domingo, 31 de janeiro de 2016

OS DEZ TALENTOS - SEMÃO

OS DEZ TALENTOS

"O texto da mensagem de hoje está em Mateus 25:14-18: "Pois como será o homem que, ausentando-se do país, chamou os seus servos e lhes confiou os seus bens. A um deu cinco talentos, a outro dois e a outro um, a cada um segundo a sua própria capacidade; e então partiu. O que recebera cinco talentos saiu imediatamente a negociar com eles e ganhou outros cinco. Do mesmo modo o que recebera dois, ganhou outros dois. Mas o que recebera um, saindo abriu uma cova e escondeu o dinheiro do seu senhor."
A lição básica da parábola dos dez talentos é a produtividade, e chamemos de produtividade a uma vida vitoriosa, de transformação de caráter ou de aquisição de virtudes da vida cristã. Enfim, a produtividade na vida do cristão, depende do tipo de relação que o servo tem com o seu Senhor.
Os dois primeiros servos da parábola tinham uma relação de amor e confiança para com seu Senhor. O Senhor acreditava neles e eles o amavam, respeitavam e admiravam. Então, quando o Senhor foi embora, eles trabalharam com os talentos que o Senhor lhes deixou. E quando voltou, eles tinham o dobro, como fruto do trabalho das suas mãos. Mas sua produtividade estava ligada ao tipo de relacionamento que tinham com o Senhor. Já o caso do terceiro servo é completamente diferente. O terceiro servo era um poço de amargura, de ressentimento, de ódio disfarçado. Era servo. Servia, trabalhava para o Senhor, mas no fundo, desejava vê-lo morto. No fundo, falava mal dele, não acreditava nele. E todo esse poço de veneno, pode ser resumido nos versículos 24 e 25 do capítulo 25 do livro de Mateus: "Chegando, por fim, o que recebera um talento, disse: "Senhor, sabendo que és homem severo, que ceifas onde não semeaste, e ajuntas onde não espalhates, receoso, escondi na terra o teu talento; aqui tens o que é teu."
Um servo com medo nunca poderá ser um servo produtivo. A primeira coisa que um servo precisa para produzir, é sentir-se amado, compreendido, aceito. O fruto do sentimento maravilhoso de sentir-se aceito, será a produtividade.
Esta Parábola encerra uma das mensagens mais solenes que o cristão precisa entender: o tipo de relacionamento que Deus quer ter com o ser humano. Às vezes nós nos unimos a uma Igreja pensando que estamos tornando-nos cristãos. No entanto, nunca descobrimos o que é cristianismo. Passamos a vida toda freqüentando uma igreja chamada cristã, mas nunca experimentamos o gozo da vida cristã.
Voltemos por um instante ao Jardim do Éden, quando Deus criou Adão e Eva. Ele não os criou para serem robôs programados para obedecer. Deus os criou para que fossem seus filhos. Deus não quer escravos, quer filhos; seres humanos realizados, valorizados, amados, compreendidos. Se olharmos para a Bíblia, veremos que o relacionamento que Deus teve com Adão e Eva, foi um relacionamento de pai para filho. Todos os dias Deus chegava ao jardim e Adão e Eva jogavam-se nos braços do Pai. Havia uma relação de confiança, de amor, de companheirismo. Sabe quando apareceu o medo? Quando o ser humano tentou fazer-se o deus de sua própria vida. Quando ele usou mal a liberdade que Deus lhe confiara. Porque parte do amor de Deus era a liberdade.
Deus nunca poderia dizer "eu amo meu filho", se o tivesse criado sem liberdade. A expressão de seu amor era a liberdade. Liberdade para fazer o bem ou para fazer o mal. Tem muita gente hoje que pergunta: "Pastor, se Deus sabia que o homem ia pecar, por quê que colocou no Jardim do Éden uma árvore da ciência do bem e do mal? Por que colocou a possibilidade do mal?"
Meu amigo, veja bem, se Deus, ao criar o mundo não tivesse colocado diante do homem a possibilidade do mal, o ser humano não seria livre. O ser humano seria escravo do bem. Ele seria bom unicamente porque não existia a possibilidade de ser mau. Ele não teria liberdade, não poderia escolher. Seria como um animal dominado pelo instinto para um determinado tipo de vida, incapaz de decidir. Foi por isso que Deus criou o ser humano livre. Mas, quando ele usou mal a sua liberdade, o texto bíblico nos relata que: "Quando ouviram a voz do Senhor Deus, que andava no jardim pela viração do dia, esconderam-se da presença do Senhor Deus, o homem e sua mulher, por entre as árvores do jardim."
(Gênesis 3:8)
Então veio a grande pergunta que vemos no verso seguinte: "E chamou o Senhor Deus ao homem e lhe perguntou: onde estás?" (Gênesis 3:9)
E desde aquele dia a grande pergunta de Deus tem sido: "Pedro, onde está você? Francisco, Aparecida, Rosa, Maria, Juliana, José, Rubens, Erleu, onde está você?" E aí vem a resposta do homem. Escondido atrás da árvore, seminu, com vergonha, arruinado, quebrado por dentro, culpado, atormentado pela consciência: "Senhor, tive medo e me escondi."
Meu querido, num cristianismo sadio, não pode haver lugar para o medo. O medo é fruto do pecado. Antes da entrada do pecado não existia medo. Deus nunca desejou que no relacionamento que Ele tivesse com Seus filhos, existisse a palavra medo. O medo é fruto do pecado. 
O que acontece em nossos dias, porém, em nome de Deus e em nome da religião? Muitos líderes religiosos estão criando a religião do medo. Ensinam a temer a Deus, ensinam a ver Deus como aquele soberano sentado em Seu trono, com uma vara na mão, olhando para a Terra, com o objetivo de ver quem é o malcriado que se comporta mal, para castigá-lo. Desde criancinhas crescemos com este conceito: se eu for bom, Deus me ama. Se eu não for bom, Deus não me ama. E crescemos pensando assim. E um dia você bate com o carro e a primeira coisa que imagina é: "o que estará errado em minha vida?" Alguém fica doente em sua família e a primeira coisa que você imagina é: "Que pecado oculto haverá em minha vida para que a doença atinja minha família?" Você perde o emprego, e o primeiro pensamento que lhe passa pela cabeça é "Deus está me castigando, porque fiz isto ou aquilo". 
O inimigo é terrível! Quando alguma provação chega à sua vida, quando surge algum momento difícil, imediatamente ele faz você lembrar de todas as coisas erradas de seu passado. E a conclusão a que você chega é: eu não presto, estou sofrendo porque Deus está me castigando, não posso orar a Deus porque Ele não ouvirá minha oração.

