sábado, 27 de abril de 2013

CRISTÃOS MADUROS 68



Bloco 8: ALIMENTOS E INIMIGOS DA FÉ.
CRISTÃOS MADUROS – 68                                                                                                       
   E INSTRUÍDOS NA PALAVRA
    ALUÍZIO A. SILVA – E.B.D.
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                  ALIMENTOS DA FÉ.
       Continuação do item 7 da aula nº 67
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8- Justiça de Deus em Cristo.
      “Aquele que não conheceu pecado, ele o fez pecado por nós; para que nele, fôssemos feitos justiça de Deus” (2Co 5:21).
      O que você responderia se alguém lhe perguntasse: “Você é justo?”. Muitas pessoas ao lerem Tiago 5:16: “Muito pode, por sua eficácia, a súplica do justo”, pensam: “Ah! Se eu pudesse encontrar um justo para orar por mim”! E se você soubesse que pode escrever seu nome à frente de Tiago 5:16? Aí está, então, mais uma tremenda verdade que fortalecem nossa fé para uma vida de completa vitória em oração. Naturalmente, estamos nos referindo àquele que já teve experiência do0 novo nascimento.
8.a)-  Jesus Trocou Nossos Pecados Pela Sua Justiça.
      Jesus era a justiça de Deus em pessoa. O homem é expressão exata do pecado, corrupção e rebeldia. Como esse homem poderia chegar a Deus?  Deus fez em Cristo o que a mente humana pode achar absurdo: tomou sobre Si o pecado e maldição do pecador, a fim de transformá-lo em um homem santo e justo. Jesus era absolutamente justo e nele não havia qualquer sombra de pecado. O homem, porem, era totalmente pecador, sem qualquer sombra de justiça. A justiça de Deus estava em Cristo, mas o pecado cobria o homem. Diante disso, Deus coloca em operação o grandioso plano de recriação do homem, sobre o qual seu pecado era erradicado e justiça dEle seria imputada.
      Na Cruz do Calvário, Jesus se tornou o que o homem realmente era, assumindo sua culpa e Se tornando pecador em seu lugar. Mas com que propósito? Para que o homem, pela fé nEle, fosse feito justiça de Deus e se tornado o que Ele era: Filho de Deus, podendo chegar em Sua presença sem qualquer condenação ou sentimento de culpa, como se nunca houvesse pecado.
      Podemos nos aproximar de Deus sem qualquer temor. O caminho de volta para o Pai foi aberto por Jesus. E Ele se tornou o nosso substituto exatamente para isso. Agora, todas as vezes que o Senhor olha para nós, Ele vê Jesus. Assim como ele olhou para a cruz e viu nela o pecador, ao olhar para o pecador redimido, Ele vê nele Seu filho. Éramos nós, como nosso pecado e maldição, que estávamos com Seu Filho na cruz de horror. Ali, porém, o pecado foi julgado e a justiça de Deus satisfeita, para que essa mesma justiça fosse imputada a todo aquele que crê.
      A justiça de Deus em nós é uma dádiva. Não é um estágio de crescimento espiritual, mas uma posição que nos foi outorgada pela graça. Não é futuro. É presente.  Paulo deixa isso claro ao dizer: “Os que percebem a abundância da graça e o dom da justiça reinarão em vida por meio de um só, a saber, Jesus Cristo” (Rm 5:15). O dom da justiça. Não há nada que você possa fazer para se tornar justo aos olhos de Deus. Quando alguém nasce como Seu filho, Ele mesmo lança sobre ele o manto da justiça, como sinal, um presente, um dom destinado aos membros de Sua família gerada em Jesus Cristo.
8.b)- Consciência de Justiça.
      Muitas pessoas, apesar de crentes, desenvolve mais uma consciência de pecado que de justiça. Precisamos entender que se a justiça de Deus está em nós, Deus não vê em nós o velho pecador em Adão, mas o novo homem em Cristo. Ele vê a justiça de Cristo, pois ela é que agora nos cobre.
      Falando da armadura de Deus, Paulo coloca a justiça cobrindo nossas partes vitais, no peito: “vestindo-vos da couraça da justiça” (Ef 6:14b). Revestidos da justiça de Deus, a morte espiritual não nos atingirá.
