sexta-feira, 6 de maio de 2016

ESTUDO TEOLÓGICO Nº 49

Estudo Fundamentos da Fé Cristã Nº 49
      Manual de Teologia ao alcance de todos.
      Autor: James Montgomery Boice
      Postado por: Erleu Fernandes da Cruz.
      Tema:     
       O CAMINHO QUE NOS LEVA PARA O ALTO.
      
      Um dos primeiros sinais da obra salvadora de Deus na vida de um indivíduo é a insatisfação com o pecado e a busca de santidade. Contudo, nem a insatisfação se assemelham à santidade em si, a qual é o alvo que devemos perseguir.
        Se não entendermos a santidade bíblica, podemos imaginar que atingimos a perfeição, tornando-nos, assim, Complacentes com a vida cristã. Quando a compreendemos, encontramo-nos forçados a ter de depender do poder do Espírito Santo em nós.
      A santificação, palavra apropriada para os aspectos da obra do Espírito no cristão, descreve duas áreas de crescimento: (1) a separação para Deus e seus propósitos, pois o significado da santidade sugere uma separação para Deus; e (2) a conduta que agrada a Ele, que é a que imita a de Jesus. Com o tempo passamos a pensar e agir como Cristo pensaria e agiria.
     Portanto, o alvo da santidade tem seu padrão moral em conformidade com a vontade e a mentalidade de Deus. Santificação é um desejo de crescer no caráter de Cristo.
     PERFEITOS, MAS SENDO APERFEIÇOADOS.
     Mesmo tendo sido regenerados e justificados aos olhos de Deus, continuamos sendo pecadores. Contudo, apesar de santificados diante do Senhor, estamos longe de sermos perfeitos em nossos pensamentos e nossa conduta. É aí que entra a santificação. Paulo era ciente disso quando fez a seguinte declaração por escrito aos filipenses:
     “Não que já tenha alcançado ou que seja perfeito; mas prossigo para alcançar para o que fui também preso para Cristo Jesus”. (Filipenses 3:12).
      Três versículos depois ele disse: “Pelo que todos quantos já somos perfeitos sintamos isto mesmo” (Fp 3:15a).
      Apesar de Paulo saber que seu histórico já havia sido esquecido por Deus pela obra de Cristo e que já havia alcançado certa maturidade espiritual o apóstolo também era ciente da necessidade de crescer de crescer em santidade e amor para atingir a estatura de Cristo.
     Todo cristão passa por essa experiência. Quando cremos em Jesus como nosso Salvador, a maioria de nós se alegra e dá graças a Deus pela salvação. Sentimos que tudo mudou. Somos libertos do pecado e feitos novas criaturas em Cristo. Todavia, ainda temos nossas inclinações canais, precisamos melhorar nosso caráter e nossa conduta. Agora, somos salvos. Porém, muitos desses maus costumes permanecem por um tempo, enquanto somos tratados por Deus.
     Podemos, então, duvidar da realidade da salvação? Não, pois o próprio fato de sermos agora cientes dessas imperfeições comprova que a obra salvadora de Deus já se instalou. Em vez de duvidar, devemos perceber que entramos em uma nova vida, que em muitos precisa ser mudada. À medida que Deus opera, ocorre uma crescente insatisfação com o pecado e uma crescente fome pela justiça divina.
     A santificação é um processo contínuo. No entanto, isso não significa que é menos importante ou dispensável. É tão importante e necessária na salvação quanto a regeneração, a justificação e a adoção.
     John Murray enfatizou a importância da santificação com três declarações: “(1) todo pecado no cristão contradiz a santidade de Deus; (2) a presença do pecado na vida do cristão envolve conflito em seu coração; e (3) apesar de ser passível ao cristão salvo, ele não o domina”. (Murray, 1955, p. 144-145).
     A primeira declaração se baseia nas seguintes passagens:
     “Mas, como é santo aquele que vos chamou, onde vós também santos e toda a vossa maneira de viver portanto escrito está: Sede santos, porque eu sou santo”. (1 Pedro 1:15-16),
      “Porque tudo o que há no mundo, a concupiscência da carne, a concupiscência dos olhos e a soberba da vida, não é do Pai, mas do mundo”. (1 João 3:16).
      “Amados, agora somos filhos de Deus, e ainda não é manifestado o que havemos de ser. Mas sabemos que, quando ele se manifestar, seremos semelhantes a ele; porque assim como é o veremos. E qualquer que nele tem esta esperança purifica-se a si mesmo, como também ele é puro”.(1 João 3:2-3).
