sábado, 22 de agosto de 2015

ESTUDO DO LIVRO FUNDAMENTOS DA FÉ CRISTÃ - Nº 11

Estudo Do Livro Fundamentos da Fé Cristã  Nº 11
     Um manual de Teologia ao alcance de todos.
          James Montgomery Boice – Cap. 05
      OS DEZ MANDAMENTOS E O AMOR A DEUS.
                            2ª Parte
Ao lidar com a Lei do Antigo Testamento, o ponto em que os cristãos tem mais dificuldade é a interpretação do quarto mandamento. Este mandamento prescreve o sábado como dia do descanso [após seis déias de trabalho]. Entretanto, a grande maioria dos cristãos não cumpre isso. Apesar, de o dia separado para adorar o Senhor pela maioria dos cristãos ser o domingo, estes, sequer guardam esse dia de acordo com as regras reveladas no Pentateuco para o dia de descanso.
Isso está certo? Não!  O que não pode ser feito é tratar esse assunto com displicência! De todos os mandamentos, esse que lida com o descanso é o mais longo e, talvez, o mais formal:
“Lembra-te do dia do sábado, para o santificar. Seis dias trabalharás e farás toda a obra, mas no sétimo dia é o sábado do SENHOR, teu Deus; não farás nenhuma obra, nem tu nem teu filho, nem o teu servo, nem a tua serva, nem o teu animal, nem o teu estrangeiro que está dentro de suas portas. Porque em seis dias fez o SENHOR os céus, a terra, o mar e tudo o que neles há e ao sétimo dia descansou; portanto, abençoe o SENHOR  o dia do sábado e o santificou. ( Êxodo 20:8-11).
Em geral, há três abordagens para a questão do sábado.
Primeiro – tem sido ensinado por alguns que os cristãos devem guardar o Sábado. Esta é a posição, por exemplo dos adventistas do sétimo dia e também de outros.
Segundo – há visão de que o domingo é o equivalente ao Novo Testamento, e, portanto, é para ser guardado de maneira similar.
A Confissão de Fé de Westminster chama o Dia do Senhor de Sabbath cristão, acrescentando que:
“Esse Sabbath é para ser santificado ao Senhor quando os homens, após a devida preparação de seus corações e do ordenamento de seus afazeres de antemão, não apenas guardam um santo descanso, o dia todo,  de suas próprias obras, palavras e pensamentos, como também ocupam todo esse tempo em práticas públicas e privadas de adoração, assim como nos deveres de ajuda e misericórdia. (Parag. XXI. 7,8).
Mais tarde, a teologia reformada e puritana corroborou essa posição.
Terceiro – há a visão de que o Sábado foi abolido pela morte e ressurreição de Jesus, e que um novo dia, o Dia do Senhor, que tem por características próprias, substituiu-o. Essa foi a visão de Calvino, que disse com clareza “o dia sagrado pelos judeus foi descartado e que outro [dia)  foi colocado em seu lugar”.
Os defensores do Sabbath costumam apelar para Gênesis2:2-3 (mencionado no quarto mandamento) como demonstração do contrário. Estes versículos declaram que Deus descansou no sétimo dia de toda sua obra, que tinha feito. E abençoou Deus o dia sétimo e o santificou; porque nele descansou de toda a sua obra, que Deus criara e fizera. Todavia, para sermos exatos, esses versículos não mostram que Deus instituiu o Sabbath no ato da criação; no entanto, existem outros versículos para parecem indicar que Ele o fez. Dois deles estão em Neemias 9:13,14.
“E sobre o monte de Sinai descestes, e falastes com ele desde os céus, e deste-lhes juízos retos, leis verdadeiras, estatutos e  mandamentos bons. E seu santo Sábado lhes fizestes conhecer; preceitos, estatutos e leis lhes mandastes pelo ministério de Moisés. Teu servo.
Se lermos ativamente os versículos contidos em Êxodos 31:12-17, veremos que esses versículos retratam o Sábado como um sinal da aliança em Deus e Israel; isso é  importante, pois é repetidos duas vezes (sétimo dia é o sábado de descanso). É difícil enxergar, no entanto, como a separação e guarda do Sábado como dia sagrado pode ser aplicada em outras nações. Ao contrário, era a advertência do Sábado que diferenciava Israel das outras nações, da mesma forma como a circuncisão mantinha os judeus à parte.
E em relação ao domingo? [de acordo com alguns teólogos] o domingo, seria outro dia estabelecido por Deus, para a Igreja, e não para Israel, e mesmo assim  com características bem diferentes.
Observemos, ao contrário, o domingo cristão é um dia de alegria, atividade e comunhão, marcas relacionadas tanto ao dia em que Cristo ressuscitou como àquele em que reencontrou seus discípulos, instruiu-os e assoprou sobre eles o Espírito Santo.
Nas narrativas sobre a Igreja primitiva, vemos que o domingo, em vez de sábado, foi estabelecido pelos cristãos como o dia de reunião e adoração a Deus.
Em suma, na Bíblia, não é sugerido que a Igreja se reunisse no Sábado ou meso que se contemplasse esse dia como alguma atenção especial. O sábado era um dia para lembrar de Deus como Criador e Libertador de Seu povo. Já o Domingo cristão é um dia que celebra a ressurreição de Jesus Cristo.

