sábado, 3 de setembro de 2016

ESTUFO TEOLÓGICO Nº 66

      Estudo da Fé Cristã Nº 66              
      Manual de Teologia ao alcance de todos.
      Autor: James Montgomery Boice.
      Postado por: Erleu Fernandes da Cruz.
      Capítulo 8 –  DONS ESPIRITUAIS.
      Uma das marcas da Igreja é a unidade. Essa marca é inerente à própria definição de igreja.
      A Igreja é (1) alicerçada no Senhor Jesus Cristo; (2) chamada à existência pelo Espírito Santo; e (3) composta de diversas pessoas que se ornam um único povo em Jesus Cristo.
      Se a Igreja está alicerçada em Jesus Cristo, ela tem um alicerce, o Senhor, e uma teologia centrada nele. Se ela veio à existência pelo Espírito Santo, a experiência básica do povo de Deus é a mesma.
      [Do ponto de vista humano] O cristão tem procedências diferentes, porém são chamados a um relacionamento com Deus pela obra da regeneração, justificação e adoção. Se eles se tornaram um novo povo, eles foram obviamente destacados do mundo como um povo separado e santo.
      Uma pessoa que se torna cristã observa essa unidade. Antes, a pessoa vivia por sua conta. Agora, em Cristo, isso mudou. Como Paulo disse aos efésios: “Assim, que já não sois estrangeiros, nem forasteiros, mas concidadãos dos Santos e da família de Deus” (Efésios 02:19).
      Não é preciso ser membro de uma igreja local por muito tempo para que as diferenças dentro dela apareçam. Algumas são em decorrência de pecado e, portanto, inaceitáveis. Outras são diferenças naturais, verdadeiros presentes de Deus para a Igreja, e de grande importância para o funcionamento adequado do Corpo de Cristo no mundo.
      Essa dupla ênfase, sobre a unidade e a diversidade, aparece em pontos importantes dos escritos do Novo Testamento. Por exemplo, em Efésios, um bom número de passagens fala com ardor de nossa unidade.
      “Há um só corpo e um só Espírito, como também, como também fostes chamados a uma só esperança da vossa vocação; um só Senhor, uma só fé, um só batismo, um só Deus e Pai de todos, o qual é sobre todos, e por todos, e em todos”. (Efésios 4:4-6).
      Todavia, tão logo Paulo articula essa verdade, ele começa a falar de diversidades na área dos dons.
      “Mas a graça foi dada a cada um de nós segundo a medida do dom de Cristo [...] E Ele deu uns, para apóstolo, e outro para profetas, e outros para evangelistas, e outros para pastores e doutores, querendo o aperfeiçoamento para os santos, para a obra do ministério, para edificação do corpo de Cristo”. (Efésios 4:7, 11,12).
      Dos versículos seguintes, Paulo ilustra esse ponto, falando de um Corpo que, embora seja único, tem muitos membros em operação.
      Em 1 Coríntios, os exemplos de unidade e diversidade estão misturados. “Ora, há diversidades de dons, mas o Espírito é o mesmo. E há diversidade de ministérios, mas o Senhor é o mesmo. E há diversidade de operações, mas é o mesmo Deus que opera tudo em todos”. (1 Co 12:4-6).
      Depois de listar nove dons, o apóstolo concluiu: “Mas um só é o mesmo Espírito que opera todas essas coisas, repartindo particularmente a cada um como quer”. (1 Co12:11).
      Uma ênfase parecida é encontrada na carta de Paulo aos Romanos:
      “Porque assim como em um corpo temos muitos membros, e nem todos os membros tem a mesma operação, assim nós, que somos muitos, somos um só corpo em Cristo, mas individualmente somos membros uns dos outros”. (Romanos 12:4-5).
      Esses versículos ensinam que a unidade e a diversidade são necessárias para a saúde da Igreja. Sem a unidade, o relacionamento com Jesus, por meio da operação do Espírito de Deus, simplesmente não há Igreja. Permanecemos em nossos pecados. Por outro lado, sem diversidade, a Igreja não pode ser saudável, e com certeza não funcionará de forma adequada; será como um corpo sem braços ou sem pernas.
      Até aqui tudo o que foi dito sobre a Igreja pode ser visto como estando na área da unidade: a definição da Igreja, suas marcas, a natureza de sua adoração, os sacramentos. Essas coisas são a experiência de todos que formam o povo de Deus.
      Agora, vamos analisar a área da diversidade. Primeiro, vamos focalizar os dons espirituais, incluindo o papel dos líderes ao ajudar os outros a descobrir e desenvolver esses dons. Segundo, focalizaremos os ministérios da Igreja, e como elas se ajuntam no quadro mais amplo.
      TODOS TÊM UM DOM.
      Dons espirituais tem sido muito discutidos nas igrejas ultimamente. Algumas década atrás, havia pouca discussão sobre esse tema.
