CRISTÃOS MADUROS -
48
E INSTRUÍDOS NA
PALAVRA
ALUÍZIO A. SILVA – E.B.D.
6º Bloco: GUERRA
ESPIRITUAL
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AS MARCAS DO GUERREIRO.
Durante 40 anos de
reinado, Davi conseguiu subjulgar reinos, juntar grandes despojos, expandir
suas fronteiras, desde o Eufrates até o Nilo, e vingar-se do inimigo. Qual o
segredo de seu sucesso?
Davi tinha profissionais
de guerra e forças regulares adestradas para o combate. Hoje, vivemos
espiritualmente nos dias de Davi. Satanás e suas hostes devem ser subjulgados e
reconhecer a autoridade prevalecente na terra. Essa autoridade é a de Jesus
Cristo, através de Sua igreja, que é o Corpo de Cristo.
Em primeira Crônica nos
capítulos 11 e 12, encontramos a lista dos valentes de Davi e dos homens de guerra
que formavam seu exército regular.
“Estes ajudaram a Davi contra
aquela tropa, porque todos eles eram homens valentes e capitães no exército.
Porque naquele tempo dia após dia, vinha a Davi para ajudar, até que se fez um
grande exército, como exército de Deus”. (1Cr 12:21-22).
1.
Lealdade ao comandante em chefe.
“São estes os principais valentes
de Davi, que o apoiaram valorosamente no seu reino, com todo o Israel, para o
fazerem rei, segundo a palavra do Senhor, no tocante a esse povo. Então entrou
o Espírito em Armasai, cabeça de trinta, e disse: Nós somos teus, ó Davi, e
contigo estamos, ó filho de Jessé! Paz, paz seja contigo! E paz com os que te
ajudam! Porque o teu Deus te ajuda. Davi os recebeu e os fez capitães de
tropas”. (1Cr 11:10; 12:18).
Jesus é Rei. Devemos estar
às suas ordens, imbuídos das mais profundas lealdade. Unir-se a Ele é
necessariamente colocar-se contra as forças do mal e das trevas, e colocar-se
em lugar de guerra constante; virá o furor da batalha e a tentação de desistir.
2.
Espírito de sacrifício.
“Então, aqueles três romperam
pelo acampamento dos filisteus, e tiraram água do poço junto à porta de Belém,
e tomaram-na e levaram a Davi; ele não a quis beber, mas a entornou como
libação ao Senhor”. (1Cr 11:18).
Todos os guerreiros
conhecem a importância do sacrifício. Há riscos no combate. Seus frutos, porém,
compensam. Jesus se expôs à própria morte. Isaías declara:
“Ele verá o fruto do penoso
trabalho de sua alma e ficará satisfeito; o meu Servo, o Justo, com o seu
conhecimento, justificará a muitos, porque as iniquidades deles levará sobre
si” (Is 53:11).
Os pioneiros do evangelho
manifestaram o mesmo espírito. De Paulo e Barnabé a igreja de Jerusalém
testifica: “homens que tem exposto as suas vidas pelo nome de
nosso Senhor Jesus Cristo” (At 15:26). Não devemos temer os
inimigos, contudo uma guerra não é um divertimento.
Temos maiores razões para
aceitar o desafio. Milhões serão arrebatados dos caminhos do inferno e a paz
sem fim virá sobre a Terra no reinado de Jesus, nosso Senhor, e a glória dEle
encherá as nações.
3. Equilíbrio.
“Tinham por arma o arco e usavam tanto a mão direita como a esquerda em arremessar pedras com fundas e em atirar flechas com o arco. Eram dos irmãos de Saul, da tribo de Benjamim”. (1Cr 12:2).
Eles usavam o arco com as duas mãos. Eram equilibrados. Hoje muitos são fortes na mão direita, mas fracos na esquerda. A Igreja precisa de equilíbrio. A Igreja deve ser equilibrada na
apresentação de todo o conselho de Deus.
4.
Treinamento.
Os homens de Davi eram bem
treinados. Jesus passou três anos e meio treinando os seus discípulos. Hoje,
mais do que nunca a necessidade do treinamento se faz presente.
5.
Adestramento.
O adestramento era
consequência de um treinamento contínuo. O exército de Deus precisa manter-se
em forma e adestrado para o combate em todo o tempo.
6.
Ligeireza.
Os gaditas eram velozes.
“Seu rosto era como de leões, e
eram eles ligeiros como gazelas sobre os montes” (1Cr 12:8b).
A vitória na batalha
depende muitas vezes da velocidade dos soldados. A igreja tem pecado pela
procrastinação (adiamento). Frequentemente se espera muito tempo para se tomar
decisões e questões urgentes são proteladas com sérios danos. Muitas vidas
perecem (sem salvação) enquanto esperamos para agir.
Os brasileiros estão
maduros para a colheita. (em qualquer canto do país não há quem nunca ouviu
falar de Jesus). Quem chegará primeiro a esse povo ainda não crente? As forças
do ocultismo que assolam o país (também) ou a Igreja de Jesus Cristo?
7.
Prontidão.
É importante a prontidão o
tempo todo. Assim deve ser o exército de Deus: sempre de prontidão, armados
para a guerra.
“Ora, este é o número dos homens
armados para a peleja, que vieram a Davi, em Hebrom, para lhe transferirem o
reino de Saul, segundo a palavra do Senhor dos filhos de Judá, que traziam
escudo e lança, seis mil e oitocentos, armados para a peleja”. (1Cr 12: 23.24).
8.
Coragem.
Os gaditas eram homens
valentes. “Seus rostos eram como rostos de leão” (1Cr 12:8b).
