sábado, 28 de abril de 2018

QUEM FOI O PROFETA ELISEU (3)




QUEM FOI O PROFETA ELISEU? (3)

Livro dos Reis capítulo  2 a partir do verso 15

      Vimos, no Primeiro Livro dos Reis, que Eliseu era um lavrador, que cultivava a terra, plantando sementes, para colher alimentos; com um carro de boi, que era puxado  por uma junta de bois e um arado para bem arar as terras para receber as sementes.
       Vimos, que o profeta Elias, entre os homens daquele lugar (Gigal) por determinação de Deus, foi diretamente a Eliseu e o chamou (como mais tarde fez Jesus com Pedro, André e João) o chamou para segui-lo. A intenção de Elias era fazer de Eliseu um profeta, um seu seguidor.
      Daí, Eliseu disse ao profeta Elias: ”Espera aí profeta, a coisa não é bem assim. Para eu passar a caminhar junto contigo terei que tomar algumas decisões. Primeiro terei que despedir de meu pai, de minha mãe, de meus irmãos e, desfazer de algumas coisas minhas, antes de ir, para não deixar coisas que irei preocupar-me com elas depois.
      Então, Eliseu despediu de seus pais e familiares, desmanchou seu carro, separando as madeiras que o completava; para fazer uma grande fogueira. Matou seus dois bois, separou as suas carnes, fez um grande churrasco e festejou a despedida de sua terra, dos seus pais, com seus amigos mais chegados. Com isso ele quis nos explicar que quem parte para uma missão, atendendo um chamado de Deus não pode deixar nada para traz que lhe traga preocupação ou saudade. Agora, como numa escola, deverá focar somente nos ensinamentos de seu discipulador, de seu mestre. Não poderá deixar nada que o faça voltar, que o faça sentir saudade. Como já vimos Eliseu vivia em Gigal, sua cidade de nascimento. Estava deixando suas raízes para ter uma outra vida. Iria fazer como fez Abraão que vivia em Haran na Caldéia, para seguir para terra de Canaã; uma terra que ele não conhecia, mas que Deus o enviava para lá. Se Deus nos chama, não podemos questioná-lo, devemos, isso sim, obedecê-lo. Abraão obedeceu a Deus, deixou terra, fazendas e seguiu para sua nova terra.
      Pois bem, de Gigal Eliseu, acompanhando os passos e ensinamentos de Elias foi até Betel (que traduzida é “Casa do Pão”. De Betel como já vimos na publicação anterior, foram para Gericó. De Gericó, acompanhando seu mestre, chegaram até as margens do Rio Jordão. O Jordão era um rio largo, caudaloso. À beira do rio, Eliseu verificou que uns cinquentas profetas, filhos de profetas, os seguia, pois eles conheciam a profecia de que Elias seria arrebatado. Até questionaram a Eliseu: “Você vai fazer o quê quando Elias for arrebatado?” Eliseu disse-lhes que ele já sabia disso.
      A beira do rio, Elias tocou as águas do Jordão com sua capa, e elas se abriram em duas colunas, deixando um fundo do rio seco para atravessarem a pé enxuto. Elias travessou e Eliseu atravessou bem coladinho a ele.
       Do outro lado do Jordão, os dois caminhavam e conversavam, mas Eliseu não tirava os olhos de Elias. Não se descuidava dele um só instante. Eis que, em dado momento Eliseu viu que apareceu um carro de fogo, que desceu do céu e Elias foi arrebatado. No entanto Eliseu deixa cair a sua capa. Eliseu pega a sua capa surrada que vestia, rasga-a ao meio, desfaz-se dela e toma a capa de Eliseu. (Podemos recordar do cego Bartimeu que Jesus o cura da cegueira. No momento que Jesus o chama ele joga fora a sua capa, lembram-se disso?).
      Eliseu volta para a beira do rio Jordão, e, com a capa que pertenceu a Elias toca as águas do Jordão, que se abrem, e ele atravessa a pé enxuto o leito do rio. Notemos bem que, doravante Eliseu possui em si os mesmos poderes que anteriormente Deus dera  a Elias.
      Isso foi um resumo do que publicamos anteriormente. Passaremos agora, a descrever as realizações de Eliseu nos capítulos seguintes, partindo do o Versículo 15 do capítulo 2. Não entraremos em muitas minúcias, só narraremos os feitos do profeta Eliseu.
      Quando os discípulos, filhos dos profetas, de Betel, viram Eliseu revestido da força e dos poderes do profeta Elias, se prostraram frente a Eliseu dizendo: ”Tu, tens aqui cinquenta homens fortes e valentes; deixa-os irem à procura de teu senhor. Talvez ele tenha sido levado para alguns dos montes e lá deixado”. Eliseu lhes diz: “Não vos enviarei” Porém, mesmo assim, estes cinquenta homens foram em busca de  Elias, por três dias e não o encontraram.
      Vejamos alguns fatos, que Eliseu realizou com seus poderes lhes conferidos por Deus. V.20. Havia uma fonte, em Betel, que suas águas se tornaram tão salobra que ninguém mais podia bebê-la. E o povo sedento vem pedir ajuda a Eliseu. Este, pega um prato e o enche de sal e entorna este sal na fonte. Tão logo o sal é colocado na fonte, suas águas se tornaram novamente potáveis e de boa qualidade. Diz-lhes Eliseu: “Assim diz o Senhor: Tornei saudável estas águas, já não mais procederá daí morte e nem doenças”.