      Ray C. Stedman, Califórnia, define dons espirituais como “uma capacidade para o ministério que é dado a todos os cristãos verdadeiros, se exceção; algo que a pessoa não tinha antes de tornar-se cristã”. (STEDMAN, 1972, p. 39).
      Essa definição merece ser examinada em detalhes. Primeiro, ela define dom espiritual como graça concedida por Deus ao cristão, como o termo dom espiritual sugere.
      No Novo Testamento, a palavra que é com freqüência usada para definir dons é charisma ou charismata no plural. A palavra carismático se origina do substantivo grego charis, que significa graça.
      Uma vez que graça é um favor imerecido de Deus, a ênfase é que esses dons espirituais são distribuídos por Deus ao Seu bel-prazer.
      Um cristão recebe determinado dom, outro cristão recebe um dom diferente, e alguns recebem mais que um dom. Paulo enfatizou no versículo já citado. “Mas um só e mesmo Espírito opera todas essas coisas, repartindo particularmente cada um como quer” (1 Coríntios  12:11).
      O segundo ponto é que, ao dizer que um dom espiritual é alguma coisa não tinham antes de se tornarem cristãos, Stedman diferenciou dom espiritual daquilo que chamaríamos de talento natural. Talentos naturais também são dádivas de Deus. Somos ensinados que “toda boa dádiva e todo dom perfeito vem do alto”. (Tiago 1:17). A diferença é que os talentos são concedidos a cristãos e a não cristãos.
      É verdade que um cristão pode exercitar um dom espiritual utilizando um talento natural, como alguém que exercita o dom de ajudar por meio de um talento para carpintaria, gastronomia, as finanças ou coisa similar, ou alguém que exercia de exortação [os profetas cumprem o papel de exortar] por meio de uma habilidade natural para se aproximar das pessoas. O texto de 1 Coríntios 12 fundamenta isso:
      “Na Igreja, Deus pôs tudo no lugar certo: em primeiro lugar, os apóstolos; em segundo, os profetas; e, em terceiro, os mestres. Em seguida pôs o que fazem milagres; depois os que tem o dom de curar, ou de ajudar, ou de liderar, ou de falar em línguas estranhas” (1 Coríntios 12:28).
      Não entanto, dons espirituais não são talentos. Os dons espirituais são dados por Deus para fins espirituais, e apenas para cristãos. “Eles são entregues para aperfeiçoamento dos santos, para a obra do ministério, para edificação do corpo de Cristo” (Ef 4:12).
      Um exemplo da relação entre um dom espiritual e um talento encontrado no Antigo Testamento no caso de Bezalel, um dos artífices que trabalhavam na confecção dos objetos de arte do tabernáculo judaico. O Senhor disse desse homem:
      “E o enchi do Espírito de Deus, de habilidade, de inteligência e de conhecimentos, em todo artifício, para elaborar desenhos e trabalhar e ouro, em prata, em bronze, para lapidação de pedras de engate, para entalho de madeira, para toda sorte de louvores”. (Êxodo 31:3-5).
     Bezalel tinha um talento natural de artífice, mas recebeu também o dom espiritual de conhecimento ou inteligência, que o dirigiu para o caminho onde seus talentos naturais deveriam ser usados. Por causa do dom espiritual, ele foi capaz de produzir objetos consagrados para o tabernáculo.
      Um terceiro ponto de definição de dons espirituais do pastor Ray C. Stedman é que todos os cristãos recebem pelo menos um dom.
      Paulo disse: “Mas a manifestação do Espírito é dada a cada um para o que for útil”. (1Co12:7). Pedro, por sua vez, escreveu: “Cada um administra aos outros o dom como bem o recebeu. Como bons despenseiros da multiforme graça de Deus” (1 Pe 4:10). O fracasso em enxergar essa verdade levou na história da Igreja ao que John Stott chamou de domínio clerical sobre a laicidade (qualidade do laico, consagrado pela Igreja Católica, pelo seu corpo eclesiástico).
      Isso se desenvolveu dentro da Igreja e por variadas razões um tipo de divisão entre o clero (corporação dos eclesiásticos da linha de frente da Ig. Católica) e os leigos na qual os clérigos deviam liderar e executar os trabalhos do ministério cristão, enquanto o povo (que não pertence ao clero [os leigos], daí o significado da palavra laicidade) devia seguir com submissão e, é claro, dar dinheiro para sustentar o clero e seu trabalho.
      Como um exemplo desse ponto de vista, John Stott mencionou uma encíclica papal de 1906 intitulada Vehementer Nos: “O único direito das massas é o de deixar-se guiar, e de seguir seus passos como um rebanho submisso”. ( STOTT, 1969, p. 9).
      A Igreja, como povo de Deus, não deve ser assim. Onde essa visão prevalece, a Igreja e seu ministério sofrem com a perda do exercício dos dons dados aos leigos. Dons são para serem usados no serviço do próximo. Os leigos servem a Igreja e ao mundo. Os pastores devem servir os leigos, porém, com particularidade, ajudando-os a desenvolverem e usarem esse dons. Como disse Stott:
      “Os pastores não devem separar-se dos membros da Igreja como se estes fossem uma classe de cristão diferenciada; os pastores são ministros do povo porque eles próprios pertencem ao povo ao qual são chamados a servir” (STOTT, 1969, p. 47).
