sábado, 5 de abril de 2014

TIAGO 12/17 - Aula de E.B.D. aos sábados

AULA DE E.B.D. – 12/17 –  
EDITADA NOS SÁBADOS – DIA 12/04/2014.

TÍTULO:
A MALEDICÊNCIA É CONDENADA
(Autor: Pr Everson Souza Pereira).

Texto Básico: Tiago 4: 11-22.
Texto Devocional: Salmo 50: 19 – 22.
Versículo Chave:
“O homem perverso espalha contendas, e o difamador separa os maiores amigos
Leia durante a sua semana:  Segunda dia 4: Tt 3:1-2 –Terça dia 5: Mateus 7:1-13—Quarta dia 6: Provérbios 18: 4-18 – Quinta dia 7: Provérbios 26:20-22 – Sexta dia 8: Tiago 3: 8-10 – Sábado dia 9: Salmo 105:5 – Domingo dia 10: 1ª Pedro 2:1.

                        INTRODUÇÃO
Na Bíblia não está escrita a palavra pecado no aumentativo ou no diminutivo. Ela traz somente o termo pecado. Mas nós temos uma lista de “pecadinhos” (que consideramos menos graves) e uma de “pecadões” (que consideramos mais graves; como adultério, assassinato, prostituição, etc). Certamente na nossa lista de pecadinhos temos a famosa e familiar maledicência. Muitas vezes toleramos alguém falando mal de um irmão e até nos associamos a uma leve crítica ao defeito de nosso próximo. Não é raro nos corredores da igreja ouvirmos irmãos falando mal uns dos outros.
Muitas vezes, por considerar a maledicência menos grave, nos damos o direito de falar mal de alguém. A maledicência é tão discreta, que até vem disfarçada de correção e preocupação com o caráter do outro. Para detectar as necessidades de mudanças no caráter alheio, somos levados a revelar as áreas menos nobres e fracas de um irmão. Veremos que a maledicência é explicitamente condenada por trazer consigo outros pecados que funcionam como suas raízes.
Estudaremos as três raízes da maledicência.
I-REJEIÇÃO À ESCRITURA SAGRADA – Tg 4:11.
1.A Bíblia proíbe a maledicência.
O que será que Tiago quis dizer com a idéia de que ao falar mal de irmão ou julgá-lo, falamos mal da Lei e julgamos? Será que nossos irmãos representam a Lei? É claro que não! Deus representa a Sua própria Lei; e Ele mesmo proíbe falar mal ou julgar o irmão. Todo aquele que fala mal ou julga o irmão está quebrando essa Lei.  O pecado é a transgressão da Lei (1Jo3:4); a maledicência a transgride. Não importa se o mal que falamos do irmão corresponde a uma verdade ou não, importa que a Palavra nos proíbe de fazê-lo. E aquele que tropeça num só ponto é culpado de todos (Tg 2:10). Vemos em Tito que por causa de nosso comportamento, a Palavra de Deus pode ser difamada (Tt 2:1-5).
2.O ser humano coloca-se acima da Lei.
Desobedecer é a forma mais direta de desprezar e rejeitar a Lei de Deus. Ao desobedecê-la estamos dizendo que não concordamos com ela. Quando tomamos a liberdade de cumprir a Lei, é porque já avaliamos em nossa mente e julgamos desnecessário obedecê-la. Nesse ponto, deixamos de ser cumpridores e passamos a ser juiz. Assim nos colocamos acima da Lei e a julgamos.
A distância entre nossa posição e a do juiz é contrastada na pergunta de Tiago: “tu porém, quem és tu que julgas o teu próximo”? (Tg 4:12). A pergunta de Tiago é ofensiva, e evidencia a realidade de que não somos capazes de julgar tal posição. Essa é a mais uma das perguntas retóricas da Bíblia; tais como: “Se Deus é por nós, quem será contra nós”? (Rm 8:31); “Quem intentará acusação contra os eleitos de Deus”? (Rm 8:33); “Qual de vos pode acrescentar um côvado ao curso de sua vida”? (Lc 12:25); “Quem é tu que julgas o próximo”? (Tg 4:12). A resposta para todas elas é a mesma: Ninguém!
3.O ser humano distancia-se da Lei.
A Palavra de Deus funciona como um espelho. Quanto mais olhamos nela, mais vemos como somos. Quando tiramos os olhos da Palavra de Deus, passamos a observar mais a vida e o comportamento dos outros. Por isso, quanto menos  fixamos nossos olhos nas Palavra de Deus, mais nos fixamos nos outros e mais facilidade teremos de nos tornar maledicentes. Falar mal dos outros é uma forma de revelar que estamos olhando pouco para a Bíblia. Alguém que está com os olhos fixos na Palavra será incomodado pelo Espírito Santo ao falar mal do irmão, porque será lembrados dos mandamentos que condenam essa atitude (Tt 3:2), e também porque vai encontrar em si mesmo defeitos suficientes para criticar. “queixe-se cada um dos seus próprios pecados” (Lm 3:39).
II- ASSOCIAÇÃO COM O SERVIÇO DO DIABO –(Tg 4:11)
1.O nome do “diabo” significa caluniador.
Falar mal de alguém é falar contra tal pessoa. Aquele que fala para diminuir ou rebaixar alguém o faz com a intenção de denegrir sua moral e imagem. Daí vem o termo maledicente. É aquele que se detém nos defeitos dos outros, que degrada, rebaixa ou difama. Mesmo quando todos vêem qualidades, o maledicente procura encontrar falhas. Tais qualificações negativas são atribuídas ao diabo. Em Apocalipse 12:10, o diabo é o “acusador” dos irmãos. Em 1ª Timóteo 5:14, o diabo é o adversário “maledicente”. Em Apocalipse 13:16, o diabo é o “difamador” do nome de Deus e Seu tabernáculo. Em Lucas 15:29-30 o irmão mais velho do Filho pródigo é acusador de seu irmão, “maledicente”.
2. O diabo fala mal de Deus aos homens.
Vemos, que ainda no Éden, Satanás levou Eva a desconfiar de Deus, através de um diálogo carregado de maledicência. “E assim que Deus disse: Não comereis de toda árvore do jardim? ... Deus sabe que no dia que dele comerdes se vos abrirão os olhos e, como Deus, sereis conhecedores do bem e do mal” (Gn 3:1-5). Satanás insinuou que Deus estava escondendo algo de bom; que Ele era egoísta. Toda boa impressão que Eva possuía a respeito de Deus foi substituída por má impressão ao ser lembrada pela serpente que Ele a proibiu comer da árvore que estava no meio do Jardim. Assim, aos olhos de Eva, Satanás conseguiu diminuir a boa fama e o bom nome de Deus. Isso é maledicência.