Querido, a religião do medo é a pior coisa que pode acontecer nesta vida. Sabe por quê? Porque o inimigo vai fazer de tudo para levar você para uma vida de pecado e miséria. Mas, se o inimigo não puder mantê-lo no erro, então vai permitir que você volte para Deus, pelos motivos errados. E um dos motivos errados para você se aproximar de Deus, é o medo. Você nunca pode se aproximar de Deus pelo medo. É por isso que se você é um líder religioso, não pode levar a Igreja a um reavivamento autêntico, provocando medo nas pessoas: "Ah, temos que nos preparar porque os juízos de Deus já estão chegando! Temos que mudar de vida porque senão seremos atingidos pela ira de Deus! Temos que nos preparar porque talvez no ano 2016 Cristo volte à Terra!" Não! Se você se preparar por medo, sua preparação não vale nada. Se você se aproximar de Deus por medo, seu cristianismo não vale nada. Por medo, unir-se a uma Igreja, ser batizado e tentar cumprir tudo que Deus pede, não vale. Por medo, para não sofrer os castigos de Deus, para não receber a maldição, para que tudo vá bem! Mas, sabe quando você vai ver a fragilidade de sua triste religião? Quando chegar o momento da pressão, da provação, das dificuldades. 
O terceiro servo da parábola não sabia que tinha medo de Deus. Ele pensava que era mais um servo, mais um membro da Igreja. Ele não sabia que odiava Seu Mestre. Ele não estava consciente do conceito que ele tinha de Deus. As acusações que saíram de sua boca, os impropérios de seu coração apareceram quando chegou o momento do ajuste de contas. Quando viu que o servo que recebera cinco devolvera dez; o que recebera, dois devolvera quatro; e ele que recebera um, não tinha nada. Foi aí que ele confrontou-se com a sua realidade. Ele não amava seu Senhor. Tinha um monte de acusações. Na sua opinião, o senhor era injusto: colhia o que não havia plantado! Cobrava o que não havia semeado. Então disse: "... receoso, escondi na terra o teu talento." (Mateus 25:25)
A minha pergunta é: "qual é o tipo de cristianismo que você pratica? Você tem medo de Deus ou é atraído a Ele pelo seu maravilhoso amor? Que tipo de cristianismo lhe ensinaram? Pois, desde o momento que você entrou na Igreja, tem que se portar direitinho, porque, senão , você poderá receber os castigos divinos? É este o tipo de cristianismo que lhe ensinaram? Então você não entendeu o Evangelho, porque o cristianismo é um relacionamento de amor com o Senhor Jesus. Cristianismo é enamorar-se de Jesus, apaixonar-se por Jesus, entregar-Lhe a vida. Colocar a mão no braço de Jesus e dizer assim: "Senhor, leva-me pelos caminhos desta vida." 
Você não pode querer portar-se bem para ser amado. Precisa, primeiro, ser amado para poder portar-se bem. O filho que sente o amor do Pai é o que melhor se desenvolve. Não teme o futuro nem os desafios porque sabe que está ao lado do Pai e Ele o ama com um amor incondicional. A produtividade na vida cristã depende do tipo de relacionamento que você tem com Jesus.
Você acha que só porque caiu uma vez, Deus o detestou? Você acha que porque escorregou cinco, dez vezes, Deus não acredita mais em você? Ah, querido, a Bíblia está cheia de exemplos, de um Pai que espera, que procura, que chama e que não perde as esperanças. Aceite este amor hoje mesmo.
ORAÇÃO
Pai querido, obrigado por Teu amor infinito. Ah, Senhor, nunca poderemos entender a imensidão deste Amor, mas, obrigado, porque o que seria de nós se não nos amasses tanto. Agora, aceita esta oração e a oração sincera de tantas pessoas que estão falando em seus corações Contigo, aí onde estão. Eu vos oro em nome de Jesus. Amém.
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sábado, 30 de janeiro de 2016

ESTUDO DE TEOLOGIA Nº 35

Estudo do Livro Fundamentos da Fé Cristã Nº 35
     Um manual de Teologia ao alcance de todos.
         Autor: James Montgomery Boice
      Postado por: Erleu Fernandes da Cruz
            TEMA: - LEVANDO PESSOAS A CRISTO
     