      Esses três pontos sobre a natureza dos dons espirituais nos mostram como eles são importantes. Os dons são importantes teologicamente, porque nos levam a um entendimento mais completo da graça de Deus. Eles são importantes pessoal e experimentalmente, porque tem influência direta sobre o serviço que o cristão presta ao Senhor, assim como outros serviços dentro da Igreja. Eles são importantes institucionalmente, pois mostram como os pastores e os leigos deveriam relacionar-se uns com os outros.
      O QUE SÃO OS DONS?
      Os dons do Espírito estão listados em quatro capítulos do Novo Testamento, um desses capítulos em dois lugares diferentes. Isso totaliza cinco listas sobre os dons (Ef 4:11; 1Co 12:810; 1Co 12:23-30; Rm 12:6-8; e Pe 4:11).
      Essas listas variam no que diz respeito aos dons listados. A mais curta é em 1 Pedro 4:11, que contem apenas dois dons: a fala e administração. As listas em 1Co 12 contem nove dons, embora estes não ser os mesmos nas duas listas.Ao todo podem ser  19 dons mencionados, mas este não é um número absoluto: palavras diferentes podem ser usadas, de modo concebível, para descrever os mesmos dons ou dons parecidos, e pode ainda haver dons que não foram mencionados.
      1º. Apóstolos e profetas. Os primeiros na lista de Efésios 4:11 e 1 Coríntios 12:28-30 são dons ministeriais de apóstolos e profetas. Alguns que tem escrito sobre os dons tentam mostrar que tanto apóstolos como profetas estão presentes hoje na Igreja. Eles assinalam que a palavra apóstolo não diz respeito apenas aqueles porta-vozes cheios de autoridade comissionados diretamente por Jesus; ela  pode referir-se também a qualquer um que é enviado como uma testemunha, em particular para estabelecer Igrejas. Da mesma forma, profeta não se refere apenas a alguém que recebe sempre uma palavra inspirada de Deus [como no At], e sim a alguém que fala com ousadia em Seu nome (1Co14).
      Esses pontos têm sido bem defendidos, porém, a meu ver, não é este o uso das palavras nas duas listas mencionadas (Ef 4:11; 1Co 12:28-30). Nessas listas, tanto apóstolos como profetas devem ser tomados no sentido mais técnico. Nesses textos, apóstolo se refere àquelas testemunhas que foram especificamente comissionadas por Jesus para estabelecer a Igreja sobre uma base adequada, e profetas se referem àqueles que receberam a mensagem de Deus e a registraram nas páginas do que chamamos de Antigo e Novo Testamento.
      Nesse sentido, hoje, não temos mais apóstolos ou profetas. O que não quer dizer que estejamos desprovidos dos benefícios desses dons de Deus para a comunidade cristã.
      2º. Evangelistas. A segunda categoria de dons contêm apenas um item. Obviamente, esse dom ministerial não se extinguiu. Um evangelista é alguém que tem capacidade especial para comunicar o evangelho de salvação por intermédio de Jesus Cristo.
      A existência de tal dom não significa que aqueles que não receberam estão eximidos da obrigação de falar de Jesus aos outros. Pelo contrário, essa é uma tarefa comum a todos. A Grande Comissão o declara. No entanto, existem os que são, em especial, chamados para esse ministério.
      O evangelista não tem que ser uma pessoa muito inteligente e muito letrada. É verdade que os evangelistas devem conhecer bem a mensagem que pregam. Eles devem estar aptos a responder às perguntas sobre ela. Porém, seu dom primordial está em ser capaz de comunicar a base do evangelho de forma clara e eficiente.
      O ministério de um evangelista não está limitado àqueles que são como Billy Graham. (E um dom mais freqüente nos leigos). Em seu estudo dos dons espirituais no livro “The Holy Spirit” [ o Espírito Santo], Graham observa que a única pessoa em toda a Bíblia que foi, na verdade, chamada de evangelista é Filipe, ele era um diácono. De forma pessoal, posso afirmar que conheci muitos que receberam esse dom, e nenhum destes era um ministro ordenado; eram pessoas que gostavam de falar de Jesus, e eficientes na tarefa de comunicar a salvação às pessoas.
      3º. Pastores, mestres e o dom de exortação. Pastorear, ensinar e exortar foram colocados na mesma categoria porque muitas vezes caminham juntos e podem ser considerados apenas um dom.
      Em Efésios 4:11, as palavras pastores e mestres podem até ser unidas devido a natureza do estilo grego nessa frase, de forma que poderíamos falar do dom ministerial de “pastor-mestre”:” Foi ele quem deu “dom as pessoas”. Ele escolheu alguns para serem apóstolos, outros para profetas, outros para evangelistas e ainda outros para pastorear e mestres da Igreja (Ef 4:11).
