sábado, 24 de dezembro de 2011


TIAGO-15

AULA DE E.B.D. – 15/17.  
EDITADA NO SÁBADO – DIA 21/12/2011.

TÍTULO: A PACIÊNCIA E SUAS RECOMPENSAS.
Autor: Pr. Antonio Rodrigues da Silva.
Texto Básico: Tiago 5:7-11.
Texto devocional: Salmo 37:1-16.
Versículo-chave:
“Sede voz também pacientes e fortalecei o vosso coração, pois a vinda do Senhor está próxima” (Tg 5:8).
       Leituras Diárias p/ esta semana que virá.
Seg. Hebreus 12: 1-4; Ter. Jó 42:1-6; Qua. Jó 42:7-9;
Qui. Jó 42: 10-17;   sex. Jó 1: 13-22; Sáb. Salmo 84:1-12; Dom. Tg 1:13-18.

                              INTRODUÇÃO

     Paciência é a virtude que faz parte do fruto do Espírito que consiste em suportar sofrimentos e provações com resignação (Rm 5:3). Na sua origem Bíblica, paciência e longanimidade vem da mesma raiz com a idéia de suportar, perseverar e persistir na convicção de se opor ao erro, ainda que sob circunstâncias adversas (Tg 1:12; 5:7; Rm 9:22; Cl 3:12).
     Vemos que o Deus da paciência, ao invés de explodir o Seu furor, Sua ira santa, e destruir a humanidade corrupta, adia o julgamento e dá nova oportunidade através de um homem que temia ao Senhor (Gl 6:5-8).
     Esta deve ser a nossa meta do dia a dia: deixar a ira abandonar o furor e não ser impaciente (Sl 37: 8). Haverá  alguma recompensa por levarmos pacientemente a nossa cruz? É o que vamos ver a seguir através de alguns exemplos baseados no texto que estamos estudando hoje.

I-O EXEMPLO DO LAVRADOR PACIENTE (Tg 5:7-9).
      É evidente, no contexto da epístola, o sofrimento dos  crentes mais pobres da Dispersão, sob a opressão dos ricos (tg 5:4-6). Muitos  deles podem até ter se convertido na igreja de Jerusalém, onde Tiago parece ter sido pastor por algum tempo (At. 15:13-21). Parece que Tiago continua a pastoreá-los à distância, através da epístola, na qual os exorta animando, confortando, até porque e reverter o comportamento injusto dos poderosos opressores na época era difícil (Tg 2:4-7).
     “Portanto” é a primeira palavra deste parágrafo (Versão NVI) e refere-se aos versos 1 a 6 do mesmo capítulo, que retratatam os crentes sofrendo nas mãos dos ricos ímpios. Uma vez que Deus irá punir estes opressores, os crentes precisam esperar com paciência.

