sábado, 15 de março de 2014

TIAGO 9/17 - EBS- - ESCOLA BÍBLICA SABANICAL

TIAGO-9/17

Aula de E.B.D. – 9/17; Em: 15/03/2014.

Título: O PERIGO DA LÍNGUA SEM CONTROLE.

Texto Básico: Tiago 3:1-12.
Texto Devocional: Salmo 19:14.

Versículo Chave: “Com ela, bendizemos ao Senhor e Pai; também, com ela, amaldiçoamos os homens, feitos à semelhança de Deus” (Tg 3:9).

                       INTRODUÇÃO

Certamente, o falar é um tema muito importante para Tiago, uma vez que ele faz menção ao assunto em todos os capítulos (1:19,26; 2:3,12,14,16; 3:1-12; 4:11; 5:9,12), enfatizando que a verdadeira religião se manifesta também no falar.
O pecado no falar é extremamente fácil de praticar, pois não necessita de uma condição externa – por exemplo: uma arma para roubar: uma outra pessoa interessada para adulterar. É fácil também porque nossa língua está intimamente ligada relacionada com a nossa mente – nós pensamos com palavras.
Ao escrever sobre o controle da língua, Tiago nos exorta para a necessidade da transformação do nosso coração e da nossa mente (cf Mt 15:17-20).
A fala é um dom de Deus, um dom de comunicar louvor e admiração à majestade de Deus, que pode também se tornar uma ferramenta de orgulho, ódio, blasfêmia e engano diabólicos. Vária vezes “escorregamos” de um para outro.
Nesta lição, vamos estudar três evidências manifestas no falar e três verdades sobre o falar que devem ser bem administradas por nós.
I – O FALAR EVIDENCIA SE GENUINAMENTE SOMOS CRISTÃOS (Tg 3:6).
Observe a expressão “mundo de iniqüidade”. Isto significa que nossa língua se identifica com o sistema mundano decaído, rebelde e pecaminoso.
Todos tropeçam no falar. Começou por Adão, lançando culpa sobre outra pessoa (Cf. Gn 3:12). Em Romanos 3:13-18, Paulo apresenta um resumo da pecaminosidade do homem, incluindo ali o constante mau uso da língua como marca de quem não conhece a Deus: a hostilidade no falar, o engano, a mentira para manipular situações, o uso da linguagem para tornar uma história mais engraçada, falar, mesmo a verdade, para denegrir outra pessoa etc...
Observe ainda os seguintes textos:
*Sl 35:28 - Há constante louvor e gratidão nos lábios de alguém transformado.
*Pv 10:21; 12:18; 15:4 – A linguagem de alguém que passa por uma experiência genuína com Deus transmite vida, cura e ainda alimenta outros.
*Sl 64:3,4,7,8 – As palavras são símbolos de condição espiritual de uma pessoa. Cuidado com comentários críticos sobre outras pessoas, pois isto está relacionado com a pecaminosidade. Uma fé verdadeira e consciente se evidencia na ausência de fofoca, na ausência de reclamação, na ausência de ofensa.
A fé autêntica produz mudanças no falar do filho de Deus e evidencia esta filiação e o tipo de relacionamento que ele tem com o pai.
II – O FALAR EVIDENCIA A MATURIDADE DO CRISTÃO (Tg 3:2-4).
Ao nos convertermos, todos os entramos num processo de crescimento.Nascido do alto, de Deus (Jo 1:12; 3:13), somos geração de Deus (Tg 1:18). Assim como o filho traz as marcas genéticas de seus pais, as quais se acentuam à medida que ele cresce, se somos filhos de Deus, vamos trazer marcas de Seu caráter. O processo de mudança não é instantâneo, mas tem início ao nos convertermos. O alvo de Deus para nós é que sejamos perfeitos, como Ele é perfeito, manifestando Seu caráter em nossa vida (cf. Rm 8:29).
Os pecados cometidos no falar são os mais difíceis de abandonar. São os que mais relutamos em permitir que Deus elimine. Se você domina a língua chegou à maturidade.
Tiago usa dois exemplos interessantes:
1.Freio na boca do cavalo – Um pequeno instrumento para controlar o animal e conduzi-lo todo, não só a boca.
2-Leme de um navio – Proporcionalmente ao navio, ele é muito pequeno, uma vez que o capitão direciona o leme, todo o navio vai para o lugar desejado.
Se controlarmos nossa língua, todo o nosso corpo, toda nossa vida vai estar sob controle. É neste sentido que o nosso falar evidencia santidade.
Dois outros textos que focalizam isto são 1ª Pedro 3:10 e Salmo 15:1-4. O ser humano é incapaz de domar a própria língua (Tg 3:8). Porém, o filho de Deus tem que lutar contra sua própria natureza, pois através do falar ele evidencia a santidade e o controle de Deus sobre sua vida.
III- O FALAR EVIDENCIA QUALIFICAÇÃO PARA ENSINAR (Tg 3:1).