      Sendo filhos de Deus, devemos ser como Ele em santidade, assim como em outros aspectos de Seu caráter.
      O texto de Romanos 7:15, 21-23 é um exemplo clássico do conflito existente na vida do cristão quando o pecado está presente (a segunda declaração de Murray).
     “Porque o que faço, não o aprovo, pois o que quero, isso não o faço; mas o que aborreço, isso faço. Acho então, essa lei em mim: que quando eu quero fazer o bem, o mal está comigo. Porque, segundo o homem interior, tenho prazer na lei de Deus. Mas vejo em meus membros outra lei que batalha conta a lei do meu entendimento e me prende debaixo da lei do pecado que está em meus membros” (Rm 7:15-23).
      “É inútil afirmar que este conflito não é normal. Quando há pecado na vida de quem tem o Espírito de Deus, há uma contradição no coração da pessoa. Com efeito, quanto mais santificada a pessoa for, mais conformada estará a imagem de seu Salvador e mais deverá afastar do que não for santo. Quando mais profunda a apreensão da majestade de Deus maior a intensidade de seu amor por Deus, mais persistente o seu desejo pelo chamado de Deus em Cristo Jesus, mais consciente ela será da gravidade do pecado que permanece e mais aguda será a repulsa pelo pecado. Quanto mais próxima ela estiver do Deus santo, mais pesará sua condição de pecadora, e dirá: “Miserável homem que eu sou”! (Rm 7:24). Não foi o efeito do povo de Deus em Isaias 6:5, ao aproximar-se da revelação da santidade de Deus? “Então, disse eu, ai de mim que estou perecendo! Porque eu sou um homem de lábios impuros e habito no meio de um povo de lábios impuros; e meu olhos viram o rei o SENHOR dos exércitos”! Como disse Jó “com o ouvir dos ouvidos ouvi, mas agora te vêem os meus olhos. Por isso, me abomino e me arrependo no pó e na cinza” (Jó 42:5-6). (Murray, 1955, p. 145).
     O terceiro ponto de Murray é ensinado em Romanos 8:2-4:
      “Porque a lei do Espírito de vida, em Cristo Jesus, me livrou da lei do pecado e da morte. Porquanto, o que era impossível à lei, visto como estava enferma pela carne, Deus, enviando seu Filho em semelhança da carne do pecado, pelo pecado condenou o pecado da carne, para que a justiça da lei se cumprisse em nós, que não andamos segundo a carne, mas segundo o Espírito”.
     A santificação é importante sob a perspectiva da nossa própria realização como cristãos. Porém, sua importância se evidencia ainda mais quando vista por estas três declarações de Murray. Se fôssemos dizer que se tornar mais santo é desnecessário e que permaneceríamos, no pecado, estaríamos declarando que Deus não é santo, que o pecado não envolve uma contradição e um conflito em nós e que o Altíssimo não tem vitória alguma sobre nós. Assim, estaríamos negando as Escrituras e chamando Deus de mentiroso.
     Na verdade, devemos deixar o pecado e buscar a ajuda, a força e o encorajamento de Deus para levarmos a vida de santidade  de que precisamos desesperadamente.
     O que estou dizendo pode suscitar uma pergunta bem complexa: Quem realiza a santificação? Esse é um trabalho do Espírito Santo.
     Lemos em 1 Tessalonicenses 5:23:
     “E o mesmo Deus de paz vos santifique em tudo; e todo o vosso espírito, e alma, e corpo sejam plenamente conservados irrepreensíveis para a vinda de nosso Senhor Jesus Cristo”.
     E em 2 Coríntios 3:18:
    “Mas todos nós, com cara descoberta, refletindo, como um espelho, a glória do Senhor, somos transformados de glória em glória, na mesma imagem, como pelo Espírito do Senhor”.
      Essas passagens fala. De esvaziarmo-nos e deixarmos Deus realizar a obra de santificação em nós.
     Todavia, existem outras passagens que falam do nosso papel na santificação, como: “Digo-vos, porém, andai-vos em Espírito e não cumprireis as concupiscências da carne” (Gl 5:16).
     “Sede, pois, imitadores de Deus, como filhos amados: revesti-vos de toda a armadura de Deus, para que possais estar firmes contra as astutas ciladas do diabo”.  (Efésios 5:1; 6:11).
     Essas passagens tratam de nossas obrigações de usar esses “meios da graça divina” que nos são disponíveis.