      Como o caso dos evangelistas, muitos tem uma chamada pastoral, mas não foram ordenados. Por exemplo, há anciãos, diáconos e professores de escola bíblica que tem obrigações envolvendo supervisão espiritual, ou seja, possuem o dom ministerial de pastorear, porém não executam como pastores ordenados.
      A palavra mestre se explica em si mesma. É um dom importante e pode ser um dos mais necessários no atual momento da Igreja. Vemos a importância no dom de ensinar quando reconhecemos que essa é uma ideia chave na versão de Mateus da Grande Comissão. Jesus disse:”Portanto, ide, ensinai a todas nações, batizando-as em nome do Pai, e do Filho, e do Espírito Santo; ensinando-as a guardar todas as coisas que eu vos tenho mandado” (Mt 28:19.20). Aqueles que são trazidos para a fé em Cristo devem ser discipulados por meio do ensino.
      Em Romanos 12:8, a exortação vem após o ensino. Além da instrução da Palavra, o discípulo precisa ser encorajado a prosseguir na coisas que aprendeu. De novo essa é uma responsabilidade pastoral. Quando Paulo utilizou a palavra exortar em Romanos, ele, pode, de fato, ter tido em mente os pastores, já que a palavra pastor não aparece em outra passagem do texto.
      Outra lista dos dons deveria ser considerada neste ponto, uma vez que ele projeta luz sobre os dons nesta categoria. Em 1 Coríntios 12:8,9, Paulo não mencionou qualquer dos dons já considerados que aparecem primeiro nas outras passagens paulinas: apóstolos, profetas, evangelistas, pastores e mestres em 1 Coríntios 12:28-30; profecia, ministério, ensino e exortação em Romanos 12:6-8. Em vez disso, ele mencionou o dom da sabedoria e conhecimento ou ciência. É provável que nessas passagens o apóstolo tivesse substituindo esses dois itens para sua lista mais longa. Sabedoria e conhecimento são dons em particular associados como os ministérios evangelístico, pastoral e ensino.
      Esse fato é útil para se tentar determinar se Deus deu a um indivíduo o dom ministerial de evangelista, pastor ou mestre, tema este que estudaremos em profundidade mais adiante.
      Podemos perguntar: “Essa determinada pessoa tem sabedoria espiritual? Tem o dom do conhecimento”? O ponto é útil também para indicar as áreas em que se pode orar de forma eficaz por nossos pastores. Podemos orar para que Deus dê a eles verdadeiro conhecimento espiritual, baseado num cuidadoso estudo da Bíblia, e sabedoria para aplicá-lo de forma adequada.
      4º. . A palavra fé é uma das mais importante no vocabulário cristão. Ela tem utilizações variadas. Ela pode referir-se à fé salvadora (Ef 2:8); ao conteúdo do evangelho (Rm 10:8; At 6:7; 13:8; 14:22); pode significar fidelidade (Gl 5:22); e pode referir-se  à confiança em Deus na adversidade (Ef 6:16).
      Na lista de dons em 1Coríntios 12:8-10, fé se refere provavelmente à capacidade de antever alguma coisa que Deus prometeu e agir como se isso já estivesse presente. Stedman afirmou que fé, nesse sentido, é o que hoje nós em potencial chamaríamos de visão: “É a capacidade de ver algo que precisa ser feito, e crer que Deus o fará, muito embora aquilo pareça impossível”. (STEDMAN, 1972, p. 43).
      Acredito que fé em 1 Coríntios 12:8-10 pode ser melhor explicada pelos escritos de Champlin:
      “Às vezes a fé aparece como uma capacidade espiritual. Nessa categoria podemos classificar o dom da fé. Tratar de um poder especial, alicerçado sobre uma confiança incomum em Cristo: é uma manifestação do Espírito Santo. Pode realizar grandes obras espirituais”; (CHAMPLIN, 2002 p. 606).
      Os heróis da fé listados em Hebreus 11 tinham esse dom. Em cada um dos casos, a vida deles demonstrou “a certeza de coisas que se esperam, convicção de fatos que não se vêem” (Hb 11:1).
      Abel, a quem havia sido prometida salvação, por meio da semente da mulher que esmagaria a cabeça de Satanás, testificou sua fé naquela realidade pela obediência a respeito do sacrifício do sacrifício de sangue.
      Enoque creu em Deus e viveu uma vida justa.
      Noé recebeu a palavra de Deus sobre uma destruição futura dos incrédulos e agiu sobre essa convicção a construir a arca na qual ele e sua família foram salvos.
      Abraão teve fé por toda a sua vida. Ele deixou sua terra natal por uma terra que não podia ver, enfrentou provações na terra da promessa, mudou de nome como um símbolo de sua fé na capacidade de Deus para dar-lhe um filho quando ele e Sara já haviam passado da idade para conceber, não hesitou em oferecer Isaque como sacrifício sobre o altar no Monte Morriá – tudo porque acreditavam que Deus era capaz de cumprir o que prometia, comparar com Romanos 4:21.