     A segunda maneira do Espírito Santo glorificar Jesus é levando os homens e mulheres a Ele, por meio da fé. Discorro sobre isso em detalhes na seção deste livro intitulada: COMO DEUS SALVA OS PECADORES. O que cabe dizer aqui é que, sem a atuação do Espírito Santo, ninguém pode chegar a Cristo.
     Depois de afirmar que enviaria o Espírito Santo aos seus discípulos para com eles ficar para sempre, Jesus acrescentou:
     “O Espírito da verdade, que o mundo não pode receber, porque não o vê, nem o conhece; mas vós o conheceis, porque habita convosco e estará em vós”. (João 14:17).
     João chama de “o mundo” os homens e mulheres que não tem parte com Cristo. Não sendo por meio da obra do Espírito Santo, ninguém pode ter acesso a Jesus, nem ver, conhecer ou receber coisas espirituais, visto que é o Espírito quem dá visão espiritual. Como Jesus destacou: “Na verdade, na verdade te digo que aquele que não nascer de novo não pode ver o Reino de Deus”. (Jo 3:3).
     Sem a ação do Espírito Santo, ninguém pode conhecer as coisas espirituais, pois estas se discernem espiritualmente (1 Co 2:14). Ninguém pode receber o Espírito Santo ou Cristo, pois, como também afirmou Jesus: “Ninguém pode vir à mim, se o Pai que me enviou, não o trouxer (Jo 6:44).
     O que fazer então? O Espírito Santo é que põe fim a cegueira espiritual para que alguém possa não apenas ver a verdade, mas compreender o que vê. Então, o próprio Espírito leva a pessoa a depositar sua fé em Cristo, sendo Ele, portanto, responsável pela existência de todos os cristãos na terra. Ou seja, o Espírito Santo nos leva a salvação e glorifica a Cristo.
     REPRODUZINDO  O CARÁTER DE CRISTO
     O Espírito Santo glorifica a Jesus reproduzindo o Seu caráter nos cristãos. Ele o faz de três maneiras: levando os cristãos a vencerem a sim mesmos e ao pecado; intercedendo por eles em oração e ensinando-os a orar; e revelando a vontade de Deus para a vida deles, possibilitando que cumpram. Esses ministérios combinados formam o fruto do Espírito, que é a vida de Cristo em nós. Paulo falou a respeito desse fruto em Gálatas 5:22-23:
     “Mas o fruto do Espírito é: caridade, gozo, paz, longanimidade, benignidade, fé, mansidão, temperança. Contra essas coisas não há lei”.
     Essas são as virtudes que formam, no mais alto grau, o caráter de Jesus, devendo, por isso, formar também o caráter de todo cristão. Comentaristas bíblicos sempre destacam o fato de eles originarem apenas o fruto (singular), e não frutos, sendo este o que precisa estar evidente em todos nós.
     É importante diferenciar o fruto dos dons do Espírito, os quais analisados em detalhes na última parte deste volume. Isso foi, basicamente, o que Paulo revelou: “Mas um só e o mesmo Espírito opera todas essas coisas, repartindo particularmente a cada um como quer” (1 Co 12:11). Logo, independente de que função ministerial seja exercida, seja ele a de líder, pastor, evangelista, ou qualquer outra, todo cristão deve ter o fruto do Espírito.
     A virtude mais importante é o amor (em algumas traduções aparece como caridade), visto que Deus é amor (1 Jo 4:8). Podemos confirmar isso também nas palavras de Paulo: “Portanto, agora existem essas três coisas (virtudes teologais): a fé, a esperança e o amor (caridade). Porém o maior deles é o amor (caridade) (1 Com 13:13).
     O amor de Deus é virtuoso, pois é imerecido (Rm 5:8), grande (Ef 2:4), transformador (Rm 5:3-5), e imutável (Rm 8:35-39). Foi com base nele que o Senhor enviou Cristo para morrer por nossos pecados. Como cristãos, temos o Espírito Santo habitando em nós, sendo, portanto, nosso dever demonstrar esse grande amor à humanidade: “Nisso todos conhecerão que sois os meus discípulos, se vos amardes uns aos outros” (Jo 13:35).
     O gozo é comum nos cristãos. Mas esse difere da alegria que depende das circunstâncias, as quais, se forem desfavoráveis, ela deixa de existir. O gozo, por sua vez, baseia-se no conhecimento que alguém tem acerca de Deus e do que Ele fez por nós, em Cristo.
     Antes de ser preso e crucificado, Jesus falou aos discípulos sobre o gozo: “Tenho-vos dito isso para que a minha alegria permaneça em vós, e a vossa alegria seja completa (Jo 15:11). O mesmo temo é abordado nos capítulos 14, 15 e talvez 16 do Evangelho de João, tendo, aparecido, também, em Jo 17:13: “Mas, agora, vou para ti e digo isso no mundo, para que tenham a minha alegria completa em si mesmos”.
     Por conhecermos a ação de Deus em nosso favor, podemos, como cristãos, alegrarmo-nos em meio ao sofrimento, aprisionamento ou qualquer outra calamidade.
     A paz é o presente do Senhor à humanidade, obtida por meio da cruz de Cristo. Antes da cruz, éramos inimigos do Altíssimo. Agora, devemos mostrar os efeitos dessa paz em todas as circunstâncias (Fp 4:6-7), devendo esta reinar no lar (1 Co 7:12-16), entre judeus e gentios (Ef 2:14-17), na Igreja (Ef 4:3; Cl 3:15) e nos relacionamentos cristãos (Hb 12:14).
     A longanimidade ou paciência se refere a suportar os outros, mesmo quando provado. Deus é maior exemplo de paciência, haja vistas que inúmeras vezes teve [e ainda tem] misericórdia dos rebeldes. Esse é um dos motivos pelos quais devemos voltar a Ele em arrependimento por causa de nossos pecados (Jl 2:13; 2 Pe 3:9).
     A benignidade ou gentileza é a atitude que o Senhor adota quando interage com as pessoas. Por direito, Ele poderia exigir nossa imediata e total conformidade com Sua vontade, sendo rígido no processo. Entretanto, Deus não é rígido, visto que relaciona conosco como um pai que deve relacionar conosco como um pai deve relacionar-se com um filho.
     “Quando Israel era menino, eu o amei; e do Egito chamei a meu filho. Mas, como os chamavam, assim se iam de sua face; sacrificaram a baalins e queimavam incenso às imagens de escultura. Todavia, eu ensinei a andar a Efraim; tomei-os pelos seus braços, mas não conheceram que eu os curava. Atraí-os com cordas humanas, com cordas de amor; e fui para eles como os que tiram o jugo de sobre as suas queixadas; e lhes dei mantimento”. (Oséias 11:1-4).
     Esse deve ser o nosso modelo. Devemos mostrar a benignidade aos outros assim como Deus nos mostra.
     “Irmãos, se algum homem chegar a ser surpreendido nalguma ofensa, vós, que sois espirituais, encaminhai o tal com espírito de mansidão, olhando por si mesmo, para que não seja tentado. Levai as cargas uns dos outros e assim cumprirei a lei de Cristo”. (Gálatas 6:1-2).
     A bondade é como a benignidade, mas revela-se principalmente em situações em que não há merecimento. Tem que ver com generosidade.
    A , nesse contexto,  caracteriza a dignidade ou a confiabilidade. Uma parte do caráter do próprio Deus está em jogo aqui. Servos fieis de Cristo morrem por Ele, em vez de negá-lo; sofrem, mas mantém seu título de cristãos. Assim é também Jesus, fiel testemunha (Ap 11:5), e Deus Pai, que sempre age em favor de Seus filhos (1 Co 1:9; 10:13; 1 Ts 5:24; 2 Ts3:3).
     A mansidão é vista naqueles que tem tanto autocontrole que se iram somente quando realmente (contra o pecado, por exemplo). Esse foi o caso de Moisés. A respeito dele está escrito: “E era o varão Moisés muito manso, mais do que todos os homens que havia sobre a terra” (Nm 12:3).
     A última manifestação do fruto do Espírito é a temperança, que mortifica os desejos da carne e que está intimamente ligada à castidade, tanto da mente como do corpo.
     William Barclay, em Flesh and Spirit: An examination of Gálatans 5: 19:23 [Carne e espírito: uma análise  de Galatas  5:19-23], observa que essa qualidade é a que vem naquele que aceita Cristo em seu coração, capacitando-o a viver no mundo sem deixar suas vestes ser contaminadas por ele.
     Todavia, o fato de essas nove virtudes serem inerentes ao Espírito que habita e atua naqueles que aceitam Jesus como Senhor nem sempre significa que todo cristão irá, automaticamente possuí-las. É por isso que somos exortados (alertados) a andar em espírito, para não ceder à concupiscência dele. Jesus ensinou isso na parábola da videira e das varas:
     “Eu sou a videira, e meu pai é o lavrador (agricultor). Toda vara (galho) que em mim não dá fruto, é tirada (cortada), e limpa (podada) toda aquela que dá fruto. [...]. Estai em mim, e eu, em vós; como a vara (galho) de si mesmo não pode dar fruto, se não estiver (presa) na videira (ao tronco). Assim também vós, se não estiverdes em mim. Eu sou a videira, vós, as varas (galhos); quem está em mim, e eu nele, este dá fruto, porque sem mim nada podeis fazer”. (Jo 15:1-2, 4-5).
     “Para ser frutífera, a vara (galho) deve estar no (tronco) da videira, viva, e não morta (seca). No âmbito espiritual, isso significa que primeiro o indivíduo deve ser cristão, pois, sem Cristo, somente as obras da carne podem manifestar-se:
     “Porque as obras da carne são manifestas, as quais são: prostituição, impureza, lascívia, idolatria, feitiçarias, inimizades, porfias, emulações, iras, pelejas, dissensões, heresias, invejas, homicídios, bebedices, glutonarias e coisas semelhantes a estas”. (Gálatas 5:19-21a).
     O fruto do Espírito só pode manifestar-se quando a vida de Cristo, por meio do Espírito Santo, flui no cristão.
     Outro fato importante é que a videira deve ser podada. Isso é o que lemos nos versículos iniciais em João 15, nos quais Deus é chamado de Lavrador (Agricultor), significando que Ele cuida de nós, expondo-nos ao sol da Sua presença, enriquecendo nosso solo e livrando-nos da seca espiritual. Se desejarmos ser frutíferos, devemos estar ligados ao Senhor por meio da oração, alimentando-nos de Sua Palavra e permanecendo sempre próximos a outros cristãos.
     Muitas vezes, a poda é desagradável e, até sofrida, pois coisas que valorizamos podem ser tiradas de nós. Contudo, o propósito dela é o que faz toda diferença na vida de todos os cristãos: a frutificação.
     LEVANDO O CRISTÃO AO SERVIÇO
     Outra maneira de o Espírito Santo glorificar Jesus a Jesus é guiando Seus seguidores no serviço cristão, sustentando-os. Como indicam alguns capítulos anteriores, isso foi o que aconteceu com os discípulos: o Espírito os guiava de acordo com a vontade de Cristo, e sua postura não é diferente com os cristãos atuais.
     “E, servindo eles o Senhor e jejuando, disse o Espírito Santo: Apartai-vos a Barnabé e Saulo para a obra que os tenho chamado. Então, jejuando, e orando, e pondo sobre eles as mãos, os despediram. E assim eles, enviados pelo Espírito Santo, desceram a Selêucia e Dalí navegaram para Chipre”  (Atos 13:2-4).
     O Espírito Santo chama homens e mulheres para missões específicas, mas vai com eles à missão. É evidente que Ele não tem o mesmo chamado para todos. Deve ser por isso que não há na Bíblia detalhes acerca do modo pelo qual os discípulos de Jesus, em Antioquia, vieram a saber que o Espírito Santo havia designado Barnabé e Saulo para uma obra missionária.
     No entanto, não é porque o Espírito Santo chama que não devemos buscar a direção. Em Antioquia, Ele falou aos discípulos que adorava e jejuavam ao Senhor, levando Sua obra a sério, dando tudo de si. É assim que devemos proceder também.
     Entretanto, antes de ponderar a vida cristã consideremos o processo de tornar-se um cristão. Melhor ainda, antes disso, porque não analisamos a mais complicada doutrina bíblica acerca da união do cristão com Cristo, por meio da obra do Espírito Santo?
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Demos muitas glórias e agradecimentos ao Pai do Céu Por estar nos oferecendo essa gama profunda de ensinamento teológico. Muitos de nós ainda não tínhamos tido essa oportunidade (como eu) de se aprofundar nesses conhecimentos sobre a ação da Trindade em cada um de nós.