     Devemos, então, esvaziar-nos no sentido de deixar de lado o estudo da Bíblia, a oração, a comunhão com outros irmãos, e a adoração a Deus, para crescer na vida cristã? De maneira nenhuma! Assim, iríamos estagnar na vida cristã e distanciar-nos do evangelho.
     Também estaremos errados que fazer uso desses meios nos permite alcançar nossa própria santificação automaticamente. O entendimento correto seria uma combinação dos dois: Deus operando em nós sendo diligentes e obedientes.
     Se já houve um momento de parar e apenas se alegrar nas maravilhas do que Deus faz em Cristo, ou seja, assistir passivamente a ação divina, esse foi após o verdadeiro hino de adoração a Jesus encontrado em Filipenses 2:5-11.
     “De sorte que haja em nós os mesmos sentimentos que houve também em Cristo Jesus, que, sendo em forma de Deus, não teve por usurpação ser igual a Deus. Mas aniquilando-se a si mesmo, tomando a forma de servo, fazendo-se semelhante aos homens; e, achado na forma de homem, humilhou-se a si mesmo, sendo obediente até a morte e morte de cruz. Pelo que também Deus o exaltou soberanamente e  lhe deu um nome que é sobre todo o nome, para que ao nome de Jesus se dobre todos joelhos que estão nos céus, e na terra, e debaixo da terra, e toda língua confesse que Jesus Cristo é o Senhor, para a glória de Deus Pai”.
      Contudo, Paulo não nos permitiu isso, haja vista o que declarou:
      “De sorte que, meus amados, assim como sempre obedecestes, não só na minha presença, mas muito mais agora na minha ausência, assim também operai a vossa salvação com temor e tremor; porque Deus é o que opera em vós tanto o querer como o efetuar, segundo a sua boa vontade”. (Filipenses 2:12-13).
      O apóstolo não disse: “Trabalhem para sua própria salvação!” Entretanto, é como se dissesse: “Como você são salvos, Deus já entrou em sua vida na pessoa e no poder do seu Espírito, e está atuando em vocês, transformando-os à imagem do Senhor Jesus Cristo. Vocês devem, agora, trabalhar com afinco (vontade) para expressar a plenitude dessa grande realidade em sua conduta. Dessa forma, Deus operará”.
     Pedro afirmou o mesmo:
     “Visto como o seu divino poder nos deu tudo o que diz respeito à vida e piedade, e nós também, pondo nisso mesmo toda a diligência, acrescentai à vossa fé a virtude, e à virtude a ciência, e à ciência a temperança, e à temperança a paciência, e à paciência a piedade, e à piedade o amor fraternal, e ao amor fraternal a caridade (amor”. (2 Pedro 1:3, 5-7).
     John White disse:
     “Que ninguém se engane: Sem o Espírito de Deus em nós, nossos esforços são em vão. Nada bom pode vir da corrupção e da pecaminosidade de nosso coração. Todavia, fomos redimidos, santificados e separados  para o uso de Deus. Que concordemos, então, com Deus nisso [...]. Que assumamos toda armadura de Deus  e declaremos, por meio da força miraculosa, guerra a todo mal que está em nós e à nossa volta”. (White, 1976, p. 194).
     Isso não é uma opção. Somos comissionados por Deus, e é quando obedecemos a ele que ficamos mais cientes do poder do Espírito Santo que está em nós. Não podemos esperar crescer espiritualmente, se não gozarmos da comida e da bebida que o Altíssimo coloca à nossa disposição.
     MEIOS PARA ALCANÇAR AS BÊNÇÃOS DE DEUS.
      A próxima parte deste nosso estudo, discutiremos os principais meios pelos quais podemos alcançar as bênçãos de Deus: a oração, o estudo da Bíblia e o serviço cristão. Todavia, existem também outros meios, pelo menos sete, e vale a pena considerá-los:
     1º. Confiança. Já tocamos nesse assunto no capítulo anterior sobre como podemos saber se fomos justificados. Ela é importante, pois pode ajudar-nos a crescer na vida cristã.
      Lutero discutiu esse tema da seguinte forma:
      “Um coração duvidoso, que não crê firmemente que receberá algo, não o receberá, tendo em vista que Deus não pode dar coisa alguma nesse caso. Tal coração é como um vaso que um homem segura movendo-o de um lado para outro. É impossível derramar algo nesse vaso, por mais que a pessoa queira. Deus quer dar-nos o que desejamos, mas lá estamos, como um pedinte insensato, movendo nosso chapéu para cá e para lá, e querendo que alguma coisa seja colocada nele”.  (Plass, 1959, p. 429).