Sem coragem e ousadia não se faz guerra. A recomendação do Senhor pode ser
vista em Deuteronômio 20:2-4:
“Quando vos achegardes à peleja,
o sacerdote se adiantará, e falará ao povo, e dir-lhe-á: Ouvi, ó Israel, hoje,
vos achegais à peleja contra vossos inimigos; que não desfaleça o vosso
coração; não tenhais medo, não tremais, nem vos atemorizeis diante deles, pois
o Senhor, vosso Deus, é quem vai convosco a pelejar por vós contra os vossos
inimigos, para vos salvar”.
A exortação à coragem foi repetida
a Josué por três vezes: “se forte e corajoso: sê forte e mui corajoso; sê
forte e corajoso, não temas nem te espante” (Js 6:7.9).
Um dos propósitos do batismo no Espírito Santo é revestir-nos de coragem.
“Tendo eles orado, tremeu o lugar
onde estavam reunidos; todos ficaram cheios do Espírito Santo e, com
intrepidez, anunciaram a palavra de Deus”. (At 4:31).
O medo é um terrível laço.
Não pode jamais ser admitido. Temos autoridade: “Eis que vos dei autoridade para
pisardes serpentes e escorpiões e sobre todo poder do inimigo, e nada,
absolutamente nada, vos causará dano” (Lc 10:19). Servos de Deus, não há o que temer! A
ousadia do Senhor faz parte de Seu exército.
9.
Boa reputação.
As virtudes de caráter
devem estar presentes em um exército vencedor. Dos filhos de Efraim se diz:
“Homens valentes e de renome em
casa de seus pais” (1Cr 12:30).
Cada soldado do exército
deve ser conhecido pela sua boa reputação. Paulo ao falar das qualidades de
alguém, no ministério, declara;
“É necessário que ele tenha bom
testemunho dos fora a fim de não cair no opróbrio (desonra) e no laço do
diabo”. (1Tm 3:7).
Zelar pelo nosso bom nome
é zelar pelo nome de Cristo, pois Ele será visto pelos homens através das
nossas atitudes; como bem diz um corinho: “Olhei pra você e vi. Você refletindo
Jesus”.
10.
Sabedoria.
Os filhos de Issacar eram:
“Conhecedores da época, para
saberem o que Israel devia fazer”. (1Cr 12:32).
A vitória exige uma
estratégia sábia. É preciso conhecer o inimigo, saber a hora certa e o modo de
ataque. Há muitos fatores para serem considerados, e um bom comandante saberá
ordenar suas tropas e conservará seu moral elevado. Ele é firme, decidido, sabe
tomar decisões em novas circunstâncias e resolver os problemas que se levantam.
Os recursos da sabedoria
divina e revelações do Espírito estão à nossa disposição.
11.
Disciplina.
A necessidade hoje de
ordem, disciplina e submissão é grande. Insubordinação e rebeldia em um
exército levam a julgamento. (Cuidado com o seu procedimento como membro de uma
igreja).
“Dos filhos de Issacar,
conhecedores da época, para saber o que Israel deveria fazer duzentos chefes e
todos os seus irmãos sob sua ordem”. (1Cr 12:32).
12.
Qualificação, excelência.
Os homens de Davi eram
experientes em guerra.
“De Zebulom, dos capazes a sair à
guerra, providos com todas as armas de guerra, cinquenta mil, destros para
ordenar uma batalha com ânimo resoluto. De Aser, dos capazes para sair à guerra
e prontos para batalha, quarenta mil”. (1Cr 12:33.36).
Hoje, o exército de Deus
deve crescer na excelência especializando-se em batalha espiritual. O inimigo é
altamente sofisticado e inteligente. A necessidade não é apenas de um exército
numeroso, mas também qualificado. Paulo recomenda um estudo intenso para que a
aprovação não dê lugar à vergonha.
“Procura apresentar-se a Deus
aprovado, como obreiro que não tem de que se envergonhar, que maneja bem a palavra
da verdade”. (2Tm 2:15).
“Estuda e sê ávido a fazer o
melhor para apresentar-te a Deus aprovado (testado
pela prova), um trabalhador que não tem
com que se envergonhar, analisando corretamente e acuradamente (perfeitamente) dividindo (manejando de modo correto
e ensinando com habilidade) a Palavra da
verdade”. (2Tm 2:15).
13.
Singularidade de propósito.
Sem unidade é impossível
alcançar a vitória. A singularidade de propósito e visão são essenciais.
O exército de Jesus Cristo
deve igualmente estar devotado a Ele com uma singularidade de propósito, para
entregar-Lhe os reinos deste mundo pela proclamação do Evangelho. Se todos
estiverem unidos em volta de Jesus, nosso alvo de transferir o reino de satanás
para Ele será logo alcançado.
14.
Material bélico.
Para haver vitória na
guerra, soldados não bastam. É preciso equipá-los com material bélico à altura
do desafio. Os filhos de Judá estavam equipados:
“Dos filhos de Judá, que traziam
escudo e lança, seis mil e oitocentos, armados para a peleja. Dos rubenitas,
gadistas e meia tribo de Manassés, providos de toda sorte de instrumentos de
guerra”. (1Cr 12:24.37).
“Armados para a
peleja”, essa é a condição que hoje nos é imposta. Somos o
Judá de Deus. Jesus é o Leão da Tribo de Judá e somos uma nova criação nEle.
Ele nos deu todas as armas necessárias para o combate (o Evangelho, o Espírito
Santo e a Fé).
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NT:
Perdoe-me pela extensão dessa palestra. Mas foi preciso.
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Próxima aula nº 49.
1. A EXISTÊNCIA DE DEMÔNIOS.
2. NOMES DE DEMÔNIOS NA BÍBLIA.
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