sexta-feira, 25 de abril de 2014

TIAGO - AULA 13 / 17

TIAGO-AULA 13/17 
Postada na sexta - antecipada ao dia 26/4

AULA DE E.B.D. – 13/17.  

EDITADA NO SÁBADO – DIA 26/04/2014.

TÍTULO: O PERIGO DA AUTO CONFIANÇA.

Texto Básico: Tiago 4: 13-17.

Texto devocional: Salmo 27: 1-14.
Versículo-chave: “Não abandonei, portanto a vossa confiança; ela tem grande galardão” (Hb 10:35).

                               INTRODUÇÃO
     O compromisso que gera credibilidade é descrito na Bíblia como uma grande virtude cristã, sendo mesmo a essência da própria fé (MT 23:23; Rm 3:3; Gl 5:22; Tt 2:10) e a base da doutrina cristã saudável, descrita como algo em que devemos crer e confiar (1Tm 1:19; Gl 1:23). Por outro lado, a auto confiança é vista como suspeita por ser acompanhada, não raras vezes, pelo fermento da jactância , que segundo o dicionário Houaiss é a atitude de alguém que se manifesta com arrogância e tem alta opinião de si mesmo; uma atitude de quem conta bravatas, movido pela pretensão de bravura ou busca de altos méritos e conquistas.
     Segundo Tiago, confiar em si mesmo é ilusão, pois não podemos saber o que nos trará o amanhã. Melhor é nos submetermos a Deus e buscar na sua vontade a direção de nossa vida. O cristão deve procurar conhecer a vontade de Deus e cumpri-la, pois não fazendo assim, está pecando. Arrogância, busca pelo sucesso mundano, pretensa de decidir o futuro é atitude maligna, pois leva o ser humano ao orgulho.

I-A TENTAÇÃO DA PROSPERIDADE NOS NEGÓCIOS. ( 1Tm 6:10).
Tiago é um dos escritores mais judaicos do Novo Testamento e elemento de transição do pensamento judaico do Antigo Testamento para o pensamento cristão do Novo Testamento.
Segundo J.B. dos Santos Júnior, a prosperidade material é uma força de dois pólos: pode ser bênção e pode ser maldição. É sempre uma prova. É antes de tudo uma prova de caráter porque a prosperidade requer muita energia e força de caráter. É difícil ganhar dinheiro. Mais difícil ainda é defendê-lo daqueles que o desejam obter de qualquer jeito.
No pensamento cristão revelado pelo NT, os bens materiais são vistos como origem terrena e iníqua, a serviço de um sistema mundano, secularizado. Contudo o cristão pode fazer feles motivo de bênção e regozijo espiritual, através da mordomia cristã (Lc 16: 9-13).

II-SE EU QUISER OU SE O SENHOR QUISER? (Jo 7: 17-18).
Como cristão penso que o grande dilema da nossa fé, hoje, consiste em compreendermos a vontade de Deus para a nossa vida em cada dia. O que o Senhor quer que eu faça? Qual é mesmo a vontade do Senhor para mim? È fácil ocultar o problema sob uma profissão de fé vazia de obediência ao Senhor e ocultar a revolta e a desobediência em uma vida de aparências religiosas, como sucedeu com os líderes dos judeus, os sacerdotes, os anciãos do povo e os fariseus, denunciados por Jesus na parábola dos dois filhos (Mt 21:28-32). Quem fez a vontade do Senhor? Enquanto líderes fingiam estar trabalhando na vinha do Senhor, os pecadores, como os publicanos e as meretrizes, recebiam o reino de Deus com alegria, arrependiam-se  sinceramente e obedeciam. Estavam prontos para fazer a vontade do Senhor. Lembremos: para Jesus a vontade de Deus era a Sua comida e bebida (Jo 4: 31-34).

III-O PECADO DA SONEGAÇÃO DO BEM.
Em Tiago, o conceito de fazer o bem tem um sentido prático: “Se um irmão ou uma irmã estiverem carecidos de roupa, e necessitados do alimento cotidiano, e qualquer dentre vós lhes disser: ide em paz, aquecei-vos, e fartai-vos, sem, contudo, lhes dar o necessário para o corpo, qual é o proveito disso”? (Tg 2:15-16). Desta forma Tiago faz coro com a igreja primitiva que usava a necessidade com oportunidade para os cristãos desenvolverem a solidariedade e o dom do socorro (At 4:34-35; 20:35).
Algumas igrejas locais têm falhado nesse aspecto da diaconia cristã, ao utilizar-se de organizações para-eclesiática, que lhes prestam serviços. Essas organizações são, quase sempre, impessoais; ou ainda empresas que captam recursos para igrejas, mas com suas próprias administrações (não eclesiásticas). Ao deter o controle financeiro, há a tendência de se julgarem mais poderosas e com poder de decisão maior que a própria igreja. Tal modelo foge ao conceito bíblico e neotestamentário, no qual o calor humano favorece o crescimento saudável da igreja. Entregamos a uma instituição a tarefa de fazer o bem, que é da igreja!
A natureza do pecado a que se refere Tiago está ligada à idéia de errar o alvo, entre as outras idéias de pecado que aparecem na carta, tais como: cobiça (1:15), fazer acepção de pessoas (2:9) e acumular uma porção de erros (5:15,16,20) nos relacionamentos mútuos.

                           CONCLUSÃO
Se a carta aos Hebreus nos exorta a confiarmos no Senhor, por meio da fé, o mesmo não ocorre com a auto confiança, sobre a qual recai a suspeita de ser tomada por uma espécie de jactância, o mesmo orgulho que transformou o estrelismo do querubim celeste em queda do reino dos mortos e transformou o portador da luz (Lúcifer) em anjo das trevas (Is 14:12-15). É uma jactância maligna!
O povo de Tiago, os israelitas, eram nômades desde o exílio da Babilônia. Poucos voltaram para o assentamento na Palestina segundo Esdras 2 e Neemias 7. Famílias citadas nominalmente de judaístas, benjamitas e levitas, formaram o remanescente da reconstrução. Os demais se tornam homens de negócio que mudavam de cidade à procura de lucros. Muitos se esqueceram de Deus ou O trocaram pela comodidade dos negócios. Foram eles, segundo o judeu francês Jacques Attali, que inventaram o comércio, o dinheiro, as letras de cãmbio, o sistema bancário, etc. Tiago, vendo o risco dos cristãos procederem do mesmo modo, diz: “devíeis dizer: se o Senhor quiser”. Já no Antigo Testamento está escrito: “se as vossas riquezas prosperam, não ponhais nelas o coração (Sl 62:10).
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Reflexão de: Erleu Fernandes.
E.B.D. 13/17 editada aos sábados.
E-mail: erleu_cruz@hot

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