TIAGO-11
AULA DE E.B.D. – 11/17
–
EDITADA NOS SÁBADOS –
DIA 29/03/2014.
TÍTULO:
A ORIGEM DOS CONFLITOS E OS MEIOS PARA VENCÊ-LOS.
Texto básico: Tiago 4:
1-10.
Texto devocional:
Gênesis 13: 1-12.
Versículo-chave: “De onde procedem
guerras e contendas que há entre nós? De onde, senão dos prazeres que militam
na vossa carne”! (Tg 4:1).
Autor: Pr. Émerson da Silva Pereira.
INTRODUÇÃO
Esta lição tratará de um dos
problemas mais comuns entre as pessoas, seja no âmbito familiar, conjugal,
profissional ou mesmo cristão: conflitos interpessoais. A Epístola de Tiago é
muito prática e relevante ao abordar o assunto, através da origem
dos conflitos seus efeitos, e mostra a solução
para o problema.
I-ORIGEM DOS CONFLITOS
(Tg 4:1).
Quanto à origem dos conflitos interpessoais, Tiago
inicia a sua argumentação trazendo uma pergunta e respondendo-a por meio de uma
outra pergunta: “De onde procedem guerras e contendas que há entre voz? De
onde, senão dos prazeres que militam na vossa carne”? O autor reconhece a
fraqueza humana e tendência natural (carnal) para os conflitos de natureza
interpessoal. A presença de conflitos, contendas e confusão entre aqueles
cristãos não poderia encontrar justificativa em fatores externos como, por
exemplo, sua dispersão. No capítulo três da epístola, vemos claramente duas
forças aliadas aos conflitos interpessoais: a língua descontrolada (3:1-12) e a
sabedoria terrena (3: 13-18). A primeira incendeia. Destrói, contamina,
envenena e amaldiçoa; a segunda é moradia da inveja, amargura, facções,
vanglória, mentira e confusão. Estas duas forças andam e mãos dadas ao que
Tiago chama de “guerras” e “ contendas” ou batalha de uma guerra. A origem de
uma guerra e dos pequenos conflitos interpessoais se encontra no interior
humano, por isso a pergunta: “De onde, senão dos prazeres que militam em vossa
carne”?
Todo aquele que se envolve
numa contenda é responsável por ela. Há um ditado popular que ilustra esta
verdade: “Quando
um não quer, dois não brigam”. A Palavra de Deus é clara ao afirmar
que a origem dos conflitos humanos vem do coração humano (Mc 7:21-23) como
resultado das obras da carne (Cl 5:19-21).
Por esta razão Paulo exortou
os crentes de Éfeso e de Colossos: “Longe de vós, toda amargura, e blasfêmias, e bem assim
toda malícia” (Ef 4:31) e “Fazei, pois, morrer a vossa natureza
terrena...despojai-vos, igualmente, de tudo isto: ira, indignação, maldade,
maledicência, linguagem obscena do vosso falar. Não mintam uns aos outros” (Cl
3:5,8-9).
II-EFEITO DOS
CONFLITOS (Tg 4:2-6).
Baseados na natureza
pecaminosa, os conflitos se envolvem, causando efeitos danosos ao ser humano.
Bem escreveu Tiago: “Então, a cobiça, depois de haver concebido, dá a luz ao
pecado, uma vez consumado, gera a morte” (1:15). Como já visto nas
palavras de Jesus, o que contamina externamente o homem provem, primeiramente,
de uma contaminação interna. Os conflitos entre os leitores de Tiago geraram,
pelo menos,quatro efeitos.
1.Frustração
espiritual (v.2-3).
No que resultam cobiça,
inveja, violência (“matais”), contenda (“viveis a lutar e fazer guerras”)
e avareza (“pedis
mal, para esbanjardes em vossos prazeres”) senão em improdutividade
de vida? Tiago afirma que os conflitos não levam a nada e a lugar algum: “nada tendes”,
“nada podeis obter” e “não recebereis”. Paulo escreveu: “Porque o que o
homem semear, isso também colherá. Quem semeia para a sua carne, da carne
colherá destruição” (Gl 6:7-8). No plano espiritual, conflitos nada
produzem”
2.Infidelidade
espiritual ( v.4).
Os conflitos expressam
influência ativa na natureza pecaminosa, que mostra tanto o padrão como os
princípios e valores mundanos. Em outras palavras, os conflitos concordam com o
mundo e se revelam contra a santidade de Deus. Por esta razão, Tiago os chama
de “infiéis”
(v.4). O termo corresponde a uma pessoa adúltera, pedindo a infidelidade a
Deus, no Antigo Testamento, mediante idolatria.
3.Inimizade espiritual
(v.4).
“Não” compreendeis que a amizade do mundo é inimiga de Deus?
“Aquele, pois, que quiser ser amigo do mundo constitui-se inimigo de Deus”. A
inimizade com Deus é resultado da infidelidade para com Deus. João também
escreveu: “Se
alguém amar o mundo, o amor do Pai não está nele” (1Jo2:15). As
guerras interpessoais revelam ausência do amor. Conflitos interpessoais afetam
a comunhão prática do crente com Deus, não a sua posição em Cristo. Viver
conforme as regras do mundo corresponde a tonar-se inimigo de Deus. Quem está
em Cristo quer ser amigo de Deus!
4.Insensibilidade
espiritual (v.5-6).
