DOS DEZ SÓ UM VOLTOU

Leia em sua Bíblia: João 17: 11 – 19

V.12.....Só um, dos dez, volta para agradecer a Jesus.

No tempo de Jesus, os leprosos eram confinados numa cidade construída só para eles. Eles tinham que ficar distantes dos seus familiares, amigos, de toda gente não leprosa. Não era permitido ninguém se aproximar deles. O mínimo permitido era duzentos passos e, de preferência que a pessoa estivesse com o vento da direção dela para o leproso, para não ter o perigo do vírus da hanseníase, ou Mal de Hansen, vir em direção, de quem os ajudava.
Alguns grupos menores de leprosos ficavam confinados em cavernas longe das pessoas sãs para não contaminá-las.

No RJ há um leprosário (Cidade dos leprosos) entre Vendas das Pedras e Itaboraí. Nas entradas da cidade existem correntes limitando a entrada das pessoas. Só é permitida a entrada de pessoas da área médica . Lá, só residem os hansenianos, as pessoas acometidas do Mal de Hansen, ou lepra. Eles possuem mercados, lojas, farmácias, tudo coordenado por eles mesmos.

Voltemos ao texto.
Dez leprosos, no texto lido, foram curados , mas, somente um voltou para agradecer a Jesus.
E os outros nove?
Esses nove, simbolizam a quantidade de pessoas que clamam a Deus por uma graça alcançada. Recebem de Deus a graça, mas nada fazem depois de abençoados pra permanecerem no Senhor.
É como vemos em; Mt 5;45 “O Senhor faz a chuva cair sobre os bons e sobre os maus, faz o sol brilhar sobre os justos e sobre os injustos”.
Daí vemos que, quando o não crente se dirige a Deus e lhe faz uma súplica, ele move o coração de Deus, e Deus lhe atende. No entanto, por ter ele recebido essa graça não quer dizer que ele está salvo. Deus atende sim a súplica de seus filhos, mas para ser salvos é preciso que ele ou ela aceite Jesus como teu Senhor e Salvador.
Como vemos, os outros nove ex-leprosos da palavra, um deles, ao se sentir curado volta para agradecer a Jesus, fica com Jesus. Esse agradecido, aceitando a Jesus, não precisará mais gritar à distância. Mas os nove, terão que gritar novamente se quiserem ganhar alguma outra bênção de Deus.
É preciso ter coragem de ir ao encontro de Jesus e se deixar empregar com a Sua presença, com a Sua palavra e com o Seu amor.
Muitas pessoas dizem que não conseguem deixar de fumar, de beber, de usar drogas, de roubar, de adulterar, de mentir... E eu creio nisso. Se fosse eu, eu também não conseguiria. Ninguém, sozinho vai conseguir. Creio que beber, fumar, usar tóxico não é pecado, as outras que falei antes podem ser.
Porém, vemos em Fp 4;13 “Tudo posso naquele que me fortalece”.
Então: Eu posso não fumar, porque não preciso despairecer fumando, pois eu quero estar sempre me lembrando do Senhor em minha vida. Eu posso não beber bebida alcoólica, porque se bebem para esquecer eu não quero esquecer nunca de que Jesus morreu por mim numa cruz para que eu pudesse ser salvo do inferno e da morte. Eu posso não usar drogas prá fazer uma viagem, porque eu já vivo em uma constante viagem nos braços do Senhor nosso Deus. Eu posso não adulterar, pois Deus me deu uma esposa linda, alegre, carinhosa, que gosta de receber e me dar carinhos.
Nada me é proibido fazer, mas nem tudo me convém. 1 Co 6;12
Mas antes de realizarmos qualquer coisa devemos antes nos perguntar: se eu fosse Jesus eu faria essas coisas? Porque foi o próprio Jesus que disse em sua palavra: “Quando eu for para o meu Pai fareis coisas iguais as que eu faço e ainda maiores”. Jô 14;12.

