seu irmão. O Senhor decidiu amar Jacó como uma expressão simples e pura de sua soberana vontade, e deixou isso claro ao fazer essa escolha antes que os gêmeos nascessem, antes que tivessem a chance de fazer qualquer coisa boa ou má.
     De forma parecida, o versículo em Deuteronômio nega com veemência que Deus tenha amado a nação de Israel por causa de uma característica particular dela, como poder ou tamanho territorial (ela não era grande como a maioria das nações). Mas exatamente, o texto afirma que o Senhor a amou porque decidiu amá-la.
     Para a maioria das pessoas, esse não é um ensinamento popular, mas é a única maneira de garantir que Deus seja, de fato Deus. Suponha o contrário: Imagine que o amor divino fosse regulado por alguma coisa além da soberania do Senhor. Nesse caso, Ele seria, também, regulado por essa outra coisa (seja o que fosse) e, assim, ficaria debaixo da autoridade dela, o que é impossível se Ele ainda for Deus.
     Nas Escrituras, somente a vontade eleita do Pai justifica Seu amor. A razão apresentada para as escolhas de Deus acerca disso é que:
     “(Ele) nos predestinou para filhos de adoção por Jesus Cristo, para si mesmo, segundo o beneplácito de sua vontade, para louvor e glória de sua graça, pela qual nos fez agradáveis a si no Amado” (Efésios 1:5,6).  
     Há um segundo princípio relacionado à soberania divina que é igualmente importante. Deus não ama só o coletivo, mas também o indivíduo. O amor do Senhor não é [apenas] uma boa vontade comum direcionada a um grupo visto como um todo e, portando, a ninguém em particular. Trata-se de um amor que escolhe os indivíduos e abençoa-os de maneira específica e abundante.
     O propósito do amor de Deus que, segundo Efésios 1:4, foi definido entes da criação do mundo envolve, primeiro, a escolha daqueles a quem Ele abençoaria e, depois, a indicação dos benefícios a serem concedidos, bem como o meio pelo qual estes seriam obtidos e aproveitados.
     Assim, de acordo com J. I. Packer: “O exercício individual do amor de Deus em relação aos pecadores no tempo é a execução de um propósito para abençoar aqueles mesmos pecadores que Ele formou na eternidade. (Packer, 1983, p. 112-113).

                    AMOR ETERNO
     O quinto e último ponto de vista a respeito do amor de Deus é que ele é eterno. Assim como as suas origens encontraram-se no passado da eternidade, o seu fim será encontrado na eternidade futura. Em outras palavras, não existe fim. Paulo escreveu:
     “Quem nos separará do amor de Cristo? A tribulação, ou a angústia, ou a perseguição, ou a fome, ou a nudez, ou o perigo, ou a espada? Como está escrito: por amor de ti somos entregues à morte todo o dia: fomos reputados como ovelhas para o matadouro. Mas em todas essas coisas somos mais do que vencedores, por aquele que nos amou. Porque está certo de que nem a morte, nem a vida, nem os anjos, nem os principados, nem as potestades, nem o presente, nem o porvir, nem a altura, nem a profundidade, nem alguma outra criatura nos poderá separar do amor de Deus, que está em Cristo Jesus, nosso Senhor”! (Romanos 8:35-39).
     Na lista de Paulo, existem duas classes de ameaças potenciais para o relacionamento do cristão com o Pai, e ele nega a eficácia de ambas. A primeira classe diz respeito aos nossos inimigos naturais neste mundo imperfeito e incrédulo: pobreza, fome, desastres naturais e perseguições. Segundo ele, estes não podem separar-nos do amor do Senhor.
     À medida que analisamos a lista e a comparamos com as experiências do apóstolo, como ministro do evangelho, percebemos que suas palavras não são ditas sem motivo. O próprio Paulo resistiu a esses inimigos (2 Co 6:5-10; 11:24-33). Mesmo assim, nada o separou do amor de Deus, que é eterno. Nem nos separará se tivermos de submeter-nos a tal sofrimento.
     A segunda classe de inimigos é sobrenatural ou, como preferirmos dizer, é, justamente, a própria natureza das coisas. Nesses versículos, Paulo listou a morte, vida, anjos, demônios e qualquer outra coisa que pudesse ser enquadrada nessa categoria. Eles podem separar-nos do amor de Deus? Paulo respondeu que não podem, pois o Senhor é maior do que qualquer uma delas.
     Ainda há mais uma questão. Ao chegar ao final de sua declaração sobre o eterno vitorioso amor divino, Paulo atingem o clímax de sua epístola. Ele fala do amor de Deus que está em Cristo Jesus, o que nos leva de volta ao ponto onde começamos: o amor do Pai refletido na cruz. É preciso levar em conta que, se quisermos conhecer verdadeiramente esse amor [e não apenas ouvir falar dele], não basta apenas olhar para Cristo, devemos estar nele, desenvolvendo, assim, um relacionamento pessoal com o Filho pela fé.
     Então, a questão é: será que, de fato, o conhecemos e acreditamos que o grande amor de Deus é direcionado a nós por meio da fé no sacrifício de Cristo? Somos mesmo dele? Jesus é realmente o nosso Senhor e Salvador pessoal?
Não existe outra maneira de conhecer o amor do Pai: essa é a única forma de vivenciá-lo. Tudo depende do nosso comprometimento com Cristo. Deus decretou que apenas em Seu Filho pode ser conhecido Seu grande, inesgotável, gratuito, soberano e eterno amor por nós pecadores.
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     Amados, nesta aula nº 25 completamos o que nos mostrou o Capítulo 15 desde estudo de Teologia, nos falando do amor inesgotável de Deus.
     No próximo sábado, querendo Deus, estaremos entrando no Capítulo 16 que tem por título:     
     A DOUTRINA FUNDAMENTAL DA RESSURREIÇÃO
    
  Fiquem em Paz, na Paz do Senhor Jesus. Que Deus vos abençoe. Amem?