CRISTÃOS MADUROS
E INSTRUÍDOS NA PALAVRA – 41
ALUÍZIO A. SILVA – E.B.D.
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5º BLOCO – O CARÁTER DE
CRISTO EM NÓS.
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1-TRES
TIPOS BÁSICOS DE FRUTOS.
2-OS
NOVE FRUTOS DO ESPÍRITO.
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1-TRÊS
TIPOS BÁSICOS DE FRUTOS.
O fruto do Espírito
ilustra para nós como é a vida de Jesus. Cada um deles revela alguma qualidade
ou característica do Seu caráter. Consideremos cada um dos frutos dispostos
três tópicos.
1.1)
O Fruto Artificial ou Falso do mundo.
O fruto artificial,
fabricado pelo homem, pode ser feito de plástico ou cera. Ele tem o mesmo
formato e cor do fruto verdadeiro. O mundo define o fruto do Espírito de uma
maneira que difere das Escrituras. A princípio pode parecer correta. Contudo
ele não se origina na vida, nem pode produzir espiritual. Por exemplo, o
conceito do mundo com relação ao amor é bem diferente do conceito encontrado
nas Escrituras.
1.2)
O Fruto Verdadeiro do Espírito.
O fruto verdadeiro do
espírito está definido para nós nas Escrituras. São todas as características da
vida de Cristo que podemos ouvir e ver através das Suas palavras e ações. Se
quisermos saber como o verdadeiro amor sente, pensa, fale e age, em qualquer
momento, podemos olhar para Jesus, olhar para a forma como Ele reagiu e respondeu
em verdadeiras situações da vida. Jesus exemplificou claramente o verdadeiro
significado do amor de Deus através de Sua vida e morte.
Encontramos também o
significado espiritual para cada fruto do Espírito com os termos são usados
pelos escritores da Bíblia assim sendo, as palavras cotidianas assumem um
significado espiritual adicional a partir do cenário em que se encontram.
1.3
O Fruto Podre da Carne.
O fruto da carne retrata a
morte e deterioração. Exatamente como a vida, assim também a morte tem diferentes
qualidades. As qualidades da vida são vistas no fruto do Espírito. As
qualidades da morte, portanto, são encontradas nas características que são
exatamente o oposto. Por exemplo, as características opostas do amor seriam o
ódio, a ira e a amargura.
É útil estudarmos assas características
negativas. Elas permitem que compreendamos e apreciemos melhor os frutos positivos
do Espírito. A luz sempre brilha intensamente quando há um fundo escuro. Além
disso, as características negativas revelam uma alma que se encontra enferma e
moribunda. O fruto do Espírito é remédio para a mente. Essa é a base para a
verdadeira “cura interior”.
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2-OS
NOVE FRUTOS DO ESPÍRITO.
Estudaremos agora os nove
frutos do Espírito, e acordo com a lista que nos foi dada em Gálatas 5:22-23.
2.1-O
fruto do amor.
Jesus era uma pessoa muito
amável e amorosa! Em Cristo vemos o amor de Deus em ação: caminhando,
conversando, perdoando, curando, libertando e restaurando. Precisos conhecer
mais sobre esse tipo de amor.
Estudaremos um pouco dos
frutos falsos, artificiais, que o mundo considera como sendo amor verdadeiro.
Precisamos compreender a
diferença entre o verdadeiro e o falso. Com o amor de Deus segue-se a vida de
Deus. Sem esse tipo de maior não podemos ter Seu tipo de vida.
a)
O falso fruto do amor.
O amor físico deveria ser
uma expressão do verdadeiro amor, porém não pode substituí-lo. Por si próprio,
esse sentimento não passa de um desejo egoístico e sensual.
O amor não se limita a uma
afeição familiar. Isso seria meramente favoritismo. O verdadeiro amor vai além
destes limites descritos. O amor não é um prazer sentimental. Isso é sensacionalismo. O amor é mais do que
um caloroso sentimento de prazer. Caso contrário quando esse sentimento
esmorece, também esmorece o nosso amor. O verdadeiro amor vai mais fundo que as
nossas emoções. O amor não é uma fantasia romântica. Isso é um falso idealismo.
A vida real exige um tipo verdadeiro de amor que seja resistente. Algo que
perdure durante dias difíceis.
