CRISTÃOS
MADUROS
E INSTRUÍDOS NA PALAVRA – 36
ALUÍZIO A. SILVA – E.B.D.
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4º BLOCO - O PLANO DE REDENÇÃO
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ASPECTOS
SUBJETIVOS DA PLENA SALVAÇÃO
(Continuação no item: 1-3: "A transformação").
Continuação da aula - Nº
35
1.3-A
transformação.
A transformação é o
resultado da santificação e está relacionada com a alma do homem. Transformação
é a mudança de uma substância em sua natureza e forma. Uma mudança na natureza
anterior que causa uma mudança na forma, exterior. Esse tipo de mudança é uma
mudança metabólica. Em tal processo um elemento orgânico cheio de vitaminas
entra no nosso corpo e produz uma mudança química em nosso organismo. Essa
reação química muda a constituição do nosso ser. Isso é transformação.
Supunha que uma pessoa
seja muito pálida e que alguém, desejando mudar seu aspecto, lhe aplique uma maquiagem.
Isso produz uma mudança exterior, mas não uma mudança orgânica em sua vida.
Como então, tal pessoa poderia ter uma face corada? Alimentando-se diariamente
de uma comida saudável com elementos orgânicos necessários. Sendo o seu corpo
um organismo vivo, quando uma substância orgânica entra nele, um composto
químico é formado organicamente pelo processo de metabolismo. Gradualmente este
processo interior irá mudar a coloração de sua face.
No processo de metabolismo
um novo elemento adicionado ao organismo substitui o velho elemento e faz com
que ele seja eliminado: algo novo é criado pra substituir o velho elemento que
é levado embora. O metabolismo, portanto, inclui três itens:
a) Suprimento de um
novo elemento.
b) A substituição do
velho elemento pelo novo elemento.
c) A eliminação ou
remoção do velho elemento.
Pelo processo de
santificação, o novo elemento da vida de Deus é adicionado ao nosso ser. Esse
novo elemento substitui o nosso velho ser, pecaminoso e morto. Isso é uma
continuação da salvação de Deus em nós. Precisamos estar em tal processo desde
o dia que cremos.
Qual o novo elemento que
produz essa mudança interior? Cristo, na pessoa do Espírito Santo. Desde o
momento em que fomos regenerados em nosso espírito, o Senhor quer que essa vida
continue expandindo-se do nosso espírito
para a nossa alma. Assim, nossa mente, emoção e vontade podem ser
transformadas. Nosso espírito é regenerado e mudado, mas nossa mente,
(Intelecto) alma, emoção e vontade podem ser transformadas, e ainda permanecem
iguais. Temos Cristo como vida em nosso espírito, mas não O temos em nossa
alma.
Precisamos que o Espírito
Santo continuamente flua do nosso espírito para a nossa alma até que cada parte
seja transformada a Sua imagem (Rm 12:2); 2Co 3:18). Então, pensaremos como Ele
pensa, amaremos como Ele ama e escolheremos como Ele escolhe. Teremos a
semelhança do Senhor em nossa vida prática, porque nossa alma estará saturada
de Sua vida.
1.4-A
conformação.
“Porquanto
aos que de antemão conheceu, também os predestinou para serem conforme a imagem
de se Filho, a fim de que seja o primogênito entre muitos irmãos”. (Rm 8:29).
Fomos predestinados por
Deus para sermos conformados à imagem de Cristo. Cristo é o nosso molde e devemos ser
conformados a Ele. Paulo nos fala de sermos conformados com Ele na sua morte.
(Fp 3:10). Por meio de Sua vida dentro de nós, o nosso viver é conformado ao
padrão do viver humano de Jesus.
Cada tipo de vida possui sua própria forma. A vida de cão
possui a forma de cão e a do pato, a sua forma. O crescimento de certa vida
produz a sua forma plena. Somos filhos de Deus, temos a Sua vida. O poder da
vida de Deus está em nosso interior nos moldando à imagem e semelhança do Filho
de Deus. Não é pelo imitar exterior que tomamos a forma de Cristo, mas é pelo
viver interior, pelo crescimento de vida e transformação.
O Filho primogênito de
Deus é o nosso protótipo, nosso molde e nosso padrão. Às vezes, o Senhor nos
permite passar por sofrimentos e provações como que pelo fogo (1Pe 1:6,7:
4:12,13), para assumirmos mais a forma de Cristo.
“E
todos nós com rosto desvendado, contemplando, como por um espelho, a glória do
Senhor, somos transformados de glória em glória, na sua própria imagem, como
pelo Senhor, o Espírito”. (2Co 3:18).