“Ou supondes
que em vão afirma a Escritura”? A obediência a Deus revela a
insensibilidade à sua voz. Tiago traz à mente de seus leitores que as
escrituras Sagradas apelam para o santo e zeloso ciúme de Deus, quando Seus
filhos não andam corretamente. Deus resiste aos soberbos, mas dá graça a quem se
humilha (Pv 3:34).
III-SOLUÇÃO
PARA OS CONFLITOS (Tg 4:7-10).
Após tratar da origem e dos
efeitos dos conflitos, Tiago passa a oferecer a solução para tais problemas.
Apresenta, então, sete meios para o crente vencer seus conflitos mediante o uso
de nove verbos que expressam ordem (imperativos).
1.Sujeição à Deus
(v.7).
Primeira ordem: “sujeitai-vos”.
A ordem do verbo exige uma ação passiva, a qual implica o alinhar-se sob a
autoridade de alguém. O mesmo verbo aparece na atitude de Jesus para com Seus
pais (lc 2:51) e na (2Co 7:1). Esta purificação exige o abandono de atitudes
que geram conflitos.
2.Resistência a
Satanás ( V.7).
Segunda ordem: ”resisti”.
O verbo implica uma ação urgente, a qual está ligada ao ato do crente
sujeitar-se a Deus e condiciona a fuga de Satanás à ação de resistir através da
força do Senhor. O diabo também tem interesse
em nossos conflitos: “não se ponha o sol sobre a vossa ira, nem deis
lugar ao diabo” (Ef 4:26-27). Veja também (2 Co 2:5-11).
3.Aproximação
de Deus ( v.8).
Terceira ordem: “Chegai-vos”. O verbo exige uma ação
ativa dos crentes. Esta atitude resulta numa reciprocidade de Deus. “e ele
chegará a vós outros”. Como já abordado no estudo dos efeitos gerados pelos
conflitos, a amizade com os padrões do mundo atrapalha a comunhão com Deus.
4.Purificação
pessoal (v.8).
Quarta ordem: “purificai”. O verbo tanto pode
significar purificação quanto limpeza. Jesus usou este verbo para falar dos
escribas e fariseus que somente se preocupam com a limpeza de objetos, como
sinal de religiosidade (Mt 23:35). A purificação espiritual ocorre ao ato da
salvação (At 15:9; Tt 2:14) e, por isso, exige de todo crente uma purificação
pessoal, prática e constante: “purifiquemo-nos de toda impureza, tanto da carne como do
espírito, aperfeiçoando a nossa santidade no temor de Deus”. (2Co 7:1)
Esta purificação exige o abandono de atitudes que geram conflitos.
5.Limpeza interior
(v.8).
Quinta ordem: “Limpai”. O
uso do verbo aqui tem mais a ver com uma limpeza interna do que externa. Tiago
está falando de uma limpeza mental, de intenções. Aqueles que são de ânimo
dobre, ou seja, tem uma forma de pensar dividida (mentalidade dupla), precisam
desta purificação, caso contrário cederão facilmente aos conflitos. João usou o
mesmo verbo ao escrever: “E a si mesmo se purifica todo aquele que nele tem
esta esperança, assim como ele é puro” (1Jo 3:3).
6.Arrependimento
verdadeiro (v.9).
Sexta ordem: “Afligi-vos”.
O verbo significa sentir a sua própria miséria.
Sétima ordem: “lamentai”.
O verbo significa lacrimejar, expor um choro contido.
Oitava ordem: “Chorai”.
O verbo significa dar gritos de choro, um choro audível. O arrependimento
genuíno nasce no interior e se manifesta externamente. Tiago tem em mente mudanças
de atitude em relação às guerras e contendas que havia entre eles.
7.Humilhação perante
Deus (v.10).
Nona ordem: “Humilhai-vos”.
A ordem deste verbo, tal como a do primeiro desta lista, exige comportamento
passivo. O crente deve humilhar-se na presença de Deus, mesmo quando houver
injustiça por parte dos homens. Jesus dignificou a humildade de Seus ensinos e
no Seu próprio exemplo (MT 18:4; Fp 2:5-11). Tiago e Pedro afirmam que o
resultado da humilhação presente é a exaltação futura: “Humilhai-vos, portanto, sob a poderosa mão
de Deus, para que ele, em tempo oportuno vos exalte” (1Pe 5:6).
CONCLUSÃO
A tendência humana
é ver num conflito existente a culpa do outro. A Bíblia nos leva para outra
direção: os conflitos se originam em nós, mostram seus efeitos externamente e
só podem ser solucionados através de amor, obediência e santidade. A vitória ou
a derrota em nossos conflitos depende de quem estamos melhor alimentados no
coração.
[A qual natureza estamos alimentando melhor: a antiga,
pecaminosa, ou a nova, em Cristo?]
O Professor:
Querido (aluno)
leitor: Espero confiante em Deus, que estas aulas de formação discipular esteja
robustecendo a sua fé e o seu conhecimento na doutrina da fé cristã, no seu
caminhar como crente em nosso Senhor Jesus Cristo. É verdade que não tenho dito
nada por minha sabedoria e formação cristã, o que tenho transcrito aqui é
puramente fruto da editora que editou o livro para E.B.D. intitulado: Tiago A Fé em Ação. Que Deus continue te abençoando e te iluminando com teu
Espírito Santo. Um grande abraço:
Não
deixem de estar diariamente visitando o blog desde amigo, conforme o link
abaixo.
www.jerusalemeaqui.blogspot.com