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     Nosso próximo assunto será o seguinte tema:
               A UNIÃO COM CRISTO  
            Isso será no estudo Nº 36  

        Fiquem na Paz de Cristo. Amem?

sexta-feira, 29 de janeiro de 2016

AMOR FTAERNAL

AMOR FRATERNAL.

"No tocante ao amor fraternal, não há necessidade de que eu vos escreva, porquanto vós mesmos estais por Deus instruídos que deveis amar-vos uns aos outros." 1 Tessalonicenses 4:9

Pensamento: Será que hoje em dia, o apóstolo poderia nos dizer o mesmo ??? Esta igreja de Tessalonicenses entendia a mensagem da cruz, e praticava o amor conforme Jesus havia ensinado. Não sei quanto à você, mas eu pelo menos, não tenho visto muitas pessoas acolhendo os necessitados, socorrendo o aflito e ajudando o desamparado !!! Vejo poucas pessoas, que abrem mão dos seus próprios interesses para servir uns aos outros !!! Pelo contrário, tenho visto pessoas, cada vez mais, mergulhadas em seus próprios interesses !!! O egoísmo tem tomado conta das pessoas, e sem perceber estão deixando de lado a obediência ao Senhor. Por isso precisamos nos arrepender e clamar a Deus.

Oração: Senhor Deus, eu reconheço que não tenho praticado o amor de Cristo, e estou arrependido, por isso, eu lhe peço que tenhas misericórdia de mim e me perdoe. Derrame o Espírito do Senhor sobre mim, para que o Seu amor esteja em meu coração, e que assim eu possa ser uma testemunha vida das boas novas e do amor de Jesus. Eu oro em nome de Jesus. Amém.
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B. J. A. 

quarta-feira, 27 de janeiro de 2016

O SENHOR É O MEU PASTOR

O SENHOR É O MEU PASTOR

"O SENHOR é o meu pastor, nada me faltará. Deitar-me faz em verdes pastos, guia-me mansamente a águas tranqüilas. Refrigera a minha alma; guia-me pelas veredas da justiça, por amor do seu nome." Salmos 23:1-3

Pensamento: Verdes pastos, águas tranqüilas, refrigério para a alma, como isso soa bem, como Deus é bom. Quando chegamos ao ponto que não conseguimos continuar, o poder sobrenatural de Deus nos dá a força necessária para prosseguir. Quando estamos numa luta difícil, a graça do Senhor nos alcança e nos sustenta para continuarmos em direção à vitória.

Oração: Pai bondoso, obrigado porque o Senhor cuida do seu rebanho e nada nos faltará. Obrigado porque quando estamos em meio a batalha, o Senhor nos faz voar como águia Obrigado porque o Senhor é o meu pastor, e além disso, é a Rocha da minha vitória! Amém.
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b. j. a. 

TIRA O ÍMPIO DO PALÁCIO

Tira O Ímpio Do Palácio
Pr. Olavo Feijó

Provérbios 25:5 - Tira o ímpio da presença do rei, e o seu trono se firmará na justiça. 
Corrupção na vida pública é um problema milenar. O rei Salomão descobriu isto de experiência própria e escreveu: “Afaste do rei os maus conselheiros porque o que torna forte um governo é a justiça” (Provérbios 25:5).

Enquanto Salomão se manteve fiel à sabedoria que Deus lhe deu, seu governo foi próspero e conhecido por sua justiça. Seu nome virou sinônimo de sabedoria e de governo justo. Sua fama cruzou fronteiras. Governantes do mundo buscavam ouvir seus conselhos. Foi quando a política das conveniências passou a ultrapassar o bom senso, que a decadência espiritual e o desgoverno invadiram o palácio de Jerusalém. E o trono de Davi ficou dividido e enfraquecido.