Quanto mais somos transformados,
mais somos conformados, e isso acontece de um nível de glória para outro nível
de glória, porque o objetivo de Deus é nos glorificar (Rm 8:30). Quando todo o
progresso terminar, o nosso corpo de humilhação será conformado ao corpo de
glória de Cristo (Fp 3:21).
1.5-A
glorificação
A glorificação é o último
estágio de nossa plena salvação. Ser glorificado é entrar na glória de Deus
para experimentar e desfrutar, sem medida, a infinita e eterna vida de Deus em
Cristo.
“Ora,
o Deus de toda graça, que em Cristo vos chamou à sua eterna glória” (1Pe 5:10).
Na eternidade passada, nos
predestinou segundo Sua presciência e, no seu tempo, nos chamou e justificou
para que fôssemos glorificados (Rm 8: 29-30). Os nossos sofrimentos hoje não
são dignos de serem comparados com “a glória por vir a ser revelada em nós” (Rm
8:18). Tudo o que nos acontece é devidamente arranjado por Deus (Rm 8:28-30),
com o fim de conduzir Seus filhos à glória (Hb 2:10).
Quando ouvimos o Evangelho
e cremos, Cristo veio para dentro de nós como uma semente de vida. Essa semente
é nossa esperança da glória no futuro. A metamorfose da lagarta em borboleta é
uma ilustração disso. A lagarta não é instantaneamente transformada em
borboleta, mas a beleza da borboleta está contida na vida da lagarta.
Obedecendo à lei dessa vida, a lagarta vai gradualmente se transformando, até
atingir seu estágio final, que é a sua “glorificação”.
No mesmo princípio, Cristo
está em nós para ser nossa esperança de glória. Ele aproveita cada oportunidade
para operar dentro de nós. Um dia nosso ser vai ser completamente cheio com a
glória divina e seremos, então, levados para dentro da glória eterna.
“Quando
Cristo, que é nossa vida, se manifestar, então vós sereis manifestados com ele,
em glória”. (Cl 3:4).
Na volta do Senhor,
teremos, por um lado, Deus nos conduzindo à Sua glória e, por outro, teremos
Cristo sendo manifestado a partir de nós, sendo Ele mesmo a glória na qual
estaremos.
No futuro, nosso corpo
será completamente saturado da glória de Cristo; seremos, então, libertos do
cativeiro ao qual estamos sujeitos, bem como toda criação, para entramos na
liberdade da glória dos filhos de Deus. Que maravilhoso é o fato de nós,
através da salvação de Deus, tornamo-nos Seus filhos, cheios de Sua vida e
glória a fim de expressá-lO para eternidade.
CONCLUSÃO
Na eternidade passada,
Deus estabeleceu um propósito de acordo com o bom prazer de Sua vontade. Esse
propósito é o de ter um grupo de pessoas que tivesse Sua vida, que O expresse
Sua autoridade sobre satanás.
Deus criou o homem para
recebê-lO como vida. Mas satanás enganou o homem, levando-o a desobedecer a
Deus, tornando-se um pecador sob a condenação de Deus. Mas, Ele, tornou-se um
homem perfeito, Jesus Cristo, foi à cruz como o Cordeiro de Deus (Jô 1:29, como
a serpente de bronze (Jo 3:14) e como o grão de trigo (Jo 12:24) que precisava
morrer para gerar muitos grãos a Sua vida. Com Sua morte, todos os problemas
objetivos entre o homem e Deus foram resolvidos. Em Sua ressurreição, o Senhor
Jesus nos enviou o Espírito Santo que dá vida (1Co 15:45; 2Co 3:17) para
regenerar-nos em nosso espírito (o
primeiro estágio da nossa salvação). Por fim, em Sua volta, nossos corpos serão
glorificados e serão moldados ao Seu corpo glorioso (Rm 8:29. Esta é a
glorificação, o último o estágio da salvação de Deus.
Na eternidade futura,
todos os escolhidos e redimidos de Deus ao longo de todas as eras serão a Nova
Jerusalém. Ali, Deus habitará no homem e o homem em Deus para sempre. Esse é o
objetivo final e máximo de Deus, o cumprimento de Seu propósito, e Ele
terminará toda a Sua obra, estará satisfeito e descansará na eternidade (Gn
2:2-3).
Resumimos assim todo o
plano da redenção por meio desses pontos abordados.
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Encerramos aqui o bloco Nº
4 de Palestras.
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Próximo bloco Nº 5 de Palestras
tem como título:
O CARÁTER DE CRISTO EM NÓS.
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