      Depois de mencionar essas pessoas e outros exemplos de fé extraordinária, como a de Isaque, Jacó, José, Moisés, Raabe, Gideão, Baraque, Sansão, Jefté, Davi e Samuel, o autor da Carta aos Hebreus declarou: “Todos estes morreram na fé, sem ter recebido as promessas, mas, vendo-as de longe, e crendo nelas”. (Hebreus 11>13).
      Isaque Watts se referiu a essas pessoas na estrofe de seu hino: “Sou eu um soldado da cruz”?
      “Os santos nessa guerra gloriosa / Vencerão, mesmo com a morte / Eles veem a vitória dadivosa / E a agarra com seus olhos”.
      5º- Curas e Milagres. Os dons de curas e milagres são referidos em dois trechos diferentes de 1Corintios 12 e, com certeza,  estão relacionados. Essa conjunção de dons é importante na interpretação da natureza dos dons de curar. Embora a palavra cura (na verdade curas, no plural) possa referir-se aos vários tipos de curas – emocional ou física; cura por meios naturais ou miraculosos – a utilização da palavra nestes versículos se refere com exclusividade aos meios miraculosos.
      A questão que se impõe com esses dons existem nos dias de hoje, um assunto sobre o qual cristãos estão divididos, uma vez que os dons de curas e milagres podiam ser manifestados pelos apóstolos, profetas, evangelistas, associados ao dom da fé.
      Há quem defenda [baseado em fatos] que os dons de curas e milagre ainda existam, porém, manifestam com pouca freqüência.
      Em nenhum fragmento, Paulo indicou que as curas, os milagres ou as línguas cessariam. Além do que, relatos de curas e outros milagres existem em todos os períodos da historia da Igreja. Sendo assim, não ousamos limitar Deus, declarando que hoje Ele não possa distribuir dons de curas e milagres. Ele pode. Por outro lado. Mesmo que hoje tenhamos o direito de esperar curas e receber um milagre, é legítimo dizermos que esses dons não se manifestam tão freqüentemente como na época da Igreja primitiva.
      6º- Capacidade de discernir espíritos. O dom de discernir os espíritos é mencionado em apenas um lugar na várias listas de dons. Apesar disso, é de suma importância. Ele se relaciona com o dom de profecia e o de mestre.
      Em 1Coríntios 12:10, o discernimento de espíritos aparece depois da referência à profecia, o que nos faz pensar que Paulo estava referindo-se à capacidade de discernimento para distinguir se uma pessoa que fala em nome de Deus está, na verdade, inspirada pelo Espírito Santo, ou se está falando em sua própria força natural, ou inspirada por algum demônio. Por outro lado, o discernimento de espíritos pode referir-se simplesmente a capacidade de discernir a verdade ou o engano da instrução de um mestre  religioso (ver 1 João 4:1-6).
      Pedro exerceu esse dom quando enxergou o engano de Ananias e Safira: “Ananias, por que encheu Satanás o teu coração, para mentires ao Espírito Santo? [...] Por que é que entre vós concertastes para tentar o Espírito do Senhor”? (At 5:3,9).
      Hoje, algumas pessoas são, com facilidade, enredadas por qualquer novidade. Outras não. Essas últimas podem ter o dom de discernir os espíritos. A Igreja deve identificar essas pessoas e solicitar seu julgamento nos casos em que o discernimento verdadeiro for preciso.
      7º- Ajudadores. A referência aos ajudadores tem o dom de socorro, em 1 Coríntio 12:28, está amplificada em Romanos 12:7,8 pelos dons de contribuir (financeiramente), presidir, exercer misericórdia e ainda prestar serviço ao próximo.
      Poderíamos acrescentar muito mais. Alguns indivíduos expressam esse dom ao fazer o trabalho necessário para manter uma casa, um negócio ou uma Igreja funcionando de forma exemplar. Eles percebem o que precisa ser feito e fazem. Alguns cuidam dos mais velhos, fazem compras, cuidam da casa, são acompanhantes em consultas médicas, e, visita a amigos e na ida e volta aos cultos na igreja.
      Quando ajudam os pobres, assistem os doentes enviando alimentos ou tomando providências, tais como pagamento de contas entre outras necessidades. O que diferencia o seu trabalho do serviço que é prestado pelos não cristãos é que ele é feito em nome do Senhor Jesus Cristo e para Sua glória.
      Pedro encorajou aqueles que servem fazê-lo segundo o poder de Deus dá, “para que em tudo seja glorificado por Jesus Cristo”. (1Pedro 4:11).
      8º- Administradores. Algumas versões da Bíblia chamam este dom de governos, porém ele se refere, na realidade, à liderança ou direção administrativa. A maioria de nós conhece situações quando há, é óbvio, trabalho a ser feito e muitas pessoas disponíveis para isto. No entanto, o trabalho não é realizado porque há alguém por perto para comandar, delegar tarefas e supervisionar para que todas as incumbências sejam cumpridas. Por outro lado, há ocasiões quando os dons necessários e as pessoas certas não parecem estar presentes. Então aparece alguém que enxerga como o trabalho poderia ser feito e o faz com as condições disponíveis.
