CRISTÃOS MADUROS - 15a

                                                  CRISTÃOS MADUROS
                         E INSTRUIDOS NA PALAVRA -15a
                             ALUÍZIO A. SILVA – E.B.D.
                             ANDANDO NO ESPÍRITO
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ANDAR PELA CRUZ.
(continuação da aula anterior - Nº 15)

1)-Negar a si mesmo e tomar a Cruz.

O que é negar-se a si mesmo? O negar-se a si mesmo não é a completa anulação da vontade. Mas uma renúncia definida quando minha vontade quer seguir outra direção diferente da vontade de Deus.
Negar-se a si mesmo é uma renúncia do domínio da própria vida, e isso, sem dúvida, em algumas situações, vai implicar em todos os aspectos que já mencionamos acima.

2)-Ponto em que a Cruz nos toca.

Jesus propõe aos seus seguidores um padrão para á vida cristã. Esse padrão nada mais é do que a aplicação da Cruz em cada parte do nosso ser.
Todas as vezes que Jesus falou em tomar a Cruz, Ele falou também sobre o negar a si mesmo. Negar a si mesmo é tomar a Cruz. A Cruz nada mais é do que a vontade de Deus, e não há como fazer a vontade dEle sem negar a nossa própria vontade.
a)-Nossos relacionamentos: “Se alguém quer vir após mim, e não aborrecer a seu pai, sua mãe, mulher, filhos, irmãos e
irmãs e ainda a sua própria vida, não pode ser meu discípulo” (aborrecer= descontentar, desgostar). (Lc 14:26).

A renúncia implica ao amor e à aceitação incondicional dos outros. Não significa que não quero mais ser amado, mas, se para ser amado, eu tiver de rejeitar Jesus, colocar em segundo plano a fé, ou mesmo abrir mão da verdade, então eu prefiro não ser amado. Deus pode nos pedir que façamos. Assim como Deus requereu de Maria gerar Jesus sendo virgem, Ele pode requerer de nós algo que pode nos trazer constrangimentos e lutas. Hoje, Deus pode nos pedir que façamos coisas na vida da Igreja que serão mal interpretadas e até rejeitadas por muitos.

b)-Nosso “Eu”. “E qualquer que não tomar a sua Cruz e vir após mim não pode ser meu discípulo” (Lc 14:27).
Tomar a Cruz nos fala de: tomar a vontade de Deus em detrimento da nossa. A Cruz nos fala em abrir mão de direitos, reconhecimentos, oportunidades e assim por diante. Jesus já sob a sombra da Cruz disse: “Não se faça a minha vontade, mas sim a Tua” (Lc 22:42).
Quantas vezes descemos da Cruz, perdendo poder e autoridade? O que é descer da Cruz? É qualquer atitude tomada para salvar o “eu”.

A autocompaixão é descer da cruz. A pessoa se sente injustiçada e tem pena de si mesma, e pensa: “Eu sou tão maravilhosa, e ser tratada desta forma”!
Ressentimento é descer da Cruz. A pessoa se sente injustiçada e se irrita: “Logo eu, que sou tão isso e aquilo, alguém como eu nunca poderias sofrer dessa maneira” Viu como se extravasou aí o ego?
Recusar a assumir a culpa é descer da Cruz. “Todos são culpados, menos eu, ou pelo menos todos são mais culpados do que eu”. A autovindicação é descer da Cruz.
Igrejas inteiras são destruídas porque alguém não abriu mão da vingança. Às vezes os carnais se perguntam: “Mas porque sempre eu tenho que tomar a Cruz”?

A Cruz é um tipo de princípio que precisamos ensinar por demonstração. Já viram como uma ovelha morre? Não se ouve um gemido sequer. Já observaram um porco sendo imolado? Jesus tomou a sua Cruz voluntariamente, ao contrário dos dois ladrões que foram condenados a morrer crucificados numa Cruz. Não tome a Cruz como um criminoso, mas como um cordeiro.

c)-Nossos bens. “Assim, pois, todo aquele que dentre vós não renuncia a tudo quanto tem não pode ser meu discípulo” (Lc 14:33). Não há cristianismo sem Cruz; sem Cruz há apenas religião. O ego deve perder seu lugar de centralidade, cedendo lugar a vontade de Deus.

A Cruz está intimamente relacionada com nosso estilo de vida. Muitos creem no versículo que diz que Cristo se fez pobre para que, pela Sua pobreza, nos tornássemos ricos (2Co 9), mas se esquecem da ordem dEle para que não acumulemos tesouros sobre a terra. Isso parece contraditório, mas o paradoxo desaparece quando entendemos que Deus nos dá para que demos de volta a Ele. Logo, prosperidade é ter um pouco mais do que o necessário. Saibam, que o Senhor precisa ter o controle completo sobre a nossa conta corrente. É preciso que entendamos que, somos um povo próspero e generoso, que teve os bens tratados pela Cruz.

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