Corrupção é um malem potencial. Suas raízes estão lá, bem dentro de nós, somente à espera da desonestidade para se alimentar e crescer. E, eventualmente, destruir e matar. Os “maus conselheiros” são bajuladores, superficiais, sem nenhuma sensibilidade para o bem comum. Qualquer análise inteligente e competente detecta no “mau conselheiro” os cacoetes do egocentrismo e do desprezo aos princípios da honestidade. Por isso, uma das formas bíblicas de “orar pelas autoridades” é o recurso jurídico da delação, do “disque denúncia”. É o cidadão ajudando o rei a manter a justiça. e mantendo a justiça em sua própria vida diária.



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terça-feira, 26 de janeiro de 2016

SE, COM A TUA BOCA, CONFESSARES...

SE, COM A TUA BOCA, CONFESSARES...

"Se, com a tua boca, confessares a Jesus como Senhor e, em teu coração, creres que Deus o ressucitou dentre os mortos, serás salvo." Romanos 10:9


Pensamento: Amados irmãos, que coisa tremenda fez o Senhor por nós. Nos amou de tal maneira, que nem ao Seu próprio filho Ele poupou. Enviou Jesus Cristo para morrer em nosso lugar, e nos trazer salvação. E assim como Jesus Cristo ressucitou, e venceu a morte, nós que confessamos a Ele como nosso Senhor e Salvador, também iremos ressucitar, e teremos vida eterna com Deus.


Oração: Pai querido, eu reconheço Jesus como meu Senhor e Salvador, agradeço profundamente pela salvação que Jesus conquistou na cruz, me arrependo das obras da carne, e peço perdão por todos meus pecados, me arrependo profundamente, e declaro vida nova no caminho do Senhor. Eu oro em nome de Jesus. Amém.

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segunda-feira, 25 de janeiro de 2016

POR SE MULTIPLICAR A INIQUIDADE.

POR SE MULTIPLICAR A INIQUIDADE

"E, por se multiplicar a iniqüidade, o amor de muitos se esfriará. Mas aquele que perseverar até ao fim será salvo." Mateus 24:12-13

Pensamento: Desde os primórdios a biblia relata atos de crueldade, mas nunca houve um tempo como o que estamos vivendo !!! Uma época onde as atrocidades se revelam com requintes de maldade como nunca antes visto. Guerras, atentados, sequestros, assassinatos, filhos matando seus pais, pais matando seus filhos, lares destruídos, busca a qualquer preço por dinheiro e poder. Uma época que representa bem o que Jesus se referiu. Apesar disso, nós ainda podemos ser condutores do verdadeiro amor que emana do Pai, se abastecermos constantemente nossos corações de uma vida genuína com Deus. Assim, a Palavra não é de derrota, mas sim de vitória: POIS AQUELE QUE PERSEVERAR ATÉ O FIM, SERÁ SALVO.

Oração: Pai querido, em meio a este mundo tão tenebroso, e tão gelado. As pessoas estão cada vez mais frias, mas eu peço que o Senhor esquente meu coração, e que eu faça a diferença onde eu for. Quero contagiar as pessoas com o Seu amor, quero que Sua luz possa brilhar em minha vida. Eu oro no nome de Jesus, Amém.
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domingo, 24 de janeiro de 2016

COMO ALIMENTAR A NOVA NATUREZA

COMO ALIMENTAR A NOVA NATUREZA
PR. ALEJANDRO BULLÓN

"Logo após Seu batismo, Cristo foi levado pelo Espírito ao deserto. Na solidão do deserto Jesus pronunciou palavras que permanecerão para sempre como a chave para um vida poderosa e feliz. Ele falou do único alimento capaz de satisfazer a fome do coração humano: "Então foi conduzido Jesus pelo Espírito ao deserto, para ser tentado pelo diabo. E, tendo jejuado quarenta dias e quarenta noites, depois teve fome; E, chegando-se a ele o tentador, disse: Se tu és o Filho de Deus, manda que estas pedras se tornem em pães. Ele, porém, respondendo, disse: Está escrito: Nem só de pão viverá o homem, mas de toda a palavra que sai da boca de Deus" (S. Mateus 4:1-4).

"Pastor", você deve estar pensando, "já sei, o senhor vai falar do estudo da Bíblia. Eu sei que devo estudá-la, mas não tenho vontade, não sinto prazer na sua leitura".

Em primeiro lugar, meu amigo, não encare a leitura da Bíblia como um dever. Olhe para a Palavra de Deus como uma carta de amor. O que faz um jovem quando recebe uma carta da namorada? Ele pensa: "Oh! que chato, não tenho vontade de ler esta carta, estou cansado, mas vou dar uma olhada nela por disciplina?" Acho que não é isso que acontece. Acontece justamente o contrário. Ele recebe a carta com expectativa, abre-a depressa e devora com ansiedade cada uma das palavras. E o que mais? Joga-a fora? Não. Guarda-a no bolso. Dois minutos depois tira a carta do bolso, torna a lê-la e guarda-a novamente. Não espera passar cinco minutos, procura-a de novo e a lê com a mesma ansiedade da primeira vez. Faz isso muitas vezes. De repente, já não precisa ler, decorou-a completamente. Mas mesmo assim, continua lendo-a.

Onde está o segredo? Por que tanta ansiedade para ler a carta? Por que não se cansa de fazê-lo? A palavra chave é "amor". O jovem ama a pessoa que escreveu a carta.

A Bíblia, meu amigo, não é um código de normas e proibições. Não é um compêndio de histórias de um povo errante. Ela não é um volume de medidas, nomes e cores. Não é um livro de animais estranhos e simbolismos proféticos. A Bíblia é a mais linda carta de amor que já foi escrita. É a história de um amor louco e incompreendido. É a história de um amor que não se cansa de esperar. É uma declaração de amor escrita com a tinta vermelha do sangue do Cordeiro. Desde o Gênesis até o Apocalipse há um fio vermelho atravessando cada uma de suas páginas. É o sangue de Jesus gritando desde o Calvário:

- Filho, Eu amo você, você é a coisa mais linda que Eu tenho.

Na Bíblia você pode achar também a história da vida de outros homens semelhantes a você. Homens que experimentaram conflitos e tentações. Homens que às vezes caíram e escorregaram. Homens e mulheres que lutaram contra seus temperamentos, complexos e paixões, mas que venceram. Através dessas histórias, Deus está dizendo a você:

- Filho, você também conseguirá, não desanime, olhe para a frente e continue.

Ler a Bíblia é uma maneira de alimentar a nova natureza e manter comunhão com Jesus. Mas também, como em muitas outras coisas, o grande inimigo da vida cristã é o formalismo.

