sábado, 26 de setembro de 2015

ESTUDO TEOLÓGICO - Nº 16

Estudo Do Livro "Fundamentos da Fé Cristã" - Nº 16
     Um manual de Teologia ao alcance de todos.
       Autor: James Montgomery Boice – Parte 3
       A PESSOA DE CRISTO – Em 4 subtítulos
         A DIVINDADE DE CRISTO – 2ª Parte.
De onde aqueles homens – que, apesar de estarem obviamente impressionados com Cristo, não eram tolos – tinham tão alto conceito sobre Ele? Porque acreditavam que Jesus era Deus?
A resposta  perfeita para esta pergunta se encontra em dois níveis. Primeiro, isso era o que o próprio Cristo ensinava; segundo, porque suas observações pessoais referentes à vinda do Filho de Deus não permitiam outra explicação que fizesse sentido.
As próprias declarações de Cristo, feitas ao longo do Evangelho, corroboram sua divindade, tanto direta como indiretamente. Quase tudo o que Jesus disse era uma declaração indireta de divindade, e Seu primeiro sermão foi um exemplo claro disso.
Ao declarar a chegada iminente do Reino de Deus, João Batista apontou para aquele que iria incorporá-lo, e, quando o Salvador veio, Seu primeiro sermão foi o anúncio da chegada desse Reino: “O tempo está cumprido, e o Reino de Deus está próximo. Arrependei-vos e crede no evangelho (Mc 1:15).
Mais adiante, ao falar com os fariseus, Jesus afirmou à cerca de si mesmo: ”Eis que o Reino de Deus está entre vós. (Lucas 17:21b).
Jesus dizia que as profecias do Antigo Testamente eram a Seu respeito, tendo sido cumpridas nele. Todas as palavras de Cristo sobre o Antigo Testamento eram nessa categoria, sedo o resumo de Seu ensino. “Não cuideis que eu vim destruir a Lei ou os profetas; Não vim ab-rogar, mas cumprir”  (Mt 5:17).
Quando o Mestre convidou os homens para segui-lo (Mt 4:19), sua intenção foi dizer que Ele era suficientemente digno de ser seguido. Ao perdoar pecado, Jesus sabia que estava realizando o que Deus somente poderia fazer (Mc 2:1-12). Ao fim de Sua vida, Ele prometeu enviar o Espírito Santo para estar com os Seus discípulos após Sua partida. O que, novamente, envolvia a questão da divindade.
Algo digno de ser comentado entre as declarações de Cristo é Sua singular referência a Deus como Seu Pai. Isso não era, de forma alguma, um modo de expressão no judaísmo (como o é no cristianismo hoje), pois nenhum judeu trataria o Senhor diretamente desta maneira. Contudo, era essa a forma de invocação que Jesus utilizaria em particular em Suas orações.
Na verdade, essa era a única forma de Cristo invocar a Deus, tinha a ver, exclusivamente, com Seu relacionamento com o Pai. Jesus disse: “Eu e o Pai somos um só” (João 10:30). Afirmou também: “Pai, é chega a hora; glorifica a teu Filho, para que também teu Filho te glorifique a ti. [...] Pai justo, o mundo não te conheceu; mas eu te conheci, e estes conheceram que tu me enviaste a mim”. (João 17:1-25).
Sobre esse assunto, Jonh Stott afirmou: “A ligação de Jesus com Deus era tão íntima que, tudo o que fizessem com Ele estariam fazendo, também, com o Pai. Assim sendo, conhecê-lo era conhecer a Deus (Jo 8:19; 14:7); vê-lo era ver a Deus (Jo 12:45; 14:19); crer nele era crê em Deus (Jo 12:44; 14:1); recebê-lo era receber a Deus (Mc 9:37); odiá-lo era odiar a Deus (Jo 15:23); e honrá-lo era honrar a Deus (Jo 5:23). (Stott, 1958).
É importante dedicar uma atenção especial aos momentos em que Jesus usou a expressão Eu sou, visto que Ele declarou ser tudo o que os seres humanos precisam para ter numa vida espiritual plena. Somente Deus poderia fazer tais declarações de modo pertinente: “Eu sou o Pão da vida” (Jo 6:35); ”Eu sou a luz do mundo” (João 8:12; 9:5); “Eu sou a porta das ovelhas”  (Jo 10:11-14); “Eu sou o Bom Pastor” (Jo 10:11,14); “Eu sou a ressurreição e a vida” (Jo 11:25); “Eu sou o caminho, a verdade e a vida” (Jo 14:6); “Eu sou a videira verdadeira” (Jo 15:1,5).
Além dessas afirmações indiretas, certas declarações de Cristo reivindicavam a Sua divindade diretamente, como sendo Deus. Na época, essas afirmativas eram consideradas como blasfêmias e, portanto, punidas com a morte
Para evitar uma morte rápida e prematura, Jesus teve que ser cauteloso no que dizia e a quem dizia, mas, mesmo assim, fez algumas afirmações diretas. No capítulo 8 de João, por exemplo, os líderes do povo haviam questionado tudo o que Jesus dissera e, agora, duvidavam de sua declaração de que Abraão havia exultado por saber que veria o Dia de Cristo.
