TIAGO-12
AULA DE E.B.D. – 12/17 –
EDITADA NOS SÁBADOS – DIA 3/12/2011.
TÍTULO:
A MALEDICÊNCIA É
CONDENADA
(Autor: Pr Everson Souza
Pereira).
Texto Básico: Tiago 4: 11-22.
Texto Devocional: Salmo 50: 19 – 22.
Versículo Chave:
“O homem perverso espalha contendas, e o difamador separa
os maiores amigos”
Leia durante a sua
semana: Segunda dia 4: Tt 3:1-2 –Terça
dia 5: Mateus 7:1-13—Quarta dia 6: Provérbios 18: 4-18 – Quinta dia 7:
Provérbios 26:20-22 – Sexta dia 8: Tiago 3: 8-10 – Sábado dia 9: Salmo 105:5 –
Domingo dia 10: 1ª Pedro 2:1.
INTRODUÇÃO
Na Bíblia não está escrita a palavra pecado no aumentativo
ou no diminutivo. Ela traz somente o termo pecado. Mas nós temos uma lista de
“pecadinhos” (que consideramos menos graves) e uma de “pecadões” (que
consideramos mais graves; como adultério, assassinato, prostituição, etc).
Certamente na nossa lista de pecadinhos temos a famosa e familiar maledicência.
Muitas vezes toleramos alguém falando mal de um irmão e até nos associamos a
uma leve crítica ao defeito de nosso próximo. Não é raro nos corredores da
igreja ouvirmos irmãos falando mal uns dos outros.
Muitas vezes, por considerar a maledicência menos grave, nos
damos o direito de falar mal de alguém. A maledicência é tão discreta, que até
vem disfarçada de correção e preocupação com o caráter do outro. Para detectar
as necessidades de mudanças no caráter alheio, somos levados a revelar as áreas
menos nobres e fracas de um irmão. Veremos que a maledicência é explicitamente
condenada por trazer consigo outros pecados que funcionam como suas raízes.
Estudaremos as três raízes da maledicência.
I-REJEIÇÃO À ESCRITURA SAGRADA – Tg 4:11.
1.A Bíblia proíbe a maledicência.
O que será que Tiago quis dizer com a idéia de que ao falar
mal de irmão ou julgá-lo, falamos mal da Lei e julgamos? Será que nossos irmãos
representam a Lei? É claro que não! Deus representa a Sua própria Lei; e Ele
mesmo proíbe falar mal ou julgar o irmão. Todo aquele que fala mal ou julga o
irmão está quebrando essa Lei. O pecado
é a transgressão da Lei (1Jo3:4); a maledicência a transgride. Não importa se o
mal que falamos do irmão corresponde a uma verdade ou não, importa que a
Palavra nos proíbe de fazê-lo. E aquele que tropeça num só ponto é culpado de
todos (Tg 2:10). Vemos em Tito que por causa de nosso comportamento, a Palavra
de Deus pode ser difamada (Tt 2:1-5).
2.O ser humano coloca-se acima da Lei.
Desobedecer é a forma mais direta de desprezar e rejeitar a
Lei de Deus. Ao desobedecê-la estamos dizendo que não concordamos com ela.
Quando tomamos a liberdade de cumprir a Lei, é porque já avaliamos em nossa
mente e julgamos desnecessário obedecê-la. Nesse ponto, deixamos de ser cumpridores
e passamos a ser juiz. Assim nos colocamos acima da Lei e a julgamos.
A distância entre nossa posição e a do juiz é contrastada na
pergunta de Tiago: “tu porém, quem és tu que julgas o teu
próximo”? (Tg 4:12). A pergunta de Tiago é ofensiva, e evidencia a realidade de que não somos
capazes de julgar tal posição. Essa é a mais uma das perguntas retóricas da
Bíblia; tais como: “Se Deus é por nós, quem será contra
nós”? (Rm 8:31); “Quem intentará acusação contra os eleitos de Deus”? (Rm
8:33); “Qual
de vos pode acrescentar um côvado ao curso de sua vida”? (Lc 12:25); “Quem é tu
que julgas o próximo”? (Tg 4:12). A resposta para todas elas é a mesma: Ninguém!