Na igreja do Século I, o ministério do ensino conferia certa autoridade e prestígio, motivação errada para o exercício desse ministério. Provavelmente, é isto que está por trás da exortação de Tiago. Alguém para estar na condição de mestre deve ser aprovado no seu falar, sabendo que os mestres serão julgados com maior rigor, onde quer que estejam ensinando.
Esta posição, que aos olhos humanos parece ser de destaque, de reconhecimento, de honra, exige muitas horas de estudo, constante comunhão com Deus para saber o que deve ser ensinado e dedicação no buscar a forma de passar a mensagem de Deus claramente. A posição do mestre exige uma vida de santidade que passa do falar.
Há três verdades acerca do falar que devem ser administradas.
1.A língua é potencial destrutiva, mas também edificante (v. 5,6,9).
Ilustração: Certa vez, eu estava limpando meu quintal, que fazia fundos com outros terrenos remanescentes tomados por uma vegetação rasteira, quando deparei com uma casa de marimbondos. Para eliminar o problema resolvi queimá-la. Acontece que era época de seca e o fogo espalhou-se rapidamente pelos terrenos, montanha acima, não dava para apagar. Assim é o poder destrutivo da língua. Realmente, a língua é fogo!
Colocada num lugar estratégico, próximo da mente, nossa língua não se cansa, marca toda a carreira da existência humana, quer seja criança, jovem ou velho. O caráter de uma pessoa reflete-se no seu falar, e determina se haverá benefício para ele, assim como para os que a cercam (Pv 18:21; 13:3; 11: 9-11). Uma das formas de demonstrarmos amor fraternal é abençoando o nosso próximo (Rm 12:14).
A língua é capaz do louvor mais alegre, mas também da crueldade mais devastadora.
2. A língua não pode ser controlada pelo homem, mas pode ser controlada por Deus (v. 7-9).
O plano de Deus era que o homem fosse co-gerente da criação. Você já deve ter visto como o homem domina todos os tipos de animais. Diferentemente dos animais, a língua é indomável. O que fazer quando se convive com algo indomável? Pedir que Deus a controle por nós, que Ele controle nosso falar (Sl 141:3).
3. A língua é ambígua – afeta negativamente o que é bom (v.10-12).
Destaca-se aqui a incompatibilidade entre um coração puro, de onde provem as fontes da vida (Pv 4:23), e palavras impuras. Aqueles que foram transformados pelo Espírito de Deus devem manifestar integridade e pureza de coração, através de palavras puras e edificantes.
Alguém já lhe disse para tomar cuidado para não morder a própria língua? As perguntas nos versos 11 e 12 exigem uma resposta negativa. Se fosse possível jorrar dois tipos de água da mesma fonte, que gosto de água você iria sentir? O doce ou o amargo?  O amargo, é claro. O ruim estraga o bom. Comentários do tipo: “Ah! Eu fui a igreja, adorei a Deus, mas sabe o terno de fulano estava ridículo...”. Pronto, estragou tudo. Isto não pode ser assim.
A fofoca e os comentários inadequados estragam o que você fez de bom em busca de uma vida santa. Não dá para equilibrar estas coisas. Bendizer a Deus e amaldiçoar o homem não é compatível. A língua afeta o que é bom, tornando-o ruim. Nesse caso, nossa aparente santidade é prejudicada pelo nosso falar.
                       CONCLUSÃO
Nos pisos dos shoppings, sala de espera, saguão de bancos e outros lugares, vária vezes nos deparamos com um triângulo amarelo com os dizeres> “Cuidado: chão molhado e escorregadio”.
Será que não deveríamos ter uma “plaquinha” como aquela em nossa boca? Nossa língua está colada num lugar “molhado e escorregadio”, e facilmente ela fala o que não deve ou fala além do que deve.
É possível ser religioso, ser um cristão autêntico, se o nosso falar não estiver marcado pelos princípios e pelo caráter de Deus. Se alguém se diz religioso, mas na refreia a sua língua, vive uma religião falsa. Não podemos ser indiferentes a este assunto, pois se nosso falar é inconveniente, estamos sendo cúmplice do diabo.
[Lembremos que um dia iremos responder diante de Deus pelos comentários, pela fofocas que fizemos (Mt 12:36-37)!]
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Aula da E.B.D. de: Erleu Fernandes
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Fonte: Editora Cristã Evangélica
Autor: Pr. Silas Arbalato da Cunha





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