Diante disso eles disseram: “Ainda não tens 50 anos e vistes Abraão?” (Jo 8:37). Jesus então respondeu: “Em verdade, em verdade vos digo que, antes que Abraão existisse, eu sou” (Jo 8:57,58). Isso endureceu tantos os líderes que eles, imediatamente, ameaçaram  apedrejar Jesus.
De acordo com nosso modo de pensar, é pouco difícil de entender porque essa afirmação, em particular, gerou uma reação tão violenta. O apedrejamento era penalidade destinada a pessoa, que, blasfemando, demonstrassem querer ser adoradas como Deus. Contudo, de que forma alguém podia perceber isso nas palavras de Jesus? Ora, pelo próprio fato de ele alegar existir antes de Abraão nascer.
É óbvio que, pelo tempo verbal, Ele estava declarando uma preexistência eterna, mas isso não seria motivo suficiente para o apedrejamento. A real razão para essa reação violente foi que, ao dizer, eu sou, Jesus usou o Nome divino pelo qual Deus se havia revelado a Moisés na sarça ardente (num fogo que não consumia  a sarça e nem se apagava).
“Então, disse Moisés a Deus: Eis que quando vier aos filhos de Israel e lhes disser: O Deus de vossos pais me enviou a vós; e eles disserem: Qual é o seu nome? Que lhes direi? E disse Deus a Moisés: EU SOU O QUE SOU. Disse mais: Assim dirás aos filhos de Israel : EU SOU me enviou a vós” (Êxodo 3:13-14).
Um exemplo final de singular visão que Cristo demonstrou ter de si mesmo ocorreu pouco depois de sua ressurreição, no dia em que, estando Tomé presente, Ele apareceu outra vez aos discípulos. E disse a Tome: “Tomé, põe aqui o teu dedo e veja as minhas mãos; chega a tua mão e põe-na do meu lado” (Jo 20:27). Tomé, imediatamente, caiu no chão e o louvou: “Meu Senhor e meu Deus!” (Jo 20:28). O discípulo usou a expressão, hebraica que quer dizer: “Adonai, Elohim” que designa: “Senhor e meu Deus”.

UM HOMEM BOM, UM LOUCO, UM IMPOSTOR OU O FILHO DO HOMEM (DEUS)?
Ao investigarmos as declarações sobre a divindade de Cristo nos escritos do apóstolo Paulo, no livro dos Hebreus, no Evangelho de João e nos ensinamentos do próprio Cristo, é possível que nos perguntemos: “Dá para acreditar nisso? É possível crer no fato de um carpinteiro de Nazaré, por mais extraordinário que fosse, pudesse ser, de fato, Deus?”
Uma resposta verdadeiramente incoerente foi dada, primeiro, pelo povo de Jerusalém. Embora não cressem que Jesus era quem afirmava ser, em certa ocasião algumas pessoas disseram que ele era bom (Jo 7:12). Essa afirmação não é plausível porque nenhum homem de caráter afirmaria ser o Salvador da humanidade sabendo que não era verdade.
Assim, ou Jesus é mesmo o Messias enviado por Deus, como afirmava ser, o que, por conseguinte, faz Ele mais que um bom homem, ou então é, na melhor das hipóteses, um lunático, e, na pior, um impostor. Então, o que devemos fazer com Suas declarações? Não podemos escapar delas. Sobre isso Jonh R. W. Stott escreveu: “As afirmações que estão aí, por si só, não constituem evidências a respeito da divindade de Cristo. Suas declarações poderiam ter sido falsas, mas é preciso que encontremos nelas algumas explicações. Não podemos considerar Jesus um grande mestre se Ele estivesse tão gravemente equivocado sobre Seu principal ensinamento, que vem a ser sobre Ele mesmo” (Stott, 1958).
C. S. Lewis havia dito algo semelhante:
“Faça a sua escolha. Ou esse homem era, e é, o Filho de Deus, ou não passa de um louco, ou coisa pior. Você pode querer calá-lo por ser um louco, pode cuspir nele e matá-lo como se fosse um demônio, ou pode prosternar-se ao seus pés e chamá-lo de Senhor e Deus. Mas que ninguém venha, com paternal condescendência, dizer que ele não passava de um grande mestre humano. Ele não nos deixou essa opção, e não quis deixá-la. (Lewis, 1958).
Em outras palavras não é possível aceitar que Jesus, embora não fosse o Filho de Deus, como dizia ser, tenha sido um bom homem, um mestre extraordinário que devemos levar em consideração. C. W. Lewis, na citação mencionada, deixou claro que, no que se referia ao caráter de Cristo, só podemos ter três pontos de vista coerentes.
