sábado, 17 de dezembro de 2011


TIAGO-14

AULA DE E.B.D. – 14/17.  
EDITADA NO SÁBADO – DIA 17/12/2011.

TÍTULO: CONDENAÇÃO AOS RICOS GANANCIOSOS.
Autor: Pr. Luiz César Nunes de Araujo.

Texto Básico: Tiago 5:1-6.
Texto devocional: Mateus 6:25-34.
Versículo-chave:
“Eis que os salários dos trabalhadores que ceifaram nos vossos campos e que foi por vós retidos com fraude está clamando; e os clamores dos ceifeiros penetram até os ouvidos do Senhor dos Exércitos” (Tg 5:4).
                           INTRODUÇÃO
     Ao ler estes versos de Tiago parece que estamos lendo o jornal de nossa cidade ou estado. A nítida divisão de classes sociais, ricos e pobres, está estampada neste texto. Sempre houve exploração econômica no mundo; pessoas e países ricos oprimindo os mais pobres. Desde o Antigo Testamento o Senhor vem condenando está prática (Is 3:1415; Jr 5:26-27 e Am 5:1012).
     Nós, crentes, como igreja contemporânea, podemos contribuir muito para manter o equilíbrio. Tratar do tema da responsabilidade social é como tocar uma ferida de nosso mundo. Às vezes até a própria igreja tem dificuldade em tratar deste assunto, sob o pretexto de que devemos somente evangelizar. Não nos esqueçamos, no entanto, que a evangelização foi acompanhada, no início da igreja, por um dedicado trabalho social a fim de minimizar a necessidade de alguns (At 2:42-47; 6:13; 2Co 9:1-14). No início da igreja aqueles que tinham mais repartiam com os necessitados.
      Segundo Tiago, como devemos agir diante da riqueza e da pobreza? Vejamos.
I-O PERIGO DA RIQUEZA MAL ADQUIRIDA.
I.1-A Bíblia condena riqueza adquirida através de corrupção, exploração e desonestidade.
     Temos notícia de pessoas que eram ricas e ao mesmo tempo abençoadas por Deus (Jo, Abrão, Jacó, etc.). Elas enriqueceram enquanto serviam ao Senhor e não usaram de corrupção para tal. Aos seus amados, Deus dá o que necessitam enquanto dormem (Sl 127:2). O Senhor desaprovou a conduta de pessoas que, sem a autorização dEle, lançaram mão de riquezas. Vejamos como Deus pesou a mão sobre todo o Israel por causa da ganância e da avareza de Acã (Js 7) e como repreendeu Geazi, com lepra, por este ter lançado mão do que não aprovara (2Rs 5:20-27). Tiago condena os que enriqueceram por causa da corrupção (Tg 5:2) e retendo o salário de seus trabalhadores (Tg 5:4). O A.T. regulava as leis trabalhistas e proibia o pagamento injusto e a opressão (Lv 19:13). Não podia haver retenção do salário (Dt 24:14-15; Jr 22:13).
I.2- O Salvo não deve enriquecer de maneira fraudulenta (roubo, furto, etc.) nem de maneira fácil (jogo, aposta, loteria).
     A ordem bíblica é para que trabalhemos honestamente e vivamos do suor do nosso rosto (Gn 3:17-19; 2Ts 3:10). Devemos viver de maneira que signifique a nossa vocação cristã (Ef 4:1), pagando as nossas contas (Rm 13:8), e confiar que Deus há de suprir cada uma de nossas necessidades (Fp 4:19).
I.3-Devermos tomar cuidado com o desejo de ficar ricos, mesmo de forma honesta, visto que o dinheiro, que é neutro pode se tornar senhor e não servo nosso.
     Jesus fala quando do perigo de se colocar o coração na riqueza e com isso abandonar o Deus verdadeiro (Mt 6:24; Lc 16:13). Devemos buscar em primeiro lugar o Reino de Deus e a sua justiça e não duvidar da providência de Deus em relação às nossas necessidades (Mt 6:33). É bom lembrar, no entanto, que não é pecado ganhar dinheiro nem ficar rico. Parece que este é o princípio que Paulo ensinou quando disse que se um escravo pode tornar-se livre, que não perca a oportunidade (1Co 7:21). O que se requer, no entanto, é uma disposição mental e espiritual de não se tornar servo da riqueza. O teólogo peruano Pedro Arana adverte que podemos viver uma “crise de ansiedade” se começarmos a nos comparar com o mundo e a querer enriquecer usando os mesmos padrões. Devemos, pelo contrário, nos comparar a Cristo, que sendo rico Se fez pobre por amor de nós (2Co 8:9).
                                                           