      Nesse ponto, precisamos evitar dois erros. Um dos erros de sermos super desconfiando da administração como se fosse coisa da carne, imaginando que Deus trabalhe de outro modo. As pessoas que pensam dessa maneira, ou são intimidadas pelos que veem as coisas dessa forma, quase sempre falham ao exercer a liderança que Deus deu para elas
      O outro erra está em pensar que o que é feito na área da liderança é sempre da parte de Deus, ou que Ele só está operando quando tal liderança está presente. Isso também não é verdade. As pessoas precisam reconhecer a diferença entre o dom de administração e a mera personalidade forte, força de vontade, ou uma mentalidade agressiva.
      O Senhor é quem dá esse dom assim como todos os outros. Todavia, ele não atropela sentimentos nem pressiona obstinadamente como um rolo compressor para atingir sua meta.
      9º- Línguas e interpretação de línguas. Nenhum dos dons mencionados em qualquer parte do Novo Testamento tem sido tão controverso como o dom de línguas e o dom que acompanha de interpretação.
      Algumas pessoas tem insistido que o dom de línguas significa estar apto a falar de modo que outras pessoas ouçam em suas próprias línguas nativas. Esse tipo de manifestação aconteceu no Dia de Pentecostes (At 2:1-11), porém, não parece ter sido idêntica ao dom de língua manifestado em Corinto. Na Igreja em Corinto, os interpretes eram necessário porque os ouvintes não estavam escutando em suas próprias línguas nativas.
      Outras pessoas falam do exercício das línguas como sendo a capacidade para falar em línguas celestiais, ou seja, em algum idioma não conhecido pelos homens.
      Outras, ainda, negam que ambas as possibilidades existam hoje em dia. Essas pessoas dizem que o que se passa por falar em línguas é ou um fenômeno psicológico autoinduzido, ou ação de demônios.
      A única maneira de prosseguir é se limitar ao que está dito no único trecho da Bíblia que trata do fenômeno.
      Esse trecho da Escrituro é em 1 Coríntios 12 e 14, no qual Paulo estabeleceu os seguintes pontos. Primeiro, o dom de línguas existe, mas pode ser falsificado, ou seja, há um dom genuíno, porém, há  manifestação deste dom por outros espíritos, seja espírito de Satanás o espírito da própria pessoa.
      Paulo estava falando a respeito disso quando lembrou aos coríntios que, antes da conversão deles, estavam escravizados por ídolos mudos; alertou-os que era necessário provar os espíritos com base na sua confissão ou falta de confissão de Jesus como Senhor:
      “Portanto, vos quero fazer compreender que ninguém que fala pelo Espírito de Deus diz: Jesus é anátema! E ninguém pode dizer Jesus é o Senhor, senão pelo Espírito Santo”. (1 Coríntios 12:3).
      É possível que, antes da conversão deles a Jesus, os cristãos de Corinto tinham sido enganados pelos discursos carismáticos dos sacerdotes pagãos, e nessa ocasião, estiveram sendo enganados por alguns que garantiam falar pelo poder do Espírito Santo, sem de fato, terem sido revestidos por Ele.
      Vale a pena registrar que em muitas partes do mundo, a gossolalia, o termo técnico para falar em línguas, é bem conhecido ainda hoje em círculos não cristãos. Grupos unitaristas falam em línguas. Sacerdotes bodes e xintoístas muitas vezes falam em línguas quando estão em transe. O fenômeno existe em vários contextos místicos da América do Sul, Índia e Austrália. De forma que falar em línguas, em si, não é prova da presença do Espírito Santo. [Daí a necessidade do dom de discernir espíritos].
      Um segundo princípio que Paulo estabeleceu que há muitos valiosos e diferentes dons do Espírito Santo, e que o dom de línguas é apenas um deles. Ele disse isso em 1 Coríntios 12:4-11, afirmando que há muitas necessidades de dons diferentes na Igreja e que é prerrogativa do Espírito Santo suprir essa necessidade ao distribuir os dons necessários entre as pessoas que Ele chamou para obra nas áreas específicas.
      A ênfase de Paulo estava no fato de que era pelo  único e mesmo Espírito que os dons eram dados (1 Coríntios 12:8-11). Se o Espírito concedeu um dom para cada cristão e para Seu propósito, nós não podemos orgulhar-nos do nosso dom particular. O fato de Paulo minimizar, mais tarde, o dom de linhas indica que o orgulho era um perigo real para aqueles na Igreja de Corinto que tinham esse dom.