A leitura mecânica da Bíblia não tem muito valor como alimento da nova natureza. A leitura da Bíblia tem que ser um momento de companheirismo e diálogo com o seu Autor. Você lê um versículo e medita nele. Trata de aplicar a mensagem desse verso em sua vida. Pergunta a você mesmo: "O que este verso está querendo falar a mim?" Depois disso fale para Deus o que você acha de tudo isso. Conte-lhe como está indo sua vida comparada a mensagem que você acaba de ler. Não tenha pressa. Trate de "saborear" cada minuto de seu diálogo com Jesus. Não veja isso como um dever ou como uma carga pesada para carregar, e sim como o encontro com as maravilhosas promessas de Deus para você.

Outra idéia interessante para aprender a gostar do estudo da Bíblia é ler a Sagrada Escritura na primeira pessoa do singular. Cada vez que você achar a palavra nós, substitua-a pela palavra eu. Coloque sua vida nas páginas da Bíblia. Faça de conta que Deus está falando a você particularmente, não para a humanidade em geral.

Por exemplo, no verso de Romanos 8:31, que diz: "Que diremos pois a estas coisas? Se Deus é por nós, quem será contra nós?" Você pode ler: Que direi pois, se Tu, ó querido Pai, és comigo, quem será contra mim? Aí você pode contar a Deus que coisa ou quem você acha que está contra você, pode falar de seus temores, de suas dúvidas, de suas incertezas e terminar dizendo que apesar disso tudo, você acredita que se Deus está com você nada poderá amedrontá-lo.

O outro meio que Deus nos deixou para alimentar a nova natureza e manter comunhão com Jesus é a oração.

Um dia desses recebi a carta de um jovem que terminava assim: "afinal de contas, parece mesmo que meu caso não tem solução. Sei que a oração me ajudaria a resolver o problema, mas não tenho vontade de orar. O pior de tudo é que quando oro, acabo tudo o que tinha para dizer em dois minutos. Dá a impressão de que minha oração não passa do teto".

Já sentiu algo parecido alguma vez? A verdade é que, em todos estes anos trabalhando com jovens, descobri que o problema do jovem não é o fato de não saber que precisa orar. Todo mundo sabe que é necessário orar e que a oração é o alimento da nova natureza. Todo mundo sabe que o poder vem através da oração. A angústia do jovem está expressa na carta da qual falei: "Pastor, não tenho vontade de orar. Sei que tenho que orar mas não consigo."

O que fazer? É preciso entender, em primeiro lugar, em que consiste a oração: "Orar é o ato de abrir o coração a Deus como a um amigo". Segundo esta declaração, orar, nada mais é do que conversar com um amigo.

Amigos gostam de conversar. É o que eles mais fazem. Se alguém não tem vontade de conversar com seu amigo não é porque ignore o fato de que amigos precisam conversar. O problema está no relacionamento com o amigo. Alguma coisa está errada. Alguma barreira foi criada. A amizade está abalada e a solução não consiste em ler livros ou ouvir sermões que mostrem o dever de conversar com um amigo. É preciso que lhe ensinem como resolver o problema com o amigo, que se ajudem para que a amizade torne a ser como era antes. Uma vez que o problema tenha sido resolvido, o diálogo com o amigo virá espontaneamente.

Em segundo lugar é necessário saber que a base de uma conversação entre amigos deve estar fundamentada na sinceridade. Num relacionamento de amigos verdadeiros não há lugar para fingimento ou hipocrisia. Descobrir que alguém é hipócrita com você, dói. Mas descobrir que alguém que você ama muito está sendo hipócrita com você, dói muito mais.

Cristo nos ama e o que Ele espera em nosso relacionamento é, acima de tudo, sinceridade. É isso que Ele disse no Sermão do Monte: "E, orando, não useis de vãs repetições, como os gentios, que pensam que por muito falarem serão ouvidos" (Mateus 6:7).

A palavra grega traduzida para "usar vãs repetições" é batalogeo e é usada geralmente para expressar o que faz o papagaio ou o bêbado, ou seja, falar por falar, falar sem pensar no que se está dizendo, falar pelo mero fato de falar.

O que o Senhor Jesus está querendo nos dizer é que quando conversamos com Ele temos que fazê-lo na base da sinceridade, sentindo realmente o que estamos falando. Ele está pedindo que a nossa oração saia do coração e não simplesmente da boca.

Quando o meu filho mais novo tinha cinco anos, ele não gostava de comer verduras. Chamava de "planta" a tudo que era da cor verde. Dizia que não gostava de planta.

Um dia, na hora do almoço, a mesa estava cheia de coisas verdes. Imediatamente o sorriso desapareceu-lhe do rosto. Pedimos-lhe que fizesse a oração e ele orou assim: "Pai, estou chateado. Só tem 'planta' para comer".

Sabe como será que ele teria orado se fosse grande? Teria agradecido a "gostosa refeição que estava à mesa".

Aí está o nosso problema. Não somos sinceros. Falamos sempre a mesma coisa porque estamos acostumados a falar assim. Quando levantamos pela manhã agradecemos a Deus a "boa noite de repouso". Podemos ter virado na cama a noite toda ou podemos ter acordado com dor nas costas, mas agradecemos a "boa noite de repouso".

Temos quase de cor uma oração para as manhãs e outra para as noites. Sempre o mesmo assunto. Podemos estar sem a mínima vontade de orar, mas nos ajoelhamos por disciplina e repetimos a oração costumeira que geralmente não dura mais de dois minutos. E ao deitarmos, experimentamos a estranha sensação de que a nossa oração não passou do teto.

Por que não encarar a oração como a maravilhosa experiência de conversar com Jesus Cristo, em lugar de considerá-la o nosso dever de cada dia?

Você tem amigos? O que fala com eles? Fala sempre a mesma coisa ou muda o assunto do diálogo cada dia? Já pensou na possibilidade de bater um "papo à toa" com Cristo? Conversar com Ele simplesmente pelo prazer de conversar? Orar sem pedir nada, apenas para contar coisas, contar segredos, abrir o coração e relatar para Ele tudo o que fez durante o dia, mesmo que pareçam coisas sem importância?

O dia em que descobrirmos a alegria de falar assim com Deus, teremos descoberto o segredo de uma vida poderosa. E andar com Deus é isso.

"Mas pastor", você dirá, "eu não sinto vontade de conversar com Deus". Então, conte isso para Ele. Fale que não tem vontade de orar, pergunte-lhe porque está acontecendo isso, porque é que, mesmo sabendo que deve orar, você não tem vontade de fazê-lo. Vai acontecer um milagre, tenha certeza. De repente, sem querer você vai se descobrir conversando com Deus, não um minuto nem cinco, mas vinte ou trinta. E o mais importante, aquela sensação de que sua oração não passava do teto vai desaparecer, e em seu lugar você vai experimentar a maravilhosa experiência que é conversar com Jesus Cristo como se conversasse com um amigo.