3.O ser humano distancia-se da Lei.
A Palavra de Deus funciona como um espelho. Quanto mais
olhamos nela, mais vemos como somos. Quando tiramos os olhos da Palavra de
Deus, passamos a observar mais a vida e o comportamento dos outros. Por isso,
quanto menos fixamos nossos olhos nas
Palavra de Deus, mais nos fixamos nos outros e mais facilidade teremos de nos
tornar maledicentes. Falar mal dos outros é uma forma de revelar que estamos
olhando pouco para a Bíblia. Alguém que está com os olhos fixos na Palavra será
incomodado pelo Espírito Santo ao falar mal do irmão, porque será lembrados dos
mandamentos que condenam essa atitude (Tt 3:2), e também porque vai encontrar
em si mesmo defeitos suficientes para criticar. “queixe-se cada um dos
seus próprios pecados” (Lm 3:39).
II- ASSOCIAÇÃO COM O SERVIÇO DO DIABO –(Tg 4:11)
1.O nome do “diabo” significa caluniador.
Falar mal de alguém é falar contra tal pessoa. Aquele que
fala para diminuir ou rebaixar alguém o faz com a intenção de denegrir sua
moral e imagem. Daí vem o termo maledicente. É aquele que se detém nos defeitos
dos outros, que degrada, rebaixa ou difama. Mesmo quando todos vêem qualidades,
o maledicente procura encontrar falhas. Tais qualificações negativas são
atribuídas ao diabo. Em Apocalipse 12:10, o diabo é o “acusador” dos irmãos. Em
1ª Timóteo 5:14, o diabo é o adversário “maledicente”. Em Apocalipse 13:16, o
diabo é o “difamador” do nome de Deus e Seu tabernáculo. Em Lucas 15:29-30 o
irmão mais velho do Filho pródigo é acusador de seu irmão, “maledicente”.
2. O diabo fala mal de Deus aos homens.
Vemos, que ainda no Éden, Satanás levou Eva a desconfiar de
Deus, através de um diálogo carregado de maledicência. “E
assim que Deus disse: Não comereis de toda árvore do jardim? ... Deus sabe que
no dia que dele comerdes se vos abrirão os olhos e, como Deus, sereis
conhecedores do bem e do mal” (Gn 3:1-5). Satanás insinuou que Deus estava escondendo algo de bom;
que Ele era egoísta. Toda boa impressão que Eva possuía a respeito de Deus foi
substituída por má impressão ao ser lembrada pela serpente que Ele a proibiu
comer da árvore que estava no meio do Jardim. Assim, aos olhos de Eva, Satanás
conseguiu diminuir a boa fama e o bom nome de Deus. Isso é maledicência.
3. O diabo fala mal dos homens é Deus.
No, livro de Jô, vemos o episódio onde o próprio Deus , que
é Santo e tem um padrão Santo, reconhece
algumas virtudes de Jó: “Observaste o meu servo Jó? ... homem íntegro e reto,
temente a Deus e que se desvia do mal” (Jó 1:8). Porém, Satanás, perito em
denegrir a imagem de alguém, argumenta lançando questões que punam em dúvida o
caráter de Jó: “Porventura Jó debalde teme a Deus”? (Jó 1:9); “Acaso cercaste
com sebe, a ele, a sua casa e tudo quanto tem”? (Jó 1:10); “Estende, porém, a
tua mão, toca-lhe em tudo quanto ele tem, e verás se não blasfema contra ti na
sua face”(Jó 1:11). A maledicência é uma especialidade do diabo. Ele se destina
a encontrar defeitos até naqueles em quem o próprio Deus vê qualidades. Não é à
toa que recebe o título de “acusador dos irmãos” (Ap 12:10).
4. O diabo é a essência da maledicência.
O maledicente não precisa necessariamente encontrar um mal
em alguém. Questionar a bondade, a idoneidade do próximo já é maledicência. O
que ele não percebe é que o maior mal está em si próprio. Paulo fala em 1ª
Timóteo 5:14: “não dêem ao adversário ocasião favorável
de maledicência”. Mesmo uma pessoa de bom procedimento pode ser vítima do
maledicente. Pedro, em 1ª Pedro 3:16, desafia seus leitores a estar preparados contra
aqueles que difamam o bom procedimento; “fazendo-o todavia, com
mansidão e temor, com boa consciência, de modo que, naquilo em que falam contra vós
outros, fiquem envergonhados os que difamam o vosso bom procedimento em
Cristo”.