      No terceiro ponto, Paulo afirmou que os dons do Espírito Santo são para um propósito, a edificação da unidade da Igreja (1 Coríntios 12:12-27). A princípio, estes são dois propósitos diferentes, entretanto, Paulo trata a ambos tendo em perspectiva a imagem do corpo para a qual cada parte contribui. Ele enfatizou que: (1) Há muitos membros do corpo (v.12); (2) todos são necessários (v,22); e (3) Não deve haver divisão no corpo de Cristo (v.25). Assim, se um exercício particular do dom de línguas não promover crescimento, ou pior, levar à discórdia, ou o dom não é de Deus, ou está sendo usado fora dos propósitos de Deus para ele.
      Em quarto lugar, Paulo sinalizou, talvez nesse caso para humilhar aqueles que estavam gabando-se de seu dom de línguas, que, se os dons fossem para ser classificados por ordem de importância, as línguas sempre viriam no final da lista. (1 Co 12:28; 1 Co 14:12).
      Enxergamos isso de várias maneiras. Sempre que Paulo listou os dons, línguas e interpretação de línguas sempre vieram por último. Isso está mais evidente em 1 Coríntios 12:28, onde o discípulo, na verdade, enumerou os dons: “E a uns Deus pois na Igreja, primeiramente apóstolos, em segundo lugar, profetas, em terceiro, doutores, depois, milagres, depois, dom de curar, socorros, governos, variedades de línguas”. (1 Coríntios 12:28).
      Outra forma que Paulo encontrou para abortar este ponto foi chamando a atenção do amor. Sua preocupação com o amor era tão grande que ele interrompeu sua discussão sobre os problemas dos dons para escrever em detalhes sobre o amor, no capítulo 13 de 1 Coríntios.
      Por fim, o apóstolo concluiu que, se algum era para ser buscado, este era o dom de profecia, pelo qual, nesta passagem, ele identificou como a capacidade de pregar e ensinar a Palavra com clareza (1 Co 14:1). Embora ele também falasse em línguas, ele preferia falar cinco palavras numa linguagem inteligível do que dez mil numa língua desconhecida (1 Coríntios 14:9).
      O quinto princípio de Paulo é que o dom de línguas é cheio de perigos e só deve ser exercido com cuidado (1 Coríntios 14:13-38). O primeiro perigo é a desordem. Paulo enxergava a desordem como uma desgraça; a obra de Deus não deveria ser feita de forma tumultuada. Aqui, ele estabeleceu diretrizes. Primeiro, não permitir a ninguém falar na igreja no mesmo momento em que outra pessoa estiver falando; as pessoas deveriam falar uma de cada vez. Segundo, não permitir que todos falem no culto, porém no máximo, dois ou três. Terceiro, não permitir que até mesmo estes dois falem em línguas sem que haja intérpretes.
      Nestes versículos, Paulo demonstrou preocupação para que não se extinguisse a voz genuína do Espírito e, ao mesmo tempo, tentou assegurar que essa mesmo voz do Espírito fosse ouvida no culto. O Espírito Santo não poderia ser ouvido se todos estivessem gritando ou orando em alta voz ao mesmo tempo, supostamente sobre a influência dele.
      O segundo perigo é o de um cristianismo insatisfatório, que Paulo combatia insistindo na interpretação.
      Naquela época, assim como agora, o cristianismo estava ameaçado para um paradigma que coloca a experiência como elemento principal do culto. O conteúdo era secundário. A parte emocional era tudo. Contudo, Paulo condena isso.
      Na realidade, o apóstolo não desejava reprimir qualquer resposta emocional válida à verdade do cristianismo, e nós também não.
      Há e sempre deve haver emoções na caminhada cristã. Todavia, não pode ser permitido que a emoções se torne a base da fé. A revelação objetiva de Deus na história e nas Escrituras é a base do cristianismo. Se a experiência for mais valorizada que a revelação, isso levará a uma distorção do verdadeiro cristianismo e a excessos perigosos.
      Nos dias de hoje, observamos isso e não apenas no que se refere às línguas. Vemos um tipo de cristianismo emocional, quase sem conteúdo algum, no qual a experiência individual é tudo. Segundo o exemplo de Paulo, devemos enfatizar o conteúdo.
      Francis Schaeffer escreveu sobre isso:
      “Devemos enfatizar que a base de nossa fé é nem a experiência nem a emoção, mas verdade como Deus a revelou na forma verbalizada e intencional da Escritura e que nós em primeiro lugar recebemos pelo pensamento – embora, é claro, o ser humano por inteiro deve agir sobre ela”. (FRANCIS, 1972, p. 24).
      John Stott abordou esse mesmo ponto atacando, o que ele chamou de “cristianismo sem cérebro”. (STOTT, 1972, p. 10).
      Uma questão final dever ser observada na abordagem da questão das línguas por Paulo. Em que pese os perigos deste dom, nenhum cristão deve ser impedido de exercê-lo.
      O apóstolo disse, especificamente: “Portanto, irmão procure, com zelo, profetizar, e não proibais falar em línguas”. (1 Coríntios 14:39).