Outra coisa que seria bom lembrar é que não devemos procurar a Deus unicamente para assuntos espirituais. Temos que permitir que Ele participe de nossa vida diária, de nosso namoro, de nosso trabalho, dos deveres para casa que recebemos na escola, daquilo que vai dentro do coração e não teríamos coragem de contar para ninguém.

Às vezes cometemos algo errado durante o dia e ao chegar a noite repetimos o de sempre: "Deus perdoa meus pecados". Quanto tempo é necessário para repetir essa frase? Mas, como seria se em lugar de dizer simplesmente "perdoa meus pecados", contássemos para Ele o que foi que aconteceu? Detalhes, entende? Por que não contar a luta que travamos antes de ceder à tentação, como nos sentimos depois, que lições podemos ter tirado de tudo, que aspecto de nossa vida precisamos que Ele restaure, enfim, tanta coisa...

Utilizemos o tempo que seja necessário. Não precisamos ter pressa porque não estamos cumprindo um "penoso dever", estamos apenas conversando com o mais compassivo e maravilhoso amigo que um ser humano pode ter.

Contam que na guerra do Vietnã acharam nas mãos de um soldado morto um papel escrito nos momentos da agonia. Dizia mais ou menos assim: "Ó Deus, eu nunca falei contigo. Hoje, pela primeira vez, ao ouvir o barulho das armas, ao ver os cadáveres dos meus companheiros, ao sentir que daqui a pouco eu também morrerei, tenho vontade de falar. Pena, que seja tarde demais".

Não será que, como aquele soldado, talvez tenhamos que dizer: "Ó Deus, eu nunca falei contigo, porque o que eu fazia não era orar, era simplesmente repetir uma oração sem sentido, costumeira e monótona". Só que ainda há tempo para que o final da sua história seja diferente. Basta que você diga agora mesmo: "mas hoje eu quero falar de verdade, abrir-Te o coração e sentir que és meu amigo."

Faça de Jesus não apenas seu Salvador, mas também seu amigo de todas as horas. Converse com Ele; sinta sempre o calor que emana dos braços de Jesus.

ORAÇÃO

Pai, como é bom abrir o coração a Ti e sentir que minha oração não vai se perder no espaço, porque Tu estás aqui bem pertinho, me ouvindo sempre, com os braços abertos. Obrigado Pai, porque em Ti posso descansar seguro. Obrigado porque nunca me deixas só. Em nome de Jesus. Amém.

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Blog Jerusalém é Aqui - do Erleu.

sábado, 23 de janeiro de 2016

ESTUDO TEOLÓGICO Nº 34

Estudo do Livro Fundamentos da Fé Cristã Nº 34
     Um manual de Teologia ao alcance de todos.
         Autor: James Montgomery Boice
      Postado por: Erleu Fernandes da Cruz
      TEMA: -  A OBRA DO ESPÍRITO TANTO
     