Alguns dizem que o amor é
cego. Ele não consegue – ou não quer -
ver as falhas do mundo. O verdadeiro amor enxerga as falhas, porém
continua amando e ainda procura redimi-las. Os olhos do amor estão sempre
abertos.
O amor não é permissividade.
Ele não permite nem consente que alguém haja sem limitações. O verdadeiro amor
traça uma linha demarcatória e não deixa de corrigir quando essa linha é
ultrapassada.
O amor não é uma piedade
passiva. O verdadeiro amor procura
produzir uma cura honesta aos feridos através de palavras e ações sábias.
b)-O
verdadeiro fruto do amor.
A septuaginta é uma
tradução do Antigo Testamento para o grego, feita no século 3 aC. Podemos
compreender melhor o significado de palavras-chave, estudando como eram usadas
nessa fonte. Como já foi dito anteriormente, as palavras foram definidas
através de seus usos.
Há quatro palavras básicas
referentes ao amor na língua grega:
Eros
(sensual) – Trata-se da afeição física e do amor sexual. Esse termo não se
encontra nas Escrituras.
Storge
(social) – Trata-se do amor social, que devotamos a nossa família, comunidade
ou país. Somente o adjetivo “amor fraternal” é encontrado nas Escrituras (Rm
12:10).
Philia
(emocional) – Trata-se da afeição entre amigos, baseada no prazer que esse tipo
de relacionamento proporciona. É encontrado somente 22 vezes nas Escrituras e
em sua forma verbal.
Ágape (racional, volitivo)
– Trata-se do amor divino, de uma afeição mais nobre, baseado no caráter do
sujeito e no valor do objeto amado. Esse termo é comumente usado no grego
clássico, mas é muito comum nas Escrituras. O substantivo é encontrado 113
vezes e o verbo 135 vezes. Esse termo assume um significado muito mais profundo
e divino pelo seu uso na Bíblia. Origina-se com Deus e termina com o homem.
O amor ágape é
incondicional, universal e eterno. É gratuito para todos e para sempre. É algo
que se dá, perdoa e redime.
“Pois Deus amou o mundo de
tal maneira que deu o Seu único Filho. Todos os que crerem nEle não morrerão,
mas terão a vida eterna” (Jo 3:16).
c)-O
fruto podre da carne.
Como já dissemos
anteriormente, o fruto da carne retrata a morte e deterioração. As
características da morte estão em oposição às características da vida.
As qualidades mortíferas
que se opõe ao fruto do amor seriam o egoísmo, o ódio, a ira, o temor, a
hostilidade, os ressentimentos, a amargura, o ciúme, a falta de perdão, a
condenação, desaprovação, as críticas, a rejeição e muitas outras.
O fruto do Espírito é uma
descrição ou ilustração da vida divina. É também uma receita ou remédio para as
enfermidades da alma. Assim como a luz dispersa as trevas e o bem vence o mal,
também o amor expulsa o temor, o ódio e tudo o que se lhe opõe.
“Não há nenhum temor no
amor. Na verdade, o perfeito amor lança fora todo temor”. (1Jo 4:18).
“Nunca retribua o mal com
o mal [...] Pelo contrário, vençam o mal com o bem [...] pois o amor cobre os
muitos pecados uns dos outros”. (Rm 12:17.21; 1Pe 4:8).
Em outras palavras, o amor
traz uma cura interior, não somente às nossas próprias vidas, mas também aos
outros. E isso o que significa ministramos uns aos outros.
É interessante observar
que, nas Escrituras, a pessoa cuja vida é dirigida e revitalizada pela Palavra
e pelo Espírito de Deus é retratada como sendo semelhante a uma árvore:
“Bendito é o homem que
confia no Senhor [...] o qual deleita-se na sua Palavra [...] Pois ele será
como a árvore que estende as suas raízes quando é plantada junto às águas.
Ainda que o sol escaldante brilhe e os fortes ventos assoprem, as suas folhas
sempre ficarão verdes e ela sempre será frutífera[...[ trazendo cura e alimento
aos feridos e famintos”. (Jr 17:7.8; Sl 1: 1-3; Ez 47:12; Ap 22:2).
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Próxima aula.
OS NOVE FRUTOS DO ESPÍRITO – CONTINUAÇÃO...
d)-
Amor, um remédio para os corações que sofrem.
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