AULA DE E.B.D. – 12/17
–
EDITADA NOS SÁBADOS –
DIA 12/04/2014.
TÍTULO:
A MALEDICÊNCIA É CONDENADA
(Autor: Pr Everson Souza Pereira).
Texto Básico: Tiago 4:
11-22.
Texto Devocional:
Salmo 50: 19 – 22.
Versículo Chave:
“O homem perverso espalha
contendas, e o difamador separa os maiores amigos”
Leia durante a sua semana:
Segunda dia 4: Tt 3:1-2 –Terça dia 5: Mateus 7:1-13—Quarta dia 6:
Provérbios 18: 4-18 – Quinta dia 7: Provérbios 26:20-22 – Sexta dia 8: Tiago 3:
8-10 – Sábado dia 9: Salmo 105:5 – Domingo dia 10: 1ª Pedro 2:1.
INTRODUÇÃO
Na Bíblia não está
escrita a palavra pecado no aumentativo ou no diminutivo. Ela traz somente o
termo pecado. Mas nós temos uma lista de “pecadinhos” (que consideramos menos
graves) e uma de “pecadões” (que consideramos mais graves; como adultério,
assassinato, prostituição, etc). Certamente na nossa lista de pecadinhos temos
a famosa e familiar maledicência. Muitas vezes toleramos alguém falando mal de
um irmão e até nos associamos a uma leve crítica ao defeito de nosso próximo.
Não é raro nos corredores da igreja ouvirmos irmãos falando mal uns dos outros.
Muitas vezes, por
considerar a maledicência menos grave, nos damos o direito de falar mal de
alguém. A maledicência é tão discreta, que até vem disfarçada de correção e
preocupação com o caráter do outro. Para detectar as necessidades de mudanças
no caráter alheio, somos levados a revelar as áreas menos nobres e fracas de um
irmão. Veremos que a maledicência é explicitamente condenada por trazer consigo
outros pecados que funcionam como suas raízes.
Estudaremos as três
raízes da maledicência.
I-REJEIÇÃO À ESCRITURA
SAGRADA – Tg 4:11.
1.A Bíblia proíbe a
maledicência.
O que será que
Tiago quis dizer com a idéia de que ao falar mal de irmão ou julgá-lo, falamos
mal da Lei e julgamos? Será que nossos irmãos representam a Lei? É claro que
não! Deus representa a Sua própria Lei; e Ele mesmo proíbe falar mal ou julgar
o irmão. Todo aquele que fala mal ou julga o irmão está quebrando essa
Lei. O pecado é a transgressão da Lei
(1Jo3:4); a maledicência a transgride. Não importa se o mal que falamos do
irmão corresponde a uma verdade ou não, importa que a Palavra nos proíbe de
fazê-lo. E aquele que tropeça num só ponto é culpado de todos (Tg 2:10). Vemos
em Tito que por causa de nosso comportamento, a Palavra de Deus pode ser
difamada (Tt 2:1-5).
2.O ser humano
coloca-se acima da Lei.
Desobedecer é a
forma mais direta de desprezar e rejeitar a Lei de Deus. Ao desobedecê-la
estamos dizendo que não concordamos com ela. Quando tomamos a liberdade de
cumprir a Lei, é porque já avaliamos em nossa mente e julgamos desnecessário
obedecê-la. Nesse ponto, deixamos de ser cumpridores e passamos a ser juiz.
Assim nos colocamos acima da Lei e a julgamos.
A distância entre
nossa posição e a do juiz é contrastada na pergunta de Tiago: “tu porém, quem és tu que
julgas o teu próximo”? (Tg 4:12). A pergunta de
Tiago é ofensiva, e evidencia a realidade de que não somos capazes de julgar
tal posição. Essa é a mais uma das perguntas retóricas da Bíblia; tais como: “Se Deus é por nós, quem
será contra nós”? (Rm 8:31); “Quem intentará acusação contra os eleitos de
Deus”? (Rm 8:33); “Qual de vos pode
acrescentar um côvado ao curso de sua vida”? (Lc 12:25); “Quem é tu que julgas
o próximo”? (Tg 4:12). A resposta para
todas elas é a mesma: Ninguém!