I.1- A paciência do lavrador em relação à natureza (Tg 5:7).
     O lavrador prepara a terra, ara, semeia, limpa o mato, vem sobre ele o sol causticante, chuvas, animais peçonhentos, etc. Tudo ele suporta pacientemente desde a primeira chuva da primavera ater a última do verão.
     O lavrador faz fielmente a sua parte e, se a natureza colabora, finalmente nascem frutos exuberantes, que enchem o celeiro, e o coração de quem tanto se esforçou transborda de alegria. É a recompensa do trabalho sofrido, perseverante e paciente: exemplo que devemos imitar (Tg 5:7).
I.2- O limite da paciência cristã para vencer as tentações (Tg 5:8,9).
     Para Tiago, perder a paciência não deve ser atitude do cristão, uma vez que ele deve durar até a volta de Cristo (Tg 5:7). Quando o Senhor voltar, fará justiça. Os maus serão castigados e os justos, como recompensa, serão recolhidos no glorioso reino, onde não haverá mais pranto e até as lágrimas dos sofrimentos serão enxugadas dos nossos olhos (Ap 21:4).
     A princípio, pode parecer que a queixa de uns contra os outros (v.9) não tem muita coisa a ver com o contexto. Todavia, devemos lembrar que queixa ou murmuração com os outros é tentação comum nos tempos de muita pressão e opressão. “Quão freqüentemente nos achamos atirando as frustrações de um dia difícil em cima de nossos amigos íntimos e membros da família”! (Douglas Moo).
I.3-A Paciência e a Segunda Vinda (Tg5:8-9).
     O final dos versos 8 e 9 tem em comum referência à volta do Senhor e ao julgamento a ela associado. Sabemos que o próximo grande acontecimento na história da redenção será a volta do Senhor. Ao mencionar que “o juiz está às portas” (v.9), o autor relembra-nos que o Senhor voltará como juiz (Mt 25:31-34; At 17:31: 2 Tm4:1). Peter Davids comenta: “A proximidade do dia escatológico não é apenas um ímpeto para se olhar para o julgamento dos ‘pecadores’... mas também é uma advertência a que a pessoa examine seu comportamento, de modo que quando aquele, cujos passos se aproximam, finalmente bater à porta, ela possa estar preparada para abri-la. O Senhor que vem é também o juiz do cristão!.
II- O EXEMPLO DOS PROFETAS DO ANTIGO TESTAMENTO (Tg 5:10).
     Certamente não foram só os irmãos da Dispersão a sofrerem provações. O apóstolo destaca o sofrimento dos profetas na trajetória de seus ministérios.
II.1- O testemunho do profeta Amós.
     “Aborreceis na porta ao que vos repreende e abominais o que fala sinceramente” (Am 5:10).
II.2- O testemunho do profeta Jeremias.
     “A vossa espada devorou os vossos profetas como leão destruidor” (Jr 2:30).
II.3- O testemunho do profeta Elias.
     “Os filhos de Israel deixaram a tua aliança, e derrubaram os teus altares e mataram os teus profetas” (1 Rs 19:10).
II.4- O testemunho do escritor aos Hebreus.
     Os pacientes sofredores do Antigo Testamento estão inseridos na galeria dos heróis da fé, aguardando o arrebatamento da Igreja para receber as suas recompensas justamente com os remidos na mansão celestial (Hb 11:39-40). Sobre isso afirmou Jesus: “No mundo passais por aflições; mas tende bom ânimo; eu venci o mundo” (Jo 16:33).
II.5- O testemunho de Jesus Cristo.
     “Jerusalém. Jerusalém, que matas os profetas e apedrejas os que foram enviados! Quantas vezes quis eu reunir teus filhos, como a galinha ajunta os seus pintinhos debaixo das asas, e vós não quiseram” (Mt 23:37). Mas ele também ofereceu consolo: “Bem-aventurados os perseguidos por causa da justiça, porque deles é o reino dos céus. Bem-aventurados sois quando, por minha causa, vos injuriarem, e vos perseguirem, e, mentindo, disserem todo mal contra vós. Regozijai-vos e exultai, porque é grande o vosso galardão nos céus; pois assim perseguiram aos profetas que viveram antes de vós” (Mt 5: 10-12).
III- O EXEMPLO DE JÓ (Tg 5:11).
     Tiago é o único escritor do Novo Testamento que cita Jó. Ele é um exemplo de sofrimento e paciência. Homem sincero, íntegro, reto e temente a Deus e que se desviava do mal; conforme testemunho do próprio Deus ao Adversário (Jó 1:8). Todavia, por permissão de Deus, foi provado. Satanás só não lhe tocou na alma, mas os bens, família e saúde. A desgraça foi total.
III.1- As Provações de Jó.   
     Perda repentina e total de todos os bens através de uma ação satânica, ficando totalmente pobre (Jó 1-13-17); perda dos dez filhos de uma só vez, enquanto se confraternizavam na casa do irmão primogênito (Jó 1:18-19); perda da saúde, ficando torturado e humilhado no corpo, em conseqüência das chagas que Satanás lhe pôs da cabeça aos pés (Jó 2:6-8). A despeito de tão pesada provação, Jó se humilhou e adorou o Deus que tudo lhe deu e tirou, provando que a sua vida estava escondida em Deus, e em nenhuma das coisas terrenas (Jó 1:20-22; 19:25-27).
     Tiago diz que são bem aventurados os que são perseverantes no sofrimento e exemplifica com a vida do justo Jó, relembrando quantas recompensas ele recebeu do Senhor.
III.2-As Recompensas de Jó.
a)- Na vida espiritual – Deus lhe restaurou a posição de sacerdote que tivera antes (Jó 1:5;42:8-9).
b)- Na Vida Material – Deus lhe dobrou a quantidade de animais que possuíra antes (compare Jó 1:3 com 42:12).
c)- Na Vida Doméstica e Social – Deus lhe deu outros dez filhos. Também os parentes e amigos que dele se afastaram por sua doença e pobreza voltaram ao convívio, até lhe trazendo presentes custosos (Jó 42:11-15).
d)- Na Longevidade – Deus concedeu a Jó uma vida longa para que ele pudesse desfrutar, juntamente com a família, as recompensas de sua provação e paciência (Jó 42:16-17).

                               CONCLUSÃO
     Na prática, exercer paciência não é fácil, mas necessário. Especialmente olhando para o mundo conturbado de hoje, sem paciência, como vencê-lo? Se até os descrentes já entenderam assim, imagine a responsabilidade dos crentes (Cl 3:12).
     Tiago, já na sua época, via a necessidade do cristão reforçar a sua fé com uma dupla dose de paciência, como forma de vencer a opressão do mundo ímpio e as diferentes opiniões e reclamações entre os próprios irmãos de fé (Tg 5:8-9).
    Para tanto, temos de nos espelhar na exemplar paciência exercida em meio a tanto sofrimento pelo lavrador, pelos profetas, por Jó e, principalmente por Jesus. Afinal, o texto encerra declarando que “...temos por felizes aos que perseveraram firmes... porque o Senhor é cheio de terna misericórdia e compassivo” (Tg 5:11). Portanto o filho de Deus não precisa pensar que está sozinho ao ter que exercer paciência nas provações. Ele tem um Deus misericordioso e compassivo olhando para sua difícil jornada, que certamente terá um final feliz!
Neste dia, em que se prepara a festa mais profunda da cristandade, eu quero me dirigir a você e, lhe dizer que eu desejo que tu tenhas um Natal cheio das bênçãos vindas do céu. Que Nosso Senhor Jesus Cristo, que nasceu a algum tempo em seu coração ou está prestes a nascer, te abençoe e te revele aquilo de mais profundo que o Pai do céu quer te revelar. Que na sua ceia do Natal tu possas recordar os motivos desta festa natalina; dentre ele o maior de todos é que comemoramos o aniversário de Jesus. Agradeça ele por todos os seus presentes, não se esquecendo que o maior deles é a Salvação de nossas almas.
FELIZ NATAL    -    Erleu Fernandes da Cruz.
    

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