sábado, 11 de julho de 2015

RESUMO DE TEOLOGIA - ESTUDO 5

Resumo Do Livro Fundamentos da Fé Cristã  05
     Um manual de Teologia ao alcance de todos.
                 James Montgomery Boice.
                 CAP. 18 - A PROVIDÊNCIA
     Providência – Significa que Deus não abandonou o mundo que criou, mas trabalha nele à fim de administrar todas as coisas de acordo com o “Imutável Conselho de Sua Própria Vontade” (Conferência de Fé de Westminster).
Muitos acham que Deus não intervém em assuntos humanos, nos dias atuais, mesmo sabendo que Ele é Deus. Já outros, sequer acreditam e milagres.
“Como o mal pode ser compatível com um Deus que governa ativamente o mundo”?
Alguns afirmam: - Se Deus não evita o mal de acontecer, imaginem! Ele por acaso vai deixar o mundo trilhar o seu próprio caminho? Mas, esse não é o pensamento bíblico.
A natureza em seu grande padrão de atividades continua segurando o seu padrão de desenvolvimento. A geração da natureza é semelhante à experiência das gerações anteriores. Podemos entender isso por meio da lei da probabilidade. De onde vem a uniformidade, senão de Deus? Como bem vemos em Hb1:3a “O qual, sendo resplendor de Sua glória,  e a expressa imagem de sua pessoa, e sustentando todas as coisas pela palavra do Seu poder...”. E em Colossenses vemos no capítulo 1:17 “Ele é antes de todas as coisas e todas as coisas subsistem por Ele”. Em suma: Cristo está sustentando todas as coisas pela palavra de seu poder, e  que todas as subsistem por Ele. Deus, esta por trás do mundo metódico que conhecemos. Vejamos o que nos diz o Catecismo Heidelberg: “E o poder de Deus, Onipotente e Onipresente está em todo lugar. Podemos conferir isso em At 17:25,27,28; Jr 23:23,24; Is 2:15,16; Ez 8:12), pelo qual, como Sua própria mão, sustenta e governa o céu, a terra,  e todas as causas de tal maneira (Hb 1:3 que tudo o que a natureza produz, a chuva, o sol, (Jr 5:24; At 14:17), a fertilidade, a comida e a bebida, a saúde e a enfermidade, (Jo 9:3), a riqueza e a pobreza (Pv 22:2), não acontecem sem motivo, por acaso ou por azar, mas segundo o conselho e a vontade do Pai Celestial” (Mt 10:29; Pv 16:33).
Se removermos a providência de Deus da natureza, com certeza, que toda sensação de segurança irá embora das pessoas. Vamos ler o que nos afirma o Filósofo Pink: “Para efeito de discussão, diremos que todo homem chega a esse mundo agraciado com vontade livre, e que é impossível forçá-lo ou coagi-lo sem destruir sua liberdade. Digamos que todo homem possui um conhecimento sobre o certo e o errado, podendo escolher entre eles, e é livre para tomar decisões e seguir seu próprio caminho. Então, entendemos, que o homem é soberano, pois faz o que lhe convém e é o arquiteto do futuro. Mas, nesse caso, não podemos assegurar que todo homem rejeitará o bem e escolherá o mal. Não temos nenhuma garantia de que toda a raça humana cometerá um suicídio moral.  Permitamos que toda realeza divina seja removida, e que o homem seja deixado absolutamente livre no mundo, então, todas as distinções éticas irão desaparecer de imediato, a barbárie prevalecerá, e o pandemônio reinará supremo”. (Pink 1984 p. 42,43).
Sabem porque isso não acontecerá? Por que Deus não deixará suas criaturas em perfeita autonomia. Já que Deus intervirá conforme lhe convém.
Podemos ver que em Provérbio 16:1 nos diz: “Dos homens são as preparações dos coração, mas do Senhor, a resposta da boca”. As ações do homem estão dentro da esfera da providência de Deus: “O coração do homem considera o seu caminho, mas o Senhor lhe dirige os passos” (Pv. 16:19).
A vontade de Deis sempre prevalece: ”Muitos propósitos há no coração do homem, mas o conselho do Senhor permanecerá” (Pv 19:21). “Não há sabedoria, nem inteligência,  nem conselho contra o Senhor” (Pv 21:30).
Satanás não pôde tocar em Jó sem antes ter a permissão de Deus, e, quando a recebeu, certos limites foram estabelecidos: “Faça o que quiser em tudo o que Jó tem, mas não faça nenhum mal a ele mesmo”. (Jó 1:12). “Eis que ele está em suas mãos, mas poupa-lhe, porém, a vida” ( Jó 2:6).
O ponto de maior interesse para nós dever ser, a providências dEle à cerca dos homens, particularmente quando decidimos desobedecer ao Senhor. Deus, simplesmente declarará o que Ele quer que seja feito, e assim se faz – com boa vontade.
Será que quando nós erramos Deus apenas vai nos dizer: “Bem, eu o amo, apesar de sua desobediência, e com certeza não vou insistir com nada desagradável. Então vamos apenas esquecer minha vontade?” Deus, amigos e irmãos, na age desta forma. Se agisse, Ele não seria Soberano. Por outro lado, ele também não diz: “Você vai fazer isso! Eu vou esmagá-lo até você fazer”. O que de fato acontece quando decidimos que não queremos fazer o que ele deseja? A resposta básica é que Deus estabeleceu leis para ordenar o mundo físico. Quando as pessoas pecam, geralmente acham que estão seguindo seus próprios termos (vontade). Porém, Deus diz: “Quando vocês desobedecerem, tudo será de acordo com as minhas leis (mandamentos), e não de acordo as suas vontades (determinações).