      V.23. Indo Eliseu por uma estrada, apareceram uns rapazinhos que debochavam de Eliseu dizendo: “Vais também ó careca, vai também ó careca”. Eliseu ficou aborrecido com aquela brincadeira, já que careca era o profeta Elias, Eliseu era bem peludo. Eliseu amaldiçoa todos eles, e, no mesmo instante sai de dentro do mato duas ursas que devora quarenta e dois deles.
      No capítulo 4:1-7, veremos mais um milagre realizado por Eliseu. Ele conheceu uma viúva, que com a morte de seu marido, ela ficou com umas dívidas, que fez o seu falecido. Os credores queriam receber. Como ela não tinha como pagar, eles queriam levar seus dois filhos para compensar a dívida, os quais seria seus escravos. O profeta Eliseu, sabendo do sofrimento da viúva, foi até ela e lhe perguntou: “O que você tem aí em sua casa?” E ela respondeu: “Só tenho uma botija de azeite.” Eliseu manda que ela busque emprestada vasilhas entre os seus vizinhos, mas busque muitas vasilhas, quantas tiverem. Ela assim o faz. E, enquanto havia vasilhas disponível não faltou azeite na botija para enchê-las. Eliseu, então diz para ela: “Agora vá, entre a sua vizinhança, venda esse azeite para pagar a dívida deixada por seu finado marido. E vivei do resto.
      Veremos nos versos 8 a 37 do capítulo 4, a história de uma mulher de nome Sunamita. Esta mulher juntamente com seu marido, era um casal já idoso, donos de muitas propriedades, viviam bem sucedidos. No entanto não possuíam filhos. Na passagem de Eliseu por ali, resolveram acolhê-lo para descansar do percurso de caminhada, com as tantas vindas e idas de Eliseu com seu moço Geasi, de companhia. Ela, em comum acordo com seu marido, decidiu fazer um quarto, (Suíte) na casa, para que Eliseu quando ali passasse ficasse mais à vontade.
      Uma tarde, Eliseu, em seu quarto, mandou que seu moço chamasse a Sunamita. Vindo ela, Eliseu lhe falou: “Tu tens sido muito bondosa para comigo, o que eu posso fazer por você?” Ela respondeu: “Olha profeta, eu vivo muito bem no meio do meu povo, nada me falta.” Eliseu lhe disse: “Sei que tu não tens filho e seu marido já é velho.” E Eliseu disse para ela: “Por esse tempo, daqui a um ano, abraçareis o teu filho.” E ela engravidou de seu já velho marido, e, no tempo previsto lhe nasceu um menino. O menino cresceu, forte e com bastante saúde. Um dia, o menino, já com seus dez anos, acompanhando seu velho pai para sua lavoura, começou a sentir uma forte dor de cabeça. O pai manda chamar a mãe e lhe entrega o menino. Sunamita ao chegar em casa com o menino, suas dores aumentaram e ele acabou morrendo. Ela volta na lavoura e seu marido lhe pergunta: “Tudo bem?” E ela responde: “Tudo bem. Mas vou sair.”
      Ela pega o menino morto e o deita na cama do quarto do profeta Eliseu; pede um de seus criados que lhe preparem uma charrete e um cavalo, e vai ao encontro do profeta. Chegando lá, é recebida pelo moço Geasi. Ela diz: “Quero ver o profeta.” Geasi vai até seu mestre e lhe diz que está aí a Sunamita, que pede para falar com ele. Foi levada pelo moço de Eliseu até a sua presença. Frente a ele, ela se prostrou a sus pés em pranto, e lhe diz: “Profeta, por acaso, eu lhe pedi algum filho? Pois meu filho morreu. Eu deixei o seu corpo lá bem em cima de sua cama, no seu quarto.” Eliseu chama Geasi, lhe entrega o seu bastão e recomenda a ele: “Vai até a casa da Sunamita observe a situação, e veja se podes reanimar o menino; no entanto no caminho de ida e volta, não saúde ninguém e nem receba saudação de ninguém.” Assim o moço fez como lhe dissera Eliseu. Foi, voltou, e diz a seu mestre: “Senhor, o menino de fato, está morto.”
      Eliseu, com a Sunamita e seu moço Geasi, retornam à casa de Sumamita. Eliseu sozinho, entra no quarto, e dá diversos passos em oração. Depois, se deita sobre o corpo do menino, na cama; coloca a sua boca na boca do menino, seus olhos nos olhos do menino, suas mãos nas mãos do menino, e seu corpo se aqueceu. Eliseu se levanta, anda pelo quarto novamente, e ora a Deus. Volta, torna a deitar-se sobre o corpo do menino. O menino estremeceu e espirrou sete vezes, levantou-se, já vivo novamente. Eliseu, chama seu moço Geasi e pede que ele chame a Sunamita. Quando ela chegou ao profeta, viu o seu filho vivo sentado na cama do profeta. E ele lhe disse: “Toma o teu filho, ele está com vida novamente.” Ela em lágrimas abraçou o seu filho e agradeceu ao profeta.
      Eliseu realizou muitos outros milagres, como o dá comida envenenada, a dá machado que flutuou. Teve também o milagre da multiplicação de vinte pães que alimentou cem pessoas, e ainda sobrou (Cap 4:42-44). Teve também a comida envenenada no Cap. 4:38-41.
       Outra passagem foi a do cap. 5:1-19, a cura da lepra do Sírio Naamã.
      Que Deus abra os nossos olhos e as nossas mentes para que nos tornemos, pela obediência a Ele, notáveis profetas de Deus. Acima de tudo vivamos pela obediência à Deus e à Sua Palavra. Amem?

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