      Se falar em línguas não é seu dom, você não deve cobiçá-lo – pelo menos, não desejá-lo do qualquer outro dom, você deve procurar o dom de profecias –. No entanto, por outro lado, se outra pessoa recebeu o dom de línguas, não cabe a você e nem a ninguém proibir seu exercício. Isso causaria o empobrecimento da igreja.
      ENCONTRANDO O SEU DOM
      Neste ponto alguém pode estar pensando: “Eu reconheço a importância dos dons espirituais e estou consciente do que eles são. Todavia, não sei como me encaixar nesse quadro. Como posso descobrir quais são os meus dons”? Eis uma boa pergunta.
      Primeiro, podemos começar estudando o que a Bíblia tem a dizer sobre dons espirituais. A Bíblia é a primeira previsão de Deus para nosso crescimento espiritual e santificação. Deus nos fala na Bíblia.
      Sem o conhecimento do que a Palavra de Deus nos ensina de forma explícita neta área, podemos ser conduzidos, com facilidade, a experiências que não são Sua vontade (de Deus) para a nossa vida. Podemos até começar a pensar sobre os dons espirituais em termo seculares.
      Quando estudamos o que a Bíblia ensina, devemos ser cuidadosos para discernir qual o propósito de Deus ao nos dar dons espirituais. É para o crescimento do Corpo (da igreja) e não para simples crescimento ou satisfação pessoal.
      Segundo, devemos orar. Este não é um assunto para ser tratado com negligência ou que possamos sentir-nos livres para confiar em nosso próprio julgamento. Não conhecemos o nosso coração. Por isso, podemos cobiçar alguns dons que exalte nosso sentimento de autoimportância, que não esteja no coração de Deus.
      Podemos, também resistir ao dom que ele tem para nós. A única maneira de superar esse dilema é levar o assunto até o Senhor com seriedade, orar com fervor, como Ele nos ensina na Sua Palavra, pedindo que Ele nos mostre o dom que realmente Ele tem para nós dar.
      Terceiro, seremos beneficiados se fizermos uma avaliação honesta de nossas próprias forças e capacidades espirituais. Se não fizermos isso tendo por base um estudo minucioso da Palavra de Deus e uma vida de oração, seremos desviados da rota. No entanto, se buscarmos em primeiro lugar a sabedoria e a vontade de Deus, poderemos examinar-nos e enxergar por intermédio de olhos espirituais.
      Podemos perguntar: “O que eu gosto de fazer”? Isso não é um guia de seguro para qual seja ou quais sejam os nossos dons, porém, pode ser uma indicação. A direção de Deus é sempre voltada para aquilo que Ele preparou para nós e em vista disso, consideramos com naturalidade agradável e prazerosa.
      Steldman escreveu sobre isso:
      “Em algum momento, essa ideia encontrou guarida nos círculos cristãos insinuando que o que Deus quer para você é sempre desagradável; que os cristãos devem sempre fazer escolhas de fazer o que querem e ser felizes, e fazer o que Deus quer e ser completamente infelizes. Nada pode ser mais desprovido de verdade. O exercício de um dom espiritual é sempre uma experiência agradável e feliz, embora, algumas vezes, a ocasião em que ele é exercido possa ser amarga”. (STEDMAN, 1972, p. 54).
      Outra pergunta que podemos fazer é: “Em que eu sou bom”? Se você deseja ocupar certo ministério na Igreja, contudo, está sempre fracassando e sentindo-se frustrado, é quase certo que você está operando na área errada e tem avaliado seus dons com equívoco. Se Deus está abençoando seu trabalho, se você vê frutos em seus esforços, é provável que você esteja na trilha certa e deveria investir nisso com muito mais vigor. À medida que sua destreza no exercício desse dom se desenvolve, você perceberá que os resultados ficam cada vez melhores.
      Você poderá também desejar a sabedoria de outros cristãos. A igreja nem sempre funciona como deve, no entanto onde ela funciona de forma apropriada uma das coisas que deveria acontecer é que as pessoas com o dom de percepção ou sabedoria deveriam ser capazes de sentir quais os seus dons e, colocá-los á disposição das necessidades de sua congregação. Os outros são quase sempre mais objetivos a respeito de nós do que conseguimos sê-lo. Devemos cultivar a capacidade de ouvir a esses outros membros da família de Deus e seguir sua orientação.
      ..............................
      Glórias sejam dadas à Deus, em nome do nosso amado Jesus Cristo e do Espírito Santo, de estarmos quase às vésperas de concluir esse nosso Estudo de Teologia ao alcance de todos. Creiam, meu coração, toma a liberdade, de sentir-se um professor, na ministração desse estudo. Sendo que toda e total exaltação seja dadas ao autor do mesmo; o Rev. James Montegomery Boice.
      ..............................
      Nosso próximo tema, não tanto extensivo, quanto foi o 66. Tem por título: -- CAPAITANDO OS SANTOS.
Fiquem com as bênçãos de deus e o meu abraço.

Diac. Erleu Fernandes da Cruz.

0 comentários:

Postar um comentário