sábado, 8 de fevereiro de 2014

ENSINO SOBRE TIAGO Nº 3

ENSINO SOBRE TIAGO Nº 3 

    ENCONTRO COM A PALAVRA. 
          NOS SÁBADO– AULA 3
*Dia 08/02/2014.
Texto Básico: Tiago 1: 9-11.
Texto devocional: Romanos 5: 1 1-11.

“Porque o sol se levanta com seu ardente calor, e a erva seca, e a sua flor cai, e desaparece a formosura do seu aspecto; assim também se murchará o rico em seus caminhos”

INTRODUÇÃO.

      Já vimos anteriormente que as tribulações e o sofrimento são como ferramentas que Deus usa na nossa vida para nos tornar aquilo que ele planejou. Alegrem-se, diz Tiago, o sofrimento está dentro da soberania do projeto de Deus.
      Por mais que a aprovação seja uma ferramenta nas mãos de Deus, ela sempre é dolorosa. A provação sempre traz uma tônica bem forte daquilo que é desagradável, desconfortável, inseguro. Esta seção da carta provavelmente descreve a realidade profetizada por Ágapo em Atos 11:28-29.
       Diante desta realidade, uma pergunta que provavelmente pairava na mente dos leitores de Tiago era: “Valeu a pena ter crido em Cristo e agora estar sofrendo perseguição, fome e pobreza”? Talvez alguns daqueles crentes tenham feito tuas as palavras de Asafe – “Inutilmente conservei puro o coração” (Sl 73:13). Eles olhavam para as pessoas à sua volta e as viam numa condição muito boa. Mas a situação deles era bem diferente. Não me assim que nos sentimos algumas vezes também?
*Recebemos um diagnóstico do médico não muito agradável – sobrevém-nos a insegurança, não sabemos o que vai acontecer conosco e com a nossa família.
*Enfrentamos as dores de relacionamentos quebrados – temos ressentimentos, raiva.
*Perdemos um emprego – a angústia nos abate, o desconforto, a ansiedade e os temores se instalam em nosso coração, sofremos restrições.
      Como nos sentimos diante de situações como essas?
      Observemos ainda o que Asafe diz no Salmo 73:2 e 11. Tanto o salmista como os leitores de Tiago estão com um sentimento de inveja, um sentimento de que perderam tempo na vida levando Deus a sério. Será que passar por restrições e seguir os conselhos de Deus, o caminho de Deus, vale a pena? Tiago nos apresenta três perspectivas desta situação.
I – IGUALDADE NO CONTRASTE (Tg 1:9-10).
       Notem que por duas vezes Tiago usa a palavra orgulhar. Uma vez para o irmão de condição humilde e a outra para o rico (Tg 1:9-11).
      Ambos devem olhar alem das circunstâncias físicas e externa, em direção aos valores espirituais interiores e circunstâncias do reino celestial que se vêem. “O contraste antitético entre o pobre e o rico retoma um tema bíblico comum: a transitoriedade das coisas deste mundo, nas quais não devemos depositar nossa confiança e nos orgulhar”. (Duglas J. Moo). Todavia, há coisas das quais devemos nos orgulhar. É fácil alguém abastado se orgulhar de sua condição, e aquele que “está por baixo” nutrir sentimentos de inveja. Ambos estão em perspectivas erradas dos valores de Deus, daquilo que Deus considera de fato como valor. Observemos que os valores humanos não são os mesmos de Deus.
1.A Pobreza não é má e não é resultado de incredulidade.
      Ilustração: Num encontro de pastores um irmão compartilhou a alegria de que naquela semana havia comprado um carro, depois de cinco anos poupando, e pediu que os outros louvassem a Deus com ele. Alguém perguntou: “Que carro”? “Um Gol 86”, foi a resposta. “Um Gol 86? Eu não vou louvar nada, você é um filho de Deus, deveria ser um Astra 0 km. Você não crê no Deus que eu creio. Interessante esta percepção, na qual ser pobre (literalmente no grego) – de baixa condição social) significa ser incrédulo. Não é disto que Tiago está falando. O pobre não pode ser acusado nem condenado por sua pobreza, como se fosse resultado de incredulidade.
      Foi então que uma irmã, disse” “Esperei mais de oito anos por uma questão na justiça e quando recebi comprei uma pequena chácara nos arredores da cidade e um carro, pra poder ir e voltar na igreja e ir em outros lugares”. Neste instante alguém lhe pergunta: “Que marca era o carro”? Ela responde: “Kinen”! “Kinen”? Nunca sequer ouvi falar dessa marca. É importado”? Daí a irmã respondeu. “Não. É “kinen” o teu, tem quatro rodas, dois faróis, duas portas, funciona a gasolina e tem volante, igualzinho tem no seu. O ano e a marca não te interessa, foi isso que Deus quis que eu possuísse”.
2. A riqueza não é tudo e não é pecado.
      Os ricos também não são acusados e nem condenados por serem ricos, mas por depositarem sua confiança nas riquezas (cf. 1Tm 6:9, 17-19). A palavra de Paulo é contra a ambição, a ganância, o apego, o viver em função do dinheiro que se tem. Possuir bens, ser rico, não implica a pecar. O amor ao dinheiro é a raiz de todos os males, não o dinheiro em si.