Nunca vamos querer voltar ao que éramos antes. No passado, não muito longe, vivíamos levados por vãs doutrinas ditadas por homens. Cumpríamos ordens para cultuar a ídolos.
Por dezenas de vezes, ajudei a carregar na via pública imagens de gesso, que tomava o lugar de nosso Deus vivo. (Ex 20:4 ; Lv 26:1) Recordo-me que o povo chegava nessas imagens, tocava e beijava aquela pintura em forma de manto, imaginando que aquele ídolo sem vida poderia realizar qualquer milagre. Em uma sexta-feira do ano, chamada de sexta-feira santa, às três horas da tarde, se pedia que o culto fosse em silêncio, pois naquela hora o Senhor Jesus estava morrendo na cruz. No final do culto se colocava uma grande imagem do Cristo crucificado e todo povo que ali estava formava uma grande fila para beijar aquela imagem; cerimônia essa chamada de “beija cruz”. ( Nm 21;8,9).
Há! Irmãos que triste ignorância. Nosso Deus está vivo. Jesus Cristo não morre mais. Seu sacrifício na cruz foi somente uma vez. (Ef 5:2)
Ninguém mais deverá ficar triste pela morte do Senhor na Cruz. Alegremo-nos! Cristo está vivo! Aleluia!!! E é nele que colocamos toda a nossa esperança. Ele é a rocha da nossa salvação. As nossas vidas precisam permanecer fincadas em Cristo Jesus.
Como vemos em Mt 7;24-27 “Quem ouve as minhas palavras e as põe em prática, é semelhante a um homem que construiu a sua casa sobre a rocha”. Essa rocha é Jesus . Essa rocha é aquela mesma rocha que Moises no deserto tocou com o seu cajado e dela saiu rios de água viva. (Nm 20:11)
Eu fui, por um bom tempo, escravos das doutrinas.(Lv 26:13) Andei como um cego que conhecia a palavra, mas não desprezava as tradições. Até hoje, ainda ouvimos pessoas dizerem: Meu avô era assim, meu pai era assim e eu vou morrer assim. Mas, morrer sem salvação? Pois já foi falado que Deus atende as suplicas dos não crentes, como curou os dez leprosos do texto inicial, que só um voltou pra agradecer. Mas, para ser salvo é preciso que se aceite Jesus como seu Senhor e Salvador. Que mude de vida e mude de costumes. A água do batismo é um símbolo do banho. E quando aceitamos Jesus, fazemos nossa profissão de fé; no batismo, desnudados de toda velha roupagem dos maus costumes, dos maus gostos, dos pecados, dos vícios, somos lavados na água que simboliza o sangue do cordeiro. Aceitar Jesus implica em não ser mais do mundo, das suas ofertas, das suas mentiras.
Só quem viveu no meio da lama sabe como é terrível se deixar contaminar por ela. E, agora salvo pelo poder regenerador e salvador de Cristo não há quem queira voltar do jeito anterior à salvação. Imaginemos um escravo, em que o seu senhor o retirou da senzala e o colocou dentro de sua casa dando a ele as mesmas condições de seus filhos. Podendo ele sentar-se à mesa, e ter os mesmos direitos dos filhos. Esse escravo viverá de uma maneira que em momento algum ele fará qualquer coisa que desagrade ao seu atual senhor, pelo temor de não voltar à condição anterior. Assim deve proceder aquele ou aquela que aceitou Jesus como seu Senhor e Salvador. Agora tudo é novo. O caminho agora a caminhar se chama Jesus! A verdade agora que conhece se chama Jesus! A vida agora que vive se chama Jesus! Pois foi Jesus mesmo que disse: “Eu Sou o Caminho, a Verdade e a vida. Ninguém vai ao Pai a não ser por mim” Jô 14;6.
Dói demais, há um sangramento simbólico dentro da gente, quando vemos que pessoas tão bem conduzidas na fé se deixaram retornar à triste condição de pecado que antes viviam. (2Pe 2:2) Os nove ex-leprosos representam a quantidade de pessoas que diariamente suplicam a Deus uma graça, são atendidas, mas nunca decidem em aceitar o senhorio de Jesus em suas vidas, preferem continuar nas facilidades do mundo, no pecado.
Deus atender a uma súplica de seus bem amados é uma coisa, mas dar a salvação conquistada por Jesus na cruz é outra coisa, coisa essa que implica em uma decisão única, pessoal, madura e definitiva: aceitar Jesus como seu único Senhor e Salvador. (Mar 16:16; 2Pe 1:11; 3:18 )
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Reflexão de Erleu Fernandes
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Uma das palavras que tive a graça de pregar.