      Temos consciência de que essa justiça não é nossa, mas ela nos foi dada e, por causa dela, podemos entrar na presença de Deus. Aproximemo-nos, pois, se Deus, sabendo que somos aceitos, não baseados em nosso mérito, mas nos mérito de Jesus, que permitiu sermos feitos justiça de Deus. Porque o sangue de Jesus foi derramado, o preço da redenção foi pago, o pecado julgado e a justiça de Deus satisfeita. Paulo ensina:
      “Sendo justificado gratuitamente, por sua graça, mediante a redenção que há em Cristo Jesus, a quem Deus propôs no seu sangue, como propiciação, mediante a fé, para manifestar sua justiça, por ter Deus, na sua tolerância, deixado impunes os pecados anteriormente cometidos; tendo em vista a manifestação de sua justiça no tempo presente, para ele mesmo ser juto e o justificador para aquele que tem fé em Jesus” (Rm 3:24-26).
      Em outra versão ampliada da Bíblia traduz assim o versículo 26: “Para demonstrar no tempo presente (na estação de agora), que Ele mesmo é justo e que Ele justifica e aceita como justo aquele que tem (verdadeira) fé em Jesus”. Eis a receita para alguém ser feito por Deus como justo: a verdadeira fé em Jesus, no sangue da redenção. Vivendo dessa maneira, seremos pessoas de natureza nova.
8.c)- Crente e Incrédulo: O Contraste.
Em 2ª Coríntios 6, Paulo mostra o contraste entre o crente e o incrédulo, enfatizando que não pode existir sociedade ou comunhão entre os dois. Leia o texto e veja a qualificação de ambos:
Crente (V.15)__________________Incrédulo (v. 14,15).
Justiça (v.14)__________________Iniquidade (V.14).
Luz (V.14)____________________ trevas (v.14).
Cristo (v.15)___________________Maligno (v.15).
Santuário de Deus (v.16)_________Ídolos (v.16).
Santuário do Deus vivente (V.16)__Impuros (17).
     
Ora, se sou luz, santuário do Deus vivente, filho de Deus, povo dEle, estou em Cristo, também sou justiça de Deus. Cristo está em mim na pessoa do Seu Espírito e agora posso manifestar a vida dAquele que me deu origem. Se veja, pois, como Deus vê e alegrará o coração Pai.
      Somente quando o crente começa a ver com os olhos da revelação divina em Sua Palavra, que ele é capaz de  levantar-se diante das acusações do inimigo e viver na presença de Deus sem condenação ou culpa, em vitória sobre o pecado, a carne, o mundo e o diabo. Não há condenação para os que estão em Cristo (Rm 8:1).
8.d)- Como Lidar Com as Quedas.
      Talvez sua mente questione: Entendo. Quando eu fui a Cristo, Ele me deu sua justiça, meu passado foi sepultado e perdoado o meu pecado. Mas o que fazer diante das acusações e das faltas cometidas depois do meu encontro com Cristo”?
      É possível que o acusador, satanás, fale aos seus ouvidos coisas como: “Quando você se converteu seu pecado morreu. É verdade. Mas, lembra-se que nessa manhã você perdeu o temperamento naquela fila do banco? Lembra de que ontem, quando abriu o sinal vermelho, você disse aquele palavrão”? Ele nos acusa diante de Deus. Aliás, um de seus nomes é “acusador” (Ap 12:10). A maneira de lidar com o pecado não é dar ouvidos as acusações de satanás e fugir da comunhão com Deus. Há provisão, em Cristo, para que nos levantemos imediatamente das quedas, arrependendo-nos delas e confessando-as ao Senhor.
8.e)- Jesus Veio Mudar a Nossa Natureza.
      No Velho Testamento, o pecado era coberto, no Novo, somos libertos do pecado e purificados das injustiças. O Salmista declara: “Bem-aventurado aquele cuja iniquidade é perdoada e cujo pecado era coberto. Bem-aventurado o homem a quem o Senhor não atribui iniquidade e em cujo espírito não há dolo” (Sl 32:1).