QUINTO MANDAMENTO: HONRAR PAI E MÃE.
O primeiro platô diz respeito a Deus e é o topo de escada que alcança o céu: segundo platô diz respeito aos superiores ou inferiores e é o pé a escada, que repousa sobre a terra. Pelo primeiro platô, caminhamos com reverência em direção a Deus, pelo segundo, caminhamos com zelo em direção aos homens. Não podemos ser bons no primeiro e ruins no segundo. (Watson).
O segundo platô da Lei como começa com o relacionamento de uma pessoa com seus pais. Isso é proposital, pois, ao tratar com os pais, o mandamento se concentra na menor célula da sociedade, a família, que é fundamental para todas as outras relações e estruturas sociais.
Outros tipos de pais estão incluídos na intenção desse mandamento. Comentaristas bíblicos observam que “há pais políticos” (aqueles em posições seculares de autoridade), “pais espirituais” (pastores ou pastoras e outros conselheiros cristãos) e aqueles que são chamados de pai ou de mãe em virtude de sua idade em virtude de sua vasta experiência.
O quinto mandamento, entretanto, refere-se de forma específica aos pais naturais. O quinto mandamento de Deus é: “Honra teu pai e a tua mãe, para que prolongue os teus dias na terra que o SENHOR teu Deus, te dá (Êxodo 20:12).
Se os filhos desobedecem a seus pais, algum dia desobedecerão as leis. Se não respeitarem seus pais, não respeitarão os professores, aqueles dotados de sabedoria, nem os policiais e outras pessoas investidas de autoridade em alguma área. E pior, se não honrarem seus pais, eles não honrarão a Deus. Assim, o quinto mandamento pode requerer dos pais disciplinar seus filhos e filhas, uma responsabilidade sobre a qual a Bíblia é clara:
“Instrui o menino (e a menina) no caminho em que devem andar, e, até quando envelhecer, não se desviarão dele” (Provérbios 22:6).
E se for preciso:
“Castiga teu filho (e tua filha) enquanto há esperança...” (Provérbios 19:18a).
Uma vez que os filhos possam honrar e obedecer por completo aos pais que são delicados, honestos, trabalhadores, fieis, compassivos e sábios, o quinto mandamento encoraja todos que são pais se serem dignos. Além disso, exige esse padrão de todos os que estão em posição de autoridade: políticos, patrões, chefes, educadores e líderes que exercem influência sobre os outros.
SEXTO MANDAMENTO: NÃO MATAR.
O sexto mandamento tem sido mal compreendido por muitos devido às traduções ruins da palavra hebraica ratsach = a matar. A palavra, na verdade, significa assassinar ou destruir; a forma substantiva da palavra significa homicídio culposo (quando se mata sem intenção premeditada) . Esse mandamento deverei ser entendido não assassinarás. A falta de compreensão sobre isso levou alguns a entender que a Bíblia condena todas as formas de matança.
No entanto, afirmar que a palavra ratsach significa assassinar, e não matar é bastante desconfortável, pois nas perspectiva bíblica, assassinar tem um alcance amplo e contém indícios de que todos nós somos culpados. Aqui, o ensinamento do Senhor Jesus no Sermão da Monte é em particular importante. Na época de Jesus e muitos anos antes, assassinato havia sido definido pelos líderes de Israel, como um ato externo, e eles ensinavam que o mandamento se referia tão somente ao ato. Todavia Jesus questionou: “Assassinato é só isso? O ato de matar de forma injusta? É o que mostra as atitudes? O que dizer de uma pessoa que planejou matar outra, mas foi impedida de fazê-lo por circunstâncias externas? Ou daquele que deseja matar alguém, entretanto não o faz por medo de ser presa? E a pessoa que mata por olhares e palavras”?
Os homens fazem distinção usando esses parâmetros, e até estão certos pelas perspectivas humanas da lei. Deus, no entanto enxerga o coração e, por isso preocupa-se também com as intenções. Jesus diz em Mateus 5:21: “Ouvistes que foi dito aos antigos: Não matarás; mas qualquer que matar será réu de juízo. Eu porém, vos digo que qualquer que, sem motivo, se encolerizar contra seu irmão será réu de juízo”.
Vejamos, portanto, o quê, que Jesus continua dizendo em Mateus 5:22 “Eu porém, vos digo que qualquer que sem motivos, se encolerizar contra o seu irmão será réu de juízo, e qualquer que chamar seu irmão de raça será réu do Sinédrio; e qualquer que chamar seu irmão de louco será réu do fogo do inferno”.
No texto grego, esse versículo contem duras palavras chaves: Raca e Moros. Raca é um termo pejorativo que significa vazio; entretanto, o insulto vai além do significado da palavra. Isso poderia ser traduzido como: “você é um Zé ninguém, um nada, um zero a esquerda  ou um merda”. Moros, por sua vez, significa bobo (moroso, lerdo, preguiçoso, encostado, chupa sangue, explorador, etc). É como que chamasse moralmente uma pessoa de: Retardado. Alguém que faz sempre o papel de bobo, ou na verdade é um “João sem braço”, que se faz de bobo para viver levar vantagem.
Em geral, o que nos provoca ira (nos aborrece) é alguma injustiça, real ou imaginária, que outros cometem contra nós.
Neste caso, ao darmos lugar à ira cometemos assassinatos? Sim, cometemos, de acordo com padrão de Jesus. Guardamos rancor; fofocamos e caluniamos, perdemos a calma (damos o troco) matamos pelos:  menosprezo, maldade e inveja. E, sem duvida, fazemos coisa ainda piores que reconheceríamos se pudéssemos ver o interior de nosso coração como Deus vê (Boice).

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Permaneçam sempre alertas nos sábados seguintes, pois entraremos nos próximos quatro mandamentos, partindo do: SÉTIMO MANDAMENTO: NÃO COMETER ADULTÉREO.
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Só quero ser um pouco de Deus em sua vida.
Deus te abençoe e te guarde.


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