     Confiar é o item primordial na santificação, pois se trata de tomar posse da Palavra de Deus e de saber que Ele já começou a obra da salvação em nós. Crendo no Senhor até aqui, podemos crer nele em outras questões. Se estivermos confiantes de que, verdadeiramente, começamos nossa jornada, podemos lidar com ela como deveríamos.
     2º. Conhecimento. Saber de tudo não é essencial para a santificação. Saber o mínimo, entretanto, ajuda
     Certo escritor disse: “Assim como a confiança é um fundamento prático [...], o conhecimento de nossa posição em Cristo é a estrada que nos leva à santidade”. (Barnhouse, 1951, p.37).
     O que os cristãos devem conhecer para crescer na vida cristã? R: A pessoa do Espírito Santo e a Sua obra; a iniciativa de Deus de conduzir-nos à fé em Cristo; o ministério do Espírito de unir-nos a Cristo, do qual vem o nosso status diante de Deus; nosso acesso ao Pai por meio da oração; e nossa esperança em Cristo (veja os primeiros estudos destas nossas postagens).
      Se você conhecer seu novo status, poderá tomar posse de certos privilégios. Se souber que o Altíssimo ouve suas orações, poderá ficar na dependência do Espírito Santo para orar e ter suas orações interpretadas. Se tiver esperança em Cristo, poderá até tropeçar ou cair, mas saberá que nada arrebatará você da mão de Jesus.
     3º. Estudo da Bíblia. A sagrada Escritura é uma forma de crescimento na vida cristã. Ela proporciona confiança e conhecimento. Contudo, nesse meio de receber bênção é mais que isso. Pelo estudo bíblico buscamos conhecer Deus pessoalmente. Na Bíblia Ele revela a si próprio e a Sua vontade para nós.
      Como disse Jesus em oração: “Santificai-vos na verdade; a tua palavra é a verdade” (João 17:17).
      Davi escreveu:
      “Bem-aventurado o varão que não anda segundo o conselho dos ímpios, nem se detém no caminho dos pecadores, nem se assenta à roda dos escarnecedores. Antes, tem o seu prazer na lei do SENHOR, e na sua lei medita de dia e de noite”. (Salmo 1:1-2).
     O salmista meditava na lei de Deus de dia e de noite? Ele precisava fazer isso, afinal tinha imensas responsabilidades junto à nação (com esperança, administração, justiça, etc.). Por essa razão, era levado a meditar na Lei de Deus constantemente.
     Quem agir da mesma forma “será como a árvore plantada junto a ribeiros de águas, a qual dá o seu fruto na estação própria, e cujas folhas não caem, e tudo quanto fizer prosperará”. (Salmo 1:3).
     Se alguém quiser realmente conhecer Deus e a vontade dele para sua vida, o caminho principal deverá ser o estudo da Palavra (Bíblia).
     4º. Oração e adoração. O estudo da Bíblia é a maneira pela qual Deus fala a nós. Para haver um diálogo com Ele, portanto, precisamos falar com Ele. É aí que entram a oração e adoração.
     Diferente entre si, a adoração e a oração estão intimamente ligadas. Orar é falar com o Altíssimo por meio da adoração, da confissão, da ação de graças ou da intercessão. A adoração é um ato de louvor. Pode dar-se por meio de canções e/ou exposição (pregação) da Palavra de Deus. Por conseguinte, a adoração inclui oração e meditação.
     Tanto a oração quanto a adoração se baseiam em nosso conhecimento de Deus por meio das Escrituras. A adoração, para ser “em espírito e em verdade”, como disse Jesus em (João 4:24), deve fundamentar-se nas verdades concernentes ao Senhor, as quais são reveladas na Bíblia.
      Ambas são, essencialmente, um encontro com Deus, não um mero ato religioso.
       Reuben A. Torrey falou a respeito da dificuldade que teve em relação à oração e sobre como isso mudou.
     “Um dia, percebi o que verdadeiramente a oração significa. A oração é como uma audiência com Deus. É entrar em Sua presença e pedir e receber coisas dele. A percepção desse fato transformou minha vida de oração. Antes, minha oração era como um dever, muitas vezes fastidioso. Agora, um dos meus mais estimados privilégios. Antes meu pensamento era: “Quanto tempo devo passar orando”? Agora: “Quanto tempo posso passar orando sem prejudicar meus privilégios e deveres”? (Torrey, 1955, p. 77).