3. O diabo fala mal dos homens é Deus.
No, livro de Jô, vemos o episódio onde o próprio Deus , que é Santo  e tem um padrão Santo, reconhece algumas virtudes de Jó: “Observaste o meu servo Jó? ... homem íntegro e reto, temente a Deus e que se desvia do mal” (Jó 1:8). Porém, Satanás, perito em denegrir a imagem de alguém, argumenta lançando questões que punam em dúvida o caráter de Jó: “Porventura Jó debalde teme a Deus”? (Jó 1:9); “Acaso cercaste com sebe, a ele, a sua casa e tudo quanto tem”? (Jó 1:10); “Estende, porém, a tua mão, toca-lhe em tudo quanto ele tem, e verás se não blasfema contra ti na sua face”(Jó 1:11). A maledicência é uma especialidade do diabo. Ele se destina a encontrar defeitos até naqueles em quem o próprio Deus vê qualidades. Não é à toa que recebe o título de “acusador dos irmãos” (Ap 12:10).
4. O diabo é a essência da maledicência.
O maledicente não precisa necessariamente encontrar um mal em alguém. Questionar a bondade, a idoneidade do próximo já é maledicência. O que ele não percebe é que o maior mal está em si próprio. Paulo fala em 1ª Timóteo 5:14: “não dêem ao adversário ocasião favorável de maledicência”. Mesmo uma pessoa de bom procedimento pode ser vítima do maledicente. Pedro, em 1ª Pedro 3:16, desafia seus leitores a estar preparados contra aqueles que difamam o bom procedimento; “fazendo-o todavia, com mansidão e temor, com boa consciência, de modo que, naquilo em que falam contra vós outros, fiquem envergonhados os que difamam o vosso bom procedimento em Cristo”.