  Ao conhecermos alguém, geralmente perguntamos: “Quem é você”? e “O que você faz”?; a pessoa, então, responde algo como: “Sou Fulanos, sou professor”. Ou ainda: “Sou sicrano, trabalho para uma companhia aérea”. Pois bem, podemos fazer as mesmas perguntas acerca do Espírito Santo.
     No capítulo anterior, vimos que o Espírito Santo é uma pessoa divina com os mesmos atributos do Pai e do Filho. Neste capítulo, precisamos analisar o que Ele faz.
     GLORIFICAR A DEUS.
     Ao questionarmos a função do Espírito Santo, percebemos que não é fácil definir o que Ele realmente faz, pois, se Ele é Deus, então faz tudo que o Pai e o Filho fazem. Assim, repito o que falei no Livro I, ao sugerir o modo com que havemos de lidar com a doutrina da Trindade.
     Podemos dizer que o Espírito Santo: (1) participou da criação do universo (Gn 1:2); (2) inspirou a composição da Bíblia (2ª Pe 1:21);  (3) direcionou o ministério terreno do Senhor Jesus Cristo (Lc 4:18); (4) dá vida espiritual ao povo de Deus (Jo 3:6); e (5) chama e guia a Igreja (At 13:2; 16:6,7; 20:28).
     Contudo, em várias partes da Bíblia, a obra do Pai, do Filho e do Espírito Santo é registrada de maneira individual. Por exemplo: o Pai participa mais da obra da criação, e o Filho participa mais da redenção da espécie humana. Qual seria a principal obra do Espírito Santo?
     Alguns afirmam que é a santificação dos cristãos ou a inspiração da composição da Bíblia, enquanto outros destacam Seu papel na concessão dos dons espirituais á Igreja ou na indução de não cristãos à aceitação de Cristo. Entretanto, apesar do Espírito Santo fazer tudo isso, essas são as melhores respostas para a pergunta, visto que a mais adequada definição de Sua obra encontra-se em João 16:13,14, bem como podemos ler abaixo, nas palavras do próprio Cristo.
     “Mas, quando vier aquele Espírito da verdade, ele vos guiará em toda verdade, porque não falará de si mesmo, mas dirá tudo o que tiver ouvido e vos anunciará o que há de vir. Ele me glorificará, porque há de receber do que é meu e vo-lo há de anunciar”.
     Em João 15:26, o Senhor declara:
     “Mas, quando vier o Consolador, que eu da parte do Pai hei de enviar, aquele Espírito da verdade, que procede do Pai, testificará de mim”.
     A principal obra do Espírito santo é levar-nos a glorificar a Cristo. Todas as outras obras giram em tono dessa. Ora, se Ele não fala de Si mesmo, mas de Jesus, podemos concluir que qualquer ênfase dado à obra do Espírito que não aponte para Cristo não pode ter vindo do Espírito de Deus. Na verdade, é obra de outro espírito, o anticristo, cuja obra é fazer com que a humanidade tire o foco de sua atenção de Jesus (1 Jo 4:2,3).
     Apesar de sua importância, o Espírito Santo não deve tomar o lugar de Cristo em nossa vida. A terceira pessoa da Trindade está em ação onde quer que Jesus  esteja sendo, exaltando e, nessa medida, podemos reconhecer a presença do Consolador, sendo-lhe gratos.
    ENSINANDO SOBRE CRISTO
    É possível questionar: de que maneira o Espírito Santo glorifica, especificamente, o Senhor Jesus Cristo? Ele o faz de quatro formas.
     Primeiro, usando a Bíblia para ensinar sobre Jesus. O Novo Testamento diz que o Espírito Santo já fazia isso antes de Cristo vir ao mundo, por meio da inspiração do Antigo Testamento, mas a obra dele não parou ali.
     No Novo Testamento, além de haver relatos sobre as ações de Jesus, há também a explicação de Seus motivos para agir da forma como agiu. A obra de Jesus serviu para influenciar Seus discípulos, fato que é enfatizado nas últimas conversas do Senhor com eles (ver João 15:26; 16:12,13a).
     Os discípulos de Jesus sabiam que, no período veterotestamentário, o Espírito Santo havia se manifestado a certos profetas, reis e outros líderes, a fim de falar por meio deles. Muitos podem até ter entendido que a mensagem central do Antigo Testamento era apenas a promessa divina do envio de um Redentor; contudo, mais adiante, os discípulos de Jesus entenderam que o mesmo Espírito não somente se manifestaria a eles como também passaria a estar neles, para que nada a respeito da obra ou dos ensinos de Cristo, necessários para a nossa salvação e para o crescimento da Igreja, se perdesse.
     Como esses homens, em grande parte pecadores analfabetos, poderiam ser os agentes por meio dos quais nos seria transmitido o Novo Testamento? O que garante a confiabilidade a fonte de relatos da vida deles, bem como do ensino de Jesus? Não é possível que eles tenham registrado alguns fatos de forma incorreta, ou confundido alguma verdade?
     A resposta a essas especulações é que, no que tange ao registro dos fatos na Bíblia, os discípulos não cometeram erro algum, pois foram guiados pelo Espírito Santo. Alguns dos eventos e ensinos registrado por eles se basearam em coisas que viram e ouviram, e que lhes foi relembrado pelo Espírito, sendo tais relatos tão válidos quando os do Antigo Testamento.
     Segundo Pedro:
     “Porque a profecia nunca foi produzida por vontade de homem algum, mas os homens santos de Deus falaram inspirados pelo Espírito Santo” (2 Pe 1:21).
     O Espírito Santo glorificou muito a Jesus quando preparou o caminho para a vinda dele por meio da inspiração do antigo Testamento, o que se responsabilizou por revelar as pessoas que tipo de coisas deveriam esperar, bem por quanto tempo esperariam. Assim Ele preservou a história da vinda do Cordeiro, proporcionando, por meio dos livros do Novo Testamento, a interpretação dela.
     Essas passagens não somente sustentam que nova revelação está a caminho, mas sugerem a natureza dessa revelação.
     1—Primeiro, a revelação é histórica.
     Em João 16:13, Jesus prometeu que o Espírito Santo guiaria os discípulos em toda a verdade concernente a Ele. Em João 14:26, a historicidade é ainda mais clara:
     “Mas aquele consolador, o Espírito Santo, que o Pai enviará em meu nome, vos ensinará todas as coisas  e vos fará lembrar de tudo quanto vos tenho dito”. (Jo 14:26).
     Os discípulos estavam sujeitos ao esquecimento de certos acontecimentos. Sendo assim, o Espírito Santo lhes traria à memória os eventos ligados à vida, morte e ressurreição de Jesus Cristo. O registro disso está nos Evangelhos e no livro de Atos.
     A natureza histórica do cristianismo tem seu início de maneira dramática, diferente de qualquer outra religião, mitologia ou filosofia. Os seres humanos veem a religião, como um conjunto de ideias. A salvação, por sua vez, é vista como algo alcançável por meio do aprendizado de certas coisas ou de determinadas atitudes. Convenhamos: o cristianismo se traduz em ideias, mas essas se baseiam no que Deus fez. Este é o fato determinante.
     A base histórica também exclui o cristianismo do evolucionismo religioso, segundo o qual as ideias primitivas a respeito de Deus, até então sustentada pela Igreja, amadurecem a medida que seu conhecimento sobre Ele aumenta. Como isso, em tese, aconteceria até hoje, seria possível que deixássemos de crer em certas coisas concernentes ao Pai, passando a  crer em outras que achássemos válidas.
     Contrário a isso, Jesus ensinou que, longe de ser dispensável, a obra do Senhor na história é a base de Sua revelação ao ser humano, o que pode evidenciar-se na cruz de Cristo, na qual não somente ensinou uma ideia, mas fez algo: expiou o pecado, revelou Seu amor e mostro Seu juízo.
     2—Segundo, a revelação de Deus é doutrinária.
     Jesus Declarou:
     “Ele me glorificará, porque há de receber do que é          meu e vo-lo há de anunciar” (João 16:14).
     “Mas, aquele Consolador, o Espírito Santo, que o Pai enviará em meu nome, vos ensinará todas as coisas e vos fará lembrar de tudo quanto vos tenho dito” (João 14:26).
     Os resultados disso estão nas epístolas, a começar por Romanos, texto no qual a doutrina cristã é desenvolvida de maneira plena. As outras epístolas lidam com problemas específicos das igrejas, bem como problemas teológicos e de liderança (1 e 2 Tm; Tt 1,2 e 3 Jo; 1 Pe, e Jd).
     Deus agiu na história, permitindo-nos conhecer o porque de Suas ações. Cristo veio ao mundo para que o Pai pudesse revelar-se a nós. Agora, sabemos que Ele é amor justiça por causa do Filho, e que tem compaixão, misericórdia e muitos outros atributos também graças a Cristo. Jesus morreu, mas Sua morte teve muitas implicações, as quais são explicadas pela Bíblia.
     3—Terceiro e último, a revelação de Deus é profética.
     Jesus disse: “Mas, quando vier aquele Espírito da verdade, ele vos [...] anunciará o que há de vir (Jo 16:13).
     O resultado disso se vê ao longo de quase todo o Novo Testamento: Mateus 24, Mateus 25, Marcos 13, Romanos 11, 1 Coríntios 15, e, particularmente Apocalipse.
     As profecias indicam que as operações de Deus ao longo da história, ainda reais em nossos dias, não aconteceram de maneira estática. Logo, o presente não pode ser igual ao passado ou ao futuro. O Senhor está fazendo coisas sem igual com pessoas colocando um plano em prática, de forma que cada um exerça um papel fundamental na sociedade.
     Todo esse trabalho culminará no dia do retorno do Senhor, quando Deus levará para si Seu povo e demonstrará todos que o caminho dele é o único caminho para a vida.
     Diante de tudo isso, podemos concluir que o Espírito Santo nos deu a Bíblia para que Jesus fosse glorificado na história, na doutrina e na profecia.
     .........................................................
     Pois é amigos e irmãos concluirmos, em parte, o que recebemos como ensinamento, sobre a ação do Espírito Santo em nossas vidas e na Sua Igreja. Quero que saibam que: o que eu desejo é ser um reflexo de Deus nas vossas vidas. Fuquem comigo nesse estudo; bebamos juntos desse água tão maravilhosa que jorra em nossas mentes e corações neste estudo.
O próximo assunto que virá no estudo, nº 35 é:            
LEVANDO PESSOAS A CRISTO.
Aguardem. Enquanto isso não nos descuidemos da oração. Já que ela é o alimento de nossas almas.