ACHADOS E PERDIDOS
Leia na Bíblia: Gênesis
19:12-26.
“Lembre-se da mulher de Ló! Quem tentar conservar a sua
vida a perderá, e quem perder a sua vida a preservará” (Lc 17:32-33.
Sempre estranhei essas
placas em locais públicos que dizem: “Achados e perdidos”. Não seria o
contrário? Primeiro se perde, depois se acha o que perdeu, não é? Não sei por
que costumam dizer assim, mas aquilo me lembra o que Jesus diz no versículo em
destaque, também nessa ordem inversa: primeiro fala em achar (ou conservar),
depois em perder. Não se trata de objetos perdidos e talvez reencontrados – mas
é bom prestar atenção ao assunto, porque aqui se acha e se perde nada menos que
a própria vida!
Agora, porque achar primeiro e depois
perder? É porque se acha uma coisa e com isso se perde outra. As duas se chamam
“vida” – só que uma é falsa e a outra verdadeira.
E a mulher de Ló? O que tem a ver com
isso?
Você leu a história dela: tentou achar a
vida no lugar errado e por isso a perdeu. Teve de fugir de Sodoma, a cidade
condenada, para ter vida, mas quis preservar a vida falsa de antes e olhou para
trás. Deu no que deu.
Todos procuramos a felicidade ou o
sentido da vida. Fazemos isso porque percebemos que falta algo, mas o que
encontramos por aí é falso e perecível – perde-se. Não é a vida como deve ser.
Jesus ensina que ao tentarmos achar a vida por nossa conta acabamos só enchendo
as mãos de inutilidade, a ponto de não sobrar mais espaço para o que importa
realmente – que então permanece perdido. Por isso, diz Jesus, é melhor perder a
vida (ou aquilo que nós imaginamos ser a vida) para então encontrar com ele a
verdadeira – o que proporciona paz e bom relacionamento com Deus, sob a direção
daquele que, como Criador, melhor que ninguém sabe do que necessitamos. Nossa
busca certamente dará em algo. No quê, dependerá do que buscarmos e onde – em
“Sodoma” ou com Jesus!
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Reflexão de: Erleu Fernandes
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Fonte: Pão Diário.
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