III – USURPAÇÃO DOS DIREITOS DE DEUS (Tg 4:12)
1.Direito exclusivo de Deus.
A Proibição de Tiago não se restringe ao ato de falar mal, mas também ao ato de julgar o irmão. Ele mistura as duas advertências, e a quebra de qualquer uma delas constitui um mesmo pecado, que é a transgressão da Lei. Em ambos os casos a pessoa ainda comete uma usurpação; porque falar mal é algo próprio do diabo, e julgar é específico de Deus. Se falamos mal, nos associamos a algo errado que é a maledicência do diabo; de julgamos, usurpamos algo que é correto e justo, porém, pertence exclusivamente a Deus. Um só legislador e juiz (Tg 4:12).
2. Capacidade exclusiva de Deus.
Quando alguém julga o irmão, é porque supostamente está detectando algo de mal na vida dele; e com base no que detectou, se acha no direito de declarar as más qualidades do outro. Mas o grande problema do nosso julgamento é que ele é ineficaz. Não temos a capacidade de salvar ou fazer perecer. Nosso julgamento só tem poder de expor a situação do pecador, mas nada podemos fazer para mudá-la. Deus, porém, é o juiz capaz de salvar ou fazer perecer (v 12); Ele não apenas expõe a situação do pecador, mas também define o resultado final dele. Deus é quem atribui justiça (Rm 4:6). Nós só podemos ver o pecado, mas não podemos fazer algo eficaz contra ele. Deus pode ver e definir sua sentença. Se houver arrependimento, há salvação, se não houver, há condenação.
3. Promessa feita por Deus.
Deus promete que vai fazer justiça a todos nós; Ele vai julgar o mundo através de Jesus (At 17:31). Quando tomamos a frente disso, estamos ocupando um lugar que só pertence a Deus. Se o ato de falar mal é claramente visto como pecado porque traz embutida a maldade do diabo, o ato de julgar também dever ser visto como pecado porque é usurpação de algo nobre que traz embutida a autoridade que só pertence Deus e foi prometida por Deus.

Devemos ter bem claro na mente que julgar os irmãos é passar por cima da autoridade de Deus; porque ele proibiu julgar, só Ele tem direito de julgar e já prometeu que vai julgar.

                         CONCLUSÃO
Os crentes são propriedade exclusiva de Deus (1Pe 2:9), são também Seus filhos (Jo 1:12). Falar mal do irmão é falar mal de um filho de Deus, uma propriedade de Deus – Ele o defende como advogado (1 Jo 2:1).

Talvez você já tenha passado a experiência de tentar reabilitar alguém que fracassou. Ao dar-lhe uma nova chance você é aconselhado a pensar direito. Alguém diz: “Tome cuidado com fulano, veja que ele já pisou na bola uma vez; lembre-se que tal dia ele fez isso e aquilo outro”. Esses são os conselhos do maledicente; ele nunca tem uma palavra positiva sobre ninguém, seus comentários sempre visam colocar em dúvida a idoneidade dos outros. Ponha-se o seguinte desafio: pondere antes de falar algo sobre alguém, questionando se não será maledicência.
NOTA: Como que eu gostaria de todos do Brasil viessem a receber essa mensagem que nós tratamos aqui nesta aula sobre Tiago 12/17, sobre a maledicência. Você que a lê me ajude: mande-a por Email aos seus contatos. Te deixo o meu abraço, a minha amizade e as minhas orações. Que Deus te abençoe te guarde, que Deus olhe para você te dê a sua paz, que Deus cure seus males e te abençoe e te prepara um Natal cheio de Páz.
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Aula de E. B. D. de Erleu Fernandes.
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