terça-feira, 7 de fevereiro de 2012


PEQUENOS

Leitura Bíblica: Jó 42.1-6.

“Que eu jamais me glorie, a não ser na cruz de nosso Senhor Jesus Cristo” (Gl 6.14a). 

O texto de hoje é o clímax da história de Jó. Apesar de ser um homem justo, ele perdeu praticamente tudo o que tinha e passou a discutir com seus “amigos” sobre o porquê de seu sofrimento. Eles diziam que Jó tinha pecado, mas este argumentou que era um homem bom e suficientemente religioso para não merecer tamanha injustiça. Tentou se justificar perante Deus e apresentar o melhor modo de conduzir a situação. Pensando bem, também agimos como ele muitas vezes: adoramos a Deus dizendo que ele é soberano, mas ainda tentamos convencê-lo de que nosso jeito de resolver as coisas é melhor que o dele – como se Deus tivesse de nos obedecer, e não o contrário.
No caso de Jó, o próprio Deus falou com ele. Imagino que Jó tenha ficado pasmo e envergonhado, sem saber o que dizer. Como argumentar com o Criador de todas as coisas? De repente, ele percebeu seu erro e sentiu-se pequeno, fraco e limitado. Outros tiveram a mesma experiência: Isaías (Is 6.5), Paulo (At 9.3-5) e João (Ap 1.17).
Diante de Deus, percebemos o que realmente somos – bastardos, miseráveis, esquisitos e aberrações, como escreveu Philip Yancey. Quanto mais o conhecemos, mais nos sentimos pequenos. Contemplando o Santo, enxergamos nossa impureza; admirando sua grandiosidade, percebemos o quanto somos pequenos; sua perfeição contrasta com nossas falhas. Antes, éramos satisfeitos e orgulhosos; agora nos menosprezamos por sermos fracos, incapazes e tão imperfeitos.
Inacreditavelmente, Deus nos ama como somos e não nos deixa prostrados, com vergonha de tudo o que fizemos. Segurando nossa mão, ele ajuda a nos levantarmos e a prosseguir nosso caminho, seguros de seu amor incondicional por nós – apesar de não merecermos. Precisamos compreender quem realmente somos para adorá-lo e amá-lo ainda mais por quem ele é. Além disso, podemos amar e compreender as outras pessoas, tão falhas e incapazes quanto nós. Diante de Deus, compreendo quem realmente sou. E ele me ama mesmo assim.
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Reflexão do blog de: Erleu Fernandes
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“Cuidado com as más companhias. Escolha para amigo um entre mil” (Erleu Fernandes)

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