Segundo o primeiro ponto de vista, se Jesus não era, de fato, quem afirmava ser, ele era um louco, ou sofria de megalomania. Essa era a visão de alguns de Sua época, os quais diziam” “Tens demônio” (Jo 7:20). Hitler, e provavelmente Napoleão, sofriam demais desse mal. Jesus também sofreria?
Antes de tiramos conclusões apressadas, precisamos perguntar-nos se o caráter de Jesus como um todo, de acordo com o que conhecemos, sustenta essa especulação.  Na verdade, ao lermos o Evangelho, a conclusão parece fazer-nos crer que, em vez de louco, Cristo era, na verdade, o homem mais são que já viveu. Ele falava com serena autoridade, sempre parecia estar no controle da situação e nunca ficou surpreso nem agitado. Portanto, Cristo não se enquadra nessas simplórias classificação.
Outra razão pela qual Cristo não poderia ter sido um louco é a reação dos outros no que se refere a Ele. Enquanto alguns o suportavam, certas pessoas o defendiam até a morte, largando tudo para segui-lo, e outras se posicionavam violentamente contra Ele.
Uma segunda possibilidade é que Cristo, na visão de alguns, era um impostor (Jo 7:12) isto é, Ele tencionava enganar o povo deliberadamente. Antes de estabelecermos uma resposta, entretanto, precisamos entender de modo claro o que está envolvido nisso. Em primeiro lugar, se Jesus fosse um enganador, seria, certamente, o melhor que já viveu. Cristo afirmava ser Deus, mas essa alegação não foi feita em ambientes gregos ou romanos, nos quais a idéia de muitos deuses ou mesmo de semideuses era aceitável. Ela foi feita no coração do judaísmo monoteísta.
Por outro lado, se Jesus fosse um impostor, se não fosse Deus, Ele não poderia ser considerado um demônio. Pense bem nisso. Jesus não disse apenas “Eu sou Deus”, mas, sim, “Eu sou o Deus que veio salvar a humanidade perdida; sou o meio de salvação, confie a mim sua vida e seu futuro”.
O Filho de Deus ensinou que o Senhor é santo e que nós, por não sermos santos como Ele (Deus), estamos banidos de sua presença. Nosso pecado é uma barreira entre nós e Deus. Alem disso, Cristo afirmou que morreria por nossos pecados, suportando o castigo em nosso lugar. Ele garantiu que todos que confiassem nele seriam salvos. Essa seria uma boa notícia, uma notícia maravilhosa mesmo, mas só se fosse verdade, porque, se não fosse, os seguidores de Cristo seriam os seres humanos mais infelizes da terra, e ele seria odiado como um demônio do inferno (é).
Se Jesus fosse quem afirmava ser, poderíamos culpá-lo por enviar gerações de seguidores ingênuos para uma eternidade sem esperança. Seria Ele um enganador? Seria essa uma explicação justa para referir-se Aquele que ficou conhecido como manso e suave, e que se tornou um pobre evangelizador itinerante, a fim de salvar os pobres e ensinar aqueles que eram desprezados pelos outros, dedicando-se a ponto de dizer: “Vinde a mim, todos que estais cansados e oprimidos, e eu os aliviarei” (Mt 11:28).
De alguma forma, as peças não se encaixam. Não podemos analisar os fatos da vida e os ensinos de Cristo e, ainda assim, chamá-lo de impostor. Então, qual seria uma teoria coerente? Se Ele não era enganador, nem louco, só resta uma possibilidade: Jesus é quem Ele disse ser – Ele é Deus, e devemos segui-lo. Amem, amigos?

Extasiado estou (Erleu F. Cruz), com todas essas revelações teológicas e filosóficas sobre a pessoa do nosso amado Jesus Cristo. Seria muito difícil, depois de você ter lido e analisado, as perguntas e respostas afirmativas da divindade de Jesus, e da sua real, pura e verdadeira declaração (dele mesmo) ter vindo ao mundo, nascido de Maria de Nazaré (como a pessoa de Deus), não crer que Jesus veio nos trazer o perdão e a remissão dos nossos pecados, nos justificando com isso; com a sua morte (seu sangue derramado na cruz), nos garantiu o perdão dos nossos pecados e a salvação de nossas almas.
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Aguardem: Assuntos impactantes como estes (postados até aqui) estarão prontos para serem postados no Blog Jerusalém É Aqui, nos próximos sábados que hão de vir. Avise aos seus amigos, convidem, fale deste estudo, mostrem para eles como acessarem o link. Busquem nas postagens anteriores que estarão lá para serem conferidos as publicações anteriores. Deus abençoe a cada um de vocês. Um grande abraço virtual desse amigo que o que quer unicamente e partilhar as divinas pessoas da Santíssima Trindade, o Pai, o Filho e o Espírito Santos com você, e, depois de aprendermos como ser do jeito de Jesus, a gente, ir morar no céu. Amem?
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