      Hoje, porém, temos uma experiência mais profunda. Jesus veio, não somente para cobrir nosso pecado, mas para nos purificar de toda injustiça. No Velho Testamento o pecado era coberto, sem que a natureza mudasse. Mas Jesus veio mudar nossa natureza e purificar-nos daquilo que nos leva a pecar.
8.f)- Pecado e os Pecados.
      “Aquele que nos ama, e, pelo seu sangue, nos libertou dos nossos pecados” (Ap 1:5).
A versão Ampliada diz que fomos livres do pecado “De uma vez por todas”. A mesma versão registra assim o texto de     1João 1:9, que foi escrito para a Igreja: “Se nós (livremente) admitimos que temos pecado e confessamos os nossos pecados, ele é fiel e justo (verdadeiro à sua natureza e promessa), e perdoará de toda a injustiça (tudo que não esteja e conformidade com a sua vontade em propósito, pensamento e ação)”.
O homem não regenerado não tem que confessar seus pecados quando se entrega a Jesus. Ele é todo pecado, pertence ao pecado, este é o seu patrão. Ele tem que simplesmente rejeitar aquele patrão, o pecado, arrepender-se dele (pecado no singular) e receber Jesus como seu Senhor, “que tira o pecado do mundo”. O pecado é o princípio do mal. Langston o define como “o estado mal da alma e da personalidade”. Diríamos que é princípio do mal no espírito do homem. E é com esse mal que Jesus lida, arrancando-o pela raiz e fazendo ali uma obra de purificação completa, recriação e re-dedicação ao Senhor.  Mas caso o filho de Deus cometa um pecado, deve confessá-lo (são pecados agora). Todos os pecados na vida do crente devem se confessados, uma vez que aquele que nasceu de Deus não foi gerado para a prática do pecado.
      “Filhinhos meus, estas coisas vos escrevo para que não pequeis. Se, todavia, alguém pecar, temos Advogado junto do Pai, Jesus Cristo, o juto. Todo aquele que é nascido de Deus não vive para a prática do pecado; pois o que permanece nele é a divina semente: ora, esse não pode viver pecando, porque é nascido de Deus” (1Jo 2:1; 3:9).
      O crente recebeu a justiça do Senhor Jesus para viver como Ele viveu. Mas, se porventura cair, aí está o remédio: confessar, porque Ele é fiel e justo não só para perdoar nossos pecados, como também para realizar uma obra de purificação em nossa natureza, a fim de que não voltemos à prática das mesmas transgressões. Confessar significa “concordar com Deus”. Concordar quanto ao fato de que a transgressão é transgressão, e com a solução de Deus para o problema. O perdão de pecados é uma provisão para o crente em caso de queda, mas não é carta branca para pecar. Todavia, em caso de queda, ele não precisa se desesperar e ser destruído pelas acusações de satanás. Ele pode correr para os braços do Pai, arrependido e em contrita confissão, e receberá o perdão.
8.g)- Um Presente de Deus.
      Já dissemos que a justiça de Deus em nós é um presente imerecido, expressão da graça insondável. Mas se estamos em Cristo, devemos vivar uma vida íntegra, purificada diante de Deus, de tal maneira que o inimigo não tenha motivos reais para nos acusar. Devemos viver a realidade, na experiência do dia-a-dia, de Gálatas 2:19-21: “Morri para a lei, a fim de viver para Deus, mas Cristo vive em mim, e esse viver que, agora, tenho, na carne, vivo pela fé no Filho de Deus, que me amou e se entregou por mim. Não anulo a graça de Deus; pois, se a justiça é mediante a lei, segue-se que morreu Cristo em vão”.
      A justiça é pela graça e pela graça somente. Por causa dessa graça inaudita, a justiça de Deus foi implantada em nós. Nossa vida está, por causa disso, oculta com Cristo, em Deus (Cl 3:3). Podemos gritar: “É Cristo quem vive em mim, a esperança da glória, e é esse o fundamento da minha vida com Deus. Aleluia”! A justiça de Deus nos é imputada, como expressão de seu amor e graça.
      (Perdoe-me já que este texto foi bem longo).
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               Próxima aula Nº 69
     Item 9 – O ESPÍRITO SANTO HABITA EM NÓS.

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