3.O ser humano
distancia-se da Lei.
A Palavra de Deus
funciona como um espelho. Quanto mais olhamos nela, mais vemos como somos.
Quando tiramos os olhos da Palavra de Deus, passamos a observar mais a vida e o
comportamento dos outros. Por isso, quanto menos fixamos nossos olhos nas Palavra de Deus,
mais nos fixamos nos outros e mais facilidade teremos de nos tornar
maledicentes. Falar mal dos outros é uma forma de revelar que estamos olhando
pouco para a Bíblia. Alguém que está com os olhos fixos na Palavra será
incomodado pelo Espírito Santo ao falar mal do irmão, porque será lembrados dos
mandamentos que condenam essa atitude (Tt 3:2), e também porque vai encontrar
em si mesmo defeitos suficientes para criticar. “queixe-se cada um dos seus próprios pecados” (Lm 3:39).
II- ASSOCIAÇÃO COM O
SERVIÇO DO DIABO –(Tg 4:11)
1.O nome do “diabo”
significa caluniador.
Falar mal de alguém
é falar contra tal pessoa. Aquele que fala para diminuir ou rebaixar alguém o
faz com a intenção de denegrir sua moral e imagem. Daí vem o termo maledicente.
É aquele que se detém nos defeitos dos outros, que degrada, rebaixa ou difama.
Mesmo quando todos vêem qualidades, o maledicente procura encontrar falhas.
Tais qualificações negativas são atribuídas ao diabo. Em Apocalipse 12:10, o
diabo é o “acusador” dos irmãos. Em 1ª Timóteo 5:14, o diabo é o adversário
“maledicente”. Em Apocalipse 13:16, o diabo é o “difamador” do nome de Deus e
Seu tabernáculo. Em Lucas 15:29-30 o irmão mais velho do Filho pródigo é
acusador de seu irmão, “maledicente”.
2. O diabo fala mal de
Deus aos homens.
Vemos, que ainda no
Éden, Satanás levou Eva a desconfiar de Deus, através de um diálogo carregado
de maledicência. “E assim que Deus disse: Não comereis de toda árvore do jardim?
... Deus sabe que no dia que dele comerdes se vos abrirão os olhos e, como
Deus, sereis conhecedores do bem e do mal” (Gn 3:1-5). Satanás insinuou que Deus estava escondendo algo de bom;
que Ele era egoísta. Toda boa impressão que Eva possuía a respeito de Deus foi
substituída por má impressão ao ser lembrada pela serpente que Ele a proibiu
comer da árvore que estava no meio do Jardim. Assim, aos olhos de Eva, Satanás
conseguiu diminuir a boa fama e o bom nome de Deus. Isso é maledicência.
3. O diabo fala mal
dos homens é Deus.
No, livro de Jô,
vemos o episódio onde o próprio Deus , que é Santo e tem um padrão Santo, reconhece algumas
virtudes de Jó: “Observaste o meu servo Jó? ... homem íntegro e reto, temente a
Deus e que se desvia do mal” (Jó 1:8). Porém, Satanás, perito em denegrir a
imagem de alguém, argumenta lançando questões que punam em dúvida o caráter de
Jó: “Porventura Jó debalde teme a Deus”? (Jó 1:9); “Acaso cercaste com sebe, a
ele, a sua casa e tudo quanto tem”? (Jó 1:10); “Estende, porém, a tua mão,
toca-lhe em tudo quanto ele tem, e verás se não blasfema contra ti na sua
face”(Jó 1:11). A maledicência é uma especialidade do diabo. Ele se destina a
encontrar defeitos até naqueles em quem o próprio Deus vê qualidades. Não é à
toa que recebe o título de “acusador dos irmãos” (Ap 12:10).
4. O diabo é a
essência da maledicência.
O maledicente não
precisa necessariamente encontrar um mal em alguém. Questionar a bondade, a
idoneidade do próximo já é maledicência. O que ele não percebe é que o maior
mal está em si próprio. Paulo fala em 1ª Timóteo 5:14: “não dêem ao adversário
ocasião favorável de maledicência”. Mesmo uma pessoa de bom procedimento pode
ser vítima do maledicente. Pedro, em 1ª Pedro
3:16, desafia seus leitores a estar preparados contra aqueles que difamam o bom
procedimento; “fazendo-o todavia, com mansidão e temor, com boa consciência, de modo que, naquilo em que falam contra vós
outros, fiquem envergonhados os que difamam o vosso bom procedimento em
Cristo”.