Quando o homem natural não reconhece Deus como o Deus verdadeiro, não o adora como Criador; essa pessoa é lançada para um caminho que o conduz para longe de Deus. Vejamos o que nos diz Paulo em Romanos 1:22,23 – “Dizendo-se sábios, tornaram-se loucos. E mudaram a glória do Deus incorruptível em semelhança a imagem do homem corruptível, e de aves, e de quadrúpedes, e de repteis”. Mesmo deixando de lado o homem que não O adora e nem O reconhece como Deus, não os deixa ao léu, como tirasse dele os seus propósitos. Em cada caso Deus os entregou a uma situação específica: no primeiro caso, a imundícia, para desonrarem os seus corpos entre si (V.24); no segundo, às paixões infames (v 26); e no terceiro a um sentimento perverso, para fazerem coisas que não convém.
Em outras palavras podemos enfatizar: Deus permite que os ímpios façam as coisas do seu jeito (pecados, desobediências), mas, em Sua sabedoria, determinou que, quando o fizerem, sofressem as conseqüências de seus atos de  acordo com as regras estabelecidas por Ele.
Jonas, no Antigo Testamento, ensina-nos que um crente pode desobedecer a Deus com tanta determinação que é preciso a intervenção direta de Deus sua história. Que não conhecem a história de Jonas dentro do ventre de uma baleia (Jonas 1:2)? Desobedecer a Deus significa passar por situações desagradáveis, conhecidas por correção
Há mais coisas a serem ditas sobre a providência de Deus. “Sabemos que todas as coisa contribuem justamente para o bem daqueles que amam a Deus, daqueles que são chamados por seu decreto”. (Romanos 8:28). Qual o significado de bem nesta passagem?  Em seu  significado pleno, bem significa, alcançar o propósito para o qual fomos criados, porque “o que dantes conheceu, também o predestinou para serem conforme a imagem de Seu Filho” (Rm 8:29). Decorrer para o bem, exige que o mal seja objeto de nosso estudo também, como vimos anteriormente em Rm 8:28.
O mal está sobre a direção de Deus?  Não é bem assim. Deus usa todas as coisas, incluindo o mal, para cumprir seu bom propósito no mundo. Observemos o que nos diz Provérbios 22:8 ”Quem semeia vento colhe tempestade”. Por muitos outros exemplos a Bíblia revela que, o mal praticado pelos outros cooperam para o bem dos cristãos.
O próprio Jesus disse em referência a Judas: “Em verdade, o Filho Homem vai, como acerca dele está escrito, mas ai daquele homem por quem o Filho do Homem é traído (Mt 26:24). Anteriormente Ele havia declarado: Porque é mister que venham escândalos, mas aí daquele homem por quem o escândalo vem!” (Mt 18:7).
Portanto, sem participar do pecado, Deus operou por meio dele, a fim de promover, em concordância com Seus propósitos eternos, o bem.
A segunda situação em que Deus usa o mal para realizar os seus propósitos é quando esse mal é praticado por nós mesmo toda vez que pecamos. Essa questão é difícil de entender, pois o pecado gera infidelidade no homem, deixando-o cego para os atos de Deus. Porém, de qualquer forma, o bem está envolvido.
Não recordemos o caso de José, em que seus irmãos por ciúme dele, o venderam para uma caravana de comerciante midianitas que o levou para o Egito. José trabalhou como escravo, foi tentado pela mulher de Putifar, foi preso, jogado no cárcere. Na prisão ganhou a confiança e passou a ter algumas regalias. Mais tarde por ter decifrado os sonhos do Faraó, foi feito governador do Egito. Durante os sete anos de fartura, armazenou grãos em abundância. E, durante sete anos vieram só penúria e fome. Durante esse tempo de seca e fome, vinham de diversos lugares comprar gêneros do Faraó. Seus irmãos, aqueles mesmos que o venderam como escravo, vieram comprar gêneros do Faraó. José os reconheceu logo que chegaram. Daí, concluímos que um mal, um pecado, de seus irmãos, resultou mais tarde em um bem. Constatamos está passagem em Gênesis 45:4-8.
Após a morte de Jacó, pai deles, os irmãos pensaram que José, então, iria se vingar. Mas, novamente ele os acalmou sem medo dizendo: “Não temais; porque, porventura estou eu em lugar de Deus? Vós bem intentastes mal contra mim, porém Deus transformou este mal em bem, para fazer como se vê neste dia, para conservar em vida a um povo grande.” (Gn 50:19,20). Mas o pecado continua sendo pecado e trás conseqüências. A providência de Deus não nos isenta da responsabilidade.
A doutrina da providência, na verdade, é um porto seguro e um estímulo à fidelidade de Deus. Calvino nos deixou um sábio conselho sobre esse tema: “A gratidão de alma pelo, próspero resultado das coisas, seja paciência na adversidade, seja, inclusive, a inabalável segurança em relação ao porvir, segue essencialmente este conhecimento, Logo, qualquer coisa que acontecer  de modo favorável e segundo o desejo de seu coração o servo de Deus atribuirá totalmente a Deus, quer sinta a Sua beneficência por meio do mistério dos homens, quer seja ajudado por criaturas inanimadas, pois pensará assim: “Por certo que o Senhor inclinou o espírito destes para comigo, ligando-os à mim, a fim de serem instrumentos de Sua benignidade”. (Calvino, 1960, p.219-220).
Deixo convosco  a minha amizade. O meu coração e os meus firmes desejos de que esta pequeno estudo de cunho teológico colhido do Livro de Fundamentos da Fé Cristã, de James Montgomery Boice.
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No próximo estudo postaremos resumos do LIVRO II,  que tem por título DEUS, O REDENTOR.                                             Parte 1 - A QUEDA DO HOMEM.
         Fiquem com as bênçãos de Deus. Amem?



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