quinta-feira, 14 de outubro de 2010

TAPETINHO VERMELHO

Uma pobre mulher morava numa humilde casinha com sua neta, que estava muito doente. Como não tinha dinheiro sequer para levá-la a um médico, e vendo que apesar de seus muitos cuidados e remédios com ervas, a pobre criança piorava a cada dia. Resolveu iniciar a caminhada de 2 horas até a cidade próxima em busca de ajuda. Ao chegar no único hospital público da região foi aconselhada a voltar para casa e trazer a neta, para que fosse examinada. Quando voltava, desesperada, por saber que sua neta não conseguiria sequer levantar da cama, a senhora passou em frente de uma Igreja, resolveu entrar e pedir ajuda. Logo que entrou viu umas senhoras de joelhos no chão orando. As senhoras a receberam com sorrisos e, após saberem de sua história, convidaram-na a ajoelhar-se com elas e orar pela criança. Após uma hora de fervorosas orações e pedidos de intercessão ao Pai, as senhoras se levantaram, quando a mulher lhes disse: "Eu também gostaria de fazer uma oração". Vendo que se tratava de uma mulher de pouca cultura, as senhoras retrucaram: "Não é necessário. Com as nossas orações, com certeza, a sua neta vai melhorar". Ainda assim a senhora insistiu em orar e começou: "Deus, sou eu, a a de minha neta. Olha, a minha neta é uma menina muito inteligente e muito bonita, mas está muito doente. Deus, eu gostaria que o Senhor fosse lá em casa e curasse ela. Deus pegue uma caneta e escreve como que o Senhor chega lá em casa". As mulheres estranharam aquele jeito de orar, mas continuaram ouvindo. "Já está com a caneta, Deus? Então escreve. Pega a estrada asfaltada daqui de volta para Belo Horizonte, e quando passar a ponte do rio Muriaé o Senhor entra na segunda estrada de barro a esquerda, não vai errar não, tá"? Nessa altura, as senhoras esforçarçavam-se para não desatar a rir; mas ela continuou: "Andando mais uns 20 minutos o Senhor vai ver uma vendinha com as paredes pintadas de verde, passe por ela e entra na rua depois da mangueira do lado direito da estrada, mas pra frente, já quase no final da rua, o Senhor vai ver meu barraquinho. É fácil! Logo na chegada tem uns pés de rosa branca carregadinho de flor! Pode ir sem medo, que lá não tem cachorro". As senhoras começaram a indignar-se com a situação. Mas ela continuou: "Olha Deus, a porta está trancada mas a chave fica debaixo do tapetinho vermelho que tá na porta do lado de fora, o Senhor pega a chave, entra, e cura a minha netinha, tá Deus? Eu sei que o Senhor vai fazer isso, porque o Senhor é tão bom! Olha Deus, por favor, não se esqueça, quando sair, de tranca a porta e colocar a chave de novo debaixo do tapetinho vermelho, senão eu não consigo entrar quando chegar em casa". Nessa altura, as senhoras interromperam aquela ultrajante situação dizendo que não era assim que se deve orar, mas que ela fosse para casa sossegada pois elas eram pessoas de muita fé em Deus, que com certeza, Deus iria ouvir as suas preces e curar a menina.
A mulher foi para casa um pouco desconsolada, mas ao entrar na sua casinha, sua neta veio correndo recebê-la. - "Uai menina, você está de pé, como que é possível, se tu tava doente"? E a menina explicou; "Oia . Eu ouvi um barulho na porta e pensei que fosse a senhora que tinha voltado. Mas não era, entrou em meu quarto, um homem alto, que usava um vestido branco comprido, e me mandou levantar. Não sei como, mas sem sentir mais nada levantei". E quase em pranto a menina continuou: "Ele me mandou ir até perto dele, sorriu pra mim, me abraçou, me deu um beijo na testa e disse que tinha de ir embora, que eu me deitasse e te esperasse. Me pediu que eu avisasse a senhora que ele iria colocar a chave de novo debaixo do tapetinho vermelho".
E eu lhe digo: "O mais importante da vida não é como se fala com Deus, mas sim, se você tem fé em Deus".
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Reflexão Do Dia Erleu Fernandes
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Colaboração - Uma irmã por E-mail.

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