III – USURPAÇÃO DOS
DIREITOS DE DEUS (Tg 4:12)
1.Direito exclusivo de
Deus.
A Proibição de
Tiago não se restringe ao ato de falar mal, mas também ao ato de julgar o
irmão. Ele mistura as duas advertências, e a quebra de qualquer uma delas
constitui um mesmo pecado, que é a transgressão da Lei. Em ambos os casos a
pessoa ainda comete uma usurpação; porque falar mal é algo próprio do diabo, e
julgar é específico de Deus. Se falamos mal, nos associamos a algo errado que é
a maledicência do diabo; de julgamos, usurpamos algo que é correto e justo,
porém, pertence exclusivamente a Deus. Um só legislador e juiz (Tg 4:12).
2. Capacidade
exclusiva de Deus.
Quando alguém julga
o irmão, é porque supostamente está detectando algo de mal na vida dele; e com
base no que detectou, se acha no direito de declarar as más qualidades do
outro. Mas o grande problema do nosso julgamento é que ele é ineficaz. Não
temos a capacidade de salvar ou fazer perecer. Nosso julgamento só tem poder de
expor a situação do pecador, mas nada podemos fazer para mudá-la. Deus, porém,
é o juiz capaz de salvar ou fazer perecer (v 12); Ele não apenas expõe a
situação do pecador, mas também define o resultado final dele. Deus é quem
atribui justiça (Rm 4:6). Nós só podemos ver o pecado, mas não podemos fazer
algo eficaz contra ele. Deus pode ver e definir sua sentença. Se houver
arrependimento, há salvação, se não houver, há condenação.
3. Promessa feita por
Deus.
Deus promete que
vai fazer justiça a todos nós; Ele vai julgar o mundo através de Jesus (At
17:31). Quando tomamos a frente disso, estamos ocupando um lugar que só
pertence a Deus. Se o ato de falar mal é claramente visto como pecado porque
traz embutida a maldade do diabo, o ato de julgar também dever ser visto como
pecado porque é usurpação de algo nobre que traz embutida a autoridade que só
pertence Deus e foi prometida por Deus.
Devemos ter bem
claro na mente que julgar os irmãos é passar por cima da autoridade de Deus;
porque ele proibiu julgar, só Ele tem direito de julgar e já prometeu que vai
julgar.
CONCLUSÃO
Os crentes são propriedade exclusiva de Deus (1Pe 2:9), são
também Seus filhos (Jo 1:12). Falar mal do irmão é falar mal de um filho de Deus, uma
propriedade de Deus – Ele o defende como advogado (1 Jo 2:1).
Talvez você já tenha passado a experiência de tentar reabilitar
alguém que fracassou. Ao dar-lhe uma nova chance você é aconselhado a pensar
direito. Alguém diz: “Tome cuidado com fulano, veja que ele já pisou na bola
uma vez; lembre-se que tal dia ele fez isso e aquilo outro”. Esses são os
conselhos do maledicente; ele nunca tem uma palavra positiva sobre ninguém,
seus comentários sempre visam colocar em dúvida a idoneidade dos outros.
Ponha-se o seguinte desafio: pondere antes de falar algo sobre alguém,
questionando se não será maledicência.
NOTA: Como que eu gostaria
de todos do Brasil viessem a receber essa mensagem que nós tratamos aqui nesta
aula sobre Tiago 12/17, sobre a maledicência. Você que a lê me ajude: mande-a
por Email aos seus contatos. Te deixo o meu abraço, a minha amizade e as minhas
orações. Que Deus te abençoe te guarde, que Deus olhe para você te dê a sua paz,
que Deus cure seus males e te abençoe e te prepara um Natal cheio de Páz.
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Aula de E. B. D. de Erleu Fernandes.
E-mail: erleu_cruz@hotmail.com.
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Indique aos seus contatos esse nosso blog.
www.jerusalemeaqui.blogspot.com
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