II-O DESAFIO DA RIQUEZA MAL DISTRIBUÍDA.
II.1-Assim como devemos tomar cuidado de adquirir os bens, devemos tomar cuidado dobrado ao gastá-los.
     Tiago fala dos que vivem regaladamente com seus bens em detrimento de outras pessoas menos favorecidas (5:5-6). Algumas estavam usando os seus recursos para destruir outras pessoas (v.6). Veja o mau exemplo do rei Acabe, que mesmo tendo tanta terra e bens ainda usurpou a terra do pobre Nabote e o matou (1Rs 21:1-16). Jesus fala em Lucas 12:13-21 de um homem que não repartia, não dava nada a ninguém, mesmo tendo o teu celeiro transbordando. Ele se regalava em sua riqueza e colocada nela todo o seu prazer. A este, Jesus chama de louco (v.20).
II.2- Paulo alerta os crentes ricos a que não depositem sua confiança na  riqueza, que é instável (1Tm 6:17-19).
     Pelo contrário, devem ser generosos e repartir os bens temporários que possuem. O empenho maior deve ser em praticar boas obras, acumulando assim riquezas eternas nos céus.  É o mesmo princípio ensinado por Jesus em Mateus 6:19-21, que na Nova Tradução da Linguagem de Hoje está assim: “Não junteis riquezas aqui na terra, onde as traças e a ferrugem destroem, e onde os ladrões arrombam e roubam. Pelo contrário, ajuntem riquezas no céu, onde as traças e a ferrugem não podem destruí-las, e os ladrões não podem arrombar e roubá-las. Pois  onde estiverem as suas riquezas, aí estará o coração de vocês”. Para administrar bem o que Deus tem nos dado, observemos dez princípios para a saúde financeira.
1)-Faça uma lista de suas reais necessidades e só compre o que de fato precisa. Não gaste desnecessariamente. Dê oportunidade para Deus agir na provisão de suas necessidades reais.
2)-Antes de comprar é preciso orar e esperar o conselho de Deus para decidir.
3)-Evite o luxo. A simplicidade nunca fez mal a ninguém.
4)-Não gaste além do que ganha.
5)-Procure equilibrar receita e despesa.
6)-Não se torne fiador. (Pv 11:15). O fiador pode perder dinheiro e o amigo.
7)-Tente comprar somente a dinheiro, à vista. Evite o excesso de prestações.
8)-Não tome dinheiro emprestado sem analisar os riscos. Não desafie Deus a pagar suas contas. A fé não é irresponsável.
9)-Seja generoso. Os que contribuem liberalmente tem a promessa do Senhor Jesus que serão recompensados (Lc 6:38).
10)-Sempre sempre fiel nos dízimos. Há promessas maravilhosas para quem é fiel ao Senhor (Mt 3:10).
III-O RESULTADO DA RIQUEZA NÃO CONSAGRADA.
     A riqueza mal adquirida, mal distribuída e mal consagrada produz resultados indesejáveis para nós. Tiago fala de algumas conseqüências, imediatas e futuras, advindas da não consagração dos bens ao Senhor. Vejamos.
III.1-A destruição da riqueza (Tg 5:2-3).
     A traça come o que não está à disposição do Senhor (v.2) e a ferrugem o destrói (v.3). Jesus já tinha dito que os que ajuntam tesouros na terra terão muita decepção. Quantas tristezas têm as famílias que se firmam em suas riquezas! Quantas brigas judiciais entre irmãos quando a questão é o dinheiro deixado pelos pais. O mesmo Pedro Arana, citado anteriormente, fala da “Crise do Matrimônio”, em função do muito e até do pouco dinheiro do casal. Para ele, muito do romantismo do casamento vai embora quando os cônjuges não consagram os bens ao Senhor.
III.2-A destruição futura (Tg 5:3-4).
     O dinheiro, como instrumento de opressão, há de voltar contra o que oprime (v.3). As riquezas mal adquiridas e mal administradas devorarão como fogo a carne dos que nelas confiaram. Parece uma alusão a inferno eterno, reservado para os eu não confiam em Deus. Fica registrado diante do senhor o que fazemos com o que temos (v.4). Podemos entender que quando usamos nossos recursos para abençoar os outros, para salvar vidas, para sustentar a obra de Deus (sejam eles parcos ou abundantes), estamos ajuntando nos céus um tesouro que ninguém pode tirar de nós (Mt 6: 19-21). Se para alguns o dinheiro se torna um tormento, para os que confiam no Senhor é um instrumento ao Seu serviço.

                             CONCLUSÃO
     A Bíblia fala muito de dinheiro (125 vezes), de ouro (466 vezes) e de prata (296 vezes). Segundo ela, o dinheiro não é bom e nem é ruim, ele é neutro. O que o torna bom ou mau é a maneira como o obtemos e como o usamos. Ele pode ser uma bênção (2 Co 9:11,12) ou uma maldição (1 Tem  6:10).
      Que cada um de nós consagre primeiramente a sua vida ao Senhor, e depois os recursos que Deus nos deu (2 Co 8:5). Lembremo-nos sempre que o nosso valor não depende do que temos (Lc 12:15).
Você já consagrou sua vida ao Senhor? E seus bens: são propriedades suas ou de Deus? Caso esteja em dificuldades nessa área, ore, peça ajuda, mas não permaneça no erro.
NB: Meu irmão e minha irmã amada, nas vésperas do Natal, dia 24/12, eu postarei aqui a lição 15 das 17 lições deste livro de Aulas de E.B.D. tiradas da Carta do Apóstolo Tiago.
E o título desta próxima aula é: A Paciência e Suas Recompensas. Já antecipo, aqui, minhas felicitações a você que me acompanha neste blog de mensagens diárias. Sim quero desejar a você um Feliz Natal. Que as alegrias que acompanham estas festas natalinas sejam plenas em seu coração, em sua casa com sua família e em sua vida.
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Reflexão de: Erleu Fernandes
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Aula nº 14 das 17 para E.B.D.
Que Deus lhe dê um  maravilhoso final de semana.

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