3. As “moedas” que mais valorizamos.
      Há três moedas valorizadas na nossa sociedade: a riqueza, a beleza e a inteligência. Que valor tem isso de fato? Num determinado momento, o dinheiro possuído pode ser perdido (“fará para si asas”). Além disso, ao morrer, o ser humano não levará nada consigo (Pv 23:5; Sl 49: 16 – 17).
      Quando você passar desta vida para eternidade, aquilo que é considerado de valor aqui não será valor lá. Seus títulos, a beleza de sua casa, seu carro, seu dinheiro, sua beleza física de nada valerão na eternidade. Não se orgulhe disso, não confie nisso. Você confia no que você ganha? Você confia que é sua empresa que vai manter você lá o resto da vida, sustentando você? Essas coisas não fazem parte da ordem de valores de Deus, estas moedas não valer nada lá no outro lado desta vida. É isso que Tiago está dizendo (Tg 1:11). Então, o que vale para Deus? Quais são os valores eternos?

II – O QUE É VALOR PARA DEUS?
      Há um motivo significante para nos orgulharmos, e para saber qual é, precisamos olhar para nós do mesmo modo como Deus o faz. Jesus, no Sermão da Monte, disse: “Bem aventurados os humildes de espírito, porque deles é o reino dos céus” (Mt 5:3). Feliz é aquele que compreende corretamente a sua condição diante de Deus, pois Ele não se agrada da soberba, mas da humildade (Tg 4:6). A melhor maneira de investir no que realmente tem valor é enxergar a nossa insignificância e incapacidade de cumprir as exigências de Deus, sem pretender requerer qualquer tipo de direito.
      Do que podemos nos orgulhar nesta vida? Em que vale a pena investirmos? Paulo, em Romanos 5: 1-11, usou três vezes a palavra gloriar, que tem o mesmo sentido da usada por Tiago: (Tg 1:9-10). Essa passagem de Romanos 5 apresenta os motivos de termos orgulho alegre.
1.Nossa posição em Cristo (Rm 5:1,11).
      Fomos justificados mediante a fé e temos paz com Deus. Tenhamos o alegre orgulho do fato de Deus estender o Seu favor e enviar o Seu Filho para morrer por nós. Nos gloriamos em Deus, por Jesus Cristo, por quem recebemos a reconciliação. E só por fé, exclusivamente por fé, está apaziguada a nossa situação com Deus.
2.Nossa esperança da glória de Deus (Rm 5:2).
      Tenhamos o alegre orgulho por causa das coisas que Deus prometeu, especialmente a eternidade com Ele.
3.Nossa dignidade nas tribulações (Rm 5:3).
      Tenhamos o alegre orgulho de passarmos por elas, pois isso faz parte do projeto de Deus para a nossa vida, de nos fazer crescer, perseverar.
      Vejamos alguns motivos que Pedro também nos apresenta, embora não empregue o verbo gloriar (1Pe 2:9-10):
*Raça eleita – Temos uma linhagem divina;
*Sacerdotes Reais – Temos acesso à presença de Deus continuamente;
*Nação Santa – Fomos separados com um propósito;
*Propriedade Exclusiva de Deus – Somos alvo dos cuidados do Pai;
*Propósito – Temos o privilégio de compartilhar o que Deus tem feito por nós.

      Quantos motivos para nos orgulharmos alegremente! Esta é a diferente escala de valores de Deus, que vale para toda a eternidade. A “moeda” que vale é a graça de Deus que nos alcançou e nos dá uma nova perspectiva para a eternidade.
CONCLUSÃO
      Quais são os seus valores? Você tem valorizado a aparência de sua casa, trabalho, dinheiro, beleza, segurando a “cumbuca”, sem perceber que enquanto a agarra, está acumulando um prejuízo eterno? Você quer uma riqueza que vale a pena? Certamente não é a que está guardada neste mundo. Ela está reservada nos céus. Não acumule “tralhas”!
      Talvez nesta vida você vai ter o dinheiro, o carro, a casa, a beleza que você gostaria, mas, lembre-se: seus valores acabam definindo sua agenda, suas prioridades e seus procedimentos. Você quer se orgulhar de algo? Orgulhe-se da posição que Deus lhe deu, da herança que ele lhe prometeu. Tenha o alegre orgulho de valorizar as mesmas coisas que Deus valoriza!
........................................
Reflexão de sábado do Livro de Tiago Para o Blog "Jerusalém É Aqui"..
Aula nº 3 das 17.
..........................................
FONTE: Editora Cristã Evangélica.
      



0 comentários:

Postar um comentário