     O mesmo pode ser dito da adoração. “Quanto tempo devo passar adorando a Deus sem prejudicar os outros deveres que Ele me concedeu”?
     5º. Comunhão. Por meio desse gesto, expressamos o novo relacionamento com outros cristãos, que discutimos num capítulo anterior. Por vezes, os cristãos pensam que o importante é o relacionamento com Deus, não com os homens.
      Pura ilusão. Todos nós devemos reconhecer nossa necessidade diante dos outros, bem como os dons que eles têm. Além disso, precisamos ser gratos pela comunhão que temos com eles na Igreja.
      Quando a Igreja do primeiro século se reunia em Jerusalém, seus membros “perseveravam na doutrina dos apóstolos, na comunhão, e no partir do pão, e nas orações” (At 2:42). A comunhão está em Igualdade com o outro meio de receber as bênçãos divinas.
      6º. Serviço. Para que a vida cristã não seja egoísta nem introvertida, deve haver serviço a Deus e aos outros, por meio do evangelismo, da generosidade e de outros atos de compaixão.
      O Livro de Atos trata disso explicitamente:
      “Todos os que criam estavam juntos e tinham tudo em comum. Vendiam suas propriedades e fazendas e repartiam com todos, segundo cada um tinha necessidade”. (Atos 2:44-45).
      Isso não significa que eles vendiam tudo o que tinham, muito menos que todos cristãos devem fazê-lo. Como o texto diz que aqueles irmãos “partiam o pão em casa” (At 2:46), provavelmente alguns não vendiam suas propriedades. Isso quer dizer que eram extremamente generosos com o que possuíam, que se preocupavam com as necessidades uns dos outros.
      Hoje, nosso papel deve ser compartilhar nossos bens materiais, assim como nosso tempo, encorajando e ensinando os outros, evangelizando ou contribuindo com nossos talentos ou habilidades para o crescimento da Igreja de Cristo.
      7º. O retorno de Cristo. Um tipo de encorajamento e crescimento na vida cristão é o retorno de Cristo, nossa bem-aventurada esperança. (Tito 2:13).
      “Amados, agora sois filhos de Deus, e ainda não se manifestou o que havemos de ser. Mas sabemos que, quando ele se manifestar, seremos semelhantes a ele; porque assim como é o veremos. E qualquer que nele tem essa esperança purifica-se a si mesmo, como também ele é puro”. (1 João 3:2-3).
      Se somos cristãos, sabemos que Deus continuará Sua obra conosco até o dia em que formos como Jesus (Fp 1:6), por meio da morte ou da Sua segunda vinda. Sabemos que seremos como Cristo: puros, aperfeiçoados no amor e virtuosos.
      João afirmou que, se cremos nisso, tentaremos ser como Ele o máximo que pudermos. Isso deve afetar todos os aspectos de nossa vida pessoal: nossas orações, nossas escolhas profissionais, nossa ética, nosso uso do tempo livre e nossas preocupações sociais.
      O grande reformador social inglês Lord Shaftesbury, um cristão maduro, disse perto do fim de sua vida: “Não creio que, nos últimos 40 anos, vivi ciente do que não era influenciado pelos pensamentos do retorno de nosso Senhor por sequer uma hora”. Nesse caso, a expectativa de encontrar-se com o Senhor face a face foi uma das maiores motivações por trás de seus programas sociais.
      Como podemos purificar-nos? Não o podemos. No entanto, Deus o fará, se usarmos esses meios para obter Suas bênçãos.
      O poeta inglês Robert Herrick escreveu o seguinte sobre a purificação:
      “Senhor, confesso que só Tu podes / purificar este coração. / Os oceanos podem ser a água / E a terra, o sabão. / Contudo / se Teu sangue não me lavar / esperança não haverá”.
     Não sendo pela graça de Deus, não há esperança para ninguém. Porém, Ele nos concede os meios que nos possibilitam crescer na graça, no amor e no conhecimento de nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo.
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      Amados acompanhadores deste nosso estudo Teológico para nosso crescimento na fé e no conhecimento de Deus. Não nos esmoreçamos, nem não sintamos perder tempo com essas lições. Contudo, não devemos descartar a importância que temos de nosso Mestre Jesus. nestes ensinamentos aqui lidos e meditados. Que Deus os abençoe e vos guarde. Que Ele volte para vós a sua face e vos dê a sua paz. Amem?
      ....................................
      Nosso assunto do estudo  nº 50, será:
              ABRACE A SUA CRUZ

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