III – USURPAÇÃO DOS DIREITOS DE DEUS (Tg 4:12)
1.Direito exclusivo de Deus.
A Proibição de Tiago não se restringe ao ato de falar mal,
mas também ao ato de julgar o irmão. Ele mistura as duas advertências, e a
quebra de qualquer uma delas constitui um mesmo pecado, que é a transgressão da
Lei. Em ambos os casos a pessoa ainda comete uma usurpação; porque falar mal é
algo próprio do diabo, e julgar é específico de Deus. Se falamos mal, nos
associamos a algo errado que é a maledicência do diabo; de julgamos, usurpamos
algo que é correto e justo, porém, pertence exclusivamente a Deus. Um só
legislador e juiz (Tg 4:12).
2. Capacidade exclusiva de Deus.
Quando alguém julga o irmão, é porque supostamente está
detectando algo de mal na vida dele; e com base no que detectou, se acha no
direito de declarar as más qualidades do outro. Mas o grande problema do nosso
julgamento é que ele é ineficaz. Não temos a capacidade de salvar ou fazer
perecer. Nosso julgamento só tem poder de expor a situação do pecador, mas nada
podemos fazer para mudá-la. Deus, porém, é o juiz capaz de salvar ou fazer perecer
(v 12); Ele não apenas expõe a situação do pecador, mas também define o
resultado final dele. Deus é quem atribui justiça (Rm 4:6). Nós só podemos ver
o pecado, mas não podemos fazer algo eficaz contra ele. Deus pode ver e definir
sua sentença. Se houver arrependimento, há salvação, se não houver, há
condenação.
3. Promessa feita por Deus.
Deus promete que vai fazer justiça a todos nós; Ele vai
julgar o mundo através de Jesus (At 17:31). Quando tomamos a frente disso,
estamos ocupando um lugar que só pertence a Deus. Se o ato de falar mal é
claramente visto como pecado porque traz embutida a maldade do diabo, o ato de
julgar também dever ser visto como pecado porque é usurpação de algo nobre que
traz embutida a autoridade que só pertence Deus e foi prometida por Deus.
Devemos ter bem claro na mente que julgar os irmãos é passar
por cima da autoridade de Deus; porque ele proibiu julgar, só Ele tem direito
de julgar e já prometeu que vai julgar.
CONCLUSÃO
Os crentes são propriedade
exclusiva de Deus (1Pe 2:9), são também Seus filhos (Jo 1:12).
Falar mal do irmão é falar mal de um filho de Deus, uma propriedade de Deus –
Ele o defende como advogado (1 Jo 2:1).
Talvez você já tenha
passado a experiência de tentar reabilitar alguém que fracassou. Ao dar-lhe uma
nova chance você é aconselhado a pensar direito. Alguém diz: “Tome cuidado com
fulano, veja que ele já pisou na bola uma vez; lembre-se que tal dia ele fez
isso e aquilo outro”. Esses são os conselhos do maledicente; ele nunca tem uma
palavra positiva sobre ninguém, seus comentários sempre visam colocar em dúvida
a idoneidade dos outros. Ponha-se o seguinte desafio: pondere antes de falar
algo sobre alguém, questionando se não será maledicência.
NOTA: Como que eu gostaria de todos do Brasil viessem a
receber essa mensagem que nós tratamos aqui nesta aula sobre Tiago 12/17, sobre
a maledicência. Você que a lê me ajude: mande-a por Email aos seus contatos. Te
deixo o meu abraço, a minha amizade e as minhas orações. Que Deus te abençoe te
guarde, que Deus olhe para você te dê a sua paz, que Deus cure seus males e te
abençoe e te prepare um Natal cheio de Páz.
...........................................
Aula de E. B. D. de
Erleu Fernandes.
0 comentários:
Postar um comentário